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CAJ+III PEÇAS+PROCESSUAIS

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CAJ III_PEÇAS PROCESSUAIS 
 
1 
 
AULA 2 – QUEIXA CRIME 
Pedro, engenheiro de uma renomada empresa da construção civil, possui um perfil em uma das 
redes sociais existentes na Internet e o utiliza diariamente para entrar em contato com seus 
amigos, parentes e colegas de trabalho. Além disso, também utiliza constantemente as 
ferramentas da Internet para contatos profissionais e lazer, como o fazem milhares de pessoas 
no mundo contemporâneo. 
No dia 19/04/2016, sábado, Pedro comemora aniversário e planeja, para a ocasião, uma reunião 
à noite com parentes e amigos para festejar a data em uma famosa churrascaria da cidade de 
Niterói, no estado do Rio de Janeiro. Na manhã de seu aniversário, resolveu, então, enviar o 
convite por meio da rede social, publicando postagem alusiva à comemoração em seu perfil 
pessoal, para todos os seus contatos. 
Helena, vizinha e ex-namorada de Pedro, que também possui perfil na referida rede social e está 
adicionada nos contatos de seu ex, soube, assim, da festa e do motivo da comemoração. Então, 
de seu computador pessoal, instalado em sua residência, um prédio na praia de Icaraí, em 
Niterói, publicou na rede social uma mensagem no perfil pessoal de Pedro. 
Naquele momento, Helena, com o intuito de ofender o ex-namorado, publicou o seguinte 
comentário: não sei o motivo da comemoração, já que Pedro não passa de um idiota, bêbado, 
porco, irresponsável e sem vergonha e, com o propósito de prejudicar Pedro perante seus 
colegas de trabalho e denegrir sua reputação acrescentou, ainda, ele trabalha todo dia 
embriagado e vestindo saia! No dia 10 do mês passado, ele cambaleava bêbado pelas ruas do 
Rio, inclusive, estava tão bêbado no horário do expediente que a empresa em que trabalha teve 
que chamar uma ambulância para socorrê-lo! 
Imediatamente, Pedro, que estava em seu apartamento e conectado à rede social por meio de 
seu tablet, recebeu a mensagem e visualizou a publicação com os comentários ofensivos de 
Helena em seu perfil pessoal. Pedro, mortificado, não sabia o que dizer aos amigos, em especial 
a Marcos, Miguel e Manuel, que estavam ao seu lado naquele instante. Muito envergonhado, 
Pedro tentou disfarçar o constrangimento sofrido, mas perdeu todo o seu entusiasmo, e a festa 
comemorativa deixou de ser realizada. No dia seguinte, Pedro procurou a Delegacia de Polícia 
Especializada em Repressão aos Crimes de Informática e narrou os fatos à autoridade policial, 
entregando o conteúdo impresso da mensagem ofensiva e a página da rede social na Internet 
onde ela poderia ser visualizada. Passados quatro meses da data dos fatos, Pedro procurou seu 
escritório de advocacia e narrou os fatos acima. Você, na qualidade de advogado de Pedro, deve 
assisti-lo. Informa-se que a cidade de Niterói, no Estado do Rio de Janeiro, possui Varas Criminais 
e Juizados Especiais Criminais. 
Com base somente nas informações de que dispõe e nas que podem ser inferidas pelo caso 
concreto acima, redija a peça cabível, sustentando, para tanto, as teses jurídicas pertinentes. 
Indique também o último dia para oferecimento da peça cabível. 
 
AULA 3 – RESPOSTA PRELIMINAR OBRIGATÓRIA 
Mateus , de 26 anos de idade, foi denunciado pelo Ministério Público como incurso nas penas 
previstas no art. 217-A, §1º, c/c art.234-A, III, todos do Código Penal, por crime praticado contra 
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2 
 
Maísa, de 19 anos de idade. Na peça acusatória, a conduta delitiva atribuída ao acusado foi 
narrada nos seguintes termos: No mês de agosto de 2016, em dia não determinado, Mateus 
dirigiu-se à residência de Maísa, ora vítima, para assistir, pela televisão, a um jogo de futebol. 
Naquela ocasião, aproveitando-se do fato de estar a sós com Maísa, o denunciado constrangeu-
a a manter com ele conjunção carnal, fato que ocasionou a gravidez da vítima, atestada em 
laudo de exame de corpo de delito. Certo é que, embora não se tenha valido de violência real ou 
de grave ameaça para constranger a vítima a com ele manter conjunção carnal, o denunciando 
aproveitou-se do fato de Maísa ser incapaz de oferecer resistência aos seus propósitos 
libidinosos assim como de dar validamente o seu consentimento, visto que é deficiente mental, 
incapaz de reger a si mesma. 
Nos autos, havia somente a peça inicial acusatória, os depoimentos prestados na fase do 
inquérito e a folha de antecedentes penais do acusado. O juiz da 2.ª Vara Criminal do Estado 
XXXX recebeu a denúncia e determinou a citação do réu para se defender no prazo legal, tendo 
sido a citação efetivada em 18/11/2016. Alessandro procurou, no mesmo dia, a ajuda de um 
profissional e outorgou-lhe procuração ad juditia com a finalidade específica de ver-se 
defendido na ação penal em apreço. 
Disse, então, a seu advogado que a vítima não era deficiente mental, e que já a namorava havia 
algum tempo. Disse ainda que sua avó materna, Olinda, e sua mãe, Alda, que moram com ele, 
sabiam do namoro e que todas as relações que manteve com a vítima eram consentidas. Disse, 
ainda, que a vítima não quis dar ensejo à ação penal, tendo o promotor, segundo o réu, agido 
por conta própria. Por fim, Mateus informou que não havia qualquer prova da debilidade mental 
da vítima e que a mesma poderia comparecer para depor a seu favor em juízo. 
Em face da situação hipotética apresentada, redija, na qualidade de advogado(a) constituído(a) 
pelo acusado, a peça processual, privativa de advogado, pertinente à defesa de seu 
cliente. Indique, ainda, o último dia para oferecimento da peça cabível. 
 
 
AULA 4 – ALEGAÇÕES FINAIS POR MEMORIAIS 
Jorge, com 21 anos de idade, em um bar com outros amigos, conheceu Analisa, linda jovem, por 
quem se encantou. Após um bate-papo informal e trocarem beijos, decidiram ir para um local 
mais reservado. Nesse local trocaram carícias, e Analisa, de forma voluntária, praticou sexo oral 
e vaginal com Jorge. 
Depois da noite juntos, ambos foram para suas residências, tendo antes trocado telefones e 
contatos nas redes sociais. 
No dia seguinte, Jorge, ao acessar a página de Analisa na rede social, descobre que, apesar da 
aparência adulta, esta possui apenas 13 (treze) anos de idade, tendo Jorge ficado em choque 
com essa constatação. 
O seu medo foi corroborado com a chegada da notícia, em sua residência, da denúncia movida 
por parte do Ministério Público Estadual, pois o pai de Analisa, ao descobrir o ocorrido, procurou 
a autoridade policial, narrando o fato. 
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3 
 
Por Analisa ser inimputável e contar, à época dos fatos, com 13 (treze) anos de idade, o 
Ministério Público Estadual denunciou Jorge pela prática de dois crimes de estupro de 
vulnerável, previsto no artigo 217- A, na forma do artigo 69, ambos do Código Penal. O Parquet 
requereu o início de cumprimento de pena no regime fechado, com base no artigo 2º, §1º, da 
lei 8.072/90, e o reconhecimento da agravante da embriaguez preordenada, prevista no artigo 
61, II, alínea l, do CP. 
O processo teve início e prosseguimento na XX Vara Criminal da cidade de Curitiba, no Estado 
do Paraná, local de residência do réu. 
Jorge, por ser réu primário, ter bons antecedentes e residência fixa, respondeu ao processo em 
liberdade. 
Na audiência de instrução e julgamento, a vítima afirmou que aquela foi a sua primeira noite, 
mas que tinha o hábito de fugir de casa com as amigas para frequentar bares de adultos. 
As testemunhas de acusação afirmaram que não viram os fatos e que não sabiam das fugas de 
Ana para sair com as amigas. 
As testemunhas de defesa, amigos de Jorge, disseram que o comportamento e a vestimenta da 
Analisa eram incompatíveis com uma menina de 13 (treze) anos e que qualquer pessoa 
acreditaria ser umapessoa maior de 14 (quatorze) anos, e que Jorge não estava embriagado 
quando conheceu Analisa. 
O réu, em seu interrogatório, disse que se interessou por Analisa, por ser muito bonita e por 
estar bem vestida. Disse que não perguntou a sua idade, pois acreditou que no local somente 
pudessem frequentar pessoas maiores de 18 (dezoito) anos. Corroborou que praticaram o sexo 
oral e vaginal na mesma oportunidade, de forma espontânea e voluntária por ambos. 
A prova pericial atestou que a menor não era virgem, mas não pôde afirmar que aquele ato 
sexual foi o primeiro da vítima, pois a perícia foi realizada longos meses após o ato sexual. 
O Ministério Público pugnou pela condenação de Jorge nos termos da denúncia. 
A defesa de Jorge foi intimada no dia 24 de abril de 2014 (quinta-feira). 
Com base somente nas informações de que dispõe e nas que podem ser inferidas pelo caso 
concreto acima, redija a peça cabível, no último dia do prazo, excluindo a possibilidade de 
impetração de Habeas Corpus, sustentando, para tanto, as teses jurídicas pertinentes. 
 
AULA 5 – ALEGAÇÕES FINAIS POR MEMORIAIS (PROCEDIMENTO DO JÚRI) 
Tício, solidário a gravidez de sua amiga Maria, ofereceu carona a mesma após mais um dia de 
trabalho na empresa em que trabalham juntos. Ocorre que Tício, de forma imprudente no 
caminho de volta, imprime velocidade excessiva, sem observar o seu dever de cuidado, pois 
queria chegar a tempo de assistir ao jogo de futebol do seu time do coração que seria 
transmitido naquela noite. Assim, Tício, ao fazer uma curva fechada, perdeu o controle do 
veículo automotor que capotou. Os bombeiros que prestaram socorro ao acidente 
encaminharam Maria para o Hospital mais próximo onde ficou constatado que a mesma não 
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havia sofrido qualquer lesão. Contudo, na mesma ocasião constatou-se que a gravidez de Maria 
havia sido interrompida em razão da violência do acidente automobilístico, conforme 
comprovou o laudo do Instituto Médico Legal, às fls. 14 dos autos. 
 
Com base nessas informações, o Ministério Público da Comarca da Capital do Estado XXXXX 
ofereceu denúncia em face de Tício e imputou ao mesmo a conduta descrita no delito de aborto 
provocado por terceiro e, assim, incurso nas penas do art. 125 do CP. 
 
O processo foi normalmente instruído, tendo sido realizadas todas a oitiva da vítima Maria, das 
testemunhas arroladas pela acusação e pela defesa e, em seguida com o interrogatório do 
acusado Tício, tudo na forma do art. 411 do CPP. 
A defesa de Tício foi intimada no dia 9 de fevereiro de 2017 (quinta-feira). Registre-se que Tício 
respondeu ao processo em liberdade. 
 
Com base somente nas informações de que dispõe e nas que podem ser inferidas pelo caso 
concreto acima, redija a peça cabível, no último dia do prazo, excluindo a possibilidade de 
impetração de Habeas Corpus, sustentando, as teses jurídicas pertinentes. 
 
 
AULA 6 – Liberdade Provisória em Prisão por Flagrante 
Alberto e Benedito foram presos em flagrante por agentes policiais do 4º Distrito Policial da 
Capital, na posse de um automóvel marca Fiat, Tipo Uno, que haviam acabado de furtar. O 
veículo quando da subtração, encontrava-se estacionada regularmente em via pública da 
Capital. O Dr. Delegado de Polícia que presidiu o Auto de Prisão em Flagrante capitulou os fatos 
como incursos no artigo 155, § 4º, IV, do Código Penal. Motivo pelo qual não arbitrou fiança, 
determinando o recolhimento de ambos ao cárcere e entregando-lhes nota de culpa. A cópia do 
Auto de Prisão em Flagrante foi remetida pelo juiz da 4ª Vara Criminal da Capital, Alberto reside 
na Capital, é primário e trabalhador. Elaborar na qualidade de defensor de Alberto a medida 
cabível. 
 
 
AULA 7 – RELAXAMENTO DA PRISÃO 
No dia 15/11/2016, por volta das 22 horas, Matias conduzia veículo automotor, marca 
Volkswagen, modelo Gol, placa XYX0611, pela Av. Brasil, na Comarca da Capital, na altura do nº 
YY, quando foi abordado por uma guarnição da Policia Militar, sendo certo que os policiais 
constataram que o Matias dirigia veículo produto de crime. Desta maneira, Matias foi preso em 
flagrante delito pelos PM´s como incurso nas penas do art. 180, do CP. 
Já em sede policial, a Sra. Miranda , proprietária do veículo, reconheceu, em conformidade com 
o art. 226 do CPP, Matias como autor do crime de roubo ocorrido 2 dias antes, ou seja, em 
13/11/2016. 
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Observado o procedimento de lavratura do Auto de Prisão em Flagrante, Matias agora encontra-
se preso, como autor do delito previsto no art. 180 do CP. Você, advogado criminalista é 
procurado pela família de Matias para tomar as medidas cabíveis nesse caso. 
 
 
AULA 8 – HABEAS CORPUS LIBERATÓRIO 
Michael da Silva foi preso em flagrante no dia 10 de julho de 2016 pela prática do crime previsto 
no art. 16, § único, IV da Lei 10.826/03 e art. 28 da lei 11.343/06. No auto de prisão em flagrante 
constavam os depoimentos dos policiais que efetuaram a prisão. 
Michael fora preso em razão de uma notitia criminis realizada por sua mulher Angelina da Silva 
afirmando que o mesmo possuía armas dentro de casa com numeração raspada e isso a 
assustava. 
Diante da informação e com o consentimento de Angelina, os policiais se dirigiram a casa onde 
o casal residia e após uma intensa busca no imóvel, encontraram três revólveres calibre 38 com 
a numeração raspada, em um armário dentro do quarto. Em outro armário, os policiais 
encontraram 50 munições. Em seguida, encontraram um papelote contendo 0,9 decigramas de 
cocaína. 
Perguntado sobre a posse do material encontrado, Michael afirmou que adquirira as armas em 
Angra dos Reis de um amigo, e quanto à droga, disse que era para seu uso pessoal. 
O auto de prisão em flagrante foi devidamente lavrado e distribuído ao juízo da 22ª Vara 
Criminal da Capital, onde foi requerida a sua liberdade provisória, que foi negada pelo juiz ao 
argumento de que se tratava de crime grave, haja vista o preso possuir 03 revólveres com 
numeração raspada em sua residência e em razão do depoimento da sua esposa que afirmou 
ser ele um homem agressivo. 
Não há anotações na folha de antecedentes de Michael da Silva. 
O advogado abaixo é contratado pela família de Michael para patrocinar seus interesses, redija 
a peça cabível objetivando a sua liberdade 
 
 
AULA 9 – HABEAS CORPUS PREVENTIVO 
O Delegado do Distrito Policial da Capital determinou, aos seus agentes, a prisão de todas as 
garotas de programa que atuam na região, pois pretende restabelecer os bons costumes na 
cidade, como afirmou em entrevista à rádio local. Algumas horas após a ordem, os agentes de 
polícia realizaram as primeiras prisões. Sarajane, que atua como acompanhante na localidade, 
passou a temer ser presa no horário em que realiza os seus encontros, razão pela qual deixou 
de fazê-los. Como advogado de Sarajane , elabore a peça cabível para resguardar o seu direito 
de locomoção. 
 
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AULA 10 – TA1 
 
AULA 11 – RECURSO EM SENTIDO ESTRITO 
Jerusa, atrasada para importante compromisso profissional, dirige seu carro bastante 
preocupada, mas respeitando os limites de velocidade. Em uma via de mão dupla, Jerusa decide 
ultrapassar o carro à sua frente, o qual estava abaixo da velocidade permitida. Para realizar a 
referida manobra, entretanto, Jerusa não liga a respectiva seta luminosa sinalizadora do veículo 
e, no momento da ultrapassagem, vem a atingir Diogo, motociclista que, em alta velocidade, 
conduzia sua moto no sentido oposto da via. Não obstante a presteza no socorro que veio após 
o chamado da própria Jerusa e das demais testemunhas, Diogofalece em razão dos ferimentos 
sofridos pela colisão. 
 Instaurado o respectivo inquérito policial, após o curso das investigações, o Ministério Público 
decide oferecer denúncia contra Jerusa, imputando-lhe a prática do delito de homicídio doloso 
simples, na modalidade dolo eventual (Art. 121 c/c Art. 18, I parte final, ambos do CP). 
 Argumentou, o ilustre membro do Parquet, a imprevisão de Jerusa acerca do resultado que 
poderia causar ao não ligar a seta do veículo para realizar a ultrapassagem, além de não atentar 
para o trânsito em sentido contrário. A denúncia foi recebida pelo juiz competente e todos os 
atos processuais exigidos em lei foram regularmente praticados. Finda a instrução probatória, o 
juiz competente, em decisão devidamente fundamentada, decidiu pronunciar Jerusa pelo crime 
apontado na inicial acusatória. O advogado(a) de Jerusa, é intimado da referida decisão em 02 
de agosto de 2016 (sexta-feira). 
 Atento ao caso apresentado e tendo como base apenas os elementos fornecidos, elabore o 
recurso cabível e date-o com o último dia do prazo para a interposição. 
 
 
AULA 12 – APELAÇÃO. PROCEDIMENTO COMUM ORDINÁRIO 
BRAD NORONHA foi denunciado e processado, na 1ª Vara Criminal da Comarca do Município X, 
pela prática de roubo qualificado em decorrência do emprego de arma de fogo. Ainda durante 
a fase do inquérito policial, BRAD NORONHA foi reconhecido pela vítima. Tal reconhecimento 
se deu quando a referida vítima olhou através de pequeno orifício da porta de uma sala onde se 
encontrava apenas o réu. Já em sede de instrução criminal, nem vítima, nem testemunhas, 
afirmaram ter escutado qualquer disparo de arma de fogo, mas foram uníssonas no sentido de 
assegurar que o assaltante portava uma. Não houve perícia, pois os policiais que prenderam o 
réu em flagrante não lograram êxito em apreender a arma. Tais policiais afirmaram em juízo 
que, após escutarem gritos de ?pega ladrão!?, viram o réu correndo e foram ao seu 
encalço. Afirmaram que, durante a perseguição, os passantes apontavam para o réu, bem 
como este jogou um objeto no córrego que passava próxima ao local dos fatos, que acreditavam 
ser a arma de fogo utilizada. O réu, em seu interrogatório, exerceu o direito ao silêncio. Ao 
cabo da instrução criminal, BRAD NORONHA foi condenado a dez anos e seis meses de reclusão, 
por roubo com emprego de arma de fogo, tendo sido fixado o regime inicial fechado para 
cumprimento da pena. O magistrado, para fins de condenação e fixação da pena, levou em 
conta os depoimentos testemunhais colhidos em juízo e o reconhecimento da vítima em sede 
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7 
 
policial, bem como o fato de o réu ser reincidente e portador de maus antecedentes, 
circunstâncias provadas no curso do processo. 
Você, na condição de advogado de BRAD NORONHA, é intimado da decisão no dia 20 de maço 
de 2017. Com base somente nas informações de que dispõe e nas que podem ser inferidas pelo 
caso concreto acima, redija a peça cabível, apresentando as razões, e sustentando as teses 
jurídicas pertinentes, indicando o último dia para o oferecimento da peça cabível. 
 
 
AULA 13 – XVII SEMANA ACADÊMICA 
 
 
AULA 14 – APELAÇÃO. PROCEDIMENTO DO JÚRI 
George foi pronunciado, na forma do art. 413 do CPP, pelo crime previsto no art. 121, § 2º, II do 
CP, por em tese ter matado a vítima Leonidas Malta em uma briga na saída da boite TheNight. 
O processo tramitou regularmente na primeira fase do procedimento, com designação de AIJ 
para o dia 11 novembro de 2015, tendo sido o acusado pronunciado no dia 2 de março de 2016. 
Assim, o julgamento em Plenário ocorreu efetivamente no dia 9 de dezembro de 2016. 
 Após a oitiva das testemunhas arroladas para o julgamento em Plenário, como tese defensiva, 
o acusado, orientado por seu advogado, optou por exercer a garantia constitucional prevista no 
art. 5º, LXIII da CRFB/88. 
Em sede de debates orais o MP sustentou a acusação nos limites da denúncia, sendo certo que 
a defesa técnica sustentou a tese de legítima defesa e a ausência de provas nos autos que 
comprovassem o que fora sustentado pela acusação. 
 
Em réplica, o ilustre membro do Parquet apontou para o acusado e sustentou para os jurados 
que “se o acusado fosse inocente ele não teria ficado calado durante o interrogatório, que não 
disse nada porque não tem argumentos próprios para se defender e que, portanto, seria 
efetivamente o responsável pela morte da vítima, pois, afinal, quem cala consente”. A defesa 
reforçou seus argumentos de defesa em tréplica, contudo, George foi condenado pelo Conselho 
de Sentença e o Juiz Presidente fixou a reprimenda estatal em 15 anos de reclusão em regime 
inicialmente fechado por homicídio qualificado por motivo fútil (art.121, §2º, II, CP). 
Na condição de advogado de George, adote a medida cabível para impugnar a decisão utilizando 
todos os argumentos cabíveis, e indique o último dia do prazo. 
 
 
AULA 15 – EMBARGOS INFRINGENTES E DE NULIDADE 
Antonio Banderas da Siva com 21 anos de idade, dirigia seu automóvel em São Paulo, Capital, 
quando parou para abastecer o seu veículo. Dois adolescentes, que estavam nas proximidades, 
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começaram a importuná-lo, proferindo palavras ofensivas e desrespeitosas. Antonio, pegando 
no porta-luvas do carro seu revólver devidamente registrado, com a concessão do porte 
inclusive, deu um tiro para cima, com a intenção de assustar os adolescentes. Contudo, o 
projétil, chocando-se com o poste, ricocheteou, e veio a atingir um dos menores, matando-o. 
Antonio foi denunciado e processado perante a 1.ª Vara do Júri da Capital, por homicídio 
simples art. 121,caput, do Código Penal. O magistrado proferiu sentença desclassificatória, 
decidindo que o homicídio ocorreu na forma culposa, por imprudência, e não na forma dolosa. 
O Ministério Público recorreu em sentido estrito, e a 1.ª Câmara do Tribunal competente 
reformou a decisão por maioria de votos, entendendo que o crime deveria ser capitulado 
conforme a denúncia, devendo Antonio ser enviado ao Tribunal do Povo. O voto vencido seguiu 
o entendimento da r. sentença de 1.º grau, ou seja, homicídio culposo. O V. acórdão foi 
publicado há sete dias. 
 
AULA 16 – AGRAVO EM EXECUÇÃO 
Willian Vonner da Silva, brasileiro, solteiro, com 40 anos de idade foi condenado por incorrer 
nas sanções previstas no artigo 121, parágrafo segundo, inciso I do Código Penal Brasileiro, por 
crime ocorrido em 28 de janeiro de 2007, sendo certo que o acusado respondeu ao processo em 
liberdade. 
Na sentença condenatória a pena privativa de liberdade aplicada foi de 12 anos de reclusão a 
ser cumprida em regime inicial fechado. Willian foi recolhido ao presídio em 01 de fevereiro de 
2014, data na qual iniciou o cumprimento da pena. 
O apenado sempre ostentou bom comportamento na casa carcerária, trabalhando cinco dias 
por semana, desde junho de 2015, no setor administrativo do presídio. 
Diante desse panorama você, mediante procuração, peticionou ao juízo da execução em 02 de 
maio de 2016, requerendo a progressão de regime. Em 17 de maio de 2016 foi publicada no 
Diário Oficial a seguinte decisão: Vistos. Nego o pedido de progressão de fls. pois muito embora 
estejam presentes os requisitos subjetivos o apenado não adimpliu o requisito objetivo 
indispensável, previsto no art. 2º, §2º da Lei 8.072/90, uma vez que foi condenado por crime 
hediondo. Publique-se. Registre-se. Intime-se. Pelotas, 17 de maio de 2016. 
 
 
AULA 17 – REVISÃO CRIMINAL 
Angelina, no dia 10 de outubro de 2012, na cidade de São Paulo, subtraiu veículo automotor de 
propriedade de Cátia Flávia. Tal subtração ocorreu no momentoem que a vítima saltou do carro 
para buscar um pertence que havia esquecido em casa, deixando-o aberto e com a chave na 
ignição. Jane, ao ver tal situação, aproveitou-se e subtraiu o bem, com o intuito de revendê-lo 
no Chile. Imediatamente, a vítima chamou a polícia e esta empreendeu perseguição 
ininterrupta, tendo prendido Angelina em flagrante somente no dia seguinte, exatamente 
quando esta tentava cruzar a fronteira para negociar a venda do bem, que estava guardado em 
local não revelado. 
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Em 31 de outubro de 2013, a denúncia foi recebida. No curso do processo, as testemunhas 
arroladas afirmaram que a ré estava, realmente, negociando a venda do bem no país vizinho e 
que havia um comprador, terceiro de boa-fé arrolado como testemunha, o qual, em suas 
declarações, ratificou os fatos. Também ficou apurado que Angelina possuía maus antecedentes 
e reincidente específica nesse tipo de crime, bem como que Cátia Flávia havia morrido no dia 
seguinte à subtração, vítima de enfarte sofrido logo após os fatos, já que o veículo era essencial 
à sua subsistência. A ré confessou o crime em seu interrogatório. 
Ao cabo da instrução criminal, a ré foi condenada a cinco anos de reclusão no regime inicial 
fechado para cumprimento da pena privativa de liberdade, tendo sido levada em consideração 
a confissão, a reincidência específica, os maus antecedentes e as consequências do crime, quais 
sejam, a morte da vítima e os danos decorrentes da subtração de bem essencial à sua 
subsistência. 
A condenação transitou definitivamente em julgado, e a ré iniciou o cumprimento da pena em 
10 de junho de 2014. No dia 5 de março de 2015, você, já na condição de advogado (a) de 
Angelina, recebe em seu escritório a mãe de Angelina, acompanhada de Brad, único parente 
vivo da vítima, que se identificou como sendo filho desta. 
Ele informou que, no dia 12 de outubro de 2013, Angelina , acolhendo os conselhos maternos, 
lhe telefonou, indicando o local onde o veículo estava escondido. O filho da vítima, nunca 
mencionado no processo, informou que no mesmo dia do telefonema, foi ao local e pegou o 
veículo de volta, sem nenhum embaraço, bem como que tal veículo estava em seu poder desde 
então. 
Com base somente nas informações de que dispõe e nas que podem ser inferidas pelo caso 
concreto acima, redija a peça cabível, excluindo a possibilidade de impetração de Habeas 
Corpus, sustentando, para tanto, as teses jurídicas pertinentes. 
 
 
Aula 18 – TA2. ENTREGA DO DOSSIÊ 
 
 
Aula 19 – REVISÃO DE CONTEÚDO PARA TA3 
 
 
Aula 20 – TA3. PROVA ESCRITA

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