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Aula 7 - PARLAMENTARISMO

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DEMOCRACIA
 REPRESENTATIVA
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	Teria se originado na Inglaterra na luta contra a tirania monárquica.
	No reinado de João sem Terra, que cometia excessos e violências, os barões reuniram-se com tropas forçando-o a assinar a Magna Carta em 1215.
	Dentre várias disposições do documento, uma delas instituiu uma comissão permanente de vinte e cinco barões com a função de zelar pela administração do reino, o que seria o embrião do sistema parlamentar.
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	Em 1295, o rei Eduardo I tornou oficiais as reuniões (assembleias) dos representantes dos nobres. Era o berço do parlamentarismo inglês.
	O sistema parlamentar só ganhou força no Séc. XVII, firmando-se no principio de que “os atos de governo só serão legítimos quando há o consentimento espontâneo e permanente dos governados”.
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	O parlamentarismo tem origem histórica, sua fonte é empírica, em sua maior parte consuetudinária, e surgiu para dar resposta concreta aos problemas políticos da Inglaterra.
Empírico é um fato que se apoia somente em experiências vividas, na observação de coisas, e não em teorias e métodos científicos.
Direito consuetudinário é o direito que surge dos costumes de uma certa sociedade, não passando por um processo formal de criação de leis, onde um poder legislativo cria leis, emendas constitucionais, medidas provisórias etc. No direito consuetudinário, as leis não precisam necessariamente estar num papel ou serem sancionadas ou promulgadas. Os costumes transformam-se nas leis.
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	Em geral, os membros do parlamento são eleitos pelo voto popular, com base quer no sistema proporcional, quer no uninominal distrital. 
	Após as eleições legislativas, escolhe-se o chefe de governo – o primeiro-ministro, seja por convite formulado pelo chefe de Estado ao representante da maioria no parlamento, seja por votação no legislativo.
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PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DO PARLAMENTARISMO
- Separação entre a função legislativa e executiva é bem menor, se comparado com o sistema presidencial;
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	O Parlamentarismo se adapta tanto a forma de governo Monárquico como Republicano.
Inglaterra - Monarquia Parlamentarista
França - República Parlamentarista
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	Há varios modelos de parlamentarismo, cada país desenvolveu um sistema próprio em face de suas peculiaridades.
	O Parlamentarismo clássico estruturou-se na Inglaterra com manifesto predomínio do Legislativo sobre o Executivo.
	No conceito moderno de parlamentarismo, podemos verificar um equilíbrio de forças entre o Legislativo e o Executivo, que se traduz na possibilidade da dissolução parlamentar pelo Governo ou Gabinete, com recurso a novas eleições, permitindo a manifestação do eleitorado.
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Acabam existindo dois titulares do Poder Executivo: 
CHEFE DE ESTADO 
E
CHEFE DE GOVERNO
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CHEFE DE ESTADO 
O Executivo de representação (CHEFE DE ESTADO), que é o Presidente da República, nas Repúblicas parlamentares, ou o monarca nas monarquias.
O Chefe de Estado simboliza a unidade nacional que mantém e assegura a continuidade do sistema político, atuando como intermediário entre o aparato estatal e a comunidade. 
Tem a atribuição de nomear o chefe de governo, que deve ser feita indicando-se o líder do partido ou da coalizão majoritária.
As funções do Chefe de Estado são consideradas formais, como declarar guerra, assinar tratados, representar oficialmente o país etc.
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A figura do Chefe de Estado é concebida como apartidária, sem poder político.
É o grande magistrado nacional, permanecendo fora e acima das competições político partidárias.
As repúblicas parlamentaristas evitam a escolha do Chefe de Estado, embora haja formas diferentes do parlamentarismo, como a adotada na França, onde o presidente é escolhido pelo voto popular.
Na Itália, por exemplo, o presidente da República é escolhido por uma maioria de dois terços, num colégio formado pelo parlamento em sessão conjunta, mais três delegados de cada Conselho Regional.
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O chefe de Estado pode dissolver o Parlamento, mediante pedido do chefe de governo, e convocar eleições.
Principais motivos de dissolução
 crise política de desgaste do Parlamento;
 desgaste do chefe de governo;
 apresentação de “voto de censura”;
 manobras parlamentares; etc.
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CHEFE DE GOVERNO
O Executivo de ação, que é o Gabinete liderado pelo primeiro-ministro.
O chefe de governo é o líder do grupo majoritário do Parlamento, com funções executivas.
Tem a seu encargo a direção política e administrativa.
O primeiro-ministro também pode ser intitulado de presidente de governo (Espanha), presidente do conselho de ministros (Itália) ou chanceler em outros países.
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	Uma vez eleito, o primeiro-ministro deve controlar a maioria dos assentos e evitar a formação de uma maioria absoluta contra o governo no parlamento, ou arriscará um voto de censura, que tem o condão de provocar a demissão do gabinete. 
	O voto ou moção de censura, é um instrumento do Parlamento; em particular dos membros do Parlamento que pertencem à oposição, pois é deles a iniciativa.
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	A moção de censura (ou moção de desconfiança) é uma proposta parlamentar apresentada pela oposição com o propósito de derrotar ou constranger o governo. 
	A moção é aprovada ou rejeitada por meio de votação (voto de censura ou voto de desconfiança).
	Normalmente, quando o Parlamento vota a censura, o governo é obrigado a renunciar ou a pedir a dissolução do parlamento e a convocação de eleições gerais. 
	O mecanismo do voto de censura surgiu em março de 1782, no Reino Unido, após a derrota do exército britânico na Revolução Americanca. O Parlamento britânico aprovou uma moção afirmando que seus integrantes não mais confiavam nos ministros.
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	O governo também pode ser demitido caso não consiga aprovar, no legislativo, uma moção de confiança; em alguns países, certos projetos de lei, como o orçamento, são sempre considerados moções de confiança.
	O voto de confiança é de iniciativa governamental, e trata-se de um instrumento de que o governo dispõe para legitimar-se (ou reafirmar a legitimidade), pois é o governo que tem a iniciativa de o propor ao Parlamento.
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	No parlamentarismo clássico, tanto na moção de censura como no voto de confiança a derrota do governo em qualquer dos casos implica a obrigação jurídica da apresentação imediata de demissão. 
	Ou seja, se a maioria (em geral simples) repudia um voto de confiança ou aprova uma moção de censura, o governo está juridicamente obrigado a se demitir.
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	A manutenção do equilíbrio de poderes do parlamentarismo se fecha com a instituição da dissolução do parlamento, que é da competência do governo.
	Nenhum dos poderes tem garantido um mandato fixo – como ocorre no presidencialismo. 
	O governo depende da confiança do Parlamento, e este depende da confiança do governo.
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	Caso o gabinete seja demitido, o parlamento deverá escolher um novo governo, com base na maioria partidária ou por meio de uma coligação. 
	Normalmente, quando o legislativo é incapaz de decidir-se acerca do novo governo ou caso haja uma sucessão de gabinetes instáveis em determinado período de tempo, o parlamento é dissolvido e novas eleições são convocadas.
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	O chefe de governo é responsável diante do Parlamento e, indiretamente, em face do eleitorado. 
	Tal possibilidade de dissolução é vista como uma das maiores virtudes do sistema, na medida em que, em face de crises políticas, não instabiliza as estruturas do Estado, como ocorre no sistema presidencialista.
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	No parlamentarismo existe responsabilidade política comum e maior controle recíproco. As formas extremas de exercício deste controle são:
 
 para a assembleia, o voto de censura à política do governo, podendo ocorrer sua demissão; 
 para o Executivo, a dissolução da assembleia, o que significa a realização de novas
eleições para o Parlamento, ou seja, apela-se ao controle da soberania do povo, que se expressa no eleitorado e na convocação eleitoral.
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Os eventuais conflitos entre Legislativo e Executivo podem ser resolvidos do seguinte modo:
 pela iniciativa do Parlamento, através da derrubada de um governo e a abertura da possibilidade de construir outro;
 através da decisão do governo de dissolver o Parlamento, reconduzindo a decisão para o eleitorado, que deverá escolher novos membros.
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	O líder do grupo majoritário no Parlamento é o chefe de governo, sendo seus ministros parlamentares escolhidos por aquele.
	O chefe do governo, com seus ministros, integra o Gabinete.
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	O Executivo participa da elaboração Legislativa, podendo apresentar projetos de lei, promulgando normas etc. 
	A vinculação e colaboração estreita entre Governo e Parlamento, ou entre Executivo-Legislativo, leva a um relacionamento muito mais estreito e diuturno do que o sistema presidencialista, facilitando assim a aprovação dos projetos de interesse do Governo.
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O sistema de governo parlamentar é 
baseado num poder tripartite:
- do eleitorado, que é a expressão do povo;
- do Parlamento, cuja representatividade é baseada e atualizada no procedimento eleitoral e intermediada pelos partidos políticos;
 do Executivo, cuja operacionalidade se apresenta na ação de governo.
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	O regime Parlamentar é o poder político da maioria. 
	É o princípio da vontade majoritária que obriga o Gabinete a ser “responsável”, isto é, a demitir-se quando a maioria o quer.
 
	O parlamentarismo é a consequência natural, lógica, quase automática, da aplicação do sistema representativo.
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	No parlamentarismo o povo efetivamente participa direta e indiretamente do governo de fato.
	Elege os representantes, que indicam o chefe de governo de fato, que não satisfazendo os anseios coletivos nacionais, é destituído sem ruptura traumática do ordenamento jurídico.
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CARACTERÍSTICA
1- O respeito a vontade do povo (eleição) 
2 - Responsabilidade política dos seus representantes.
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	As eleições determinam a legitimidade do mandato (tempo determinado), pressuposto de governo democrático, mas não autorizam nem justificam os erros, excessos e desmandos dos órgãos representativos.
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PRESSUPOSTOS DO 
PARLAMENTARISMO
1 - O parlamentarismo exige a existência de partidos políticos fortemente organizados;
2 - Respeito a opinião da maioria;
3 - Constante subordinação dos corpos representativos à vontade soberana do povo (governo de opinião);
4 - Governo de capacidades.
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Seu mecanismo é tão sensível à opinião pública que o próprio governo sente quando lhe falta a confiança nacional e se demite antes mesmo de se apurar eventual responsabilidades política. 
“Governo de opinião”
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	Os demagogos e medíocres não fazem carreira neste sistema.
	Os negócios públicos não se resolvem nos bastidores, são levados ao povo e as tribunas do Parlamento.
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O Estado Parlamentarista, 
é constituído dos poderes: 
Legislativo
 Executivo
 Judiciário
Poder moderador.
Pelo Presidente da Republica ou pelo Rei.

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