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RESUMO: LEI CONTRAVENÇÕES PENAIS

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LEI CONTRAVENÇÕES PENAIS
(DECRETO-LEI Nº 3.688/1941)
ANÁLISE PARTE GERAL
▲ Foi recepcionado pela CF/88, como uma Lei Ordinária.
▲ Fundamento Constitucional: Art. 5º, XXXIX: não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal.
► Deve ser dada interpretação extensiva a norma constitucional para incluir as contravenções penais como espécies do gênero infração penal.
▲ Conceito: Brasil = adota o sistema bipartido. Ou seja, uma infração penal se subdivide em: Crime (Delito) ou Contravenção.
	CONTRAVENÇÃO PENAL
	Crime Anão
	Crime Liliputiano
	Crime Vagabundo
▲ Crime x Contravenção:
Crime = infrações mais graves / Contravenção = infrações mais leves.
	
	CRIME
	CONTRAVENÇÃO
	
Penas
	Reclusão, Detenção e Reclusão e/ou Multa, Detenção e/ou Multa
	
Prisão Simples e/ou Multa
	Competência
	Federal / Estadual
	JECRIM 1
	
Tentativa
	É punida 
(art. 14, II, CP)
	Não é punida 2
(art. 4º LCP)
	
Ação Penal
	Pública Incondicionada, Condicionada, 
ou Privada
	
Pública 
Incondicionada 3
	Extraterritorialidade
	Admite (art. 7º, CP)
	Não admite 4
	Tempo Máximo
	30 anos (art. 75, CP)
	5 anos (art. 10)
	
Sursis (período de prova)
	Regra: 2 a 4 anos
Salvo: sursis humanitário ou etário (4 a 6 anos)
	
1 a 3 anos 5
	
Erro de Direito
	Não é admitido 
(art. 21, 1ª parte, CP)
	Admite 6
�
1 Exceto: foro por prerrogativa de função.
2 Questão. Contravenção penal não admite a forma tentada. 
( ) Certo ( ) Errado. 
Errado. Pois admite, só que não é punida.
“Irrelevante penal”
Art. 4º Não é punível a tentativa de contravenção. 
3 Ressalvada privada subsidiária pública.
Art. 17. A ação penal é pública, devendo a autoridade proceder de ofício. 
4 Diferentemente do CP (art. 7º), a LCP não admite a extraterritorialidade (princípio territorialidade absoluta).
Art. 2º A lei brasileira só é aplicável à contravenção praticada no território nacional. 
5 Art. 11, LCP.
Art. 11. Desde que reunidas as condições legais, o juiz pode suspender por tempo não inferior a um ano nem superior a três, a execução da pena de prisão simples, bem como conceder livramento condicional. 
6 Art. 8º, LCP. Hipótese de perdão judicial
Art. 8º No caso de ignorância ou de errada compreensão da lei, quando escusáveis, a pena pode deixar de ser aplicada. 
�
▲ Como regra, as contravenções penais são infrações que geram PERIGO!
└ Exceção: art. 29 = dano.
▲ Sujeitos Ativos: qualquer pessoa física (comum).
▲ Sujeitos Passivos: qualquer pessoa física OU jurídica (incluindo Estado e coletividade).
▲ Formas de Condutas: Ação ou Omissão.
▲ Tempo: Teoria da Atividade: art. 4º, CP (momento da ação ou omissão ainda que outro seja o resultado).
▲ Infrações de Menor Potencial Ofensivo:
Art. 61, Lei 9.099/95.  Consideram-se infrações penais de menor potencial ofensivo, para os efeitos desta Lei, as contravenções penais e os crimes a que a lei comine pena máxima não superior a 2 (dois) anos, cumulada ou não com multa. (Redação dada pela Lei nº 11.313, de 2006)
Únicas hipótese de contravenções que extrapolam a pena de 2 anos: Art. 45, 53 e 54, Decreto-Lei 6259/44.
└ Porém, mesmo assim, são consideradas de menor potencial ofensivo, e aplica-se a Lei 9.099/95.
► Doutrina majoritária e jurisprudência = sendo considerado contravenção penal (espécie) = independentemente do tempo da pena = será abrangido pelas benesses da Lei 9099.
▲ Competência para Julgamento:
► Em regra, Justiça Estadual (JECRIM).
Súmula nº 38 STJ: Compete à Justiça Estadual Comum, na vigência da Constituição de 1988, o processo por contravenção penal, ainda que praticada em detrimento de bens, serviços ou interesse da União ou de suas entidades. 
► Art. 109, IV, CF = Justiça Federal, em regra, NÃO julga contravenção penal.
└ Salvo.. contraventor = foro privilegiado JF (ex. juiz federal ( TRF).
► Contravenção Penal + Crime de competência da JF (conexão)? Há uma separação dos processos.
└ Não se aplica a súmula 122 do STJ, pois ela se refere a “crimes”. 
Súmula 122, STJ: Compete à Justiça Federal o processo e julgamento unificado dos crimes conexos de competência federal e estadual, não se aplicando a regra do art. 78, II, “a”, do Código de Processo Penal.
PROCESSUAL PENAL. CONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA. CRIME E CONTRAVENÇÃO. DESMEMBRAMENTO. CONEXÃO. I - As contravenções, mesmo que praticadas em detrimento de interesse da União, são apreciadas na Justiça Estadual (Súmula nº 38-STJ). II - Na hipótese de conexão ou continência, prevalece a regra constitucional (art. 109, inciso IV), indicando a necessidade do desmembramento. Conflito julgado procedente. STJ, CC 20454/RO, 3ª Seção, Rel. Ministro FELIX FISCHER, julgado em 13.12.1999, DJ 14.02.2000.
 ▲ Competência Lei Maria da Penha:
Art. 41, Lei 11.340/06. Aos crimes praticados com violência doméstica e familiar contra a mulher, independentemente da pena prevista, não se aplica a Lei nº 9.099, de 26 de setembro de 1995.
Abrange somente crimes? 
► Doutrina Majoritária = Não! A interpretação não é taxativa. Refere-se a “crime” de forma genérica. Portanto, abrange também as contravenções penais (não aplicando a Lei 9.099/95 para as contravenções penais praticadas com violência doméstica).
STJ: Alinhando-se à orientação jurisprudencial concebida no seio do Supremo Tribunal Federal, a Terceira Seção deste Superior Tribunal de Justiça adotou o entendimento de serem inaplicáveis aos crimes e CONTRAVENÇÕES penais pautados pela Lei Maria da Penha, os institutos despenalizadores previstos na Lei n. 9.099/95, dentre eles, a suspensão condicional do processo. (HC 196.253/MS, SEXTA TURMA, DJe 31/05/2013).
▲ Contravenção em Ato Infracional – ECA:
Art. 103, Lei 8.069/90. Considera-se ato infracional a conduta descrita como crime ou contravenção penal.
► O adolescente infrator pode ser responsabilizado por ato infracional correspondente a uma contravenção penal.
▲ Extradição em contravenções penais:
Art. 82, Lei 13.445/2017.  Não se concederá a extradição quando:
II - o fato que motivar o pedido não for considerado crime no Brasil ou no Estado requerente;
► Não é possível haver extradição para estrangeiro condenado por contravenção penal.
▲ Princípio da Especialidade:
Art. 1º Aplicam-se as contravenções às regras gerais do Código Penal, sempre que a presente lei não disponha de modo diverso. 
► Aplicar-se-á a referida lei, objeto de estudo, sendo aplicada o CP no tocante as normas gerais, no que não for contrário. Além das regras gerais do CP, aplicam-se subsidiariamente, as disposições do Código de Processo Penal e da Lei 9.099/95.
▲ Art. 3º - Teoria Piscológico-Normativa:
Art. 3º Para a existência da contravenção, basta a ação ou omissão voluntária. Deve-se, todavia, ter em conta o dolo ou a culpa, se a lei faz depender, de um ou de outra, qualquer efeito jurídico. 
► Revogado tacitamente!! Aplica-se art. 18, CP.
	Contravenção própria / típica
	Contravenção imprópria / atípica
	Não exige dolo / culpa. Bastando uma conduta voluntária.
	
Exceção: exige dolo e culpa. Porém, somente quando a lei expressamente exigir.
	Basta um ato de vontade, independentemente da finalidade.
	
	Teoria da Culpabilidade (NUCCI) o art. 3º estaria tacitamente revogado.
	
Questão. Pode haver infração penal sem dolo e culpa. ( ) Certo ( ) Errado.
Errado. Pois, de acordo com a teoria finalística e a proibição responsabilidade objetiva não pode haver contravenção sem observar culpa e dolo.
▲ Multa e Prisão Simples:
Art. 5º As penas principais são: 
        I – prisão simples. 
        II – multa. 
	Infração Penal
	Crime
	Contravenção
	- Pena de RECLUSÃO;
- Pena de DETENÇÃO;
- Isoladamenteou cumulativamente com pena de multa.
	- Pena de PRISÃO SIMPLES;
- Multa isoladamente
- Ambas cumulativa ou alternativamente cumuladas.
► Multa = regras do CP (art. 49 e 60). 
└ Pois a LCP não traz expresso a regulamentação das penas de multa, aplicando subsidiariamente o CP (art. 1º, LCP).
► Prisão Simples = o cálculo da pena será conforme o critério trifásico (art. 68, CP).
└ Admite-se, somente, regime semiaberto ou aberto.
Questão. Tício é condenado por contravenção penal. Durante cumprimento em regime semiaberto descumpre as regras do regime. Nesse caso pode regredir para o regime fechado. ( ) Certo ( ) Errado.
Errado. Não pode cumprir em regime fechado! Nem mesmo quando houver regressão de regime. Devido ao rigor penitenciário.
OBS.: Rogério Sanches (Código Penal Para Concursos, 2016) “em se tratando de contravenções penais punidas com prisão simples inexiste previsão de regime prisional fechado, independentemente de ser o condenado reincidente ou não, pois o art. 6º da LCP é expresso no sentido de que a pena de prisão simples deve ser cumprida em regime semiaberto ou aberto”.
Art. 6º A pena de prisão simples deve ser cumprida, sem rigor penitenciário, em estabelecimento especial ou seção especial de prisão comum, em regime semiaberto ou aberto.
└ Cumprida em estabelecimento especial.
Art. 6º. § 1º O condenado a pena de prisão simples fica sempre separado dos condenados a pena de reclusão ou de detenção. 
└ Prisão simples de até 15 dias = trabalho é facultativo. 
Art. 6º. § 2º O trabalho é facultativo, se a pena aplicada, não excede a quinze dias. 
└ Duração pena Prisão simples = máximo 5 anos.
Art. 10. A duração da pena de prisão simples não pode, em caso algum, ser superior a cinco anos, nem a importância das multas ultrapassar cinquenta contos. 
▲ Reincidência:
Art. 7º Verifica-se a reincidência quando o agente pratica uma contravenção depois de passar em julgado a sentença que o tenha condenado, no Brasil ou no estrangeiro, por qualquer crime, ou, no Brasil, por motivo de contravenção. 
	Reincidente
	Não Reincidente
	
Condenado com trânsito em julgado por crime + praticar outro crime.
	Condenado no Estrangeiro por Contravenção Penal + pratica Contravenção Penal no Brasil
	
Condenado com trânsito em julgado por crime + praticar contravenção penal no Brasil.
	
Condenado por Contravenção Penal + pratica crime. (Art. 63, CP)
Por exemplo: praticou contravenção, depois, praticou crime. Quando do julgamento desse crime, o referido não será considerado reincidente. (Contravenção é anterior)
	
Condenado com trânsito em julgado por contravenção penal + praticar contravenção penal no Brasil.
	
OBS.: A contravenção penal no estrangeiro não gera reincidência no Brasil!
▲ Aplicação de Medida Segurança:
Art. 13. Aplicam-se, por motivo de contravenção, as medidas de segurança estabelecidas no Código Penal, à exceção do exílio local. 
► É cabível as medidas de segurança nas contravenções penais, para os inimputáveis ou semi-imputáveis.
└ Internação;
Art. 16. O prazo mínimo de duração da internação em manicômio judiciário ou em casa de custódia e tratamento é de seis meses. 
└ Submissão a tratamento ambulatorial.
Art. 16. Parágrafo único. O juiz, entretanto, pode, ao invés de decretar a internação, submeter o indivíduo a liberdade vigiada. 
OBS.: O Profº DAMÁSIO afirma que deve prevalecer a regra do artigo 97 do CP. Conforme orientação majoritária da doutrina, não se aplica mais da liberdade vigiada, em face de sua extinção pela reforma da parte geral do Código Penal em 1984. NUCCI diverge e entende que o parágrafo continua em vigor, aplicando-se a liberdade vigiada ao contraventor, por ser mais favorável.
	
	CP
	LEP
	LCP
	Prazo Mínimo
	1 a 3 anos
	1 ano
	6 meses
	Prazo Máximo
	Não tem 1
	Artigo
	98
	184, § único
	16
1 STF: deve ser 30 anos / STJ: máximo da pena em abstrato (Súm. 527).
▲ Presunção Periculosidade:
Art. 14. Presumem-se perigosos, além dos indivíduos a que se referem os ns. I e II do art. 78 do Código Penal: 
        I – o condenado por motivo de contravenção cometido, em estado de embriaguez pelo álcool ou substância de efeitos análogos, quando habitual a embriaguez; 
        II – o condenado por vadiagem ou mendicância; 
Art. 15. São internados em colônia agrícola ou em instituto de trabalho, de reeducação ou de ensino profissional, pelo prazo mínimo de um ano:      
        I – o condenado por vadiagem (art. 59); 
        II – o condenado por mendicância (art. 60 e seu parágrafo); 
► Revogação tácita pela Lei 7.209/84, já que não é mais permitida a presunção de periculosidade.
▲ Conversão da Multa em Prisão Simples:
Art. 9º A multa converte-se em prisão simples, de acordo com o que dispõe o Código Penal sobre a conversão de multa em detenção. 
Parágrafo único. Se a multa é a única pena cominada, a conversão em prisão simples se faz entre os limites de quinze dias e três meses. 
► Revogação tácita do art. 9º da LCP.
► Penas: privativa liberdade / restritiva direitos / multa.
└ Não pode substituir a multa por privativa liberdade ou restritiva direito (art. 51, CP).
└ Se não pagar = dívida ativa.
Portanto, não pode substituir pena de multa por prisão simples.
OBS.: Rogério Sanches (Código Penal Para Concursos, 2016) “com o advento da Lei 9.268/96, transitada em julgado a sentença condenatória, a multa será considerada à dívida de valor, aplicando-se as normas da legislação relativas à dívida ativa da Fazenda Pública, inclusive no que concerne às causas interruptivas e suspensivas da prescrição, não mais se permitindo a conversão da pena de multa em detenção, no caso do seu não pagamento”.
▲ Substituição das Penas:
► Aplicável art. 44 e ss, CP = substituição das penas privativas de liberdade por restritivas de direitos e/ou multa.
└ CONTUDO... Não se admite a substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direito em infrações penais com violência ou grave ameaça à pessoa, conforme a exigência do requisito objetivo do art. 44 do Código Penal.
STJ. É INCABÍVEL a substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos em casos de crime ou contravenção cometido mediante violência ou grave ameaça à pessoa. Precedentes. (AgRg no REsp 1542483/MS, SEXTA TURMA, julgado em 03/09/2015, DJe 22/09/2015).
ANÁLISE PARTE ESPECIAL
DAS CONTRAVENÇÕES REFERENTES À PESSOA 
Art. 18. Fabricar, importar, exportar, ter em depósito ou vender, sem permissão da autoridade, arma ou munição: 
        Pena – prisão simples, de três meses a um ano, ou multa, ou ambas cumulativamente, se o fato não constitui crime contra a ordem política ou social. 
► De acordo com a maioria da doutrina, a vigência do art.18 restringe-se às ARMAS BRANCAS e armas de arremesso. 
► Se o objeto material é arma de fogo/munição: 
1) ter em depósito ou vender estão tipificados na lei 10.826/2003, nos artigos 14 (uso permitido) ou 16 (uso restrito). 
2) Vender, fabricar no exercício de atividade comercial ou industrial, configura o crime é de comércio ilegal - art.17. 
Art. 19. Trazer consigo arma fora de casa ou de dependência desta, sem licença da autoridade: 
        Pena – prisão simples, de quinze dias a seis meses, ou multa, de duzentos mil réis a três contos de réis, ou ambas cumulativamente. 
► Referido dispositivo continuaria sendo aplicável no caso de arma branca.
► Conforme entendimento adotado por esta Corte Superior de Justiça, o art. 19 da Lei de Contravenções Penais não foi revogado pela Lei n.º 9.437/97 - que instituiu o Sistema Nacional de Armas e tipificou como crime o porte ilegal de arma de fogo - mas tão somente DERROGADA, na medida em que ainda CONTINUA EM VIGOR EM RELAÇÃO À ARMABRANCA. (STJ, HC 255.192/MG).
► É pacífico o entendimento na jurisprudência que esta Contravenção Penal se classifica como de MERA CONDUTA E DE PERIGO ABSTRATO. 
§ 1º A pena é aumentada de um terço até metade, se o agente já foi condenado, em sentença irrecorrível, por violência contra pessoa. 
§ 2º Incorre na pena de prisão simples, de quinze dias a três meses, ou multa, quem, possuindo arma ou munição: 
        a) deixa de fazer comunicação ou entrega à autoridade, quando a lei o determina; 
        b) permite que alienado menor de 18 anos ou pessoa inexperiente no manejo de arma a tenha consigo; 
        c) omite as cautelas necessárias para impedir que dela se apodere facilmente alienado, menor de 18 anos ou pessoa inexperiente em manejá-la. 
► OBS: STF / STJ: É efeito da condenação – o confisco da arma branca ou perdimento em favor da União, conforme art. 91, inc. I, “a” do Código Penal. 
Art. 21. Praticar vias de fato contra alguém: 
       
        Pena – prisão simples, de quinze dias a três meses, ou multa, de cem mil réis a um conto de réis, se o fato não constitui crime. 
► As VIAS DE FATO se caracterizam como atos de violência, sem o dolo e a intensidade suficiente para ofender efetivamente a integridade física ou mental.
► Nessa esteira, diz a doutrina, por exclusão: "constitui vias de fato toda agressão física contra a pessoa, desde que não constitua lesão corporal”. Ex.: empurrão, bofetada, puxar cabelo, rasgar roupa, causando eritemas.
► Trata-se de Norma de natureza Subsidiária - somente é aplicável se o fato não constituir crime (ex. injúria real). 
► Segundo entendimento pacífico do STJ e do STF, a Contravenção Penal de vias de fato continua processada mediante Ação Penal Publica Incondicionada (STF - HC 80058/RJ), não ensejando a Lei 9.099/95 qualquer alteração na lei de contravenções penais. 
└ Porém, a Lei 9.099/95 transformou a lesão corporal leve em crime de Ação Penal Pública Condicionada à representação (art. 88).
► A contravenção de vias de fato, embora de menor potencial ofensivo, protege um bem juridicamente relevante para o direito penal - a incolumidade física - e quem a pratica põe em perigo aquele bem. Além disso, a sua prática, no âmbito doméstico, é dotada de maior reprovação, pois geralmente é o prenúncio de uma conduta mais grave, sendo INVIÁVEL A APLICAÇÃO DO PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA.
► Informativo nº 402, STJ: COMPETÊNCIA. CONTRAVENÇÃO. LEI MARIA DA PENHA. No caso, o autor desferiu socos e tapas no rosto da declarante, porém sem deixar lesões (vias de fato). Os juízos suscitante e suscitado enquadraram a conduta no art. 21 da Lei de Contravenções Penais (vias de fato).Diante disso, a Seção conheceu do conflito para declarar competente o juízo de Direito da Vara Criminal, e não o do Juizado Especial, por entender ser inaplicável a Lei n. 9.099/1995 aos casos de violência doméstica e familiar contra a mulher, ainda que se trate de contravenção penal. CC 104.020-MG, Rel. Min. Maria Thereza de Assis Moura, julgado em 12/8/2009.
Parágrafo único. Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço) até a metade se a vítima é maior de 60 (sessenta) anos. 
�
DAS CONTRAVENÇÕES REFERENTES AO PATRIMÔNIO 
Art. 24. Fabricar, ceder ou vender gazua ou instrumento empregado usualmente na prática de crime de furto: 
        Pena – prisão simples, de seis meses a dois anos, e multa, de trezentos mil réis a três contos de réis. 
► Gazua é chave falsa, mixa. 
► Condutas: fabricar, ceder ou vender este instrumento. 
► Se o agente é surpreendido adquirindo “gazua” o fato é atípico. 
► Também não comete receptação, porque se trata de produto de contravenção penal e o objeto material da receptação é produto de crime. 
► A contravenção do art. 24 não se caracteriza para qualquer crime patrimonial, somente para crime de furto. 
► O objeto material deve ter destinação própria para prática de furto, atentando-se para o termo usualmente, sendo necessário o exame pericial para a sua caracterização. 
► A perícia é importante para definir o objeto, e consequentemente, a caracterização ou não do delito em espécie. 
Art. 25. Ter alguém em seu poder, depois de condenado, por crime de furto ou roubo, ou enquanto sujeito à liberdade vigiada ou quando conhecido como vadio ou mendigo, gazuas, chaves falsas ou alteradas ou instrumentos empregados usualmente na prática de crime de furto, desde que não prove destinação legítima: 
        Pena – prisão simples, de dois meses a um ano, e multa de duzentos mil réis a dois contos de réis. 
► Informativo 722/STF: No julgamento do Recurso Extraordinário (RE) 583523, o Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF), por unanimidade, declarou NÃO RECEPCIONADO pela Constituição Federal (CF) de 1988 o artigo 25 da Lei de Contravenções Penais (LCP): O art. 25 da Lei de Contravenções Penais não é compatível com a Constituição de 1988, por violar os princípios da dignidade da pessoa humana (CF, art. 1º, III) e da isonomia (CF, art. 5º, caput e I). No mérito, destacou-se que o princípio da ofensividade deveria orientar a aplicação da lei penal, de modo a permitir a aferição do grau de potencial ou efetiva lesão ao bem jurídico protegido pela norma. Observou-se que, não obstante a contravenção impugnada ser de mera conduta, exigiria, para a sua configuração, que o agente tivesse sido condenado anteriormente por furto ou roubo; ou que estivesse em liberdade vigiada; ou que fosse conhecido como vadio ou mendigo. Assim, salientou-se que o legislador teria se antecipado a possíveis e prováveis resultados lesivos, o que caracterizaria a presente contravenção como uma infração de perigo abstrato.
Frisou-se que a LCP fora concebida durante o regime ditatorial e, por isso, o anacronismo do tipo contravencional. Asseverou-se que a condição especial “ser conhecido como vadio ou mendigo”, atribuível ao sujeito ativo, criminalizaria, em verdade, qualidade pessoal e econômica do agente, e não fatos objetivos que causassem relevante lesão a bens jurídicos importantes ao meio social. Consignou-se, no ponto, a inadmissão, pelo sistema penal brasileiro, do direito penal do autor em detrimento do direito penal do fato. No que diz respeito à consideração da vida pregressa do agente como elementar do tipo, afirmou-se o não cabimento da presunção de que determinados sujeitos teriam maior potencialidade de cometer novas infrações penais. Por fim, registrou-se que, sob o enfoque do princípio da proporcionalidade, a norma em questão não se mostraria adequada e necessária, bem como afrontaria o subprincípio da proporcionalidade em sentido estrito. (...), em acréscimo, que a tipificação em comento contrariaria, também, o princípio da presunção de inocência, da não culpabilidade. RE 583523/RS, rel. Min. Gilmar Mendes, 3.10.2013. 
DAS CONTRAVENÇÕES REFERENTES À INCOLUMIDADE PÚBLICA 
Art. 28. Disparar arma de fogo em lugar habitado ou em suas adjacências, em via pública ou em direção a ela: 
        Pena – prisão simples, de um a seis meses, ou multa, de trezentos mil réis a três contos de réis. 
► A referida contravenção fora revogada pela superveniente tipificação disposta ao teor do art. 15 (disparo de arma de fogo) do Estatuto do Desarmamento. 
Parágrafo único. Incorre na pena de prisão simples, de quinze dias a dois meses, ou multa, quem, em lugar habitado ou em suas adjacências, em via pública ou em direção a ela, sem licença da autoridade, causa deflagração perigosa, queima fogo de artifício ou solta balão aceso. 
► CAUSAR DEFLAGRAÇÃO PERIGOSA – revogada pelo art. 251, §1º do Código Penal e art. 16, parágrafo único, inc. III da L.10826/2003. 
► SOLTAR BALÃO ACESO - revogada. Trata-se de crime ambiental (art. 42, Lei 9605/98). 
► QUEIMAR FOGOS DE ARTIFÍCIO – é a única conduta do art. 28 que mantém vigência.
Há contravenção quando não há licença da autoridade, conforme a potencialidade lesiva dos fogosde artifício.
► Informativo nº 383 do STJ - CRIME. EXPLOSÃO. FOGOS. ARTIFÍCIO. O crime de explosão (de perigo comum), tal como descrito no art. 251 do CP, exige, como circunstância elementar, a comprovação de que a conduta perpetrada causou efetivamente afronta às vidas e integridade física das pessoas, ou mesmo concreto dano ao patrimônio de outrem. Daí que o arremesso de fogos de artifício em local ocasionalmente desabitado (no caso, a bilheteria de um cinema), que sequer causou danos ao ambiente, não pode denotar o crime de explosão. Poderia, no máximo, mostrar-se como a contravenção penal do art. 28, parágrafo único, do DL n. 3.688/1941, a qual já foi alcançada pela prescrição. (HC 104.952-SP). 
Art. 31. Deixar em liberdade, confiar à guarda de pessoa inexperiente, ou não guardar com a devida cautela animal perigoso: 
        Pena – prisão simples, de dez dias a dois meses, ou multa, de cem mil réis a um conto de réis. 
► Elemento Subjetivo: CULPA – OMISSÃO DE CAUTELA - NEGLIGÊNCIA 
► Para haver a contravenção, a omissão é relativa a animal perigoso, capaz de causar danos a alguém.
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem: 
        a) na via pública, abandona animal de tiro, carga ou corrida, ou o confia à pessoa inexperiente; 
        b) excita ou irrita animal, expondo a perigo a segurança alheia; 
        c) conduz animal, na via pública, pondo em perigo a segurança alheia. 
	Art. 31, caput
	Art. 31 parágrafo único
	Culpa
	Dolo
Art. 32. Dirigir, sem a devida habilitação, veículo na via pública, ou embarcação a motor em aguas públicas: 
        Pena – multa, de duzentos mil réis a dois contos de réis. 
► Súmula 720/STF: O art. 309 do Código de Trânsito Brasileiro, que reclama decorra do fato perigo de dano (perigo concreto), derrogou o art. 32 da Lei das Contravenções Penais no tocante à direção sem habilitação em vias terrestres. 
Art. 34. Dirigir veículos na via pública, ou embarcações em águas públicas, pondo em perigo a segurança alheia: 
        Pena – prisão simples, de quinze dias a três meses, ou multa, de trezentos mil réis a dois contos de réis. 
► Segundo o STF (HC 86276/MG), o art. 34/LCP ainda continuaria em vigor quanto à direção perigosa de veículo automotor, nas hipóteses não abrangidas pelos crimes tipificados no CTB. 
► Uma inovação interessante trazida pela Lei 13.546/17 foi a alteração no artigo 308, CTB, para incluir na sua descrição típica as condutas de exibição ou demonstração de perícia em manobra de veículo automotor. Antes punia-se somente as condutas de participar, na via pública, de corrida, disputa ou competição automobilística não autorizada, sendo que a exibição ou a demonstração de perícia no veículo caracterizava apenas a contravenção penal de direção perigosa (art. 34, LCP).
Art. 36. Deixar do colocar na via pública, sinal ou obstáculo, determinado em lei ou pela autoridade e destinado a evitar perigo a transeuntes: 
        Pena – prisão simples, de dez dias a dois meses, ou multa, de duzentos mil réis a dois contos de réis. 
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem: 
        a) apaga sinal luminoso, destrói ou remove sinal de outra natureza ou obstáculo destinado a evitar perigo a transeuntes; 
        b) remove qualquer outro sinal de serviço público. 
Art. 37. Arremessar ou derramar em via pública, ou em lugar de uso comum, ou do uso alheio, coisa que possa ofender, sujar ou molestar alguém: 
        Pena – multa, de duzentos mil réis a dois contos de réis. 
Parágrafo único. Na mesma pena incorre aquele que, sem as devidas cautelas, coloca ou deixa suspensa coisa que, caindo em via pública ou em lugar de uso comum ou de uso alheio, possa ofender, sujar ou molestar alguém. 
DAS CONTRAVENÇÕES REFERENTES À PAZ PÚBLICA 
Art. 42. Perturbar alguém o trabalho ou o sossego alheios: 
        I – com gritaria ou algazarra; 
        II – exercendo profissão incômoda ou ruidosa, em desacordo com as prescrições legais; 
        III – abusando de instrumentos sonoros ou sinais acústicos; 
        IV – provocando ou não procurando impedir barulho produzido por animal de que tem a guarda: 
        Pena – prisão simples, de quinze dias a três meses, ou multa, de duzentos mil réis a dois contos de réis. 
► A expressão: “alheios” faz concluir que a perturbação de uma única pessoa não configura esta contravenção. Evidenciado que uma pessoa determinada se encontrou em situação de incômodo e prejuízo, devido a ações do agente, configura-se, em princípio, a perturbação da tranquilidade e, não a perturbação do sossego alheio – figura que prevê prejuízo para número indeterminado de pessoas. (RHC 11.235/MG).
► O STF (HC 85032/RJ), decidiu que a perturbação deve alcançar um numero considerável de pessoas. Devem ser também considerados outros aspectos, tais como costumes e cultura. 
► Segundo o STJ (HC 54536/MS), se ocorrer poluição sonora em níveis prejudiciais à saúde humana, haverá crime ambiental.
DAS CONTRAVENÇÕES REFERENTES À FÉ PÚBLICA 
Art. 45. Fingir-se funcionário público: 
        Pena – prisão simples, de um a três meses, ou multa, de quinhentos mil réis a três contos de réis. 
► Sujeito Ativo pode ser qualquer pessoa. 
► Se efetivamente praticar ato privativo de funcionário público, responde pelo crime de usurpação de função pública. (art. 328, CP). 
► Se a intenção do agente é obter vantagem ou causar prejuízo a outrem, presente estará o crime de estelionato (art.171) ou o crime de falsa identidade do art. 307 do Código penal. 
Art. 46. Usar, publicamente, de uniforme, ou distintivo de função pública que não exerce; usar, indevidamente, de sinal, distintivo ou denominação cujo emprego seja regulado por lei. 
             Pena – multa, de duzentos a dois mil cruzeiros, se o fato não constitui infração penal mais grave. 
DAS CONTRAVENÇÕES RELATIVAS À ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO 
Art. 47. Exercer profissão ou atividade econômica ou anunciar que a exerce, sem preencher as condições a que por lei está subordinado o seu exercício: 
        Pena – prisão simples, de quinze dias a três meses, ou multa, de quinhentos mil réis a cinco contos de réis. 
► Só haverá Contravenção Penal se a profissão ou atividade for realizada sem cumprimento das exigências legais (norma penal em branco). 
► A Contravenção existe mesmo que não haja finalidade de lucro ou prejuízo a terceiros. 
► De acordo com o STF, se não houver lei regulamentando atividade, o fato é atípico. 
► STF: Impossibilidade de prosseguimento da ação penal quanto à acusação de exercício ilegal da profissão de árbitro, ou mediador. Ausência de requisito necessário à configuração do delito, contido na expressão "sem preencher as condições a que por lei está subordinado o seu exercício". Profissão cuja regulamentação é objeto de Projeto de Lei, em trâmite no Congresso Nacional. (HC 92183). 
► Informativo nº 428 do STJ: A Seção decidiu que compete ao juizado especial civil e criminal processar e julgar a contravenção penal referente ao exercício ilegal da atividade profissional no caso de um corretor de imóveis que teve sua inscrição cancelada pelo Creci por impontualidade do pagamento das anuidades (art. 47 do DL n. 3.688/1941) (CC 104.924-MG).
► STJ ( O simples fato de exercer atividade de flanelinha, sem estar registrado no órgão competente, não é suficiente para caracterizar a contravenção penal. 
► Informativo nº 536 do STJ. O exercício, sem o preenchimento dos requisitos previstos em lei, da profissão de guardador e lavador autônomo de veículos automotores (flanelinha) não configura a contravenção penal prevista no art. 47 do Decreto-Lei 3.688/1941 (exercício ilegal de profissão ou atividade). (RHC 36.280-MG). 
PROCESSUAL PENAL. RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS. CONTRAVENÇÃO PENAL. ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO. ART. 47 DA LCP. "FLANELINHA". AUSÊNCIADE REGISTRO. ATIPICIDADE DA CONDUTA. AUSÊNCIA DE JUSTA CAUSA PARA A AÇÃO PENAL. TRANCAMENTO. RECURSO ORDINÁRIO PROVIDO. I - O trancamento da ação penal constitui medida excepcional, justificada apenas quando comprovadas de plano, sem necessidade de análise aprofundada de fatos e provas, a atipicidade da conduta, a presença de causa de extinção de punibilidade ou a ausência de prova da materialidade ou de indícios mínimos de autoria. II - A jurisprudência do col. Supremo Tribunal Federal, bem como desta Corte, há muito se firmou no sentido de ser atípico o exercício da atividade desenvolvida pelo denominado "flanelinha", sem o registro nos órgãos competentes, ainda que esta exigência encontre previsão em lei, uma vez que a sua ausência não atingiria de forma significativa o bem jurídico tutelado pela norma penal. III - Segundo entendimento do excelso Supremo Tribunal Federal e desta Corte, a contravenção penal descrita no art. 47 da LCP (Dec.-Lei n. 3.688/41), tem como objetivo a tutela da organização do trabalho, notadamente as profissões que exigem habilitação ou qualificação técnica especializada, razão pela qual deve haver complementação por outra norma para definir tais requisitos. IV - A existência de norma estabelecendo a necessidade de registro para o exercício da atividade do "flanelinha", mediante a simples apresentação de documentos pessoais sem exigência de conhecimentos técnicos especializados, não se afigura, todavia, apta a criminalizar referida conduta à luz dos princípios do direito penal, em especial o da intervenção mínima e da ofensividade, Recurso ordinário provido para determinar o trancamento da ação penal em face da atipicidade da conduta. (STJ - RHC: 88815 RJ 2017/0227898-3, Relator: Ministro FELIX FISCHER, Data de Julgamento: 28/11/2017, T5 - QUINTA TURMA, Data de Publicação: DJe 06/12/2017).
► De acordo com o STF: A profissão de guardador e lavador autônomo de veículos automotores está regulamentada pela Lei 6.242/1975, que determina, em seu art. 1º, que o seu exercício “depende de registro na Delegacia Regional do Trabalho competente”. Entretanto, a não observância dessa disposição legal pelos pacientes não gerou lesão relevante ao bem jurídico tutelado pela norma, bem como não revelou elevado grau de reprovabilidade, razão pela qual é aplicável, à hipótese dos autos, o princípio da insignificância. 
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DAS CONTRAVENÇÕES RELATIVAS À POLÍCIA DE COSTUMES 
Art. 50. Estabelecer ou explorar jogo de azar em lugar público ou acessível ao público, mediante o pagamento de entrada ou sem ele: 
        Pena – prisão simples, de três meses a um ano, e multa, de dois a quinze contos de réis, estendendo-se os efeitos da condenação à perda dos moveis e objetos de decoração do local. 
§ 1º A pena é aumentada de um terço, se existe entre os empregados ou participa do jogo pessoa menor de dezoito anos. 
§ 2º Incorre na pena de multa, de R$ 2.000,00 (dois mil reais) a R$ 200.000,00 (duzentos mil reais), quem é encontrado a participar do jogo, ainda que pela internet ou por qualquer outro meio de comunicação, como ponteiro ou apostador. 
§ 3º Consideram-se, jogos de azar: 
        a) o jogo em que o ganho e a perda dependem exclusiva ou principalmente da sorte; 
        b) as apostas sobre corrida de cavalos fora de hipódromo ou de local onde sejam autorizadas; 
        c) as apostas sobre qualquer outra competição esportiva. 
§ 4º Equiparam-se, para os efeitos penais, a lugar acessível ao público: 
        a) a casa particular em que se realizam jogos de azar, quando deles habitualmente participam pessoas que não sejam da família de quem a ocupa; 
        b) o hotel ou casa de habitação coletiva, a cujos hóspedes e moradores se proporciona jogo de azar; 
        c) a sede ou dependência de sociedade ou associação, em que se realiza jogo de azar; 
        d) o estabelecimento destinado à exploração de jogo de azar, ainda que se dissimule esse destino. 
Art. 1º ( 17 = PARTE GERAL.
Art. 18 e seguintes = PARTE ESPECIAL.

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