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DIREITOS HUMANOS E CIDADANIA

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Direitos Humanos e Cidadania 
Polícia Rodoviária Federal - PRF 
Aula 00 - Aula Demonstrativa 
Prof. Ricardo Gomes 
 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Professor Ricardo Gomes 1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AULA DEMONSTRATIVA 
Direitos Humanos e Cidadania 
Introdução aos Direitos Humanos 
Professor Ricardo Gomes 
 
 
 
 
www.pontodosconcursos.com.br 
Direitos Humanos e Cidadania 
Polícia Rodoviária Federal - PRF 
Aula 00 - Aula Demonstrativa 
Prof. Ricardo Gomes 
 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Professor Ricardo Gomes 2 
 
 
 
 
Aula Conteúdo Programático Data 
00 Introdução aos Direitos Humanos 05/05 
01 
1 Teoria geral dos direitos humanos. 1.1 Conceito, 
terminologia, estrutura normativa, fundamentação. 2 
Afirmação histórica dos direitos humanos. • 3 Direitos 
humanos e responsabilidade do Estado. - Parte 1 
15/05 
02 
1 Teoria geral dos direitos humanos. 1.1 Conceito, 
terminologia, estrutura normativa, fundamentação. 2 
Afirmação histórica dos direitos humanos. • 3 Direitos 
humanos e responsabilidade do Estado. - Parte 2 
19/05 
03 4. Direitos Humanos na Constituição Federal. - Parte 1. 22/05 
04 4. Direitos Humanos na Constituição Federal. - Parte 2. 22/05 
05 
Institucionalização dos direitos e garantias 
fundamentais. Política nacional de direitos humanos. 
Programas nacionais de direitos humanos. – Parte 1. 
26/05 
06 
Institucionalização dos direitos e garantias 
fundamentais. Política nacional de direitos humanos. 
Programas nacionais de direitos humanos. – Parte 2. 
29/05 
07 
Política nacional de Direitos Humanos. – Parte 3. 
Programas nacionais de Direitos Humanos. – Parte 3 
02/06 
08 
Política nacional de Direitos Humanos. – Parte 4. 
Programas nacionais de Direitos Humanos. – Parte 4. 
05/06 
09 
Globalização e direitos humanos • As três vertentes da 
proteção internacional da pessoa humana. 10.1 Direitos 
humanos, direito humanitário e direito dos refugiados. 
• A Constituição brasileira e os tratados internacionais 
de direitos humanos.. - Parte 1. 
09/06 
10 
Globalização e direitos humanos • As três vertentes da 
proteção internacional da pessoa humana. 10.1 Direitos 
humanos, direito humanitário e direito dos refugiados. 
• A Constituição brasileira e os tratados internacionais 
de direitos humanos.. - Parte 2. 
12/06 
Aula 00 – Aula Demonstrativa 
Direitos Humanos e Cidadania 
Polícia Rodoviária Federal - PRF 
Aula 00 - Aula Demonstrativa 
Prof. Ricardo Gomes 
 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Professor Ricardo Gomes 3 
11 
Aplicações da perspectiva sociológica a temas e 
problemas contemporâneos da sociedade brasileira: a 
questão da igualdade jurídica e dos direitos de 
cidadania, o pluralismo jurídico, acesso à justiça. • 
Práticas judiciárias e policiais no espaço público. • 
Administração institucional de conflitos no espaço 
público. • Diretrizes Nacionais de Promoção e Defesa 
dos Direitos Humanos dos Profissionais de Segurança 
Pública (continuação da aula 4) • Diretrizes sobre o Uso 
da Força pelos Agentes de Segurança Pública - Parte 1. 
16/06 
12 
Aplicações da perspectiva sociológica a temas e 
problemas contemporâneos da sociedade brasileira: a 
questão da igualdade jurídica e dos direitos de 
cidadania, o pluralismo jurídico, acesso à justiça. • 
Práticas judiciárias e policiais no espaço público. • 
Administração institucional de conflitos no espaço 
público. • Diretrizes Nacionais de Promoção e Defesa 
dos Direitos Humanos dos Profissionais de Segurança 
Pública (continuação da aula 4) • Diretrizes sobre o Uso 
da Força pelos Agentes de Segurança Pública - Parte 2. 
19/06 
 
Sumário 
 
1. Breve Apresentação ....................................................................... 4 
2. Metodologia e conteúdo do curso .................................................. 5 
3. Aula Demonstrativa ....................................................................... 9 
4. Exercícios Comentados ................................................................ 25 
5. Exercícios com Gabarito .............................................................. 26 
6. Resumo da Aula ........................................................................... 27 
 
 
 
Direitos Humanos e Cidadania 
Polícia Rodoviária Federal - PRF 
Aula 00 - Aula Demonstrativa 
Prof. Ricardo Gomes 
 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Professor Ricardo Gomes 4 
Breve Apresentação 
 
Prezado(as) Concurseiros(as) de Plantão, 
 
É com muito prazer que inicio o Curso de Teoria e Exercícios de DIREITOS 
HUMANOS E CIDADANIA para a PRF! 
Muitos alunos estavam ansiosos com o lançamento do Curso, eis que 
consegui lançar agora! 
Creio que muitos já me conhecem aqui do Ponto dos Concursos, pois ministro 
cursos há mais de 7 ANOS, não só de Direito Eleitoral, mas também de 
Regimentos e Legislação, Processo Civil, Direitos Humanos, etc. 
 
Já foram diversos os concursos de TREs que fechamos a prova de Direitos 
Humanos, Direito Eleitoral e de Regimento Interno com base em meus cursos 
ministrados aqui no Ponto dos Concursos. Pretendemos realizar o mesmo neste 
concurso! 
 
Para quem ainda não me conhece, segue a minha breve apresentação: 
Meu nome é RICARDO GOMES, sou Bacharel em Direito pela Universidade 
Federal da Bahia (UFBA), formado no ano de 2007. Dei o primeiro passo na 
caminhada pelos concursos públicos no mesmo ano, quando fui aprovado 
exatamente no concurso do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). nos anos de 
2006/2007. Após isso, fui aprovado nos concursos do Tribunal de Justiça do 
Distrito Federal e Territórios (TJDFT), do Tribunal Superior do Trabalho (TST) e 
da Controladoria-Geral da União (CGU), no ano de 2008. Por último, logrei êxito 
no concurso para o cargo de Procurador do Banco Central do Brasil (BACEN), em 
2009/2010. 
Assim, também sou concurseiro igual a vocês! Atire a primeira pedra quem 
não é ou não foi! Rsrs. 
Trabalhei por mais de 1 ano no TSE. Posteriormente, trabalhei no TJDFT e, desde 
2008, atuo como Analista de Finanças e Controle da Controladoria-Geral da União 
(CGU). 
Por derradeiro, fui aprovado em 7º lugar para Consultor da Câmara dos 
Deputados – Área 2 (Direito Processual Civil, Civil e Internacional) em 2014. 
 
Ricardo Gomes 
Por sua aprovação! 
 
 
 
Direitos Humanos e Cidadania 
Polícia Rodoviária Federal - PRF 
Aula 00 - Aula Demonstrativa 
Prof. Ricardo Gomes 
 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Professor Ricardo Gomes 5 
Metodologia e Conteúdo do Curso 
 
Como já descrito, tenho confeccionado material em PDF para o Ponto dos 
Concursos há mais de 7 ANOS em algumas matérias, especialmente em 
Legislação Específica, Direitos Humanos e Direito Eleitoral. 
 
Foram mais de 20 TREs/TSE, bem como TRTs, TJs, MPU e MPs, STF, STJ, 
TST, STM, TJDFT, CGU, TCU, AGU, ICMSs, Ministérios, Agências 
Reguladoras, PCs, PRF, MTE, entre outros, nos quais disponibilizamos material 
de Direito Eleitoral, Direito Processual Civil, Regimentos Internos, 
Legislação Específica, Direitos Humanos, Ética etc. 
 
Ao longo desse período nós tivemos a oportunidade de criar e desenvolver uma 
metodologia própria de estudo das matérias, caracterizada principalmente pela 
objetividade (direto ao ponto), concisão, completude, poucas divagações, 
revisões e remissões constantes, exercícios de fixação e leitura da legislação 
seca. 
 
Por conta disso, conseguimos alcançar em quase todos os concursos pelos quais 
ministramos aulas 100% das questões cobradas na prova!O nosso curso será estruturado de acordo com a seguinte ordem metodológica: 
1. TEORIA – estudo teórico dos itens constantes do Sumário; 
2. EXERCÍCIOS COMENTADOS – questões dos concursos mais recentes; 
3. EXERCÍCIOS com GABARITO – para treinamento e fixação da matéria; 
4. RESUMO DA AULA – com os principais pontos estudados na aula, de 
leitura obrigatória após a aula e nas revisões semanais; 
5. LEGISLAÇÃO SECA – texto literal da legislação tratada na aula, para 
leitura e fixação. 
 
Já é de conhecimento de todos que uma das grandes vantagens dos Cursos do 
Ponto dos Concursos, elaborados para determinados concursos, é a abordagem 
específica de CADA PONTO DO EDITAL, fechando todas as lacunas possíveis de 
matérias e questões a serem cobradas pelo examinador. 
 
Os livros (doutrina), a despeito de trazerem uma maior vastidão de assuntos, são 
muito pouco específicos, objetivos e direcionados para a sua prova. Por outro 
lado, os Cursos do Ponto, de uma maneira geral, tentam levar ao aluno os 
principais tópicos a serem cobrados na prova, com base em cada item do edital, 
Direitos Humanos e Cidadania 
Polícia Rodoviária Federal - PRF 
Aula 00 - Aula Demonstrativa 
Prof. Ricardo Gomes 
 
 
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com comentários teóricos e por meio de exercícios de fixação dos assuntos 
especificamente estudados nas aulas. 
 
Certamente, com o estudo desse material, você, Aluno, não precisará preocupar-
se com a aquisição de outros materiais adicionais ou Livros da matéria estudada. 
A dica é estudar as Aulas Teóricas, fazer os Exercícios Comentados, ler a lei seca 
e repetir os exercícios com gabarito. 
 
Aconselho a ler o material pelo menos 3 VEZES, deixando 1 delas para a última 
semana antes da prova. 
 
Seguindo a linha de nossos Cursos ministrados no Ponto dos Concursos, este 
Curso para terá um CARÁTER PRÁTICO, voltado para o que, efetivamente, vem 
sendo cobrado nas últimas provas de concursos. 
 
Além do conhecimento e embasamento teórico que o aluno tem que dominar, é 
fundamental na preparação para concursos que o aluno faça e refaça quantos 
exercícios puder das matérias a ser estudadas, para que os conhecimentos 
apreendidos sejam verdadeiramente solidificados, aperfeiçoados e lapidados. 
 
Prova disso é que, mesmo após ser realizada uma leitura atenta e debruçada 
sobre determinado material, quando vamos responder às questões ficamos com 
um “montão” de dúvidas. Parece até que não aprendemos direito, e ai dizemos: 
“mas eu estudei isto? como não sei responder à questão?” 
 
Nestes casos, o aluno aprende, mas às vezes a sua visão e entendimento não foi 
pontual, não memorizou os pontos mais relevantes, correndo o risco de errar 
questões relativamente fáceis pela ausência de prática e por não ter visto o 
assunto com “outros olhos”, outro viés. 
 
Desse modo, os exercícios propiciam exatamente isto aos alunos: lapidarem 
seus conhecimentos teóricos para atentarem facetas não percebidas ao longo 
do estudo teórico, além também de revisarem e rememorarem a teoria. 
 
Desse modo, teremos uma parte teórica, com destaques e dicas dos pontos altos, 
e uma lista de várias questões comentadas! 
Creio que, com a exaustiva resolução de questões e com uma metodologia mais 
prática e didática, conseguiremos fechar a matéria! Até porque comentaremos 
exaustivamente todos os pontos relevantes de Direitos Humanos! 
Direitos Humanos e Cidadania 
Polícia Rodoviária Federal - PRF 
Aula 00 - Aula Demonstrativa 
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Informações sobre o Concurso da PRF 
Concurso PRF - Edital em breve! 
Compartilhar: 
 
 
O edital da Polícia Rodoviária Federal (Concurso PRF) poderá ser publicado 
muito em breve. De acordo com a portaria nº 2734/2016, foi constituído um 
grupo de servidores da PRF para trabalhar na elaboração do seu próximo 
concurso para Policial Rodoviário Federal. 
 
Na manhã do dia 22 de setembro, o órgão contratou uma empresa para fornecer 
um curso aos servidores sobre “Curso Concurso Público Teoria e Prática: 
Segurança e Eficiência no Planejamento, Realização e Controle”, o que 
demonstra que os preparativos do Concurso PRF continuam firmes. 
 
 
Além de todos os benefícios de ser um policial federal, foi aprovada a Lei 13.371, 
que prevê aumentos progressivos para a categoria. O primeiro aumento já 
acontece em 2017. 
Direitos Humanos e Cidadania 
Polícia Rodoviária Federal - PRF 
Aula 00 - Aula Demonstrativa 
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A remuneração inicial passará de R$ 7.177,91 para R$ 9.501,98 já em janeiro 
de 2017. Em 2018 a remuneração passará para R$9.931,57 e em 
2019R$10.357,88. Os valores já incluem os benefícios. 
 
 O órgão aguarda autorização do Ministério do Planejamento para divulgar a 
abertura do certame, que deve contar com cerca de 1.200 vagas. Não é possível 
desmotivar, certo? 
 
>>Último Concurso PRF 
A última seleção para Policial Rodoviário Federal aconteceu em 2013 e foi 
organizado pelo Cespe. Acesse AQUI o edital. 
 
Adianto desde já que é muito assunto! 
Conteúdo do Curso: 
DIREITOS HUMANOS E CIDADANIA: 
1 Teoria geral dos direitos humanos. 
1.1 Conceito, terminologia,estrutura normativa, fundamentação. 
2 Afirmação histórica dos direitos humanos. 
3 Direitos humanos eresponsabilidade do Estado. 
4 Direitos humanos na Constituição Federal. 
6 Institucionalização dos direitos egarantias fundamentais. 
7 Política nacional de direitos humanos. 
8 Programas nacionais de direitoshumanos. 
9 Globalização e direitos humanos. 
10 As três vertentes da proteção internacional da pessoa humana. 
10.1 Direitos humanos, direito humanitário e direito dos refugiados. 
11. A Constituição brasileira e os tratados internacionais de direitos 
humanos. 
12 Aplicações da perspectiva sociológica a temas e problemas 
contemporâneos da sociedade brasileira: a questão da igualdade jurídica 
e dos direitos de cidadania, o pluralismo jurídico, acesso à justiça. 
13. Práticas judiciárias e policiais no espaço público. 
14Administração institucional de conflitos no espaço público. 
 
 
 
 
 
Direitos Humanos e Cidadania 
Polícia Rodoviária Federal - PRF 
Aula 00 - Aula Demonstrativa 
Prof. Ricardo Gomes 
 
 
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AULA DEMONSTRATIVA 
 
 
 
Foquem suas mentes e estudos para esse concurso da PRF! Vocês 
trabalharão, em breve, em uma das unidades da PRF espalhadas pelo 
país! Tenham fé e preparem-se com antecedência... 
 
 
 
 
 
 
QUADRO SINÓPTICO DA AULA: 
 
1. Direitos Humanos. Noções Gerais. 
 
 
Evolução histórica dos Direitos Humanos: Fundamentos; Características; 
Princípios. 
 
Caros colegas, espero que estejam focados e animados no propósito de alcançar 
o tão almejado cargo público! Assim sendo, não percamos mais tempo, em nossa 
Direitos Humanos e Cidadania 
Polícia Rodoviária Federal - PRF 
Aula 00 - Aula Demonstrativa 
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aula demonstrativa abordarei temas muito interessantes, são eles: Evolução 
histórica dos Direitos Humanos: Fundamentos; Características; Princípios. 
 
Para tanto, nesta Aula Demonstrativa apenas iniciaremos os referidos pontos. 
Gente, o assunto “Direitos Humanos” é muito controverso e, grande parte do 
público já possui conceitos ou até mesmo pré-conceitos sobre o tema. Quem 
nunca questionou, emalgum momento, as ações de representantes dos direito 
humanos? “Só protegem marginal!” “Nunca se levantam para beneficiar o cidadão 
de bem!”. Em contrapartida, quase ninguém consegue definir o que realmente é, 
e como surgiram os conceitos inerentes aos Direitos Humanos. 
 
Então vejamos: humano é o indivíduo que pertence à espécie homo-sapiens 
(ou seja, homens, mulheres e crianças) e direito é tudo aquilo que se garante a 
determinado grupo, uma prerrogativa. Então, pode-se concluir que “Direitos 
Humanos” são todas as garantias e ações conferidas às pessoas pelo simples 
fato de pertencerem à espécie humana. 
 
Em síntese, os Direitos Humanos abarcam a maneira pela qual cada um de nós 
gostaria de ser tratados pelos nossos pares, com respeito e igualdade. Além 
disso, trata-se do direito de ser respeitado por suas ideias e atitudes., engloba 
o direito de falar o que se pensa (liberdade de pensamento) e o de professar 
a sua fé (liberdade religiosa). 
 
Ainda, de acordo com Napoleão Casado Filho: 
 
“Direitos Humanos são um conjunto de direitos, positivados ou não, cuja 
finalidade é assegurar o respeito à dignidade da pessoa humana, por meio da 
limitação do arbítrio estatal e do estabelecimento da igualdade nos pontos 
de partida dos indivíduos, em um dado momento histórico.” 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Direitos Humanos e Cidadania 
Polícia Rodoviária Federal - PRF 
Aula 00 - Aula Demonstrativa 
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Nesse sentido, os Direitos Humanos abarcam os seguintes conceitos 
fundamentais: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Consoante Erivaldo da Silva Oliveira, os direitos humanos correspondem à 
somatória de valores, de atos e de normas que possibilitam a todos uma vida 
digna. 
 
De outro lado, André Carvalho Ramos ensina que Direitos Humanos podem ser 
conceituados como o conjunto mínimo de direitos necessário para assegurar 
uma vida ao ser humano baseada na liberdade e na dignidade (Direitos 
Humanos em juízo). 
 
Agora, atenção, é de relevo ressaltar que as várias fontes de produção e criação 
dos direitos humanos concorrem para um conceito em comum: a imperiosa 
necessidade de limitação e controle do Estado e a conseqüente consagração 
do primado da legalidade e da igualdade. 
 
Em complemento, pode-se verificar que existem diversos tipos de direitos e leis 
aplicáveis a determinados grupos de indivíduos ou segmentos sociais. Por 
exemplo, a Lei 8.112/90 é aplicável somente aos servidores públicos civis da 
União (Estatuto dos servidores federais); a Lei 8.666/90 é aplicável nos casos de 
licitações públicas. 
 
Direitos Humanos 
Conjunto de Direitos 
Respeito à Dignidade da 
pessoa humana. 
Limite ao arbítrio estatal e 
o estabelecimento de 
igualdade dos pontos de 
partida. 
Direitos Humanos e Cidadania 
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No entanto, os Direitos Humanos são aplicáveis igualitariamente a todos 
aqueles pertencentes à espécie humana em qualquer lugar, 
independentemente de cor, etnia, país, governo, classe social, idade etc. 
TODOS TÊM, EXATAMENTE, OS MESMOS DIREITOS!! Não há castas, 
separação e diferenciação entre os humanos (todos são iguais perante a lei). 
 
Com base nessas premissas, as Nações Unidas elencaram os direitos inerentes 
à condição humana. Tais direitos foram insertos em um documento chamado 
Declaração Universal dos Direitos Humanos, transcrita a seguir: 
 
DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS 
Adotada e proclamada pela resolução 217 A (III) da Assembléia Geral das Nações 
Unidas em 10 de dezembro de 1948 
Preâmbulo 
Nenhuma disposição da presente Declaração pode ser interpretada como o 
reconhecimento a qualquer Estado, grupo ou pessoa, do direito de exercer 
qualquer atividade ou praticar qualquer ato destinado à destruição de quaisquer 
dos direitos e liberdades aqui estabelecidos. 
Considerando que o reconhecimento da dignidade inerente a todos os membros 
da família humana e de seus direitos iguais e inalienáveis é o fundamento da 
liberdade, da justiça e da paz no mundo, 
Considerando que o desprezo e o desrespeito pelos direitos humanos resultaram 
em atos bárbaros que ultrajaram a consciência da Humanidade e que o advento 
de um mundo em que os homens gozem de liberdade de palavra, de crença e da 
liberdade de viverem a salvo do temor e da necessidade foi proclamado como a 
mais alta aspiração do homem comum, 
Considerando essencial que os direitos humanos sejam protegidos pelo Estado 
de Direito, para que o homem não seja compelido, como último recurso, à 
rebelião contra tirania e a opressão, 
Considerando essencial promover o desenvolvimento de relações amistosas entre 
as nações, 
Considerando que os povos das Nações Unidas reafirmaram, na Carta, sua fé nos 
direitos humanos fundamentais, na dignidade e no valor da pessoa humana e na 
igualdade de direitos dos homens e das mulheres, e que decidiram promover o 
progresso social e melhores condições de vida em uma liberdade mais ampla, 
Considerando que os Estados-Membros se comprometeram a desenvolver, em 
cooperação com as Nações Unidas, o respeito universal aos direitos humanos e 
liberdades fundamentais e a observância desses direitos e liberdades, 
Direitos Humanos e Cidadania 
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Considerando que uma compreensão comum desses direitos e liberdades é da 
mis alta importância para o pleno cumprimento desse compromisso, 
A Assembléia Geral proclama 
A presente Declaração Universal dos Diretos Humanos como o ideal comum a ser 
atingido por todos os povos e todas as nações, com o objetivo de que cada 
indivíduo e cada órgão da sociedade, tendo sempre em mente esta Declaração, 
se esforce, através do ensino e da educação, por promover o respeito a esses 
direitos e liberdades, e, pela adoção de medidas progressivas de caráter nacional 
e internacional, por assegurar o seu reconhecimento e a sua observância 
universais e efetivos, tanto entre os povos dos próprios Estados-Membros, quanto 
entre os povos dos territórios sob sua jurisdição. 
Artigo I 
Todas as pessoas nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotadas de 
razão e consciência e devem agir em relação umas às outras com espírito de 
fraternidade. 
Artigo II 
Toda pessoa tem capacidade para gozar os direitos e as liberdades estabelecidos 
nesta Declaração, sem distinção de qualquer espécie, seja de raça, cor, sexo, 
língua, religião, opinião política ou de outra natureza, origem nacional ou social, 
riqueza, nascimento, ou qualquer outra condição. 
Artigo III 
Toda pessoa tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal. 
Artigo IV 
Ninguém será mantido em escravidão ou servidão, a escravidão e o tráfico de 
escravos serão proibidos em todas as suas formas. 
Artigo V 
Ninguém será submetido à tortura, nem a tratamento ou castigo cruel, desumano 
ou degradante. 
Artigo VI 
Toda pessoa tem o direito de ser, em todos os lugares, reconhecida como pessoa 
perante a lei. 
Artigo VII 
Todos são iguais perante a lei e têm direito, sem qualquer distinção, a igual 
proteção da lei. Todos têm direito a igual proteção contra qualquer discriminação 
que viole a presente Declaração e contra qualquer incitamento a tal 
discriminação. 
Artigo VIII 
Toda pessoa tem direitoa receber dos tributos nacionais competentes remédio 
efetivo para os atos que violem os direitos fundamentais que lhe sejam 
reconhecidos pela constituição ou pela lei. 
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Artigo IX 
Ninguém será arbitrariamente preso, detido ou exilado. 
Artigo X 
Toda pessoa tem direito, em plena igualdade, a uma audiência justa e pública 
por parte de um tribunal independente e imparcial, para decidir de seus direitos 
e deveres ou do fundamento de qualquer acusação criminal contra ele. 
Artigo XI 
1. Toda pessoa acusada de um ato delituoso tem o direito de ser presumida 
inocente até que a sua culpabilidade tenha sido provada de acordo com a lei, em 
julgamento público no qual lhe tenham sido asseguradas todas as garantias 
necessárias à sua defesa. 
2. Ninguém poderá ser culpado por qualquer ação ou omissão que, no momento, 
não constituíam delito perante o direito nacional ou internacional. Tampouco será 
imposta pena mais forte do que aquela que, no momento da prática, era aplicável 
ao ato delituoso. 
Artigo XII 
Ninguém será sujeito a interferências na sua vida privada, na sua família, no seu 
lar ou na sua correspondência, nem a ataques à sua honra e reputação. Toda 
pessoa tem direito à proteção da lei contra tais interferências ou ataques. 
Artigo XIII 
1. Toda pessoa tem direito à liberdade de locomoção e residência dentro das 
fronteiras de cada Estado. 
2. Toda pessoa tem o direito de deixar qualquer país, inclusive o próprio, e a este 
regressar. 
Artigo XIV 
1.Toda pessoa, vítima de perseguição, tem o direito de procurar e de gozar asilo 
em outros países. 
2. Este direito não pode ser invocado em caso de perseguição legitimamente 
motivada por crimes de direito comum ou por atos contrários aos propósitos e 
princípios das Nações Unidas. 
Artigo XV 
1. Toda pessoa tem direito a uma nacionalidade. 
2. Ninguém será arbitrariamente privado de sua nacionalidade, nem do direito de 
mudar de nacionalidade. 
Artigo XVI 
1. Os homens e mulheres de maior idade, sem qualquer retrição de raça, 
nacionalidade ou religião, têm o direito de contrair matrimônio e fundar uma 
família. Gozam de iguais direitos em relação ao casamento, sua duração e sua 
dissolução. 
Direitos Humanos e Cidadania 
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2. O casamento não será válido senão com o livre e pleno consentimento dos 
nubentes. 
Artigo XVII 
1. Toda pessoa tem direito à propriedade, só ou em sociedade com outros. 
2.Ninguém será arbitrariamente privado de sua propriedade. 
Artigo XVIII 
Toda pessoa tem direito à liberdade de pensamento, consciência e religião; este 
direito inclui a liberdade de mudar de religião ou crença e a liberdade de 
manifestar essa religião ou crença, pelo ensino, pela prática, pelo culto e pela 
observância, isolada ou coletivamente, em público ou em particular. 
Artigo XIX 
Toda pessoa tem direito à liberdade de opinião e expressão; este direito inclui a 
liberdade de, sem interferência, ter opiniões e de procurar, receber e transmitir 
informações e idéias por quaisquer meios e independentemente de fronteiras. 
Artigo XX 
1. Toda pessoa tem direito à liberdade de reunião e associação pacíficas. 
2. Ninguém pode ser obrigado a fazer parte de uma associação. 
Artigo XXI 
1. Toda pessoa tem o direito de tomar parte no governo de seu país, diretamente 
ou por intermédio de representantes livremente escolhidos. 
2. Toda pessoa tem igual direito de acesso ao serviço público do seu país. 
3. A vontade do povo será a base da autoridade do governo; esta vontade será 
expressa em eleições periódicas e legítimas, por sufrágio universal, por voto 
secreto ou processo equivalente que assegure a liberdade de voto. 
Artigo XXII 
Toda pessoa, como membro da sociedade, tem direito à segurança social e à 
realização, pelo esforço nacional, pela cooperação internacional e de acordo com 
a organização e recursos de cada Estado, dos direitos econômicos, sociais e 
culturais indispensáveis à sua dignidade e ao livre desenvolvimento da sua 
personalidade. 
Artigo XXIII 
1.Toda pessoa tem direito ao trabalho, à livre escolha de emprego, a condições 
justas e favoráveis de trabalho e à proteção contra o desemprego. 
2. Toda pessoa, sem qualquer distinção, tem direito a igual remuneração por 
igual trabalho. 
3. Toda pessoa que trabalhe tem direito a uma remuneração justa e satisfatória, 
que lhe assegure, assim como à sua família, uma existência compatível com a 
dignidade humana, e a que se acrescentarão, se necessário, outros meios de 
proteção social. 
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4. Toda pessoa tem direito a organizar sindicatos e neles ingressar para proteção 
de seus interesses. 
Artigo XXIV 
Toda pessoa tem direito a repouso e lazer, inclusive a limitação razoável das 
horas de trabalho e férias periódicas remuneradas. 
Artigo XXV 
1. Toda pessoa tem direito a um padrão de vida capaz de assegurar a si e a sua 
família saúde e bem estar, inclusive alimentação, vestuário, habitação, cuidados 
médicos e os serviços sociais indispensáveis, e direito à segurança em caso de 
desemprego, doença, invalidez, viuvez, velhice ou outros casos de perda dos 
meios de subsistência fora de seu controle. 
2. A maternidade e a infância têm direito a cuidados e assistência especiais. Todas 
as crianças nascidas dentro ou fora do matrimônio, gozarão da mesma proteção 
social. 
Artigo XXVI 
1. Toda pessoa tem direito à instrução. A instrução será gratuita, pelo menos nos 
graus elementares e fundamentais. A instrução elementar será obrigatória. A 
instrução técnico-profissional será acessível a todos, bem como a instrução 
superior, esta baseada no mérito. 
2. A instrução será orientada no sentido do pleno desenvolvimento da 
personalidade humana e do fortalecimento do respeito pelos direitos humanos e 
pelas liberdades fundamentais. A instrução promoverá a compreensão, a 
tolerância e a amizade entre todas as nações e grupos raciais ou religiosos, e 
coadjuvará as atividades das Nações Unidas em prol da manutenção da paz. 
3. Os pais têm prioridade de direito n escolha do gênero de instrução que será 
ministrada a seus filhos. 
Artigo XXVII 
1. Toda pessoa tem o direito de participar livremente da vida cultural da 
comunidade, de fruir as artes e de participar do processo científico e de seus 
benefícios. 
2. Toda pessoa tem direito à proteção dos interesses morais e materiais 
decorrentes de qualquer produção científica, literária ou artística da qual seja 
autor. 
Artigo XVIII 
Toda pessoa tem direito a uma ordem social e internacional em que os direitos e 
liberdades estabelecidos na presente Declaração possam ser plenamente 
realizados. 
Artigo XXIX 
1. Toda pessoa tem deveres para com a comunidade, em que o livre e pleno 
desenvolvimento de sua personalidade é possível. 
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2. No exercício de seus direitos e liberdades, toda pessoa estará sujeita apenas 
às limitações determinadas pela lei, exclusivamente com o fim de assegurar o 
devido reconhecimento e respeito dos direitose liberdades de outrem e de 
satisfazer às justas exigências da moral, da ordem pública e do bem-estar de 
uma sociedade democrática. 
3. Esses direitos e liberdades não podem, em hipótese alguma, ser exercidos 
contrariamente aos propósitos e princípios das Nações Unidas. 
Artigo XXX 
Nenhuma disposição da presente Declaração pode ser interpretada como o 
reconhecimento a qualquer Estado, grupo ou pessoa, do direito de exercer 
qualquer atividade ou praticar qualquer ato destinado à destruição de quaisquer 
dos direitos e liberdades aqui estabelecidos. 
 
 
Aspectos Históricos iniciais dos Direitos Humanos. 
 
É bom destacar que, para os direitos humanos consolidarem-se e serem aceitos 
atualmente como universais a toda espécie humana, foram necessários muitos 
séculos até o estágio atual. Aliás, a construção desses conceitos sofreu 
alterações durante a formação e reconstrução das instituições humanas. Esses 
aspectos serão devidamente abordados no tópico 2 desta aula. 
 
No início da conformação de nossas sociedades, os direitos humanos não 
existiam. Diversas cidades guerreavam entre si, sendo que os ganhadores 
vendiam os vencidos como escravos e praticavam as mais variadas barbaridades. 
Nesse sentido, caso você estivesse do lado vitorioso “Tava tudo dominado” era 
só “Festa”. Mas, meu amigo, caso você tivesse o azar de estar do lado do 
perdedor “Tava lascado”. 
 
Até que, um homem Ciro “o grande” decidiu mudar aquele estado de coisas. 
Depois de conquistar a Babilônia, ele fez algo completamente impensável na 
época: libertou todos os escravos. Também anunciou que todas as pessoas eram 
livres para professar sua própria religião. Então, suas palavras foram registradas 
em um tablete de barro denominado cilindro de Ciro. Assim nasceram os direitos 
humanos. 
 
Com o tempo, os conceitos criados no momento explicitado no parágrafo anterior 
disseminaram-se em várias outras culturas. Além disso, foi percebido que as 
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pessoas seguiam determinadas leis que não necessariamente eram expressas, 
identificando-se dessa forma uma maneira de agir peculiar a todos. 
 
Definiu-se esse modo de comportar-se em sociedade como “Lei Natural”. É bom 
frisar que, com o tempo, o conceito de “Lei Natural” transmutou para “Direito 
Natural”. No entanto, essas leis, não raramente, eram ignoradas por aqueles 
que detinham o poder. 
 
Todavia, na Inglaterra, no ano de 1215 d.c, o Rei João sem terra foi 
obrigado a assinar a “Magna Carta” documento que, basicamente, limitou o 
poder monárquico. Esse é o primeiro instrumento1 de defesa dos indivíduos que 
pode ser considerado referência para os futuros tratados sobre direitos humanos. 
 
Assim, com a instituição da Magna Carta, o rei reconhecia e era compelido a não 
violar determinados direitos dos seus súditos. Foi um passo importante, mas não 
o decisivo porquanto não consolidou o direito a todos os indivíduos. 
 
Tanto é assim que, com a descoberta das Américas, os nativos não recebiam o 
tratamento humanitário devido. Muitos povos foram exterminados. Além disso, a 
escravidão ainda continuou sendo prática aceitável, oficialmente, em nosso país 
até o ano de 1888. 
 
Seguindo a ordem de acontecimentos no tempo, acerca da evolução dos Direitos 
Humanos na História, Norberto Bobbio, em sua obra Dicionário de Política, 
esclarece que a Inglaterra e a França tiveram papel importante na vitória do 
cidadão sobre o poder, assim: 
“O constitucionalismo moderno tem, na promulgação de um texto escrito 
contendo uma declaração dos Direitos Humanos e de cidadania, um dos seus 
momentos centrais de desenvolvimento e de conquista, que consagra as vitórias 
do cidadão sobre o poder. 
Usualmente, para determinar a origem da declaração no plano histórico, é 
costume remontar à Déclaration des droits de l`homme et du citoyen, votada 
pela Assembléia Nacional francesa em 1789, na qual se proclamava a liberdade 
e a igualdade nos direitos de todos os homens, reivindicavam-se os seus direitos 
naturais e imprescritíveis (a liberdade, a propriedade, a segurança, a 
resistência à opressão), em vista dos quais se constitui toda a associação política 
 
1 Embora com um forte viés econômico porquanto focava na proibição de arbitrariedades na cobrança de 
impostos por parte do monarca. 
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legítima. Na realidade, a Déclaration tinha dois grandes precedentes: os Bills of 
rights de muitas colônias americanas que se rebelaram em 1776 contra o domínio 
da Inglaterra e o Bill of rights inglês, que consagrava a gloriosa revolução de 
1689. 
(...) 
Durante a Revolução Francesa foram proclamadas outras Déclarations 
(1793,1795): interessante a de 1793 pelo seu caráter menos individualista e mais 
social em nome da fraternidade, e a de 1795, porque ao lado dos “direitos” são 
precisados também os “deveres”, antecipando assim uma tendência que tomará 
corpo no século XIX (podemos pensar nos Doveri dell`uomo, de Mazzini); a 
própria Constituição italiana tem como título da primeira parte “Direitos e deveres 
do cidadão”. 
 
Nesse ponto, podemos citar um grande marco histórico, importantíssimo para os 
Direitos Humanos, o ILUMINISMO. As ideias que permeavam os iluministas 
robusteceram o que veio a ser outro marco, a REVOLUÇÃO FRANCESA, que 
pode ser considerada mais abrangente e importante que a REVOLUÇÃO 
AMERICANA, porquanto seu caráter UNIVERSAL. 
 
Ou seja, a Revolução Francesa teve um caráter universal, pois não houve 
restrições de qualquer natureza porque os direitos eram extendidos a todos. 
Nesse sentido, a 1ª Carta redigida nesse momento histórico atribuía a todos o 
direito à LIBERDADE, à IGUALDADE e à FRATERNIDADE. O objetivo era 
proteger o indivíduo da arbitrariedade do Estado. Outro marco da escalada dos 
Direitos Humanos será o fim da 2ª Guerra mundial a ser comentado mais 
adiante. 
 
Outro ponto fundamental para o nosso estudo é a instituição, em 07 de junho 
de 1628, na Inglaterra, do documento “Petition of Rights”. Esse documento 
impunha ao soberano restrições, como a cobrança e/ou aumento de impostos 
sem a autorização parlamentar, a prisão de indivíduos sem julgamento justo e à 
lei marcial. Portanto, os pontos insertos na “Petition of Rights” submetiam e 
condicionavam a autoridade do Rei ao controle e autorização do Parlamento 
Inglês. Aqui, mais uma vez, fica patente a ideia de proteger o indivíduo de ações 
arbitrárias do Estado e das autoridades. 
 
Portanto, pode-se considerar o documento “Petition of Rights” como sendo o 
embrião do sistema de freios e contrapesos, ou seja, a existência de Poderes 
autônomos que, ao mesmo tempo, harmonizam-se. 
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Nessa direção, é importante que abordemos também a criação do “Habeas 
Corpus Act” em 1679. Esse documento visava proteger a liberdade de 
locomoção encontrando-se presente no ordenamento jurídico de diversos países 
até os dias atuais. Nesse sentido, conforme o disposto no “Habeas Corpus Act” 
de 1679, a reclamação ou requerimento escrito de determinado indivíduo - ou a 
favor de algum súdito preso (ou acusado da autoriade algum crime) - era 
submetida à apreciação do magistrado. 
 
Ademais, é de grande relevo destacar o documento denominado “Bill of Rights”. 
Essa carta de diretios – instituída em 16 de dezembro de 1689 – garantia, 
na Inglaterra, a supremacia do Parlamento sobre a vontade do soberano. Nesse 
sentido, objetivava-se diminuir os abusos cometidos pela nobreza com relação 
aos súditos. Dessa maneira, o Bill of Rights, em sua essência, procurava blindar 
a liberdade, a vida, a propriedade privada e o poder parlamentar. 
 
Amigos, mas a história, às vezes dá uma pequena virada de tempos em tempos. 
Um jovem oficial francês, de nome Napoleão, não concordava muito com os ideais 
de liberdade, igualdade e fraternidade. Na realidade, ele tinha em mente um 
plano para derrubar a democracia francesa, coroar-se imperador e “dominar o 
mundo”. 
 
Quase conseguiu, mas a Europa juntou forças e o derrotou. Só um comentário 
nesse ponto, os planos napoleônicos, salvo melhor juízo, até que não foram ruins 
para os brasileiros tendo em vista que a expansão de Napoleão no continente 
europeu forçou a família portuguesa a exilar-se (com toda sua côrte, no Brasil). 
Esse fato ajudou sobremaneira o desenvolvimento de nosso país2. Vamos 
prosseguir com nossa matéria. 
 
Após a derrota de Napoleão, os Direitos Humanos voltaram a ser um tema 
importante na pauta mundial. Houve a assinatura de muitos acordos 
internacionais que consolidaram os direitos humanos na Europa. No entanto, 
como já foi colocado, só na Europa. O restante do mundo era consumido em suas 
riquezas (tanto materiais como culturais). Os habitantes das Colônias, 
principalmente os nativos das Américas e África, em sua maioria eram mortos ou 
escravizados pelos impérios europeus em crescimento. 
 
 
2 Para os curiosos sobre o tema, recomendo a leitura do livro 1808 de autoria do escritor Laurentino Gomes. 
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Com o tempo, várias colônias europeias nas Américas se revoltaram conseguindo 
sua independência, quase sempre de maneira violenta. Nesse ambiente 
conturbado, um homem se destacou na luta a favor dos direitos humanos: 
Mahatma Gandhi, que liderou o povo indiano em uma revolução pacífica contra 
a opressão do império Britânico. Nesse sentido, insistiu que todos os povos do 
mundo tinha o direito de serem respeitados, não só os europeus. Por fim, mesmo 
os europeus começaram a concordar com essa ideia. 
 
Todavia, mais uma vez, as coisas não transcorreriam de forma tranquila, 2 
Guerras eclodiram. Na 2ª grande guerra, o nazismo tomou força. O conceito de 
superioridade entre “raças” (?!) cresceu na Alemanha nazista. Esse julgamento 
equivocado levou ao extermínio de milhões de judeus e pessoas de diversas 
nações. O flagelo humano extendeu-se à toda a Europa. O mundo nunca havia 
presenciado destruição de tamanha magnitude. 
 
Com o fim da guerra e derrota da Alemanha nazista e de seus aliados, as nações 
vencedoras pensaram em vários mecanismos que evitassem uma catástrofe da 
mesma natureza no futuro e mantivessem a paz no mundo. Um deles foi a criação 
das Nações Unidas (ONU), que primava pelo fortalecimento dos Direitos 
Humanos. Portanto, podemos considerar o fim da 2ª grande guerra e a 
criação das Nações Unidas o 3º Marco histórico na evolução dos Direitos 
Humanos juntamente com o Iluminismo e a Revolução Francesa. 
 
É importante destacar que a criação das Nações Unidas teve como foco não 
apenas a manutenção da paz internacional, mas também desenvolver a igualdade 
entre os povos. Isso porque a redução das desigualdades é fator sine qua non 
para a paz entre os Estados. 
 
Apesar de todo esse histórico de ações que corroboraram para a afirmação de 
valores de respeito à vida e à liberdade, os documentos até então convencionados 
conceituavam os direitos humanos, não raramente, de pespectivas diferentes. 
Com o intuito de consolidar os conceitos, em 10 de dezembro de 1948, foi 
Adotada e proclamada, pela resolução 217 A (III) da Assembléia Geral das 
Nações Unidas, a Declaração Universal dos Direitos Humanos. 
 
Pessoal, é bom deixar claro que, apesar de toda essa evolução conceitual, muitos 
desses direitos não são respeitados. O fato é que a Declaração Universal dos 
Direitos Humanos NÃO TEM força de lei, portanto tem caráter apenas 
enunciativo e principiológico! Entretanto, a Declaração Universal dos Direitos 
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Humanos RECOMENDA que todos os países integrantes da ONU sigam seus 
preceitos. 
 
Além de ser uma RECOMENDAÇÃO, a Declaração Universal dos Direitos do 
Homem de 1948 também se afigura como um CERTIFICADO DE PRINCÍPIOS 
HUMANITÁRIOS que devem ser seguidos. Apesar de não possuir caráter 
vinculante e com força de lei, a Declaração de 1948 é hoje o principal instituto 
de proteção do indivíduo. 
 
Em resumo, a Declaração Universal dos Direitos Humanos não é vinculante, 
não tem força de lei, mas guarda apenas um caráter enunciativo, de 
recomendação e princípios gerais a serem aplicáveis por cada Estado. 
 
Por fim, cabem os seguintes comentários acerca dos fundamentos dos direitos 
humanos. Primeiro, é ponto pacífico nessa conversa que os direitos humanos 
estão fudamentados na DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA. Também, da 
Declaração Universal dos Direitos Humanos, decorrem 3 princípios 
fundamentais: 
1) Inviolabilidade da pessoa humana; 
2) Autonomia da pessoa humana; 
3) Dignidade da pessoa humana. 
 
No entanto, diversos teóricos que se debruçaram sobre o tema formaram dois 
grupos com pensamentos opostos. Uns abraçaram o POSITIVISMO e outros o 
JUSNATURALISMO, como fundamentos dos Direitos Humanos. 
 
Fundamentos dos Direitos Humanos: 
 Positivistas; 
 Jusnaturalistas. 
 
Na defesa do Positivismo temos dois renomados autores: Hans Kelsen e 
Norberto Bobbio. Suas obras defendem a historicidade do direito, ou seja, o 
direito não tem caráter absoluto, ele é mutável (de acordo com a evolução das 
sociedades e seus pontos de vista) no que concerne à cultura, à moral, à 
economia etc. Portanto, na visão desses autores, é inócuo atribuir um caráter 
imutável, ou até mesmo eterno no tempo e no espaço aos regramentos que 
orientam as diversas sociedades. De acordo com Norberto Bobbio, os direitos 
humanos não nascem todos de uma vez, nem de uma vez por todas. 
 
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Além disso, o Positivismo defende o caráter coercivo das normas. Para os 
positivistas, não há que se falar de eficácia de um dispositivo caso o não possa 
ser imposto aos indivíduos. Ora, se uma norma não é obrigatória, não passa de 
mera expectativa de conduta, tornando o futuro desse regramento bastante 
incerto. Nesse sentido, os positivistas defendem a inserção dos dispositivos 
relacionados aos direitos humanos na Lei máxima de cada Estado (nas 
Constituições). Além disso, os mesmo dispositivos devem ser insertos em 
tratados e convenções internacionais de direitos humanos para solidificar seus 
preceitos. 
 
Nesse sentido, Norberto Bobbio aventa que, tendo em vista a superação da 
fase de positivação dos direitos humanos, o foco deva ser demovido da 
fundamentaçãopara a efetividade dos mesmos. Ou seja, devem ser pensados 
mecanismos para a real aplicação dos direitos humanos. 
 
Já o JUSNATURALISMO, defendido por autores como Dalmo de Abreu Dallari 
e Fábio Konder Comparato, apontam o indivíduo como centro e fundamento 
absoluto dos direitos humanos. Assim, nem o tempo, nem a diversidade de 
culturas, nem a localização geográfica podem extirpar do ser humano seus 
direitos. Nesse sentido, a dignidade do ser humano é alçada a princípio 
intangível que deve ser resguardado por todos. 
 
Essa linha de pensamento mostra-se bastante coerente, porquanto toda prática 
que mutila, diminui ou exclui indivíduos colabora para o flagelo humano, para a 
dor das pessoas. Então, tudo que implicar em dor aos indivíduos deve ser 
totalmente condenado pela humanidade. Seguindo esse raciocínio, os direitos 
humanos não foram criados pelos homens ou mesmo pelos Estados, eles já 
existiam como pressupostos inerentes à pessoa humana. 
 
Dessa forma, os direitos humanos deveriam ser um conjunto de normas 
asseguradoras do bem-estar humano primando por sua dignidade (junção dos 2 
fundamentos dos Direitos Humanos: Positivista e Jusnaturalista). 
 
Ainda com relação aos fundamentos dos direitos humanos é importante conhecer 
dois pensamentos (divergentes também) acerca do assunto: o 
UNIVERSALISMO e o RELATIVISMO. Em uma breve síntese pode-se dizer que 
o UNIVERSALISMO adere ao JUSNATURALISMO e o RELATIVISMO ao 
POSITIVISMO. 
 
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Assim, no pensamento Universalista, os direitos humanos estão em patamar 
acima das Leis, da cultura, do Estado. Também é plausível a aplicação da 
coercitividade para obrigar um Estado soberano a seguir os ditames insertos na 
Declaração Universal dos Direitos Humanos. 
 
O Relativismo opõe-se às conclusões externalizadas pelo pensamento 
Universalista. Segundo a linha do Relativismo, o Direito é uma produção 
cultural dependente do desenvolvimento dos povos na história. Nesse sentido, 
há que se respeitar o multiculturalismo e a soberania dos povos. Universalizar 
os direitos humanos seria impor uma lógica cristã e ocidental ao restante do 
globo. 
 
 
 
Na próxima Aula daremos continuidade ao nosso estudo de Direitos Humanos. 
Pessoal, este foi apenas um aperitivo. Na próxima Aula continuaremos nosso 
estudo! 
De todo modo, curtam alguns exercícios!!!! 
Abaixo 2 listas de Exercícios: a 1ª com comentários e a 2ª apenas com gabarito. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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EXERCÍCIOS COMENTADOS 
 
QUESTÃO 1 (Delegado de Polícia/2003/SP): Assinale o documento que não 
se relaciona aos antecedentes formais das declarações de direito: 
a) Magna Carta (1215) 
b) “Petition of Rights” (1628) 
c) “Habeas Corpus Act” (1679) 
d) “Chart of Liberties” (1732) 
 
COMENTÁRIOS: 
Essa é tranquila, como visto “Chart of Liberties” é o único documento que não 
é considerado um antecedente formal das declarações de direito. 
 
RESPOSTA CERTA: D 
 
QUESTÃO 2 (Delegado de Polícia/2000/SP): 
Tecnicamente a Declaração Universal dos Direitos do Homem (1948) constitui: 
a) um acordo internacional; 
b) uma recomendação 
c) um tratado internacional; 
d) um pacto. 
 
COMENTÁRIOS: 
Na aula vimos que a Declaração Universal dos Direitos do Homem não tem força 
de lei. Assim sendo, é opcional a aderência do Estado as suas regras. No entanto, 
é RECOMENDADO que as nações integrantes da ONU respeitem esse regramento. 
A Declaração Universal dos Direitos do Homem é, portanto, uma 
RECOMENDAÇÃO. 
 
RESPOSTA CERTA: B 
 
 
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EXERCÍCIOS com GABARITO 
 
QUESTÃO 1 (Delegado de Polícia/2003/SP): Assinale o documento que não 
se relaciona aos antecedentes formais das declarações de direito: 
a) Magna Carta (1215) 
b) “Petition of Rights” (1628) 
c) “Habeas Corpus Act” (1679) 
d) “Chart of Liberties” (1732) 
 
QUESTÃO 2 (Delegado de Polícia/2000/SP): Tecnicamente a Declaração 
Universal dos Direitos do Homem (1948) constitui: 
e) um acordo internacional; 
f) uma recomendação 
g) um tratado internacional; 
h) um pacto. 
 
 
GABARITOS OFICIAIS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 2 
D B 
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RESUMO DA AULA 
 
Os Direitos Humanos abarcam a maneira pela qual cada um de nós gostaria de 
ser tratados pelos nossos pares, com respeito e igualdade. Além disso, trata-se 
do direito de ser respeitado por suas ideias e atitudes., engloba o direito de falar 
o que se pensa (liberdade de pensamento) e o de professar a sua fé 
(liberdade religiosa), fundamentando-se na dignidade da pessoa humana. 
Nesse sentido, os Direitos Humanos abarcam os seguintes conceitos 
fundamentais: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Os Direitos Humanos são aplicáveis igualitariamente a todos aqueles 
pertencentes à espécie humana em qualquer lugar, independentemente de 
cor, etnia, país, governo, classe social, idade etc. TODOS TÊM, 
EXATAMENTE, OS MESMOS DIREITOS!! Não há castas, separação e 
diferenciação entre os humanos (todos são iguais perante a lei). 
A Declaração Universal dos Direitos Humanos é o documento que elenca os 
direitos inerentes à condição humana. Não tem força de lei, mas com caráter 
de recomendação a todos os países integrantes da Organização das Nações 
Unidas – ONU. 
No início da conformação de nossas sociedades, os direitos humanos não 
existiam. Diversas cidades guerreavam entre si, sendo que os ganhadores 
vendiam os vencidos como escravos e praticavam as mais variadas barbaridades. 
Direitos Humanos 
Conjunto de Direitos 
Respeito à Dignidade da 
pessoa humana. 
Limite ao arbítrio estatal e 
o estabelecimento de 
igualdade dos pontos de 
partida. 
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A Magna Carta de 1215 limitou o poder monárquico. Este documento é 
considerado o 1º instrumento de defesa dos indivíduos e referência para os 
futuros tratados sobre direitos humanos. 
Os ideais ILUMINISTAS fundamentaram revoltas populares dentre as quais se 
destacam a REVOLUÇÃO FRANCESA, de caráter UNIVERSAL (LIBERDADE, 
IGUALDADE E FRATERNIDADE) e a REVOLUÇÃO AMERICANA. 
O Petition of Rights (07 de junho de 1628 na Inglaterra) foi o documento 
que impôs ao soberano restrições, como a cobrança e/ou aumento de impostos 
sem a autorização parlamentar, a prisão de indivíduos sem julgamento justo e à 
lei marcial. Portanto, os pontos insertos no “Petition of Rights” submetiam e 
condicionavam a autoridade do Rei ao controle e autorização do Parlamento 
Inglês. 
O Habeas Corpus Act de 1679 protegeu a liberdade de locomoção sendo que 
se encontra presente no ordenamento jurídico de diversos países até os dias 
atuais. 
O Bill of Rightsfoi o documento que buscava blindar a liberdade, a vida, a 
propriedade privada e o poder parlamentar. 
O fim da 2ª grande guerra e a criação das Nações Unidas foram o 3º marco 
histórico na evolução dos Direitos Humanos, juntamente com o Iluminismo e a 
Revolução Francesa. 
A Declaração Universal dos Direitos Humanos não é vinculante, não tem força 
de lei, mas guarda apenas um caráter enunciativo, de recomendação e 
princípios gerais a serem aplicáveis por cada Estado. 
Da Declaração Universal dos Direitos Humanos, decorrem 3 princípios 
fundamentais: 
1) Inviolabilidade da pessoa humana; 
2) Autonomia da pessoa humana; 
3) Dignidade da pessoa humana. 
Fundamentos dos Direitos Humanos: 
 Positivistas; 
 Jusnaturalistas. 
 
 
POSITIVISMO: 
a) Mutável; 
b) Caráter coercitivo das normas; 
c) Foco na efetividade dos direitos humanos 
 
JUSNATURALISMO: 
Direitos Humanos e Cidadania 
Polícia Rodoviária Federal - PRF 
Aula 00 - Aula Demonstrativa 
Prof. Ricardo Gomes 
 
 
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a) Indivíduo como centro e fundamento absoluto dos direitos humanos; 
b) Foco na dignidade do ser humano; 
c) Os direitos humanos independem da cultura e da história específica de cada 
povo; 
d) Os direitos humanos já existiam antes mesmo da positivação das normas. 
 
O UNIVERSALISMO adere ao JUSNATURALISMO e o RELATIVISMO ao 
POSITIVISMO. 
 
UNIVERSALISMO: 
a) Direitos humanos acima da Lei, da cultura e do Estado; 
b) Considera plausível a aplicação da coercitividade para obrigar um Estado 
soberano a seguir os ditames insertos na Declaração Universal dos Direitos 
Humanos. 
RELATIVISMO: 
a) O Direito é uma produção cultural dependente do desenvolvimento dos 
povos na história; 
b) Considera necessário respeitar o multiculturalismo e a soberania dos povos; 
c) Contra a universalização dos direitos humanos. 
 
 
REFERÊNCIAS 
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil: promulgada em 5 
de outubro de 1988. 33. ed. São Paulo: Saraiva, 2010. 
Nestor Sampaio Penteado Filho. Direitos Humanos – Doutrina – Legislação: 
quarta edição; 
Napoleão Casado Filho. Direitos Humanos Fundamentais. 2012 
Erival da Silva Oliveira. Direito Constitucional - Direitos Humanos – terceira 
edição revisada e atualizada. 
Norberto Bobbio, Nicola Matteucci, Gianfranco Pasquino. Dicionário de Política – 
Volume 1 – décima terceira edição.Site: www.humanrights.com

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