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Dependência Química

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PSICOLOGIA HOSPITALAR
 
DEPENDÊNCIA QUÍMICA
Michel William de Oliveira
Prof.ª Pâmela Pitágoras
 
8 MILHÕES DE BRASILEIROS
Dependência química é uma doença crônica e incurável ;
Não tem uma causa única e especifica é multifatorial, sendo um conjunto de fatores psicológico, biológico e social, internos e externos; 
Estudos afirmam que o fator genético responda por algo entre 40% e 60% da vulnerabilidade ao vício;
 
A genética explica que existem pessoas com baixos níveis de receptores de dopamina;
A maior parte dos dependentes químicos se iniciou no vício - qualquer um deles - na juventude.
			 FATORES DE RISCO
INTERNOS:
. Curiosidade
. Insegurança e baixo autoestima 
. Necessidade de pertencimento
. Falta de autocontrole
. Falta de vínculos
. Transtornos psiquiátricos ( TA, TC, depressão, entre outras)
EXTERNOS:
. Opinião do grupo
. Fácil acesso
. Modismo
. Pressão externa
. Ambiente desfavoráveis e hostis
	 FATORES PROTETORES
. Ambiente familiar afetivo, com regras e limites influenciam as crianças a crescerem mais seguras e tolerantes à frustrações;
. Ambiente escolar adequado com apoio pedagógico, parâmetros claros e consistentes e que lhe possibilitassem encontrar prazer, realização pessoal e oportunidades de participação ativa;
 
.Religião por ser delimitador de conduta moral
AÇÃO E EFEITO DA DROGA NO CÉREBRO 
. Dopamina é um neurotransmissor responsável pela sensação de prazer;
. O uso da droga faz com que a dopamina seja liberada em grande quantidade, hiper estimulando os neurotransmissores;
. Provoca sensação de euforia e prazer;
o cérebro fica dependente dessa sobrecarga de estímulos, gerando descontrole dos impulso pela busca do prazer.
CRITÉRIOS DE DIAGNÓSTICO PELO DSM – V
 
Transtornos Relacionados ao Uso de Substâncias (DSM­V). Padrão mal adaptativo de uso de substância levando a prejuízo ou sofrimento significativo, manifestado por 2 (ou mais) dos seguintes critérios, ocorrendo dentro de um 
período de 12 meses.
Uso recorrente de substância resultando em falha no cumprimento de obrigações no trabalho, escola ou em casa ;
 
2. Uso recorrente em situações em que isso pode ser fisicamente perigoso ;
 
3. Uso continuado da substância apesar de problemas recorrentes e persistentes nas esferas social ou interpessoal causados ou exacerbados pelos efeitos da substância; 
4. Tolerância, definida por qualquer um dos seguintes aspectos:
 
a) Uma necessidade de quantidades progressivamente maiores da substância para adquirir a intoxicação ou efeito desejado.
 
b) Acentuada redução do efeito com o uso continuado da mesma quantidade de droga.
 5. Abstinência;
  6. A substância é frequentemente consumida em maiores quantidades ou por um período mais longo do que o pretendido;
 
7. Existe um desejo persistente ou esforços mal sucedidos no sentido de reduzir ou parar com o uso das substancias;
 
8. Muito tempo é gasto em atividades necessárias para a obtenção da substância;
  
9. Importantes atividades sociais, ocupacionais ou recreativas são abandonadas ou reduzidas em virtude do uso da substância.
 
10. O uso da substância continua, apesar da consciência de ter um problema físico ou psicológico persistente ou recorrente que tende a ser causado ou exacerbado pela 
Substância;
 
11. Fissura ou Craving – um forte desejo ou urgência de usar uma substância  específica.
EXISTEM TRÊS TIPOS DE CLASSIFICAÇÃO PARA A DEPENDÊNCIA QUÍMICA
 
LEVE: presença de dois ou três dos onze critérios por um ano
 
MODERADA: presença de quatro ou cinco critérios por um ano
 
GRAVE: presença de mais de seis dos onze critérios por um ano
DEPENDÊNCIA
Padrão de consumo constante e descontrolado e relação disfuncional entre o sujeito e seu modo de consumir a substância psicotrópica, visando aliviar sintomas de mal-estar, desconforto físico e mental conhecidos como Síndrome de Abstinência. 
Uso Social – geralmente em situações sociais, droga usada como simples experimentação, curiosidade ou recreação.
Uso Nocivo – problemas físicos e mentais, acarreta consequências sociais, sem problemas de complicações crônicas relacionadas ao consumo.
DEPENDÊNCIA FÍSICA
O organismo se ajusta à presença da droga que passa a ser necessária para que ele funcione normalmente (TRANSTORNOS DE ORDEM FISIOLÓGICA)
Sem a droga: ocorre crises ou SÍNDROME DE ABSTINÊNCIA
Se o dependente físico ficar sem tomar a droga poderá sofrer: calafrios, cãibras, sudorese, taquicardia entre vários outros sintomas.
DEPENDÊNCIA PSÍQUICA
Impulso psicológico forte (compulsão) para o uso contínuo da droga
O sujeito é dominado por uma forte vontade, quase incontrolável, de administrar a droga à qual se habituou.
DEPENDÊNCIA COMPORTAMENTAL
Conhecida como dependência não-química
Impulsos recorrentes fazendo a pessoa a praticar atos 
danosos á sua saúde
Exemplos:
Compulsão por jogos de azar, por sexo, pornografia, computadores, vídeo games, internet, trabalho, compras, entre outros.
DROGAS
Qualquer substância que introduzida no organismo
produzindo modificações.
Drogas Psicotrópicas ou Psicoativas
atua no sistema nervoso central (capacidade de pensar, analisar, abstrair, julgar e agir) Ou seja, atuam em nosso cérebro alterando nosso psiquismo.
Toda droga que, quando absorvida pelo organismo (via oral, endovenosa, inalada) provocam modificações no funcionamento do S.N.C, essa situação provoca mudanças no estado de consciência e na percepção do usuário, alterando o comportamento, o humor e/ou a cognição, porque tais substâncias podem atuar como: 
 DEPRESSORAS – ESTIMULANTES - PERTUBADORAS
Tipos de Drogas
As drogas atuam no cérebro afetando a atividade mental, sendo por essa razão denominada psicoativas. 
Basicamente, elas são divididas três tipos:
Drogas que diminuem a atividade mental (Depressoras) Afetam o cérebro, fazendo com que funcione de forma mais lenta. Essas drogas diminuem a atenção, a concentração, a tensão emocional e a capacidade intelectual. 
Exemplos: Ansiolíticos (tranquilizantes), álcool, inalantes (cola), narcóticos (morfina, heroína). 
Drogas que aumentam a atividade mental (Estimulantes) Afetam o cérebro, fazendo com que funcione de forma mais acelerada. 
Exemplos: Cafeína, tabaco, anfetamina, cocaína, crack.
 
Drogas que alteram a percepção (Alucinógenas) Provocam distúrbios no funcionamento do cérebro, fazendo com que ele passe a trabalhar de forma desordenada. 
Exemplos: Maconha, cogumelo, perturbadores sintéticos (LSD), anticolinérgicos (plantas e medicamentos).
 
Uso é permitido legalmente (álcool, tabaco, cafeína, inalantes e medicamentos.
Responsáveis pelo maior carga de doenças e maior custo social entre as drogas.
DROGAS ILÍCITAS
Cujo uso é proibido legalmente (maconha, cocaína, crack, ecstasy, etc.)
Responsáveis por significativas mudanças na ordem social, principalmente em função do tráfico de drogas, que é uma das principais determinantes da violência urbana.
 O que diferencia um medicamento de um veneno é a dose em que ele é usado
Medicamento: toda droga com utilidade terapêutica cientificamente comprovada
Remédio: tudo o que provoca alívio de um sinal e/ou sintoma
Droga de Abuso: utilizada com finalidade intoxicante, geralmente usada de forma descontrolada, leva ao uso de risco ou à dependência.
TRATAMENTO
FARMACOLÓGICO
Atendimentos médicos com psiquiatra que, após fazer uma avaliação, poderá receitar remédios que contribuam para o tratamento e alívio de sintomas psíquicos que colaboram com o uso de substâncias psicoativas; como ansiedade generalizada, depressão, etc.
PSICOTERÁPICO
Atendimentos psicológicos que auxiliarão na compreensão do eu e da relação deste com a substância psicoativa utilizada, auxiliando na orientação e compreensão da dinâmica problemática do uso, abusoe dependência das drogas.
O psicólogo poderá ajudar na conscientização do problema e na necessidade de se abster destas substâncias favorecendo bem estar e qualidade de vida.
AMBULATORIAL
São tratamentos oferecidos por instituições públicas ou privadas de saúde que compõem acompanhamento com médico psiquiatra, psicólogos, enfermeiros, terapeutas ocupacionais, reuniões de grupos de mútua ajuda. São serviços como os oferecidos pelos CAPS (Centros de Atenção Psicossocial).
TÉCNICAS
AVALIAÇÃO 
E 
INTERVENÇÕES
A TCC no tratamento da dependência química baseia-se na teoria da aprendizagem social, em que a aquisição de novos comportamentos e crenças é resultado das experiências prévias do indivíduo.
O enfoque da TCC visa o manejo e a compreensão do uso de drogas a partir do aprendizado e das crenças do paciente, que precipitam e mantêm o uso e a mudança de padrões de comportamentos antigos, para auxiliar na modificação de distorções cognitivas e crenças disfuncionais, o que pode possibilitar a cessação do uso.
A TCC utiliza técnicas de entrevista motivacional com o objetivo de auxiliar o indivíduo nos processos de mudanças de comportamentos e nos sentimentos de ambivalência
TIPOS DE INTERNAÇÕES
VOLUNTÁRIA: quando a própria pessoa pede ou aceita a internação para tratamento de dependência em substâncias psicoativas.
INVOLUNTÁRIA: realizada normalmente como resgate e feita contra a vontade do dependente.
 
COMPULSÓRIA: internações realizadas sob ordem judicial como opção de tratamento no lugar de encarceramento.
PARE DE OLHAR PARA TRÁS.
VOCÊ JÁ SABE ONDE ESTEVE.
AGORA PRECISA SABER ONDE VAI!
“DEUS, CONCEDEI-ME A SERENIDADE PARA ACEITAR AS COISAS QUE NÃO POSSO MODIFICAR, CORAGEM PARA MODIFICAR AQUELAS QUE POSSO E A SABEDORIA PARA PERCEBER A DIFERENÇA.”
OBRIGADO

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