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Slides sobre o Texto Comunidades tribais a educação difusa

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Raízes da cultura e da escola ocidental
Comunidades tribais: a educação difusa
(ARANHA, 2006: p. 33-39)
– Concepção tradicional de vida tribal como pré-
histórica:
• ocorrida antes da história, quando os povos
ainda não tinham escrita para registrar
acontecimentos.
– “Pré-História”:
• período extremamente longo, marcado por: 
1- divisão básica em duas ou três fases:
Paleolítico, Neolítico e Idade dos Metais;
2- lenta transformação dos instrumentos uti-
lizados para a sobrevivência humana;
3- falta de uniformidade espacial: ocorrência
diferenciada de mudanças nos locais de
predominância do modo de vida tribal;
4- falta de uniformidade temporal: presença do
modo de vida tribal em comunidades da “pré-
história” e da atualidade (Oceania, África,
América);
5- regime de propriedade coletiva dos meios de
produção;
6- sociedade inicialmente homogênea, una e
indivisível;
7- progressiva complexificação social;
8- educação difusa.
As fases da “Pré-História”:
Paleolítico (Idade da Pedra Lascada):
5,5 milhões de anos a. C. – 10 mil a.C.
Do surgimento dos mais antigos ancestrais
dos hominídeos à revolução agrícola
→ palaiós = antigo, líthos = pedra
•marcada pelo nomadismo e pela caça e
coleta de alimentos.
Neolítico (Idade da Pedra Polida):
10 mil a. C. – 5 mil a.C.
Da revolução agrícola à invenção de instru-
mentos de metal
→ neo = novo; líthos = pedra
• marcada pelo sedentarismo e pelo
desenvolvimento da agricultura e do
pastoreio.
Idade dos Metais:
5 mil a. C. – 3 mil a. C.
Da invenção dos instrumentos de metal ao
surgimento das primeiras civilizações
• marcada pelo desenvolvimento da metalur-
gia, da utilização da energia animal e dos
ventos, pela invenção da roda e dos barcos
a vela, pela ampliação da produção e pela
diversificação socioeconômica.
I- A cultura tribal
– dificuldade de apresentar as características das
comunidades tribais ou primitivas, devido:
• às diferenças entre tais sociedades;
• ao risco de etnocentrismo (tentação de avaliá-
las segundo os padrões de nossa cultura; pelo
que “falta” nelas):
“Dessa perspectiva [etnocêntrica] diríamos: as 
sociedades tribais não têm Estado, não tem classes, 
não têm escrita, não têm comércio, não tem 
história, não tem escola.” 
(ARANHA, 2006, p. 34) 
• ao risco de atitudes paternalistas e missio-
nárias, “de levar o progresso, a cultura e a
verdadeira fé” ao povo “atrasado”.
– abordagem mais adequada das comunidades
tribais:
• considerar esses povos diferentes de nós,
mas não inferiores, usando o termo primitivo
entre aspas, para evitar seu aspecto
pejorativo.
Características gerais das comunidades tribais:
– predominância do mito e do rito:
• concepção de natureza carregada de deuses
• penetração do sobrenatural em todas as
dependências da realidade vivida e não
apenas no campo religioso (de ligação entre
indivíduo e divino):
“O sagrado se manifesta na explicação da 
origem divina da técnica, da agricultura, dos 
males, na natureza mágica dos instrumentos, 
das danças e dos desenhos.”
(ARANHA, 2006, p. 34)
• imitação dos deuses pelos primitivos, por
meio dos ritos, que repetem as ações divinas
do início dos tempos:
“As danças antes da guerra, por exemplo, 
representam uma antecipação mágica que visa a 
garantir o sucesso do confronto. Do mesmo 
modo, os caçadores “matam” suas futuras presas 
ao desenhar renas e bisões nas partes escuras e 
pouco acessíveis das cavernas.”
(ARANHA, 2006, p. 34)
– transmissão oral dos mitos, dos ritos e dos
conhecimentos produzidos pela comunidade:
• imposição da tradição por meio da crença, como
mecanismo de coesão do grupo e de repetição dos
comportamentos considerados desejáveis;
• constituição de grande estabilidade social, tornando
lentas as mudanças sociais:
“Por exemplo, os membros da tribo passam de um estado 
a outro pelos ritos de passagem que marcam o 
nascimento, a passagem da infância para a vida adulta, o 
casamento, a morte.”
(ARANHA, 2006, p. 35)
– organização social baseada em uma estrutura 
homogênea e colaborativa, sem a dominação 
de um segmento social sobre outro:
“Mesmo que a divisão de tarefas leve as pessoas 
a exercerem funções diferentes, o trabalho e o 
seu produto são sempre coletivos.” 
(ARANHA, 2006, p. 35)
• liderança exercida por pessoas especiais
(chefe guerreiro, feiticeiro xamã), que, por sua
experiência, atuam como porta-vozes dos
desejos da comunidade:
“O chefe é o porta-voz do desejo da comunidade 
como um todo e, nesse sentido, não dá ordens, 
mesmo porque sabe que ninguém lhe 
obedecerá. É sua tarefa apaziguar os indivíduos 
ou famílias em conflito, apelando para o bom 
senso, para os bons sentimentos e para as 
tradições dos ancestrais.” 
(ARANHA, 2006, p. 35)
• indissociabilidade das esferas política e social:
“o poder não constitui uma instância à parte, como 
acontece nas sociedades 
em que o Estado foi instituído” 
(ARANHA, 2006, p. 35)
• inexistência de oposições sociais no interior de
cada comunidade e presentes apenas em relação
a tribos inimigas:
“o primitivo é guerreiro por excelência, e dessa 
disposição decorrem os valores apreciados pela 
coletividade e que são objeto da educação” 
(ARANHA, 2006, p. 35)
II- A educação difusa
– aprendizado nas comunidades tribais: difuso,
“para a vida e por meio da vida” – marcado
por:
• formação integral e universal: abrange
todo o saber da tribo, com acesso garan-
tido a todos os seus integrantes;
•participação de todos os integrantes da
comunidade na educação dos que com-
põem a tribo, não havendo ninguém desti-
nado à tarefa específica de ensinar;
• destaque para os que detêm conheci-
mentos mais amplos ou especiais (feiti-
ceiros, p. ex.) nunca significando privilégio,
mas apenas prestígio:
“No exercício do poder, 
algumas pessoas especiais 
– como o chefe guerreiro ou o feiticeiro xamã –
possuem prestígio, merecem a confiança 
das demais e geralmente são objeto 
de consideração e respeito. Em nenhum 
momento, no entanto, abusam dos privilégios
para estabelecer a relação mando-obediência.”
(ARANHA, 2006, p. 35)
• aprendizagem das crianças por meio da
imitação dos gestos dos adultos nas ativi-
dades diárias e nos rituais;
• demonstração de paciência e respeito dos
adultos para com os enganos infantis e o
ritmo de aprendizagem das crianças;
– importância dos mitos e ritos no processo de
aprendizagem para:
• compreensão do passado da tribo, numa
perspectiva não histórica, mas atemporal:
“O conhecimento mítico imprime 
uma tonalidade especial, pois 
os relatos aprendidos não são 
propriamente históricos, 
no sentido da revelação do passado da tribo. 
Diferentemente, o mito é atemporal e conta 
o ocorrido no ‘início dos tempos’, 
nos primórdios.” 
(ARANHA, 2006, p. 36).
• marcação da passagem de tempo da vida
dos integrantes da comunidade (nasci-
mento, iniciação à fase adulta, morte);
• construção e perpetuação da visão de
mundo da comunidade.
III- Para além da vida tribal
– aspectos da transição das comunidades tribais
para as sociedades ou civilizações:
• surgimento da escrita como necessidade de
administração dos negócios, a partir da
complexificação das atividades sociais;
• alteração das relações humanas a partir das
transformações técnicas e do aparecimento
das cidades em decorrência da produção
excedente e do surgimento do comércio;
• passagem da organização homogênea das
tribos para a organização hierárquica, devido
a privilégios de classes;
• aparecimento de formas de servidão e
escravismo;
• criação do Estado a partir da
transformação das terras de uso comum
em propriedades privadas;
• estabelecimento da desigualdade de gê-
nero, apartir do confinamento da mulher
ao lar e do controle da fidelidade femini-
na, para garantir a herança apenas a filhos
legítimos;
• transformação do saber, de aberto a todos
em patrimônio e privilégio da classe
dominante;
• surgimento da necessidade da escola,
para garantir a apenas algumas pessoas o
acesso ao conhecimento;
– história da educação como história de
exclusão da maioria, a partir da elitização
do saber, criada pelo surgimento da escola.

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