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Fichamento Artigo sobre Bordeis em Nevada

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Universidade Federal de Sergipe
Aluno: Mateus de Menezes Santana Santos
Orientadora: Profa. Dra. Zenith Nara Costa Delabrida
Aracaju
2017
Fichamento: "BRENTS, B.; HAUSBECK, K. Violence and legalized brothel prostitution in Nevada: examining safety, risk, and prostitution policy. Journal of interpersonal violence, v. 20, n. 3, p. 275, Mar 2005. ISSN 0886-2605." 
Atividade: Uma análise da violência em bordeis legalizados em Nevada, Las Vegas. Abordando as vertentes segurança, risco e políticas públicas. para a discussão de Segunda-Feira(24/07/2017).
	Pg. 270-273 Introdução
	Esse artigo examina a violência nos bordeis legalizados em Nevada, como cita o título, por meio do estudo dessas variáveis. Discutindo e fazendo relatos referentes a violência que está inerente a esse tipo de indústria a violência interpessoal contra as prostitutas, violência contra a ordem pública, e doenças sexualmente transmissíveis como forma de violência.
Todavia, administradores de bordel argumentam que os estabelecimentos fornecem uma maneira segura e mais higiênica para ofertar o serviço de prostituição (Bell, 1994; Best, 1998; Gilfoyle, 1992; Walkowitz, 1980) Argumentando a retórica de risco e segurança que está evidente nas políticas da prostituição em um estudo que teve como método uma pesquisa detalhada que consiste em 8 anos de pesquisa de campo referente ao sistema de bordeis implantados em Nevada cobrindo 13 dos 26 bordeis que operavam em Nevada, entrevistando os stalkeholders* e argumentando as políticas públicas relacionadas a esse negócio. Entre 1998 e 2002, também foi conduzida uma entrevista pessoal com 40 prostitutas que tiveram como base de tempo uma hora para cada entrevistada, as entrevista ocorram no local de trabalho delas, analisando as notas referentes a segurança, violência, perigo, risco e medo. Com foco na maneira de como os donos e funcionárias pensam.
	Pg. 273-275 Perturbação da ordem pública
	Um dos tipos de violência interpretado pelas autoras do artigo é a violência contra a ordem comum, a manutenção da ordem pública acontece quando os donos desses estabelecimentos buscam manter suas funcionárias longe da sociedade, que tem como objetivo não transparecer que elas trabalham com a venda de seu corpo, por esse ponto de vista apenas estamos notando uma busca por lucro dos empresários, tendo em vista manter seu negócio em funcionamento e longe de problemas legais. Segundo Best e Gilfoyle, as reformas municipais da era progressista criticavam as políticas relacionadas a prostituição como uma via de controle imoral de algumas áreas urbanas, alimentadas por alguns políticos corruptos. 
	Pg. 274-275 Violência por DST
	Outra retórica de perigo está vinculada ao debate sobre doenças sexualmente transmissíveis, o qual já mostra ter um maior número de base teórica que outros tipos de violência, um dos argumentos é que com a legalização dessa atividade as prostitutas teriam que realizar alguns teste para identificar possíveis enfermidades, como já era feito em alguns lugares da Europa. Devido a isso se tornou obrigatório em Nevada o exame para HIV/AIDS e outras DST's transmissíveis
	Pg. 275-276 Política pública
	As leis de Nevada foram desenhadas para punir terceiros que desejem administrar o trabalho das prostitutas, também regulam a área em qual elas vão desempenhar esse papel mantendo esses tipos de estabelecimento longe de áreas "respeitáveis" da sociedade, mantendo uma certa distância de escolas, igrejas e ruas principais. A lei(NRS 244,245) também tem em vista tornar ilegal a apologia, cafetinagem, criação de zonas, propagandas e transmissão de DST's, com exeção dos bordeis que estão aptos a realizar propagandas. Caso ofertante do serviço esteja com alguma enfermidade essa deve ser tradada para que ela possa retomar a atividade. Essa lei foi criada devido à grande demanda por esses serviços, com a preocupação de manter a integridade dos empregados nesse oficio.
	Pg. 277 Mecanismos de segurança dos bordeis
	Os bordeis legalizados de Nevada tem como principal função evitar os três tipos de violência que esse artigo aborda, para isso eles provem métodos que busquem monitorar o processo de negociação, interfones, salas de monitoramento de áudio, estudo do comportamento dos clientes e boa relação com a polícia. O que também por outro lado garantem a viabilidade econômica do projeto desenvolvido por esses empresários de bordeis legais. Esse clima também é motivado pelo bom trabalho das profissionais, que estão sempre em busca de pessoas que estejam motivadas, a fim de continuar provendo lucro dessa atividade ofertando entretenimento para a demanda que busca esse serviço. Embelecendo a relação de segurança e o lucro das partes.
	Pg. 278-280 Processo de negociação
	O processo de negociação ocorre em uma sala a parte, nunca é um contato direto com a prostituta, isso ajuda a idetificar alguns problemas referentes ao consumidor, se ele se encontra nervoso ou querendo causar algum tipo de conflito, minimizando o risco das funcionárias. Maioria das entrevistadas reforçam a ideia de que esse sistema as ajudam a se sentir menos ameaçadas por possíveis clientes violentos, caso ela sinta essa tensão basta que ela "pisque um olho" para que a segurança do estabelecimento fique atenta para com determinada pessoa. O pagamento adiantado, relógios permitem um melhor monitoramento de quem pagou e se o cliente está usando mais tempo que o pago, protegendo suas colaboradoras e monitorando as perdas orçamentárias.
	Pg. 280 Botão de alerta
	Como um adendo a segurança das funcionárias os donos de estabelecimento adicionaram um botão que quando pressionado aciona a segurança do estabelecimento, uma das entrevistadas não se sentiu muito segura com esse mecanismo e refutou dizendo que seria mais seguro manter os clientes sempre perto do hall e do público, trabalhando com portas mais finas, para que ficasse mais fácil de evitar qualquer ato violento ou evasão de um cliente que praticasse esse ato
	Pg. 281-284 Controlando valentões
	Maioria dos donos de bordel entrevistados afirmaram que o estabelecimento deles é composto de damas para servir cavaleiros, que não aturam beberrões e pessoas má educadas em seu negócio, diferentemente da prostituição nas ruas eles tem como ideal manter a ideia de uma área segura para ambos, cliente e funcionárias, tendo como principal mecanismo de defesa à polícia que ajuda a manter a ordem, mesmo que não precisem chama-los a todo tempo, como relataram.
Prostitutas também tende a ser gentis com novata de profissão as aconselhando de como se proteger e como identificar clientes violentos, como o uso de espelhos na sala um truque citado nas entrevistas, entre outros métodos, também se ajudam quando é necessário usar de força física para retirar alguma valentão do estabelecimento. Todavia os donos de estabelecimento também relatam a dificuldade de convivência que algumas funcionárias tem devido a concorrência entre elas, sendo necessário o estabelecimento de algumas regras estritas sobre drogas e brigas entre elas, a fim de evitar um problema legal.
	Pg 284-285 Restrições de mobilidade
	Grande maioria dos bordeis não permitem a saída das suas funcionárias enquanto tiverem um contrato vigente, mesmo que fora de seu turno de trabalho. Maioria das casas oferecem dias para que elas possam sair, essas regras tem como objetivo evitar a exposição pública e possíveis distúrbios na ordem pública, assim mantendo o estabelecimento com "boa imagem".
Maioria dos bordeis também não permitem que as funcionárias realizem qualquer tipo de serviço fora do estabelecimento a fim de manter a segurança delas e também é foi bem raro entre as entrevistadas o interesse de alguma por esse tipo de serviço.
	Pg. 285-287 Saúde e políticas de segurança
	Outro risco que é muito discutido é a questão das DST's. É obrigatório que as envolvidas no processo realizem um check-up antes de começarem as atividades, semanalmente também devem fazerteste de DST's e mensamente outros testes relacionados a sua saúde, também é obrigatório o uso de preservativo em todas relações com qualquer cliente. Sendo uma unanimidade entre elas a preferência pelo uso devido a preocupação para com a saúde.
Alguns procedimentos são legalmente legitimados e tem como função informar a situação das funcionárias, principal fonte de lucro dos donos de negócio, que também enxergam a segurança como um dos pilares para o sucesso nesse ramo. As prostitutas também fazem uma "checagem genitália", que também é conversado durante a negociação, o cliente pode ser reprovado no teste e receber seu dinheiro ou cartão de crédito de volta, como em um acordo de cavalheiros.
	Pg. 287-289 Cultura do risco
	Apenas 1 dentre as 40 entrevistadas afirmou ter sofrido por algum tipo de violência dentro de bordeis, que também relatou que não aparenta ser algo frequente. Mais de 80% das entrevistadas afirmaram se sentir seguras realizando esse trabalho, o mais frequente comentário foi de que os bordeis são os locais mais seguros para desempenhar essa função dentro de um nicho tão arriscado e essa é a principal razão das mulheres recorrem a esses estabelecimentos. Que minimizam o risco da profissão devido o constante monitoramento de clientes, segurança e saúde dos envolvidos.
	Pg. 289-290 Pensamento da vitima 
	Prostitutas se defendem da violência pensando como vítimas constantemente, estando de prontidão com relação ao estado do cliente principalmente com relação ao consumo de álcool e outros, não apenas se importando com o valor financeiro que lhes é ofertado e também sendo orientadas a sempre assumir controle da situação. 
	Conclusão
	Creio que a intenção do artigo não foi dizer que a violência é algo fictício e que sim, ela acontece e nós devemos estar sempre pensando em como remediar tais atos desses clientes implantando mecanismos para gestão, controle de entrada e segurança. Assim assegurando o lucro financeiro da empresa e uma cultura organizacional saudável.
*Stakeholders: Em inglês stake significa interesse, participação, risco. Holder significa aquele que possui. Assim, stakeholder também significa parte interessada ou interveniente. É uma palavra em inglês muito utilizada nas áreas de comunicação, administração e tecnologia da informaçãocujo objetivo é designar as pessoas e grupos mais importantes para um planejamento estratégico ou plano de negócios, ou seja, as partes interessadas.

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