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3 ASSUNTO 9 – PATOLOGIAS MAIS COMUNS: FIBROSE CÍSTICA É herdada como um traço autossômico recessivo, o gene responsável está no braço longo do cromossomo7. Esse gene codifica para a proteína reguladora transmembrana da fibrose cística. A proteína é relacionada a glicoproteínas de membrana, que constituem um canal de cloro ativado pelo AMPc e regulam outros canais de Cl e Na. FISIOPATOLOGIA O fator primário é a obstrução mecânica causada pelo aumento da viscosidade das secreções das glândulas mucosas, com aumento no nível de eletrólitos do suor. A manifestação mais precoce é o íleo meconial no RN, no qual o intestino delgado é bloqueado com mecônio mucilaginoso, pegajoso, pastoso e espesso. No pâncreas as secreções espessas bloqueiam os ductos, causando fibrose pancreática, impedindo enzimas pancreáticas de alcançarem o duodeno, o que causa comprometimento da digestão e nutrição. Isso se mostra nas fezes volumosas, que são espumantes por gordura não digerida (esteatorréia) e odor desagradável das proteínas putrificadas (azotorréia). Uma complicação no TGI é o prolapso retal, que ocorre na lactância e na infância relacionada com as fezes volumosas e grandes, má nutrição e aumento da pressão intra- abdominal secundário à tosse paroxística. Massas gomosas podem obstruir o intestino parcial ou totalmente síndrome de obstrução intestinal distal. As complicações pulmonares são produzidos por estagnação do muco nas vias aéreas, com eventual colonização bacteriana, levando à destruição do tecido pulmonar. As secreções anormalmente viscosas e pegajosas são difíceis de serem expectoradas e gradualmente obstruem os brônquios e bronquíolos, causando áreas de bronquiectasias atelectasias e hiperinsuflação. Os patógenos mais comuns a colonizar são Pseudomonas, Burkholderia cepacia, S. aureus, H. influenzae, E. coli e Klebsiela pneumoniae. Tratamento 1. Manejo dos problemas pulmonares: a. Iniciar fisio respiratória b. Uso de dispositivo de limpeza de muco: cachimbo plástico que ↑expectoração c. Uso de broncodilatador em aerossol para abertura de brônquios d. Prática de exercícios e. Corticosteroides intranasais e anti-histamínicos para os pólipos nasais 4 2. Manejo dos problemas TGI a. Reposição enzimática b. Dieta hipercalórica, hiperproteica c. Cuidados com prolapso retal 3. Manejo dos problemas endócrinos a. Crianças com DM + FC necessitam dos mesmos cuidados que os outros DM Cuidados de enfermagem 1. Avaliação pulmonar: ruídos pulmonares (ausculta), esforço, padrão resp; 2. Observação da tosse 3. Observar fadiga 4. No RN: observar íleo meconial (presença) 5. Instaurar precauções de contato para os infectados 6. Avaliar efetividade das fisio resp, 7. Administrar terapia de aerossol, SN 8. Observar oximetria de pulso 9. Encorajar a cooperação ao esquema terapêutico 10. Avaliar o sono e promover conforto 11. Avaliar depressão, ansiedade e autoimagem 12. Apoiar a família ASSUNTO 10 – PATOLOGIAS MAIS COMUNS: COQUELUCHE 5 AULA SIMONE: ASPECTOS FISIOLÓGICOS PARA A LEITURA DOS SINAIS E SINTOMAS NO PROCESSO DE SAÚDE/DOENÇA:DISTÚRBIOS NEUROLÓGICOS Os principais distúrbios neurológicos encontrados são por: SEQUELAS DE HEMORRAGIAS INTRACRANIANAS; PARALISIA CEREBRAL; RETARDO MENTAL; EPILEPSIA; OUTRAS DOENÇAS. A principal divisão do cérebro é feita da seguinte forma: Dividido em dois HEMISFÉRIOS (Direito e Esquerdo); 6 Possui 4 lobos: FRONTAL, PARIETAL (função possibilitar a recepção de sensações, como O TATO, A DOR, A TEMPERATURA DO CORPO), OCCIPITAL (VISÃO), TEMPORAL (AUDIÇÃO). O principal lobo que focaliza os distúrbios neurológicos é o LOBO FRONTAL, responsável pela COGNIÇÃO, AFETO E COMPORTAMENTO. DESCEREBRAÇÃO (RESPOSTA EXTENSORA ANORMAL): Sinal de DISFUNÃO DO TRONCO ENCEFÁLICO. Membros inferiores RÍGIDOS, retos. Membros superiores com MÃOS FLETIDAS, porém estendidas ao longo do corpo. DESCORTICAÇÃO (RESPOSTA FLEXORA ANORMAL): Disfunção severa do CÓRTEX CEREBRAL (desempenha um papel central em funções complexas do cérebro como na memória, atenção, consciência, linguagem, percepção e pensamento). ABUSO INFANTIL: Os abusos podem induzir efeitos moleculares, neurobiológicos que alteram de modo IRREVERSÍVEL o DESENV. NEURONAL. A MIELINIZAÇÃO do SNC segue as leis do DESENVOLVIMENTO CEFALO- CAUDAL-PROXIMODISTAL, isto é, o reflexo SIMPÁTICO que faz com que retiremos as mãos de uma chapa quente. 7 EXAME NEUROLÓGICO EVOLUTIVO: ATÉ 1 MÊS DE IDADE: o Olha para o ROSTO DE PESSOAS que a observam; o Segue na HORIZONTAL, com os olhos, a LUZ DE UMA LANTERNA colocada a 30 cm dos olhos; o Ao ouvir uma voz chamando-a, REAGE de algum modo: Muda o RITMO RESPIRATÓRIO, abre mais os olhos, vira a cabeça em direção ao som; o Colocada em DECÚBITO VENTRAL, levanta a cabeça por alguns segundos; o REAÇÕES PRIMITIVAS: SUCÇÃO, VERACIDADE, PREENSÃO PALMAR E PLANTAR, além do MORO. 3 MESES: o SORRI reativamente; o OLHA para as PRÓPRIAS MÃOS; o JUNTA AS MÃOS; o Ao OUVIR uma voz fica ATENTO. 4 MESES: o Colocada SENTADA, cabeça FIRME; o Emite SONS GUTURAIS (Ex: NA, GU). o Inicio da PREENSÃO PALMAR voluntaria; 6 MESES: o REAÇÕES PRIMITIVAS PRESENTES, EXCETO: PREENSÃO PLANTAR E CUTÂNEO PLANTAR; o Localiza SOM na altura dos OUVIDOS; o SOM VOCÁLICO (Ex: AAAA); o Eleva o TÓRAX; o MUDA DECÚBITO SOZINHO; o SENTADO o TRONCO CAI PARA FRENTE/LADOS; o Apanha OBJETOS; 9 MESES: o LALAÇÃO (Ex: BAA, TAAA); o Localiza SOM ao LADO/ACIMA da CABEÇA; o SENTA, fica sozinha, TRONCO ERETO, sem CAIR; o RECUSA a aproximação de PESSOAS ESTRANHAS; 8 o DESCOBRE OBJETOS. 12 MESES: o LALAÇÃO (Ex: MAMA, PAPA, DADA); o Procura OBJETOS que CAEM DE SUAS MÃOS; o PREENSÃO usando dedos POLEGAR+ INDICADOR = PINÇA; o Põe-se em PÉ, com APOIO de adulto; o Em decúbito VENTRAL, senta-se SEM AJUDA. 18 MESES; o Primeiras FRASES: DÁ; o BRINCA MUITO, tenta RABISCAR; o ANDA SEM AJUDA; 2 ANOS: o USA COLHER; o TIRA ROUPAS; o CHUTA BOLA; o TORRE COM 3 CUBOS; 2 ANOS E MEIO: o Nomeia FIGURAS SIMPLES; o CORRE; o SOBE ESCADA. 3 ANOS: o Primeiras FRASES GRAMATICAIS: EU (CENTRALIZADO MUNDO AO REDOR UMBIGO); o Diz o PROPRIO NOME COMPLETO; o GAGUEIRA FISIOLÓGICA; o PEDALA TRICICLOS; o TORRE DE 4 CUBOS; o Coloca SAPATOS, mas não os amarra (laços); 4 ANOS: o Vai ao VASO SANITÁRIO SOZINHA; o Usa o PLURAL; o Sobe ESCADA ALTERNANDO OS PÉS; o PREENSÃO LÁPIS IGUAL AO ADULTO; 9 o EQUILIBRIO com os OLHOS FECHADOS. 5 ANOS: o Copia CIRCULO e QUADRADO; o POLEGAR OPOSITOR; o Nomeia CORES PRIMÁRIAS; 6 ANOS: o Copia um QUADRADO; o Desenha pessoa com 6 partes; o Anda para TRÁS. 7 ANOS: o Noção de DIA/MÊS/ANO/HORA; o Noções de Direita e Esquerda; o AMARRA O CORDÃO do sapato; o Fornece seu ENDEREÇO COMPLETO. SINAIS DE ALERTA PARA DISTÚRBIOS DO DESENVOLVIMENTO NEUROPSICOMOTOR 1º TRIMESTRE: o Olhar APAGADO, POUCO INTERESSE pelo ambiente; o HIPOTONIA DA CABEÇA (não sustenta a cabeça); o Ausência de CONCORDÂNCIA ENTRE QUALIDADE PSICOATIVA e EVOLUÇÃO MOTORA; o AUSENCIA DE SORRISO SOCIAL/OU POBRE; o IRRITABILIDADE. 2ª TRIMESTRE: o HIPOTONIA DO TRONCO, SEM SUSTENTAR A CABEÇA; o HIPOTONIA de membros, PÉS EQUINOS, MÃOS FECHADAS, tendência de ENTRECRUZAR os MEMBROS INFERIORES = DECORTICAÇÃO! o OLHAR POBRE, sorriso pobre;o ÂNGULO POPLÍTIO EM 90º. **** OPISTÓTOMO: PONTE COM ÂNGULO POPLÍTIO EM 90º = GURIA EXORCISTA DESCENDO A ESCADA = CARACTERÍSTICO DE DOENÇA NEUROLÓGICA! 10 **** POSIÇÃO ÀLGICA = DEFESA DE DOR = COM ÂNGULO POPLÍTIO EM 90º! 3º TRIMESTRE: o HIPO e/ou HIPERTONIA; o NÃO SENTA SEM APOIO; o INDIFERENÇA a pessoas ESTRANHAS; 4º TRIMESTRE: o NÃO FICA EM PÉ (ORTOSTÁTICA); o NÃO INTERAGE COM O MEIO (gestos, palavras). **** Primeiro escore que recebemos = APGAR mede 5 características: 1. FC; 2. FR; 3. COR; 4. TÔNUS MUSCULAR; 5. IRRITABILIDADE REFLEXA! FINALIDADE DO EXAME NEUROLÓGICO: Localizar ou identificar a região do SNC onde se originam os SINTOMAS. 1. O que são PROCESSOS DIFUSOS DE AVALIAÇÃO? São indicadores de QUADROS TÓXICOS, INFECCIOSOS, DEGENERATIVOS E METABÓLICOS. 2. O que são PROCESSOS FOCAIS DE AVALIAÇÃO? São PROBLEMAS VASCULARES, NEOPLÁSICOS OU TRAUMÁTICOS que a criança apresenta. ESCALA DE GLASGOW: Mede o NÍVEL DE CONSCIENCIA, ABERTURA OCULAR, VERBALIZAÇÃO E ESTÍMULO ao paciente COMATOSO. Itens avaliados: ABERTURA OCULAR (1-4) RESPOSTA VERBAL (1-5) RESPOSTA MOTORA (1-6) **** Pontuação de 7 ou ABAIXO: Considerado COMA. **** Pontuação de 7 a 15: NORMALIDADE. **** Pontuação MÁXIMA: 15 (CRIANÇA normal) 11 **** Pontuação MÍNIMA: 03 (POUCO RESPONSIVA) EXAME FÍSICO DO CRÂNIO: Pode evidenciar doenças congênitas ou adquiridas. Na INSPEÇÃO observar: TAMANHO, FORMA e as FONTANELAS (BREGMÁTICA E LAMBIDÓIDE). A medida do PERÍMETRO ENCEFÁLICO é feita pelas proeminências: OCCIPITAL, PARIETAL E FRONTAS (mais ou menos 35 cm). O SATURÔMETRO testa a quantidade de HEMOGLOBINA existente no sangue via LUZ INFRAVERMELHA. AVALIAÇÃO NEUROLÓGICA: Verificar a SIMETRIA do formato do crânio da criança e PALPAR as fontanelas para AVALIAR sua abertura, observar se existe ou não SALIÊNCIAS ou AFUNDAMENTO do crânio. Essa avaliação é feita com o intuito de DETECTAR SINAIS EXTREMOS DE ANORMALIDADES NEUROLÓGICAS. O crânio da criança deve ser SIMÉTRICO, SEM ÁREAS DE AMOLECIMENTO OU EDEMA. EXAME FÍSICO DA PELE: Examinar a PELE da criança, procurando achados NEUROCUTÂNEOS, como: MANCHAS CAFÉ COM LEITE, HEMANGIOMAS (pigmentos avermelhados), ÁREAS SEM PIGMENTO, CURVATURA DA COLUNA VERTEBRAL. Avaliar os NERVOS CRANIANOS (12 PARES): ex: NERVO OLFATÓRIO (1º PAR DE NERVOS CRANIANOS), uma vez avaliado é PERMITIDO AVALIAR A ATIVIDADE OLFATÓRIA. Avaliar a ATIVIDADE MOTORA dessa criança. REFLEXOS: 1. REFLEXO DE MARCHA: É quando apoiamos levemente os pés do RN sob a maca e estimulá-lo a caminhar, sem guiá-lo. A ausência desse reflexo indica COMPROMETIMENTO DO SNC! 12 2. TESTE DO OLHO VERMELHO: Feito SOMENTE pelo OFTALMOLOGISTA! Verificar a presença de GLAUCOMA. Deve ser feito até os 2 MESES! 3. SINAL DE BRUDZINSKI: Coloca-se a criança em DECUBITO DORSAL, deverá FLETIR SEU PESCOÇO. Observar se há DOR, ou FLEXAO INVOLUNTÁRIA DOS JOELHOS/QUADRIS. A DOR PODE INDICAR IRRITAÇÃO MENÍNGEA! 4. REFLEXO DE MORO (REFLEXO DO ABRAÇO): Deve-se levantar levemente o tronco do RN, permanecendo sua CABEÇA apoiada no travesseiro. Deve-se soltar e verificar o REFLEXO. Ou podemos BATER PALMA ao lado do RN, verificando o REFLEXO. É ativado por ESTÍMULOS SONOROS ou VISUAIS BRUSCOS! Dura 6 MESES, depois vai regredindo. A AUSENCIA desse estímulo indica LESÃO NO SNC! Ou a presença de do sinal em um membro, pode indicar LESÃO DO PLEXO BRAQUIAL. **** EM ENCEFALOPATAS o REFLEXO dura MAIS TEMPO, e permanece por tempo INDEFINIDO! 13 5. REFLEXO DE SUCÇÃO: O RN já nasce com esse reflexo instintivamente. Deve ser coordenado com a DEGLUTIÇÃO! 6. Reflexo da PREENSÃO PALMAR OU PLANTAR: Ao ser tocada a PALMA DAS MÃOS/ PÉS, na BASE dos dedos eles FLEXIONAM! Ausência desse reflexo indica LESÃO DO SNC! 7. REFLEXO DE BABINSKI: Presente até os DOIS ANOS DE IDADE! Deve-se proceder com uma tampa de caneta BIC e passá-la na palma do PÉ da criança de BAIXO para CIMA! POSITIVO: SURTIU REAÇÃO! NEGATIVO: SEM REAÇÃO! *** Criança COMATOSA SEM BABINSKI! 8. REFLEXO DE FUGA À ASFIXIA: Coloca-se o RN em posição PRONA, a face para o TRAVESSEIRO, o RN foge da situação de ASFIXIA, virando a cabeça para onde o 02 está! 9. REFLEXO FOTOMOTOR: Semiologia das REAÇÕES PUPILARES! Contração RÁPIDA DA PUPILA ao passar uma LANTERNA. 10. REFLEXO DA MOTILIDADE HIDROCEFALIA: É uma DEFORMIDADE CRANIANA de etiologia VAGA. É causada pelo DESEQUILIRIO entre PRODUÇÃO/ABSORÇÃO de LCR causando DILATAÇÃO PASSIVA DOS VENTRÍULOS CEREBRAIS. 14 *** Por isso é importante a mãe usar ÁCIDO FÓLICO na gravidez pra que seja formado o TUBO NEURAL DO FETO! TIPOS: 1. SECREÇÃO EXCESSIVA: TUMOR NO PLEXO CORÓIDE produzindo LCR! 2. NÃO COMUNICANTE (INTRAVENTRICULAR): CIRCULAÇÃO OBSTRUÍDA. 3. COMUNICANTE (EXTRAVENTRICULAR): Líquido se movimenta livremente, porém NÃO É ABSORVIDO! CAUSAS: PRIMÁRIA: Anormalidades CROMOSSÔMICAS, IRRADIAÇÃO, TOXOPLASMOSE, RUBÉOLA; SECUNDÁRIA: ANÓXIA PARTO, TRAUMA. INFLUENCIA DE 2 FATORES: 1. ÉPOCA DE INSTALAÇÃO DO PROBLEMA; 2. LESÕES ESTRUTURAIS PREEXISTENTES. SINAL DE MACEWEN (SINAL DA PANELA RACHADA): Verifica-se a PERCUSSÃO DO CRÂNIO. São suturas que se INTERROMPEM, sem continuidade à palpação. A FONTANELA ANTERIOR é TENSA, POUCO ABAULADA e NÃO PULSÁTIL. A testa (FRONTAL) é PULSÁTIL, PROTUBERANTE. As VEIAS do COURO CABELUDO são DILATADAS, OLHOS DEPRIMIDOS, SINAL DE “SOL POENTE (OLHAR PERDIDO), a ESCLERA acima da IRIS VISÍVEL. CARACTERÍSTICAS DA CRIANÇA COM HIDROCEFALIA: OPISTÓTOMO; IRRITABILIDADE AUMENTADA; CHORO FÁCIL; OLHAR PERDIDO... TRATAMENTO: REMOÇÃO DO TUMOR, desvio BYPASS VENTRICULAR para CANAL INTRACRANIANO NORMAL, BUPASS VENTICULAR para COMPARTIMENTO EXTRACRANIANO (DVP). 15 É COMUM HIPERTENSÃO (ARTERIAL/INTRACRANIANA) que INDICA OBSTRUÇÃO do “SHUNT”! CRISE CONVULSIVA EM PEDIATRIA: “MECANISMO DA RODA DENTADA” = Paciente CONVERSIVO desvia de perigos, antebraço ao tocar o braço rangendo... CONVULSÃO: Paciente fora de si, NÃO SE ATENTA PARA PERIGOS... CONVERSÃO: Pode ocasionar TREMORES/ARREPIOS (8 meses até 12 anos de idade): Breves, numerosos, só ocorrem durante o DIA, NÃO OCORREM DURANTE O SONO. *** A CONVULSÃO ocorre durante o SONO. EPILEPSIA: É um DISTURBIO NEUROLÓGICO decorrente de uma DESGARGA PAROXÍSTICA (Zona GATILHO) ANORMAL DE NEURÔNIOS. A crise pode surgir ESPONTÂNEA, ou DESENCADEADA por fatores ESTRESSORES. ATENÇÃO! A CRISE EPILÉTICA PODE VIR OU NÃO ACOMPANHADA DE CONVULSÃO! CONVULSÃO: Manifestação EXTERNA (MOTORA) de um fenômeno de natureza natural. Existem crises de diferentes tipos: EVENTO PAROXÍSTICO CRISE EPILÉTICA EVENTOS NÃO- EPILÉTICOS ORIGEM PSICOLÓGICA ORIGEM PSICOGÊNICA 16 TÔNICO = resulta na CONTRAÇÃO SÚBITA DOS MÚSCULOS. Essas convulsões são mais comuns durante o SONO. CLÔNICO = causam convulsões ou MOVIMENTOS INVOLUNTÁRIOS EM AMBOS OS LADOS DO CORPO. TÔNICO-CLÔNICA = envolvem uma COMBINAÇÃO DOS SINTOMAS DAS CONVULSÕES TÔNICAS E CLÔNICAS. MIOCLÔNICA = envolvem o movimento involuntário PARTE SUPERIOR DO CORPO E DOS MEMBROS. RISCOS: MORTE SÚBITA; AVC HEMORRÁGICO; LESÕES CORPORAIS; PREJUIZO PSIQUICO; SUICÍDIO. TRATAMENTO: TOPIRAMATO 25 MG; FENOBARBITAL; ÁCIDO VALPROICO. ICTUS CONVULSIVO: Após crises convulsivas. SINTOMAS: SONOLENCIA; CRIANÇAMOLE; 17 CRIANÇA FLÁCIDA. SÍNDROME DE WEST (4 a 7 meses de idade): É uma forma de epilepsia que se inicia na infância. É caracterizada pela tríade: ESPASMOS INFANTIS, HIPSARRITMIA E RETARDO MENTAL. Tem como causas mais comuns a esclerose tuberosa e a anóxia neonatal. Tríade de 3 SINAIS: 1. CLÍNICOS: Crises como ESPASMOS com seguintes caracerísticas: FLEXÃO SÚBITA DA CABEÇA, FLEXÃO DE PERNAS, GRITOS. 2. ELETROENCEFALOGRAFICOS; 3. ATRASO DO DESENVOLVIMENTO PSICOMOTOR! TRATAMENTO: ADRENOCORTICOTRÓFICO + MEDICAÇÕES ANTI- CONVULSIVANTES! PATOLOGIAS MAIS COMUNS: BRONQUITE, BRONQUIOLITE, PNEUMONIA, ASMA: A diferença básica entre SISTEMA/APARELHO respiratório é a seguinte: SISTEMA: Está relacionado a TODAS ESTUTURAS RESPIRATÓRIAS coordenadas pelo CÉREBRO. APARELHO: Está relacionado a todas as ESTRUTURAS ANATÔMICAS, como: TRATO RESP. SUPERIOR (CONDUÇÃO): oronasofaringe, faringe, laringe e parte superior da traquéia. TRATO RESP. INFERIOR (CONDUÇÃO/TROCA): porção inferior da traqueia, brônquios, bronquíolos, alvéolos. ESTÉRIL! O brônquio direito é discretamente inserido ACIMA DO ESQUERDO, por isso, a infecção ou corpo estranho estará provavelmente no pulmão direito. Os fatores de defesa são: FATORES AERODINÂMICOS; BARREIRA EPITELIAL; MUCO; 18 CÍLIOS: NO INVERNO COM ↓MOVIMENTAÇÃO, ↑INFECÇÕES RESPIRATÓRIAS; TOSSE E ESPIRROS; FATORES IMUNOLÓGICOS E FAGOCITÁRIOS; Os PNEUMÓCITOS TIPO I são responsáveis pela COBERTURA DOS ALVÉOLOS; Já os PNEUMÓCITOS TIPO II são responsáveis pela produção de SURFACTANTE! Quando ocorre uma INFECÇÃO, os PNEUMÓCITOS DO TIPO II assumem a FUNÇÃO dos PNEUMÓCITOS TIPO I a fim de tentar erradicar o agente invasor. Com isso, diminui drasticamente a quantidade de SURFACTANTE PULMONAR, predispondo o indivíduo a ATELECTASIAS (colabamento pulmonar) e EDEMA de ALVÉOLO (encharcamento). No INVERNO, pelas temperaturas baixas, ocorre a PARALISÃO/LENTIFICAÇÃO do movimento CILIAR com a DIMININUIÇÃO DO METABOLISMO LOCAL, predispondo a criança a diversas infecções: BRONQUITE, BRONQUIOLITE, ASMA E PNEUMONIAS. COR PULMONALE Doença cardíaca resultante de uma doença/alteração pulmonar (alvéolos não realizam hematose corretamente), resultando em CONGESTÃO PULMONAR, coração não consegue bombear o sangue para o pulmão congesto, ficando também congesto, mas do lado direito (lado que bombeia para a artéria pulmonar). SÍNDROME DE ONDINA Incapacidade de respiração involuntária por algum TRAUMA NOS LOBOS TEMPORAIS E PARIETAIS (responsáveis pela respiração). MÚSCULOS INSPIRATÓRIOS: DIAFRAGMA e INTERCOSTAS EXTERNOS que irão levar o ESTERNO para o EXTERIOR, elevando o tórax. MUSCULATURA ACESSÓRIA DA INSPIRAÇÃO: ESTERNOCLEIDOMASTÓIDEO e ESCALENOS (ELEVAR AS CLAVÍCULAS). 19 MÚSCULOS EXPIRATÓRIOS: RETO ABDOMINAIS e INTERCOSTAIS INTERNOS. ANAMNESE E EXAME FÍSICO NA DISFUNÇÃO RESPIRATÓRIA Deve conter INFORMAÇÕES sobre condições ATUAIS/PROBLEMAS PREGRESSOS, internações e tratamento prévio. 1. INSPEÇÃO: Dois tipos: ESTÁTICA: a. Pele: cianose, lesão, cicatrizes, drenos; b. Formato tórax c. Circunferência abdominal d. Abaulamentos e. Retrações f. Dinâmica respiratória DINÂMICA: g. FR = 12 a 45 mpm (CRIANÇAS/RN) h. Amplitude i. Profundidade j. Musculatura acessória k. Simetria INALAÇÃO DE AR: aspiração diária de SECREÇÃO OROFARÍNGEA MECANISMOS DE DEFESA: Barreiras anatômicas e mecânicas (pêlos, pele), função imune celular Árvore Respiratória ESTÉRIL abaixo da CARENA TRAQUEAL 20 l. Respiração abdominal até 7 anos m. HIPOCRATISMO / BAQUETEAMENTO DIGITAL: engrossamento e achatamento da ponta dos dedos, por HIPOXEMIA CRÔNICA DO TECIDO. 2. PALPAÇÃO 3. PERCUSSÃO 4. AUSCULTA A. RUÍDOS NORMAIS: VESICULARES B. RUÍDOS ANORMAIS: RONCOS: Secreção em GRANDE QUANTIDADE dentro dos BRONQUIOS/BRONQUÍOLOS. SIBILOS: SEM SECREÇÃO, isto é, é um ESTREITAMENTO DA VIA AÉREA. Ex: ASMA! CREPITANTES/ESTERTORES: SECREÇÃO DENTRO DO ALVÉOLO. Ex: Esfregaço de CABELO. CORNAGEM/ESTRITORES: RONCO NOTURNO, por um relaxamento da língua. i. ESTERTORES SECOS: SIBILO E RONCO dificuldade do ar de passar; ii. ESTERTORES ÚMIDOS: CREPITANTES E BOLHOSOS ar passando por umidade e/ou fluidos; c. AUSÊNCIA OU DIMINUIÇÃO DE RUÍDOS: em pneumotórax, hemotórax maciço, atelectasias. TOSSE: 1. AGUDA: até 3 sem; 21 2. CRÔNICA: mais de 3 sem. DIFERENÇAS DAS VIAS AÉREAS DE CRIANÇAS: RN respiram SOMENTE pelo nariz; RN/LACTENTES produzem POUCO MUCO; RN/LACTENTE com NARINAS PEQUENAS + MUCO = OBSTRUÇÃO; SEIOS PARANASAIS COMUNICANTES; LÍNGUA GRANDE (dificulta passagem de ar!); CRESCIMENTO DOS ALVÉOLOS ATÉ OS 7/8 ANOS. SARA (SÍNDROME DA ANGÚSTIA RESPIRATÓRIA AGUDA): É uma PNEUMONIA ocasionada por um AGENTE LESIVO que faz com que os PNEUMÓCITOS DO TIPO II, deixem de produzir SURFACTANTE na quantidade ideal. Levando a LESÃO PULMONAR! Pode levar ao COR PULMONALE. BRONQUITE ▪ Processo inflamatório que acomete os brônquios. ▪ Etiologia VIRAL (rinovírus, influenza, parainfluenza, VSR); Se BACTERIANO: Staphylococcus aureus, H. influenzae; OUTROS: fumaça de cigarro, poluentes ambientais ▪ AGUDA: resolução em 2 semanas (acometimento: OUVIDO MÉDIO, SEIOS PARANASAIS E FARINGE); ▪ CRÔNICA OU RECORRENTE: mais de três semanas ou 4 ou mais episódios/ano. ▪ SINAIS E SINTOMAS: tosse, expectoração, falta de ar, sibilância, cianose, EDEMA DE EXTREMIDADE (↑ TRABALHO CARDÍACO), febre, cansaço, falta de apetite, CATARRO MUCÓIDE (CLARO/PURULENTO). BRONQUIOLITE ▪ Infecção virótica aguda, predominante em bronquíolos. ▪ Idade: mais freqüente em lactentes (2 a 6 meses), Sexo: ♂; ▪ Vírus: VÍRUS RESPIRATÓRIO SINCICIAL (VRS); PARAINFLUENZA (TIPOS 1 E 3 ) ADENOVÍRUS (TIPOS 1, 3 E 5) 22 OBS: ADENOVÍRUS (tipos 3, 7 e 21 podem causar a BRONQUIOLITE OBLITERANTE OU NECROTIZANTE, com elevada letalidade e de evolução arrastada). ▪ Afecção benigna com melhora espontânea após alguns dias. ▪ Época do ano: endêmico - regiões frias e temperadas; epidêmica - inverno e início da primavera. ▪ Fumo: filhos de fumantes ↑ a ocorrência. ▪ História familiar de alergia: 70% dos casos com hipersensibilidade das vias aéreas nos seus familiares. ▪ Contágio: em média SETE DIAS, PODENDO SER DE ATÉ 21 DIAS APÓS O EPISÓDIO AGUDO. ▪ Tratamento: aspiração de secreções, fisioterapia respiratória, ATB. CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS: SIBILOS EXPIRATÓRIOS AGUDOS; IDADE MENOR QUE 21 MESES; ACOMETE VIAS AÉREAS SUPERIORES. ASMA ▪ Inflamação da mucosa brônquica, HIPERPRODUÇÃO DE MUCO e a CONTRAÇÃO DA MUSCULATURA LISA DAS VIAS AÉREAS (BRONCOESPASMOS); ▪ SINTOMAS: dispnéia, tosse e sibilos, principalmente à noite. ▪ FATORES DE RISCO: Familiares e genéticos, Sexo: masculino, Atopia, Aeroalérgenos, Infecções do trato respiratório, Poluição ambiental, Fumaça de cigarro ▪ Tratamento: Corticosteróides 23 AGONISTAS ADRENÉRGICOS BETA-2 (salbutamol, terbutalina, fenoterol) ANTICOLINÉRGICOS (Brometo de Ipratrópio ou de Tiotrópio) PNEUMONIAS ▪ Quadro INFECCIOSO DO TRATO RESPIRATÓRIO INFERIOR, agudo, que compromete os ALVÉOLOS, BRONQUÍOLOS E O ESPAÇO INTERSTICIAL. ▪ FATORES DE RISCO: - Estado imunológico - Baixo padrão socioeconômico - Prévio contato interpessoal - Condição do ar inspirado(poluição ambiental/intradomiciliar) - Exposição ao fumo e etc. ▪ ETIOLOGIA BACTERIANA/VIRAL/FÚNGICA E ASPIRATIVA. ▪ SINAIS E SINTOMAS: - gerais: febre, calafrios, cefaléia, irritabilidade, letargia, queixas gastrintestinais: vômitos, diarréia, distensão abdominal, dor abdominal. - específicos: BAN, taquipnéia, dispnéia, apnéia, uso de musculatura acessória, ausculta com estertores, exame radiológico alterado. BIOSEGURANÇA: É o conjunto de ações voltadas para a PREVENÇÃO, minimização ou eliminação de riscos inerentes às atividades de pesquisa, produção, ensino, desenvolvimento tecnológico e prestação de serviços, VISANDO À SAÚDE DO HOMEM, DOS ANIMAIS, A PRESERVAÇÃO DO MEIO AMBIENTE E A QUALIDADE DOS RESULTADOS (portaria nº 228 de 28 de abril de 1998 do Ministério do Exército). Conjunto de estudos e procedimentos que visam a evitar ou controlar os riscos provocados pelo uso de agentes químicos, agentes físicos e agentes biológicos à biodiversidade. 24 SEGURANÇA: Conjunto de ações e de recursos usados para PROTEGER ALGO OU ALGUÉM. AFASTAMENTO DE TODO O PERIGO. RISCO: Combinação da probabilidade e da conseqüência da OCORRÊNCIA DE UM DETERMINADO FATO PERIGOSO. Estar exposto ao perigo (representa a probabilidade do perigo de materializar); É o perigo mediado pelo conhecimento que se tem da situação. É o que temos como prevenir. No ambiente hospitalar, o risco pode ser físico, químico ou biológico. Possibilidade de um acontecimento futuro incerto perigo PERIGO: Situação em que está AMEAÇADA A EXISTÊNCIA DE UMA PESSOA OU DE ALGO; Existe quando não se conhece a situação. É desconhecido ou mal conhecido. Fonte ou situação que pode causar dano (materais, máquinas, equipamentos e meio ambiente) ou lesão (pessoas). INCIDENTE: Evento não planejado que tem o potencial de levar a um acidente. Fato secundário que sobrevém no decurso de um fato principal; episódio, ACONTECIMENTO DE QUE VEIO A RESULTAR QUALQUER PREJUÍZO PARA PESSOAS OU COISAS. ACIDENTE: evento ou seqüência de eventos de ocorrência anormal, que resulta em conseqüências indesejadas, ou algum tipo de perda, dano ou prejuízo pessoal, ambiental ou patrimonial. O significado etimológico da palavra acidente relaciona-se com a idéia de um ACONTECIMENTO ANORMAL, DE IMPREVISTO E DE FATALIDADE. DANO: é a GRAVIDADE DA PERDA- HUMANA, MATERIAL, AMBIENTAL OU FINANCEIRA. Prejuízo ou estrago material; Modificação que torna algo imprestável; PERDA: PRIVAÇÃO DE ALGUÉM OU DE ALGO QUE POSSUÍA. Carência, dano ou prejuízo. Ato ou efeito de perder ou ser privado de algo que possuía. Diminuição que alguma coisa sofre em seu volume, peso, valor, privação de coisa que possuía. MEDIDAS DE BIOSSEGURANÇA: Condições sobre as quais os agentes infecciosos podem ser manipulados e contidos de forma segura, diminuindo os riscos. Ações que 25 contribuem para a segurança da vida, no dia-a-dia das pessoas. MÉTODO DE BARREIRA É A IMPLANTAÇÃO DE ALGO FÍSICO PARA IMPEDIR QUE ALGO PASSE (EPI). MÉTODOS DE BARREIRA: são o conjunto de normas, procedimentos e atitudes de segurança que visam minimizar os acidentes em laboratório. Utilizados para contenção dos riscos. Podem ser primários: proteção do trabalhador e do ambiente de trabalho (vacinas, EPIs, EPCs), ou secundários: proteção do ambiente externo (descarte de resíduos). FINALIDADE DA PREVENÇÃO E CONTROLE DE INFECÇÃO EM PEDIATRIA O uso da assepsia e das barreiras de precaução são essenciais no cuidado com a criança. As crianças estão, freqüentemente, INFECTADAS POR MICRORGANISMOS que são transmissíveis e podem ser perigosos para os outros, especialmente os imunodeprimidos. Considerando o fato de que o sistema imune da criança e, principalmente, do RECÉM-NASCIDO ESTÁ EM ALGUNS ASPECTOS IMATUROS E QUE SUAS DEFESAS NÃO ESTÃO TOTALMENTE EFETIVAS, a prevenção e o controle da infecção na pediatria configura-se em um fator de extrema importância nessa fase da vida. OXIGENOTERAPIA/ASPIRAÇÃO DE VIAS AÉREAS SUPERIORES O principal objetivo para a ASPIRAÇÃO DE VIAS AÉREAS é a RETIRADA de SECREÇÕES EXCESSIVAS que estão impedindo a criança de ASPIRAR quantidades adequadas de O2. Quando se insere CATÉTERES de ASPIRAÇÃO estamos estimulando o reflexo VAGAL (CENTRO DO VÔMITO). **VOLUME CORRENTE: Volume de gases EXPIRADO/INSPIRADO a cada respiração normal. VC = VM/FR **VOLUME DE RESERVA INSPIRATÓRIO (VRI): Volume máximo de gás que pode ser INALADO a partir do FINAL de uma RESPIRAÇÃO NORMAL. **VOLUME DE RESERVA EXPIRATÓRIO (VRE): Volume máximo de gás que pode ser EXPIRADO a partir do FINAL de uma RESPIRAÇÃO NORMAL. **VOLUME RESIDUAL: VOLUME de gás que PERMANECE NOS PULMÕES ao final de uma RESPIRAÇÃO MÁXIMA. 26 **CAPACIDADE INSPIRATÓRIA (CI): Volume máximo de gás que pode ser INALADO a partir do FINAL de uma EXPIRAÇÃO NORMAL = CI = VC + VRI. **CAPACIDADE VITAL (CV): VOLUME máximo de gás que pode ser EXALADO após uma INSPIRAÇÃO MÁXIMA: CV = VC+VRI+VRE. **CAPACIDADE RESIDUAL FUNCIONAL (CRF): VOLUME de gás que permanece nos PULMÕES APÓS UMA EXPIRAÇÃO normal. CRF = VR+VRE **CAPACIDADE PULMONAR TOTAL (CPT): VOLUME de gás nos pulmões após uma INSPIRAÇÃO MÁXIMA. CPT=VR+VC. OXIGENOTERAPIA Em recém-nascidos (RN): A quantidade de oxigênio oferecida deve ser a mínima necessária para manter: PaO² entre 50 e 80mmHg, e/ou Saturação de hemoglobina entre 90 a 95%. Clinicamente não há como afirmar que há hiperoxia, estado danoso para o RN. Uma vez conseguida a estabilização, devemos SEMPRE COLHER UMA GASOMETRIA ARTERIAL, para verificação dos níveis de PaO², PCO² e pH do sangue. AUSÊNCIA DE ACIDOSE ARTERIAL INDICA UM METABOLISMO CELULAR ADEQUADO. OXIGENIO Características Responsável direto pela nutrição dos tecidos, de extrema importância para todo o organismo. Gás elementar incolor, inodoro e insípido: O2 CAUSA VASODILATAÇÃO PULMONAR E VASOCONSTRIÇÃO PERIFÉRICA; CO2 CAUSA VASOCONSTRIÇÃO PULMONAR E VASODILATAÇÃO CEREBRAL; - a EXPIRAÇÃO tem que ser maior que a INSPIRAÇÃO. HIPÓXIA: O2 insuficiente nos tecidos, impossível de mensurar. Instala-se mais rapidamente na criança do que no adulto devido à TAXA METABÓLICA MAIOR DA CRIANÇA: 27 Criança: consumo de O2 = 6 - 8ml / Kg / min. Adulto: consumo de O2 = 3 - 5 ml / Kg / min. A REPOSIÇÃO DE CILINDROS DE OXIGÊNIO ou quaisquer outros gases medicinais devem ser da responsabilidade do SETOR DA ENGENHARIA próprio das Instituições públicas e privadas através de suas equipes de Manutenção de Equipamentos. O ENFERMEIRO NÃO FAZ TROCA DE CILINDROS DE O2! CILINDROS DE AÇO: Um cilindro de 03 litros com vazão de 5.2 litros/ min. dura em torno de quatro horas. CUIDADOS COM O OXIGÊNIO E SUA ADMINISTRAÇÃO: Manter o umidificador com água destilada ou esterilizada até o nível indicado; Verificar com freqüência a cânula, umidificador, máscara e cateteres expostos a umidade; Avaliar o aparelho observando sempre o volume de água do umidificador e os litros por minuto; MANTER VIAS AÉREAS DESOBSTRUÍDAS; Manter cilindros na vertical e válvulas O2 distantes de aparelhos elétricos, fogo e calor / não fumar próximo. MEDIDA ÓCULOS/CÂNULA NASAL DE O2 Sonda de aspiração nasal superficial O dispositivo é introduzido na PORÇÃO MAIS EXTERNA DAS NARINAS, não preenche todo o espaço nasal e os comprimentos das pontas inseridas em cada narina dependem do número da cânula/sonda. 28 MEDIDA CATETER NASAL DE O2 SONDA ASPIRAÇÃO NASAL PROFUNDA: A distância a ser introduzida corresponde ao comprimento entre a RAIZ E O ÁPICEDO NARIZ. MEDIDA: CATETER DE O2 NASOFARÍNGEO SONDA DE ASPIRAÇÃO DA NASOFARINGE: A distância a ser introduzida corresponde ao comprimento entre a PONTA DO NARIZ/NARINA ATÉ A INSERÇÃO DO LÓBULO DA ORELHA. A ponta do cateter/sonda pode ser visualizada na cavidade oral Obs: Quanto maior o número da cânula ou sonda, maior o calibre. Quanto MENOR O CALIBRE MENOR É O FLUXO DE O2 e menor a pressão negativa possível de serem utilizados. Quanto menor o calibre da sonda de aspiração menor sua capacidade de aspirar secreções mais viscosas. EFEITOS COLATERAIS DO USO DE OXIGÊNIO: RETINOPATIA da prematuridade; Doença pulmonar crônica e displasia broncopulmonar em prematuros; ATELECTASIA POR ALTAS CONCENTRAÇÕES DE OXIGÊNIO e dano epitelial pulmonar devido ao estresse oxidativo. 29 DISPOSITIVOS PARA OXIGENOTERAPIA QUANDO O RN SUSTENTA VENTILAÇÃO ESPONTÂNEA: (A) CAPACETE OU CAMPÂNULA (B) MÁSCARA FACIAL (C) FUNIL (D) CÂNULA NASAL (E) CATETER NASAL (F) CATETER NASOFARINGEO O2 POR APROXIMAÇÃO - “CHEIRINHO DE O2” Utilizada em SITUAÇÕES EMERGENCIAIS, quando os recursos adequados estão indisponíveis. Empiricamente, a distância entre a saída do fluxo e as narinas e/ou/boca determinam, aproximadamente, a FiO2 . OBSERVE: fluxo de constante 5 l/min, distância mínima de 1 cm. Para RN, recomenda-se uma DISTÂNCIA > 1 CM COM FLUXO DE 5L/MIN ou um FLUXO DE 2L/MIN. A 1 CM DE DISTÂNCIA. CAPACETE (HOOD) - VANTAGENS DA ADMINISTRAÇÃO DE O2: • permite concentrar O2 num espaço menor, em torno da cabeça do RN; • mantém estável a Fi O2 (fração de oxigênio do ar inspirado); • atinge uma determinada Fi O2 MISTURANDO oxigênio e ar comprimido. 30 Fórmula para cálculo da MISTURA DE AR E O2 de acordo com a capacidade da campânula (volume em litros). FlO2 = 21 X FlAr l/min + 100 X FlO2 l/min / (Fluxo total: FlAr+ FlO2) Podemos efetuar a seguinte operação para determinar a FiO2 obtida em uma Campânula com 6L DE CAPACIDADE, isto é, com FLUXO TOTAL (FT) CONSTANTE DE 6L, utilizando-se fluxômetros com intervalos na escala de 1L/MIN. : Então: se a SOMA de FlO2 + FlAr (FT) é = 6 o FlO2 = 6 – FlAr Arbitrando-se que FlO2 = 1 l/min. o FlAr = 6 - FlO2 = 5 l/min; SUBSTITUINDO em FiO2 = [(21 X 5 )+ (100 X 1)] 6 Então... FiO2 = (105 +100) / 6 = 34,17% ou seja: FiO2 + ou - 34% 31 O2 POR CPAP Mistura de O2 na concentração desejada - FLUXO DE 8 L/MIN. através de uma peça nasal, a via expiratória da peça nasal é conectada a uma borracha e colocada em selo d'água. CPAP: Melhora a expansibilidade pulmonar; Diminui o esforço respiratório; Minimiza a atelectasia pulmonar; CUIDADOS: Assegurar fluxo de ar do circuito seja adequado; Verificar o borbulhar no frasco do selo d'água. OXIGÊNIO COM VENTILAÇÃO MECÂNICA: A intubação traqueal para ventilação mecânica no RN é indicada na: INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA; INCAPACIDADE DE MANTER UMA PAO² OU PCO² ADEQUADAS; Presença de apnéias repetidas CRITÉRIOS GASOMÉTRICOS PARA INDICAÇÃO DE INTUBAÇÃO: PaO² abaixo de 50 mmHg; PCO² ACIMA DE 60 MMHG. Na maioria das vezes a indicação de ventilação mecânica no RN se dá por hipoxemia e acidose. Nos recém-nascidos de baixo peso (< 2.500 g) ou de muito baixo peso RNMBP (< 1.500 g) com maior frequência a indicação é por apnéia. 32 ASPIRAÇÃO DAS VAS EM CRIANÇAS RECOMENDAÇÕES: Inserir o dispositivo de aspiração com a mão dominante; Tempo de aspiração/sucção: RN: aspirar até 5 segundos Adultos: aspirar até 10 a 15 segundos Deixar intervalo de 30 a 60 segundos entre uma aspiração e outra Sucção suave evita bradicardia, laringoespasmo e arritmias cardíacas por estimulação vagal; Permitir a recuperação do padrão respiratório e a reoxigenação; LIMITAR O NÚMERO DE ASPIRAÇÕES ATÉ TRÊS PASSAGENS DA SONDA; REFLEXÃO: A FR do indivíduo e o esforço para sustentar a oxigenação devem ser considerados quando se decide aspirar as VAS. CUIDADOS AO RECÉM NASCIDO (ELIANE): FC: 110 a 160 bmp; FR: 40 a 60 rpm; TAX: 36, 4ºC a 37, 2ºC. HGT: 60 a 80 dl/ml RECEM NASCIDO PRÉ TERMO (RNPT): Nasce ANTES DE COMPLETAR 37 SEMANAS de gestação; RECEM NASCIDO TERMO: 37 a 41 semanas de gestação + 6 dias; RECEM NASCIDO PÓS TERMO: Após 42ª semana gestacional. NEONATOLOGIA: Cuida de crianças do NASCIMENTO até 28 dias de idade. 33 REFLEXO DE ORTOLANI: ATENDIMENTO IMEDIATO AO RECÉM NASCIDO: Nesse período de transição a via extra-uterina, existe dois fatores importantes: 1. RESPIRAÇÃO PULMONAR; 2. MANUTENÇÃO DA TEMPERATURA CORPORAL. Em relação à RESPIRAÇÃO PULMONAR, o bebê pode estar com alguma obstrução que impede que execute movimentos ventilatórios e a correta expansão pulmonar, denominado: ASFIXIA ao nascimento. 34 Em relação à PERDA DE CALOR, acredita-se que é imensamente prejudicial ao recém nascido pré-termo e prejudicial ao recém nascido em termo (38 a 40ª semanas gestacionais), pois provoca que o bebê consuma mais O2 e GLICOSE, causando uma “ACIFICAÇÃO” do sangue do recém nascido, conseqüentemente, HIPOTERMIA, levando a convulsões, choque... Portanto, a temperatura ideal para nascimento do bebê é de 26 a 30º C, para evitar a perda de calor. A temperatura adequada ao recém nascido é de 36, 8ºC. Encontra-se em HIPOTERMIA com 35, 9ºC. Deve-se manter um berço aquecido, caso precise aquecer mais rapidamente esse bebê; Deve-se usar uma touca ou campo aquecido que auxilia na prevenção de hipotermia. Caso o bebê apresente-se HIPOTÉRMICO (35, 9ºC): deve fazer o controle da TAX de hora em hora. A evaporação do liquido amniótico provoca perda de calor ao bebê, por isso deve ser enxugado (seco) com compressas aquecidas e se possível, colocar sob o ventre materno a fim de que ele não perca tanto calor. VASOCONSTRIÇÃO VASOCONSTRIÇÃO TAQUICARDIA E AUMENTO DA PA HIPOTERMIA 1. HIPOTERMIA MAIOR CONSUMO DE O2 E GLICOSE HIPOGLICEMIA 5 HIPOGLICEMIA ACIDOSE *CONVULSÕES * CHOQUE 35 MECANISMOS DE CONDUÇÃO DO CALOR 1. CONDUÇÃO: Transfere calor de uma SUPERFÍCIE para outra; 2. CONVECÇÃO: Perde calor para o AR. EX.: BRISA DO VENTO; 3. EVAPORAÇÃO: SUOR, líquido vira VAPOR. 4. RADIAÇÃO: Perde calor para uma superfície fria próxima em contato. EX.: JANELA. CORDÃO UMBILICAL Deve-se realizar a dobra (PINÇAMENTO e CLAMPEAMENTO) de a 4 a 5 cm do abdômen do bebe. E o a LIGADURA 2 cm do abdômen do bebe. É importante esperar de 2 a 3 minutos para clampear o cordão umbilical a fim de passar ferro e outros nutrientes necessários ao recém nascido. Acredita-se que tem uma DESVANTAGEM nesse processo: a metabolização da hemoglobina e ferro faz com o fígado do bebê trabalhe mais, predispondo ele a uma ICTERÍCIA NEONATAL. TESTE DO PEZINHO: Deve ser feito após o bebe evacuar, em média 48 horas para colonizar. PERÍODOS DE REATIVIDADE: 1. ALERTA (30 a 60 min pós-parto); 2. INATIVIDADE (1ª a 6ª hora de vida): Sonolência; Estabilização dos SV. 3. 2º PERÍODO DE REATIVIDADE (6ª a 12ª hora de vida). APGAR: São avaliados 5 itens: 1. FC; 2. FR; 3. COR; 4. TÔNUS MUSCULAR; 5. IRRITABILIDADE REFLEXA. 36 CAPURRO: São avaliados 5 itens somáticos e 2 neurológicos**: 1. TEXTURA DA PELE; 2. FORMA DA ORELHA; 3. PREGAS PLANTARES; 4. GLÂNDULAS MAMÁRIAS; 5. FORMA DO MAMILO. 6. **SINAL DO “XALE”: COTOVELOALINHADO A AXILA + POSIÇÃO DA CABEÇA AO LEVANTAR O RN. USO DE DROGAS ILÍCITAS: Cocaína/Crack provoca: • Parto prematuro; • Malformações cardiovasculares; • Malformações do sistema nervoso central (YAMAGUCHI, T al., 2008) • Malformações do trato geniturinário (CORRÊA, T al.,1999); • Crescimento intra-uterino restrito (CORRÊA, T al., 1999); • Aborto espontâneo (REZENDE, 2005); 37 Em qual período da gestação é mais prejudicial? • Durante todo o período gestacional; Como se deve evitar? • A gestante deve EVITAR O CONSUMO DESTA DROGA DURANTE TODA A GESTAÇÃO; MACONHA: O que pode provocar? • Prejudica o crescimento fetal; • Retarda a maturação do sistema nervoso central; • ALTERAÇÕES DA MEMÓRIA; • PROBLEMAS NA FALA EM CRIANÇAS; • ATROFIA CEREBRAL; Em qual período é mais prejudicial? • O período crítico desta droga é da 3ª A 16ª SEMANA DE GESTAÇÃO; Como se deve evitar? • A gestante deve evitar o consumo desta droga durante toda a gestação. ALCOOL: O que pode provocar? • Síndrome alcoólica fetal; • Anomalias físicas; • Abortamento; • Diminuição do crescimento fetal; • Diminuição do perímetro cefálico; • Diminuição do cérebro; Em qual período da gestação é mais prejudicial? • Os DANOS FETAIS são diferentes, CONFORME O PERÍODO GESTACIONAL, ou seja, causa anomalias durante todo período gestacional; Como se deve evitar? • A gestante deve evitar o consumo da droga durante toda a gestação. 38 CIGARRO O que pode provocar? • FISSURAS PALPEBRAIS PEQUENAS; • Diminuição do diâmetro biparietal; • Hipoplasia da face média; • Ponte nasal baixa; • Microcefalia; • NARIZ PEQUENO E LÁBIO SUPERIOR FINO; • Atraso no desenvolvimento neuropsicomotor; Em qual período da gestação é mais prejudicial? • TODO O PERÍODO GESTACIONAL NECESSIDADES DO RN PREMATURO: • Iniciar e MANTER A RESPIRAÇÃO; • Estabelecer a CIRCULAÇÃO EXTRA-UTERINA; • Manter TEMPERATURA CORPORAL - AMBIENTE TÉRMICO NEUTRO; 39 • Receber HIDRATAÇÃO E NUTRIÇÃO ADEQUADAS; • Estabelecer as ELIMINAÇÕES; • Manter o CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO. MANEJO DA HIPOGLICEMIA: SINAIS VITAIS DO RN: FC: 80-180 bpm FR: 40-60 mpm TAX: 36,3-37,4ºC SAT O2 > 87% 40 SISTEMA RESPIRATÓRIO DO RNPT: Deficiência de surfactante; Pouco espaço no sistema respiratório; Facilidade para COLAPSO OU OBSTRUÇÃO DO TRATO RESPIRATÓRIO; Ossos do tórax pouco calcificados; REFLEXO DE GASPING fraco ou ausente; Capilares pulmonares imaturos e permeáveis; Maior distância entre alvéolos operantes e o leito capilar pulmonar. RETRAÇÕES SUBCOSTAIS OU SUB ESTERNAIS: Distúrbio do TRATO RESPIRATÓRIO INFERIOR; RETRAÇÕES SUPRA-ESTERNAIS: Distúrbio do TRATO RESPIRATÓRIO SUPERIOR; 41 ALIMENTAÇÃO INFANTIL: A alimentação, principalmente no 1º ano de vida, é fator determinante na saúde da criança. Por isso, o MS adotou 10 passos primordiais para ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL: 1. Dar SOMENTE LEITE MATERNO ATÉ OS SEIS MESES DE IDADE, sem oferecer água, chás ou quaisquer outros alimentos. 2. A partir de SEIS MESES, INTRODUZIR DE FORMA LENTA E GRADUAL OUTROS ALIMENTOS, MANTENDO O LEITE MATERNO ATÉ OS DOIS ANOS DE IDADE OU MAIS. 3. Após os seis meses, oferecer ALIMENTAÇÃO COMPLEMENTAR (cereais, tubérculos, carnes, leguminosas, frutas e legumes), três vezes ao dia, se a criança receber leite materno, e cinco vezes ao dia, se estiver desmamada. 4. A ALIMENTAÇÃO COMPLEMENTAR deverá ser oferecida SEM RIGIDEZ DE HORÁRIOS, respeitando-se sempre a vontade da criança. 5. A ALIMENTAÇÃO COMPLEMENTAR deve ser ESPESSA DESDE O INÍCIO E OFERECIDA COM COLHER; começar com consistência pastosa (papas, purês) e, gradativamente, aumentar a consistência até chegar à alimentação da família. 6. Oferecer à criança diferentes alimentos ao dia. Uma alimentação variada é, também, uma alimentação colorida. 42 7. Estimular o CONSUMO DIÁRIO DE FRUTAS, VERDURAS E LEGUMES NAS REFEIÇÕES. 8. Evitar açúcar, café, enlatados, frituras, refrigerantes, balas, salgadinhos e outras guloseimas nos primeiros anos de vida. Usar sal com moderação. 9. CUIDAR DA HIGIENE NO PREPARO E MANUSEIO DOS ALIMENTOS; garantir o seu armazenamento e conservação adequados. 10. Estimular a criança doente e convalescente a se alimentar, oferecendo a sua alimentação habitual e seus alimentos preferidos, respeitando a sua aceitação. ALEITAMENTO MATERNO: O aleitamento materno exclusivo acontece quando a criança recebe SOMENTE LEITE MATERNO, EM LIVRE DEMANDA E SEM HORÁRIOS DETERMINADOS. Para retirar o bebê do peito, recomenda-se introduzir gentilmente o DEDO MÍNIMO NO CANTO DA SUA BOCA; ele largará o peito, sem tracionar o mamilo. Após a mamada, colocá-lo para arrotar. SEMPRE: OFERECER A SEGUNDA MAMA APÓS O BEBE TER ESVAZIADO A PRIMEIRA. ALIMENTAÇÃO COMPLEMENTAR: A alimentação complementar, tanto para criança amamentada ao seio quanto para aquela que utiliza fórmula infantil, deve ser INTRODUZIDA A PARTIR DOS SEIS MESES DE IDADE, gradualmente, para suprir novas necessidades da criança. Deve-se observar a MATURIDADE NEUROLÓGICA DA CRIANÇA para introduzir outros alimentos, como SUSTENTAÇÃO DO TRONCO E DEGLUTIÇÃO ADEQUADA. O leite materno deve ser mantido até os dois anos. A introdução da alimentação complementar deve ser da seguinte maneira: Até 6 meses - LEITE MATERNO EXCLUSIVO; 6 meses completos - papa de frutas e 1ª refeição (almoço); 7º ao 8º mês - 2ª refeição (jantar); 9º ao 11º mês - gradativamente, passar para refeição da família adaptando a consistência; 43 12º MÊS - ALIMENTAÇÃO DA FAMÍLIA (ORIENTAR PRÁTICAS SAUDÁVEIS). SUPLEMENTAÇÃO DE VITAMINAS E FERRO As REPOSIÇÕES DE VITAMINA D devem ser de 400 UI/ DIA POR VIA ORAL PARA LACTENTES ATÉ 18 MESES EM ALEITAMENTO MATERNO e que recebam FÓRMULA INFANTIL EM VOLUME INFERIOR A 500 ML/DIA. EXPOSIÇÃO SOLAR ADEQUADA: cota semanal de 30 minutos com a criança apenas de fraldas (4 a 5 minutos por dia, todos os dias da semana) ou 2 horas semanais com exposição apenas da face e das mãos da criança (17 minutos por dia, todos os dias da semana). A SUPLEMENTAÇÃO DE FERRO deve ser feita de maneira universal para lactentes a partir do sexto mês de vida ou da interrupção do aleitamento exclusivo até os dois anos de idade. ORIENTAÇÕES NUTRICIONAIS DURANTE A FASE PRÉ-ESCOLAR 44 A fase pré-escolar, entre DOIS ANOS E SETE ANOS INCOMPLETOS, caracteriza-se por ESTABILIZAÇÃO DO CRESCIMENTO ESTRUTURAL E DO GANHO DE PESO. Assim, nessa etapa do desenvolvimento infantil, há uma MENOR NECESSIDADE DE INGESTÃO ENERGÉTICA quando comparada ao período de zero a dois anos e a fase escolar. A criança desenvolve ainda mais a capacidade de selecionar os alimentos a partir de sabores, cores, experiências sensoriais e texturas, influenciando seu padrão alimentar futuro. Nessa faixa etária, as escolhas alimentares da criança sofrem intensas influências dos HÁBITOS ALIMENTARES DA FAMÍLIA. A formação da preferência da criança pode, então, decorrer da OBSERVAÇÃO E IMITAÇÃO DOS ALIMENTOS ESCOLHIDOS POR FAMILIARES ou outras pessoas e crianças que convivem em seu ambiente. As crianças dessa faixa etária podem apresentar uma RELUTÂNCIA EM CONSUMIR ALIMENTOS NOVOS PRONTAMENTE (NEOFOBIA). Para que esse comportamento se modifique, é necessário que a criança PROVE O ALIMENTO DE OITO A DEZ VEZES – em diferentesmomentos e diversos tipos de preparação – mesmo que em quantidades mínimas. Somente dessa forma ela conhecerá o sabor do alimento e estabelecerá, assim, seu padrão de aceitação. Importante esclarecer aos pais que RECUSAS SÃO COMUNS. Dá mais certo estimular o prazer da alimentação sem impor a aceitação, pois quando se utiliza COERÇÃO, A CHANCE DO ALIMENTO SER RECUSADO É MAIOR. Atitudes excessivamente autoritárias ou permissivas dificultam o estabelecimento de um mecanismo saudável para o controle da ingestão alimentar. Durante essa faixa etária, a ANEMIA FERROPRIVA apresenta uma relevante prevalência, assim, é de extrema importância que os cuidadores estejam atentos quanto à suplementação adequada de ferro através da dieta. O Ministério da Saúde/Organização Pan-Americana da Saúde adotam os “10 PASSOS” COMO GUIA PARA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL PARA CRIANÇAS NAS FASES PRÉ-ESCOLAR E ESCOLAR: 1. Procure oferecer ALIMENTOS DE DIFERENTES GRUPOS, distribuindo-os em pelo menos três refeições e dois lanches por dia. 45 2. Inclua diariamente alimentos como CEREAIS (arroz, milho), TUBÉRCULOS (batatas), RAÍZES (mandioca/macaxeira/ aipim), PÃES E MASSAS, distribuindo esses alimentos nas refeições e lanches ao longo do dia. 3. Procure oferecer diariamente LEGUMES E VERDURAS como parte das refeições da criança. As frutas podem ser distribuídas nas refeições, sobremesas e lanches. 4. Ofereça FEIJÃO COM ARROZ TODOS OS DIAS, ou no mínimo cinco vezes por semana. 5. Ofereça diariamente LEITE E DERIVADOS, como queijo e iogurte, nos lanches, e carnes, aves, peixes ou ovos na refeição principal. 6. ALIMENTOS GORDUROSOS E FRITURAS DEVEM SER EVITADOS; prefira alimentos assados, grelhados ou cozidos. 7. EVITE OFERECER REFRIGERANTES E SUCOS INDUSTRIALIZADOS, balas, bombons, biscoitos doces e recheados, salgadinhos e outras guloseimas no dia a dia. 8. Diminua a quantidade de sal na comida. 9. Estimule a criança a BEBER BASTANTE ÁGUA E SUCOS NATURAIS DE FRUTAS durante o dia, de preferência nos intervalos das refeições, para manter a hidratação e a saúde do corpo. 10. Incentive a CRIANÇA A SER ATIVA e evite que ela passe muitas horas assistindo TV, jogando videogame ou brincando no computador. ORIENTAÇÕES NUTRICIONAIS DURANTE A FASE ESCOLAR A fase escolar compreende CRIANÇAS DE 7 ANOS A 10 ANOS INCOMPLETOS é caracterizada por um PERÍODO DE CRESCIMENTO E DEMANDAS NUTRICIONAIS ELEVADAS. O cardápio das crianças nessa faixa etária já está adaptado às disponibilidades e costumes dietéticos da família. Assim, é importante, reforçar as famílias sobre a importância de uma alimentação saudável e equilibrada, pois isso irá refletir na saúde da criança da mesma forma. Nessa fase é comum a criança ter um ALTO GASTO ENERGÉTICO DEVIDO AO METABOLISMO QUE É MAIS INTENSO QUE O DO ADULTO. Além disso, há nessa faixa etária intensa atividade física e mental. Assim, a FALTA DE APETITE comum à fase pré-escolar é substituída por um APETITE VORAZ. É comum, nessa idade, também, a DIMINUIÇÃO DA INGESTÃO DE LEITE e, conseqüentemente, LIMITAÇÃO DO 46 SUPRIMENTO DE CÁLCIO. As mães devem estar atentas a fim de compensar a falta de ingestão de leite por meio de outros alimentos ricos em cálcio. ORIENTAÇÕES NUTRICIONAIS NA ADOLESCÊNCIA A adolescência é uma fase de crescimento e desenvolvimento do ser humano situada entre a infância e a vida adulta. A definição dessa faixa etária varia conforme diferentes instituições. De acordo com o ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE, A ADOLESCÊNCIA É O PERÍODO DOS 12 AOS 18 ANOS, já para a OMS E PARA O MINISTÉRIO DA SAÚDE, ESTÁ ENTRE 10 ANOS E 20 ANOS INCOMPLETOS. Dotada de peculiaridades, tanto físicas (com o CRESCIMENTO EM ESTATURA, A MATURAÇÃO SEXUAL, o estabelecimento de caracteres sexuais secundários e as mudanças na estrutura corporal, os quais compõem a puberdade) quanto sociais e emocionais, a adolescência deve ser alvo de cuidadosas interferências, seja no sentido do relacionamento interpessoal, do ensino nas escolas, da educação por parte dos pais, seja nos cuidados com sua saúde. Dentro deste delicado contexto também se inserem os cuidados com a nutrição e a alimentação. As orientações alimentares ao adolescente devem diferir daquelas realizadas às crianças mais novas e aos adultos. No aconselhamento nutricional do adolescente, a relação interpessoal estabelecida com o médico ou profissional da saúde tem papel preponderante no sucesso da adoção de hábitos alimentares saudáveis. Estratégias eficazes são estimular pequenas e progressivas mudanças, compreender as preferências do adolescente e tentar adequar o esquema alimentar a seu estilo, enfatizar aspectos positivos e envolver o adolescente na organização de sua rotina alimentar. ORIENTAÇÕES QUANTO À PRÁTICA DE ATIVIDADE FÍSICA NA INFÂNCIA E NA ADOLESCÊNCIA Está bem estabelecido que a realização regular e contínua de atividade física é benéfica a indivíduos em qualquer faixa etária e previne contra as DCNT. A exercitação física deve ser estimulada já na infância. No caso de crianças e adolescentes, a atividade física merece considerações especiais. 47 Durante essas fases da vida, o indivíduo se encontra em processo de crescimento e AMADURECIMENTO NEUROPSICOMOTOR, apresentando não só maior vulnerabilidade a DANOS FÍSICOS E EMOCIONAIS, como também mudanças significativas em relação a interesses e objetivos. De acordo com as principais etapas do desenvolvimento infantil, Carazzato divide o período da infância e adolescência em QUATRO FASES (zero a 1 ano, “conhecimento”; 1 a 6 anos, “desenvolvimento neuropsicomotor”; 6 a 12 anos, “crescimento”; e 12 a 18 anos, “desenvolvimento”) e sugere que a orientação quanto à atividade física seja individualizada para cada fase, da forma abordada a seguir: 1. CONHECIMENTO: 0 A 1 ANO Durante o primeiro ano de vida, as atividades realizadas pela criança são muito limitadas e a EXERCITAÇÃO FÍSICA INTUITIVA. Enquanto a criança NÃO CONSEGUE MUDAR DE DECÚBITO, os cuidadores devem basicamente auxiliar na escolha da melhor posição para cada atividade: DECÚBITO LATERAL APÓS ALIMENTAÇÃO, eructação ou para dormir (evita aspiração de conteúdo de possível refluxo gastroesofágico). DECÚBITO DORSO-HORIZONTAL NOS DEMAIS MOMENTOS (possibilita a visualização das mãos e objetos). As crianças devem ser estimuladas de acordo com o marco de desenvolvimento motor já atingido. Dessa forma, uma criança que já se ASSENTA DEVE SER ESTIMULADA A ADOTAR UMA POSTURA DE SUSTENTO, SEM QUE OCORRA GRANDE INCLINAÇÃO ANTERIOR DO TRONCO. Para tanto e para facilitar a transição de decúbitos e o ato de engatinhar, os cercadinhos e andadores devem ser evitados nesta fase. A movimentação, mudança de decúbitos, tentativa de ajoelhar e mesmo de levantar se, podem ser estimulados por meio da apresentação de objetos chamativos. No segundo semestre, é importante que a criança tenha LIBERDADE DE LOCOMOÇÃO EM ESPAÇO AMPLO para evitar acidentes. A partir dos SEIS MESES, O CONTATO COM ÁGUA deve ser estimulado mesmo que o objetivo ainda não seja aprender a nadar. 2. DESENVOLVIMENTO NEUROPSICOMOTOR: 1 A 6 ANOS Nessa etapa, a criança é capaz de andar, correr, pular, segurar e o estímulo deve respeitar a capacidade de realizar as atividades. 48 Geralmente as habilidades seguem um padrão de ocorrência. Inicia-se, pelo ANDAR AINDA INSEGURO, com muitas quedas; passando pelo CONTROLE TOTAL DO ANDAR, correr, conseguir parar subitamente, ANDAR DE LADO E PARA TRÁS; e chega-se à capacidade de AGACHAR, SUBIR DEGRAUS E PULAR. Durante esse desenvolvimento de habilidades,o cuidador deve sempre estar próximo, acompanhando as atividades; a princípio auxiliando sua execução e gradualmente reduzindo sua interferência e deixando a criança ganhar autonomia. Quando a criança já domina essas atividades, é possível estimular outras mais complexas, como MERGULHAR (inicialmente “em pé” e depois “de cabeça”), arremessar e chutar bola, e por fim, pegar objetos lançados, sempre por meio de brincadeiras. 3. CRESCIMENTO: 6 A 12 ANOS Nessa faixa etária, todos os atos motores são possíveis. Esse é o momento de iniciar a programação de atividades físicas sistemáticas, com horários determinados e uma rotina estabelecida. Além dos exercícios físicos realizados na escola, o ideal é que a criança participe de atividades em uma “ESCOLINHA DE ESPORTES”, com exercícios variados, tanto em água, quanto em solo, SEMPRE DE FORMA COLETIVA. Aos 10 anos, já é possível a escolha de um esporte específico para prática rotineira, de acordo com a preferência e habilidades da criança. É importante lembrar que nessa fase, a criança encontra-se em franco crescimento, com ALONGAMENTO DE OSSOS E ESTRUTURAS MÚSCULO-ESQUELÉTICAS, NÃO DEVENDO HAVER SOBRECARGA AOS MESMOS. 4. DESENVOLVIMENTO: 12 A 18 ANOS Nessa etapa há a decisão da realização da atividade física como atividade recreativa e preventiva ou na qualidade de esporte competitivo. Quando a opção é de realizar um exercício competitivo (esporte), o que geralmente significa maior intensidade e frequência, deve-se atentar ainda mais para algumas questões peculiares da criança, discutidas a seguir. Qualquer tipo de PRESSÃO EMOCIONAL, como necessidade de vencer ou de agradar ao técnico, ao professor ou à família, É NEGATIVO AO DESENVOLVIMENTO PSÍQUICO DA CRIANÇA OU DO ADOLESCENTE. Esforços intensos e contínuos 49 (como no futsal) podem causar desenvolvimento anormal do músculo cardíaco, com prejuízo da sua contratilidade, sendo por isso contra-indicado. Já a prática de ATIVIDADES FÍSICAS AERÓBICAS, de moderada intensidade, e com uso principalmente de grandes grupos musculares, é segura e benéfica às crianças e adolescentes. INTERPRETAÇÃO DE EXAMES LABORATORIAIS – KOJA Existem duas linhagens de celular TOTIPOTENTES (MÃE): AUMENTO DE NEUTRÓFILOS: Necrose tecidual, INFECÇÃO BACTERIANA AUMENTO DE EOSINÓFILOS: INFECÇÕES VIRAIS, PARASITÁRIAS, algumas reações alérgicas. AUMENTO DE BASÓFILOS: REAÇÃO ALÉRGICA AGUDA AUMENTO DE MONÓCITOS: QUAISQUER SITUAÇÕES. Ex: VIRAIS, FUNGICAS, BACTERIANAS... Liberando INTERLEUCINA I, despolarizando os NEURÔNIOS DO CENTRO REGULADOR DO HIPOTÁLAMO. Além de liberar INTERCEUCINAS 6 E 8 que vai ativar a CADEIA LINFOCÍTICA. LINHAGEM MIELOCITICA RETICULÓCITOS (Ruptura da membrana nuclear) LEUCÓCITOS ERITRÓCITOS NEUTRÓFILOS 50 O QUE É CHOQUE ANAFILÁTICO? Quando os BASÓFILOS liberam HISTAMINA em grande quantidade que VASODILATA os vasos, causando um EDEMA GENERALIZADO. Deve-se administrar um VASOCONSTRITOR como, exemplo a ADRENALINA, a fim de evitar sufocamento por EDEMA DE GLOTE. CARACTERISTICAS DOS EXAMES LABORATORIAIS: 1. EXATIDÃO: Resultado mais próximo possível do RESULTADO ESPERADO; 2. PRECISÃO: Reprodutividade do TESTE; 3. SENBILIDADE: Resultados verdadeiro-positivos na PRESENÇA DA DOENÇA; 4. ESPECIFICIDADE: Resultados verdadeiro-negativos na AUSENCIA da doença. ERITOGRAMA: HEMOGLOBINA: ANEMIAS, POLICITEMIAS (AUMENTO do NUMERO HEMACIAS). HEMATÓCRITO: porcentagem de HEMÁCIAS no sangue. **VARIAÇÃO: HEMODILUIÇÃO/HEMOCONCENTRAÇÃO O QUE HEMODILUIÇÃO: PERDEU MUITO SANGUE ou RECEBEU muito soro; O QUE É HEMOCONCENTRAÇÃO: DESIDRATAÇÃO (SORO). LINFÓCITOS T LINFÓCITOS B PLASMOCITOS Ig NATURAL KILLER – CD4/CD8 51 TEMPO DE PROTROMBINA: Rastreamento de DISTÚRBIOS DE COAGULAÇÃO, então se deve MONITORAR ANTICOAGULAÇÃO ORAL através do TEMPO: 12 A 13 SEGUNDOS SEM ATIVIDADE = 70 A 100%. EX: TP DE 8: NECROSE; TP DE 30: HEMORRAGIAS. FIBRINOGÊNIO: Proteína que se transforma em FIBRINA. Juntamente com as PLAQUETAS forma uma rede para o COÁGULO DE SANGUE. É aumentado em DOENÇAS COM LESÕES TECIDUAIS/INFLAMAÇÕES como um marcador para risco CORONARIANO. 200- 400 mg/dL PROTEÍNA C REATIVA: Concentração sérica eleva-se logo APÓS AGRESSÃO ao organismo na FASE AGUDA da doença. VELOCIDADE DE SEDIMENTAÇÃO: ACOMPANHAMENTO DE DOENÇA INFLAMATÓRIA AGUDA. HOMENS: 0 a 10 mm/h MULHERES: 0 a 20 mm/h Cças: < 10 mm/h FUNÇÃO RENAL CREATININA: Produto do metabolismo da CREATININA e da FOSFOCREATININA no TECIDO MUSCULAR; Depende do SEXO/IDADE; EXCREÇÃO VIA FILTRAÇÃO RENAL; ***VALORES MUITO BAIXOS: Paciente em INERCIA. HOMENS; 0,8 A 1,2 mg/dL 52 MULHERES: 0,6 A 1 mg/dL URÉIA: Equilíbrio entre PRODUÇÃO do CATABOLISMO PROTEICO X CAPACIDADE RENAL de ELIMINAÇÃO destes produtos; 10-45mg/dL ELETRÓLITOS: Manutenção do Ph adequado; Manutenção da PRESSÃO OSMÓTICA; Medir relações entre líquidos INTRA/EXTRA-CELULARES. SÓDIO: Detecta ALTERAÇÕES no EQUILIBRIO ELETROLITICO (INTOXICAÇÃO/DESIDRATAÇÃO). 137-145 mg/dL CÁLCIO TOTAL: OSTEOPOROSE: doenças RENAIS, ÓSSEAS. Cças até 1 ano: 8,5 a 11,5 mg/dL Adultos: 8,4 a 10,2 mg/dL CÁLCIO IÔNICO: Marca o cálcio ATIVO fisiologicamente. 4 – 8, 5 mg/dL TRASAMINASES (ANIMOTRANSFERASES): Integridade HEPATOCELULAR pelas enzimas ALANINA-AMINITRANSFERASE (ALT-TGP), ASPARTATO- ANIMOTRANSFERASE (AST-TGO). **ALT: Enzima citoplasmática de tecido HEPÁTICO/RENAL; **AST: FIBRAS MUSCULARES, CARDÍACAS. BILIRRUBINA: Mede a DESTRUIÇÃO DAS HEMÁCIAS, com EXCREÇÃO HEPÁTICA via BILE. 1. DIRETA: Já passou pelo FIGADO que já produziu ÁCIDO GLICEMICO; 2. INDIRETA: Não passou pelo FIGADO. 53 COLESTEROL TOTAL: Correlação LDL X HDL; Correlação direta entre COLESTEROL TOTAL E DOENÇA ARTERIAL CORONARIANA. Cças: < 170 mg/dL Adultos: 140-199 mg/dL COLESTEROL LDL: Transporta COLESTEROL DO FIGADO para a PERIFERIA, onde é INTERNALIZADO pelas células. HOMENS: 37- 70 mg/dL MULHERES: 40- 85 mg/dL TRIGLICERÍDEOS: Mede a capacidade de o corpo METABOLIZAR GORDURA, avalia suspeita de ATEROCLEROSE. MARCADORES DE ENZIMAS CARDÍACAS: Diagnóstico diferencial de DOR TORÁCICA; Método NÃO-INVASIVO para detectar REPERFUSÃO CORONARIANA. TROPONINAS: CPK ou K: Músculo CARDIACO, TECIDO NERVOSO E ESQUELÉTICO. ELEVAÇÃO: DANO CELULAR nessas áreas; CK-MB: Achado elevado compatível com IAM + DOR TORÁCICA; ALBUMINA: Proteína sérica sintetizada no FÍGADO, marcador de FUNÇÃO HEPÁTICA. Usado em pacientes com DOENÇA HEPÁTICA/SINDROME NEFROTICA. 4-5,3 g/dL GLICEMIA DE JEJUM: Controle da DM. HEMOGLOBINA GLICADA: Avaliação da glicemia média nos ÚLTIMOS 2 – 3 MESES. 4 a 6% HEGLOB. TOTAL EQUILIBRIO HIDROELETROLITICO: 54 Superfície corporal em pediatria até 12 anos. (PX4+7)/ 90+P(Kg) OSMOLARIDADE CORPOREA: + ou – 300 mOsm/L REGULADORES DE VOLUME: Sensores: ; Grandes vasos; Aparelho JUSTAGLOMERUGULAR; MÁCULA DENSA (GLOMÉRULO). Outros sensores: PRESSÃO DAS CÂMARAS CARDÍACAS, como: PRESSÃO ATRIAL ESQUERDA (PRESSÃO DO RETORNO VENOSO); PRESSÃO CAPILAR PULMONAR, como: PRESSÃO DE SAÍDA (EJEÇÃO); PRESSÃO DIASTÓLICA DA ARTÉRIAL PULMONAR; REGULADORES DE OSMOLARIDADE: HORMONIO ANTIDIURÉTICO; SEDE; RENINA ANGIOTENSINA-ALDOSTERONA. O que é DIABETES INSIPTUS? É a REDUÇÃO DA SINTESE DE HORMÔNIOANTIDIURÉTICO. URGENCIA E EMERGENCIA PEDIÁTRICA (IVANA) CHOQUE: se caracteriza pela PERFUSÃO TECIDUAL INADEQUADA para preencher as demandas metabólicas do corpo, RESULTANDO EM DISFUNÇÃO CELULAR E INSUFICIÊNCIA ORGÂNICA. CONSEQUENCIAS FISIOLÓGICAS: HIPOTENSÃO, HIPOXIA TECIDUAL E ACIDOSE METABÓLICA. BOMBA NÃO FUNCIONANTE – BAIXA OFERTA DE O2 NA CIRCULAÇÃO. ETAPAS DO CHOQUE: 55 1. CHOQUE COMPENSADO: A função orgânica vital é mantida pelos mecanismos compensatórios intrínsecos; o fluxo sanguíneo é normal ou aumentado, mas geralmente DESIGUAL OU MAL DISTRIBUÍDO NA MICROCIRCULAÇÃO. a. SINAIS: apreensão, irritabilidade, taquicardia, PA normal, estreitamento de pulso, sede, palidez, ↓ débito urinário, perfusão reduzida nas extremidades. 2. CHOQUE DESCOMPENSADO: fluxo sanguíneo ineficaz nas marginais da microcirculação, CAUSANDO INSUFICIÊNCIA CIRCULATÓRIA: HIPÓXIA DO TECIDO, ACIDOSE METABÓLICA E FUTURA DISFUNÇÃO DOS SISTEMAS. a. SINAIS: confusão e sonolência, taquipnéia, acidose metabólica, oligúria, extremidades frias e pálidas, redução no turgor da pele, déficit no enchimento capilar. 3. CHOQUE IRREVERSÍVEL OU TERMINAL: o dano a órgãos vitais é importante, e todo o organismo será comprometido, mesmo com intervenções. Fase “JESUS ESTÁ CHAMANDO”. a. SINAIS: pulso fraco e imperceptível, hipotensão, respiração periódica (gaspiando) ou apneia, anúria, estupor ou coma. TIPOS DE CHOQUE 1. HIPOVOLÊMICO: caracterizado por ↓ tamanho do compartimento vascular, ↓ PA, ↓enchimento capilar, ↓ PVC. É o mais comum em crianças, causas: a. Perda de sangue (trauma, sangramento GI, hemorragia IC) b. Perda de plasma (↑permeabilidade dos capilares associada a sepse e acidose, hipoproteinemia, queimaduras, peritonite) c. Perda do líquido extracelular (vômito, diarreia, diurese glicosúrica, insolação) 2. DISTRIBUTIVO: perfusão tecidual comprometida, AUMENTO DA CAPACIDADE E REPRESAMENTO VENOSO, redução aguda do fluxo sanguíneo de retorno ao coração, BAIXO DÉBITO CARDÍACO. Causas: a. Anafilaxia (choque anafilático); b. Sepse (choque séptico): sepse extrema a toxinas bacterianas circulantes; c. Perda do controle neuronal (choque neurogênico), interrupção da transmissão neuronal, com lesão da medula espinhal; 56 d. Depressão miocárdica e dilatação periférica: anestesia, ingestão de barbitúricos, tranquilizantes, opióides, agentes anti-hipertensivos, etc. 3. CARDIOGÊNICO: ↓DC, causas: a. Insuficiência primária da bomba (miocardite, trauma miocárdico, ICC, ) b. Disritmias MANEJO DO CHOQUE O tratamento consiste em três intervenções principais (abaixo). A prioridade é estabelecer VIA AÉREA E ADMINISTRAR O2, DEPOIS SE ESTABELECE ACESSO IV. 1. VENTILAÇÃO: entubação traqueal é iniciada precocemente com a ventilação de pressão positiva, com administração de O2 (a 100%) assim que possível. A ÁGUA NOS PULMÕES ORIGINADA PELO EDEMA É REMOVIDA COM DIURÉTICOS; 2. ADMINISTRAÇÃO DE LÍQUIDOS: na maioria dos casos, a restauração do volume sanguíneo, com uso de SORO FISIOLÓGICO, COLÓIDES COMO ALBUMINA. Terá com resultado positivo o ↑PA, ↓FC, ↑DC resulta na melhora da circulação capilar e cor da pele. 3. APRIMORAMENTO DA AÇÃO DE BOMBA (SUPORTE VASOPRESSOR): o suporte farmacológico serve para melhorar a contratilidade do miocárdio, reverter a acidose. Os mais usados são a dopamina ou epinefrina. Como VASODILATADORES SÃO O NITROPRUSSEATO OU AMILDARONA. CUIDADOS DE ENFERMAGEM NO CHOQUE 1. Garantir oxigenação adequada do tecido a. Administrar O2 com mascar a 100% b. Auxiliar em procedimento de entubação e ventilação 2. Estabelecer acesso IV ou intraósseo 3. Pesar a criança 4. Aferir SV a cada 15 minutos 5. Inserir SVD 6. Aferir gases sanguíneos (inclusive PVC) 7. Administrar medicações adequadas 57 a. Monitorar infusões (20mL/Kg de cristaloide isotônico por 5 a 20 min) 8. Manter posição com as pernas elevadas 9. Monitorar ingestão 10. Monitorar eliminações a cada hora 11. Monitorar eletrocardiografia DESIDRATAÇÃO: é um distúrbio comum dos líquidos corporais em lactentes e crianças e ocorre toda vez que a ELIMINAÇÃO TOTAL DE LÍQUIDOS ULTRAPASSA A SUA INGESTÃO TOTAL, independente da causa subjacente. A desidratação pode resultar de diversas doenças que provocam PERDAS INSENSÍVEIS ATRAVÉS DA PELE E DO TRATO RESPIRATÓRIO, EXCREÇÃO RENAL AUMENTADA E TRATO GASTRINTESTINAL (VÔMITOS E DIARREIAS). Outras causas importantes da desidratação incluem a cetoacidose diabética e queimaduras extensas. PERDAS LÍQUIDAS: INSENSÍVEIS – 2/3 ocorrem através da pele, 1/3 pelas vias respiratórias. Influenciada pelo calor e umidade, temperatura corporal e freqüência respiratória; URINÁRIAS; FECAIS. A distribuição de água entre os espaços intra e extracelulares DEPENDE DO TRANSPORTE ATIVO DE POTÁSSIO PARA O INTERIOR DAS CÉLULAS E DE SÓDIO PARA FORA ATRAVÉS DE PROCESSOS QUE EXIGEM DISPÊNDIO DE ENERGIA = TRANSPORTE ATIVO! Quando ocorre diminuição do volume do LEC na desidratação aguda, o conteúdo corporal total de sódio também é reduzido, independente da sua concentração sérica! A DEPLEÇÃO DE SÓDIO ocorre por perdas através das fezes e sua entrada no compartimento do LIC para substituir o potássio, a fim de manter o equilíbrio elétrico. Por isso, a desidratação é classificada em 3 categorias com base na osmolaridade: 58 1. ISOTÔNICA: Ocorre PERDA DE ÁGUA E DE SAL EM QUANTIDADES IGUAIS. PS: O Choque constitui maior ameaça a vida, e a criança apresentam sintomas característicos de choque hipovolêmico! 2. HIPOTÔNICO: Déficit eletrolítico excede o déficit de água, de modo que o soro se torna hipotônico. LIC é mais concentrado que o LEC --- água move-se para o LIC para estabelecer equilíbrio osmótico! PS: Aumento da perda de volume do LEC = CHOQUE! 3. HIPERTÔNICA: PERDA DE ÁGUA MAIOR QUE PERDA DE ELETRÓLITOS. Perda de água é maior e/ou ingestão de eletrólitos é maior. Líquido desloca-se da menor concentração do LIC para o LEC. PS: Choque é menos comum, entretanto distúrbios neurológicos podem ocorrer, como a convulsão. Medidas precisas da ingestão e excreção de líquidos são de suma importância para a avaliação da desidratação. Estas medidas incluem ingestão oral e administração parenteral! DIABETES NA CRIANÇA Diabetes mellitus tipo I ou insulino-dependente é caracterizado por CATABOLISMO E DESENVOLVIMENTO DE CETOSE NA AUSÊNCIA DE TERAPIA DE REPOSIÇÃO COM INSULINA; tipicamente, seu início é observado na infância ou na adolescência, mas pode ocorrer em qualquer idade. • Encontrada em 5% a 10 % dos diabéticos. • Também chamada de DIABETES JUVENIL OU INSULINO-DEPENDENTE. • Geralmente ocorre em crianças e adolescentes. • Causada por FALHA NA SÍNTESE DE INSULINA. • TESTE DE TOLERÂNCIA À GLICOSE POSITIVO E GLICEMIA DE JEJUM ELEVADA. • As CÉLULAS Β DAS ILHOTAS PANCREÁTICAS SÃO DESTRUÍDAS, possivelmente pelo próprio sistema imunológico, por fatores genéticos ou ambientais. INCIDENCIA: 59 O diabetes do tipo 1 NÃO É HEREDITÁRIO e ainda não se sabe porque atinge determinadas crianças. Também não há uma idade certa para o problema aparecer. Antes, acreditava-se que a doença surgia em dois momentos: dos cinco aos seis anos, ou na adolescência. Hoje, há CASOS EM TODAS AS FAIXAS ETÁRIAS, com relevante aumento do numero de crianças diabéticas com menos de quatro anos de idade, talvez por causas ambientais ou decorrente de processos infecciosos. COMPLICAÇÕES: -Comprometimento dos VASOS CAPILARES(MICROANGIOPATIA): doença renal (nefropatia), doença na retina ocular (retinopatia) -Comprometimento dos VASOS ARTERIAIS (MACROANGIOPATIA): deficiência circulatória em órgãos como o cérebro, o coração e os membros inferiores, causando derrames, infartos, úlceras nas pernas e necrose nas extremidades. -Comprometimento das VIAS NERVOSAS (NEUROPATIA): perda de sensibilidade nervosa, formigamentos, impotência, alterações digestivas, urinárias e circulatórias, ressecamento da pele, úlceras de pernas e pés. -COMA HIPERGLICÊMICO. TRATAMENTO: • Administração de insulina várias vezes por dia. TIPOS DE INSULINA: • Geralmente PRÓXIMAS DAS REFEIÇÕES para lidar com a carga de glicose proveniente da digestão. • Monitoramento dos níveis de glicose no sangue várias vezes por dia. • Ajustar as quantidades de insulina que injeta de acordo com os resultados. • OBSERVAR A DIETA PARA CONTROLE DE CARBOIDRATOS E GORDURAS. • Exercícios físicos. As crianças podem chocar por CETOACIDOSE METABÓLICA: quando a criança não come, faz atividade física, e usa insulina, o organismo produz corpos cetônicos (falta de O2 – hipóxia tecidual). CUIDADOS NA URGÊNCIA: 60 1. Estabelecer acesso venoso 2. Oferecer suporte ventilatório (para cianóticos e saturação ↓ 80%) 3. Instalar soro (lento) 4. Monitorar eliminações O DM infantil (DMI) pode ocorrer em qualquer idade, mas tem um pico de incidência entre 10 e 15 anos. É caracterizado pela DESTRUIÇÃO DAS CELS Β PANCREÁTICAS, levando à insuficiência absoluta de insulina. Possui duas formas: 1. IMUNOIMEDIATO: destruição autoimune das cels β, normalmente se inicia em crianças ou adultos jovens que são esbeltos, mas pode surgir em adultos; 2. IDIOPÁTICO: formas raras da doença que não têm causa conhecida. FISIOPATOLOGIA A insulina é necessária para o metabolismo de carboidratos, gorduras e proteínas. Facilitando a entrada de glicose nos músculos e células adiposas, não sendo necessária em células nervosas ou tecido vascular. Com a ↓ DA INSULINA, OCORRE HIPERGLICEMIA, que causa um gradiente osmótico que causa o movimento do líquido corporal do espaço intracelular para o espaço intersticial, então para o espaço extracelular e para dentro do filtrado glomerular a fim de “diluir” o filtrado hiperosmolar. Normalmente a capacidade tubular renal em transportar a glicose é adequada, mas quando a concentração de glicose excede o limiar renal, a glicose vaza para a urina (glicosúria) juntamente com o desvio osmótico de água (poliúria), um sinal de diabetes. A perda de líquido causa polidipsia. A proteína também é perdida, porque a proteína será quebrada a glicose (glicogênese). Ocorre tbm polifagia (mecanismo da fome). CETOACIDOSE: como a glicose não está disponível, as gorduras são quebradas a acidos graxos, e nas células adiposas a CORPOS CETÔNICOS (PELO FÍGADO). O excesso é eliminado na urina (cetonúria) ou pelos pulmões (hálito cetônico). Os corpos cetônicos na corrente diminuem o pH, produzindo cetoacidose. Os tampões do plasma se combinam com H + para formar ácido carbônico, que se dissocia em água e CO2 , a hiperventilação ou respirações de Kussmaul tenta eliminar o excesso. Com a morte celular, o K+ é liberado da célula, e excretado pelos rins, ↓ o K corporal, que pode levar à parada cardíaca. 61 COMPLICAÇÕES DO DIABETES: nefropatia, retinopatia e neuropatia. HIPOGLICEMIA 1. Mesmo com a terapia, a cça pode ter episódios ocasionais de hipoglicemia; 2. Os sinais e sintomas são produzidos pela atividade aumentada do sist adrenérgico e secreção aumentada de catecolaminas; 3. São: nervosismo, palidez, tremores, palpitações, suor e fome; 4. Fraqueza, tonteiras, dor de cabeça, sonolência, irritabilidade, perda de coordenação, convulsões e coma são respostas mais severas e apontam falta de glicose no SNC. HIPERGLICEMIA MATINAL A falta de insulina é progressiva da noite até a manhã, sendo tratada com aumento da dose noturna de insulina. O EFEITO DE SOMOGYI é um aumento súbito de glicose, que pode ocorrer em qualquer momento, mas está vinculado ao nível de glicose aumentado na hora de dormir e uma queda ás 2h (ativa epinefrina, GH e hormônios regulatórios), com aumento rebote em seguida. Para tratar é diminuída a INSULINA NOTURNA para prevenir a hipoglicemia. CUIDADOS DE ENFERMAGEM EM CRIANÇAS DE 1-3 ANOS • É fato que nesse período as crianças são agitadas, às vezes gritam, reclamam e criam confusão. • Pode ser difícil estabelecer a diferença entre um comportamento de BIRRA CONSIDERADO COMO NORMAL E UM EPISÓDIO DE HIPOGLICEMIA. • Uma criança pode ficar irritada se os níveis de açúcar no sangue caírem muito, por isso se estimula os pais a VERIFICAR SEMPRE OS NÍVEIS DE GLICOSE. CUIDADOS DE ENFERMAGEM EM CRIANÇAS DE 4 A 7 ANOS • Nessa idade, as crianças podem APLICAR INSULINA E TESTAR SEUS NÍVEIS DE GLICOSE, mas devem fazer isso somente com supervisão de adultos. • A depressão e a ansiedade são respostas normais entre crianças diagnosticadas nessa faixa etária, embora esses problemas desapareçam após seis meses aproximadamente. 62 • Os pré-adolescentes podem sentir que ter diabetes os torna "ESTRANHOS" OU "DIFERENTES". É importante encorajar a criança a participar das atividades escolares, a fazer amigos e a ter relacionamentos normais e saudáveis. CUIDADOS DE ENFERMAGEM NA ADOLESCENCIA • Na adolescência a criança já desenvolveu consideráveis habilidades manuais e mentais. • Ela pode assumir grande parte da responsabilidade pela administração da diabetes. A fase da rebeldia e da independência pode levar o adolescente com diabetes a falar coisas como "NÃO PRECISO DE AJUDA, POSSO FAZER ISSO SOZINHO". No entanto, ele ainda precisa de ajuda, especialmente com os pontos mais delicados, como a maneira correta de ajustar as doses de insulina. • Pesquisas mostram que adolescentes que têm a cooperação dos pais conseguem manter melhor controle dos níveis de glicose. • Estudos sugerem que o controle dos níveis de glicose é prejudicado quando o adolescente diabético e seus pais entram em conflito; • Conforme as crianças crescem e vão ficando mais velhas, suas necessidades de insulina mudam, principalmente durante a PUBERDADE QUANDO O CAOS HORMONAL CAUSA UMA FASE DE RESISTÊNCIA À INSULINA, AUMENTANDO MUITO A DOSAGEM EXIGIDA. • Isso dura até que eles possam desenvolver um padrão estável de controle da doença (mais cedo para as mulheres do que para os homens). • Comportamentos como consumo excessivo de carboidratos ou exercícios em excesso, também influenciam o controle da doença e devem ser monitorados. CRISE CONVULSIVA: Distúrbio da função cerebral normal resultante de DESCARGA ELÉTRICA ANORMAL NO CÉREBRO, que pode causar perda da consciência, movimentos corporais descontrolados, e alterações dos comportamentos e da sensibilidade e no sistema autônomo. POSSÍVEIS CAUSAS: hipóxia pré-natal ou perinatal, infecções, malformações congênitas, distúrbios metabólicos, intoxicação por chumbo, traumatismo craniano e outros. - CONVULSÕES IDIOPÁTICAS. - COMUNS ANTES DOS 2 ANOS DE IDADE 63 - CONVULSÕES FEBRIL – ASSOCIADO A FEBRE Neurônios excessivamente ativos e hipersensíveis; Localização da células anormais determina as manifestações; TIPOS DE CONVULSÕES: - generalizadas - parciais FEBRE: É uma síndrome caracterizada por: CANSAÇO, CHORO E HIPERTERMIA. O tálamo é o centro regulador, as catecolaminas avisam que há esse problema. DEFINE-SE A FEBRE COMO A TEMPERATURA AXILAR ACIMA DE 37,3°C. Febre arrastada,
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