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RESUMÃO PEDIATRIA

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3 
ASSUNTO 9 – PATOLOGIAS MAIS COMUNS: FIBROSE CÍSTICA 
É herdada como um traço autossômico recessivo, o gene responsável está no braço 
longo do cromossomo7. Esse gene codifica para a proteína reguladora transmembrana da 
fibrose cística. A proteína é relacionada a glicoproteínas de membrana, que constituem um 
canal de cloro ativado pelo AMPc e regulam outros canais de Cl e Na. 
 
FISIOPATOLOGIA 
O fator primário é a obstrução mecânica causada pelo aumento da viscosidade das 
secreções das glândulas mucosas, com aumento no nível de eletrólitos do suor. A 
manifestação mais precoce é o íleo meconial no RN, no qual o intestino delgado é bloqueado 
com mecônio mucilaginoso, pegajoso, pastoso e espesso. 
No pâncreas as secreções espessas bloqueiam os ductos, causando fibrose 
pancreática, impedindo enzimas pancreáticas de alcançarem o duodeno, o que causa 
comprometimento da digestão e nutrição. Isso se mostra nas fezes volumosas, que são 
espumantes por gordura não digerida (esteatorréia) e odor desagradável das proteínas 
putrificadas (azotorréia). 
Uma complicação no TGI é o prolapso retal, que ocorre na lactância e na infância 
relacionada com as fezes volumosas e grandes, má nutrição e aumento da pressão intra-
abdominal secundário à tosse paroxística. Massas gomosas podem obstruir o intestino parcial 
ou totalmente  síndrome de obstrução intestinal distal. 
As complicações pulmonares são produzidos por estagnação do muco nas vias aéreas, 
com eventual colonização bacteriana, levando à destruição do tecido pulmonar. As secreções 
anormalmente viscosas e pegajosas são difíceis de serem expectoradas e gradualmente 
obstruem os brônquios e bronquíolos, causando áreas de bronquiectasias atelectasias e 
hiperinsuflação. Os patógenos mais comuns a colonizar são Pseudomonas, Burkholderia 
cepacia, S. aureus, H. influenzae, E. coli e Klebsiela pneumoniae. 
 
Tratamento 
1. Manejo dos problemas pulmonares: 
a. Iniciar fisio respiratória 
b. Uso de dispositivo de limpeza de muco: cachimbo plástico que ↑expectoração 
c. Uso de broncodilatador em aerossol para abertura de brônquios 
d. Prática de exercícios 
e. Corticosteroides intranasais e anti-histamínicos para os pólipos nasais 
 4 
2. Manejo dos problemas TGI 
a. Reposição enzimática 
b. Dieta hipercalórica, hiperproteica 
c. Cuidados com prolapso retal 
3. Manejo dos problemas endócrinos 
a. Crianças com DM + FC necessitam dos mesmos cuidados que os outros DM 
 
Cuidados de enfermagem 
1. Avaliação pulmonar: ruídos pulmonares (ausculta), esforço, padrão resp; 
2. Observação da tosse 
3. Observar fadiga 
4. No RN: observar íleo meconial (presença) 
5. Instaurar precauções de contato para os infectados 
6. Avaliar efetividade das fisio resp, 
7. Administrar terapia de aerossol, SN 
8. Observar oximetria de pulso 
9. Encorajar a cooperação ao esquema terapêutico 
10. Avaliar o sono e promover conforto 
11. Avaliar depressão, ansiedade e autoimagem 
12. Apoiar a família 
 
 
ASSUNTO 10 – PATOLOGIAS MAIS COMUNS: COQUELUCHE 
 
 
 
 
 
 5 
 
 
 
 
AULA SIMONE: ASPECTOS FISIOLÓGICOS PARA A LEITURA DOS SINAIS E 
SINTOMAS NO PROCESSO DE SAÚDE/DOENÇA:DISTÚRBIOS NEUROLÓGICOS 
 
Os principais distúrbios neurológicos encontrados são por: 
 SEQUELAS DE HEMORRAGIAS INTRACRANIANAS; 
 PARALISIA CEREBRAL; 
 RETARDO MENTAL; 
 EPILEPSIA; 
 OUTRAS DOENÇAS. 
A principal divisão do cérebro é feita da seguinte forma: 
 Dividido em dois HEMISFÉRIOS (Direito e Esquerdo); 
 6 
 Possui 4 lobos: FRONTAL, PARIETAL (função possibilitar a recepção de 
sensações, como O TATO, A DOR, A TEMPERATURA DO CORPO), 
OCCIPITAL (VISÃO), TEMPORAL (AUDIÇÃO). 
O principal lobo que focaliza os distúrbios neurológicos é o LOBO FRONTAL, 
responsável pela COGNIÇÃO, AFETO E COMPORTAMENTO. 
 
DESCEREBRAÇÃO (RESPOSTA EXTENSORA ANORMAL): Sinal de DISFUNÃO 
DO TRONCO ENCEFÁLICO. Membros inferiores RÍGIDOS, retos. Membros superiores 
com MÃOS FLETIDAS, porém estendidas ao longo do corpo. 
 
DESCORTICAÇÃO (RESPOSTA FLEXORA ANORMAL): Disfunção severa do 
CÓRTEX CEREBRAL (desempenha um papel central em funções complexas do cérebro 
como na memória, atenção, consciência, linguagem, percepção e pensamento). 
 
 
ABUSO INFANTIL: 
 Os abusos podem induzir efeitos moleculares, neurobiológicos que alteram de modo 
IRREVERSÍVEL o DESENV. NEURONAL. 
 A MIELINIZAÇÃO do SNC segue as leis do DESENVOLVIMENTO CEFALO-
CAUDAL-PROXIMODISTAL, isto é, o reflexo SIMPÁTICO que faz com que retiremos 
as mãos de uma chapa quente. 
 
 7 
EXAME NEUROLÓGICO EVOLUTIVO: 
 ATÉ 1 MÊS DE IDADE: 
o Olha para o ROSTO DE PESSOAS que a observam; 
o Segue na HORIZONTAL, com os olhos, a LUZ DE UMA LANTERNA 
colocada a 30 cm dos olhos; 
o Ao ouvir uma voz chamando-a, REAGE de algum modo: Muda o RITMO 
RESPIRATÓRIO, abre mais os olhos, vira a cabeça em direção ao som; 
o Colocada em DECÚBITO VENTRAL, levanta a cabeça por alguns segundos; 
o REAÇÕES PRIMITIVAS: SUCÇÃO, VERACIDADE, PREENSÃO 
PALMAR E PLANTAR, além do MORO. 
 3 MESES: 
o SORRI reativamente; 
o OLHA para as PRÓPRIAS MÃOS; 
o JUNTA AS MÃOS; 
o Ao OUVIR uma voz fica ATENTO. 
 4 MESES: 
o Colocada SENTADA, cabeça FIRME; 
o Emite SONS GUTURAIS (Ex: NA, GU). 
o Inicio da PREENSÃO PALMAR voluntaria; 
 6 MESES: 
o REAÇÕES PRIMITIVAS PRESENTES, EXCETO: PREENSÃO 
PLANTAR E CUTÂNEO PLANTAR; 
o Localiza SOM na altura dos OUVIDOS; 
o SOM VOCÁLICO (Ex: AAAA); 
o Eleva o TÓRAX; 
o MUDA DECÚBITO SOZINHO; 
o SENTADO o TRONCO CAI PARA FRENTE/LADOS; 
o Apanha OBJETOS; 
 9 MESES: 
o LALAÇÃO (Ex: BAA, TAAA); 
o Localiza SOM ao LADO/ACIMA da CABEÇA; 
o SENTA, fica sozinha, TRONCO ERETO, sem CAIR; 
o RECUSA a aproximação de PESSOAS ESTRANHAS; 
 8 
o DESCOBRE OBJETOS. 
 12 MESES: 
o LALAÇÃO (Ex: MAMA, PAPA, DADA); 
o Procura OBJETOS que CAEM DE SUAS MÃOS; 
o PREENSÃO usando dedos POLEGAR+ INDICADOR = PINÇA; 
o Põe-se em PÉ, com APOIO de adulto; 
o Em decúbito VENTRAL, senta-se SEM AJUDA. 
 18 MESES; 
o Primeiras FRASES: DÁ; 
o BRINCA MUITO, tenta RABISCAR; 
o ANDA SEM AJUDA; 
 2 ANOS: 
o USA COLHER; 
o TIRA ROUPAS; 
o CHUTA BOLA; 
o TORRE COM 3 CUBOS; 
 2 ANOS E MEIO: 
o Nomeia FIGURAS SIMPLES; 
o CORRE; 
o SOBE ESCADA. 
 3 ANOS: 
o Primeiras FRASES GRAMATICAIS: EU (CENTRALIZADO MUNDO 
AO REDOR UMBIGO); 
o Diz o PROPRIO NOME COMPLETO; 
o GAGUEIRA FISIOLÓGICA; 
o PEDALA TRICICLOS; 
o TORRE DE 4 CUBOS; 
o Coloca SAPATOS, mas não os amarra (laços); 
 4 ANOS: 
o Vai ao VASO SANITÁRIO SOZINHA; 
o Usa o PLURAL; 
o Sobe ESCADA ALTERNANDO OS PÉS; 
o PREENSÃO LÁPIS IGUAL AO ADULTO; 
 9 
o EQUILIBRIO com os OLHOS FECHADOS. 
 5 ANOS: 
o Copia CIRCULO e QUADRADO; 
o POLEGAR OPOSITOR; 
o Nomeia CORES PRIMÁRIAS; 
 6 ANOS: 
o Copia um QUADRADO; 
o Desenha pessoa com 6 partes; 
o Anda para TRÁS. 
 7 ANOS: 
o Noção de DIA/MÊS/ANO/HORA; 
o Noções de Direita e Esquerda; 
o AMARRA O CORDÃO do sapato; 
o Fornece seu ENDEREÇO COMPLETO. 
 
SINAIS DE ALERTA PARA DISTÚRBIOS DO DESENVOLVIMENTO 
NEUROPSICOMOTOR 
 1º TRIMESTRE: 
o Olhar APAGADO, POUCO INTERESSE pelo ambiente; 
o HIPOTONIA DA CABEÇA (não sustenta a cabeça); 
o Ausência de CONCORDÂNCIA ENTRE QUALIDADE PSICOATIVA e 
EVOLUÇÃO MOTORA; 
o AUSENCIA DE SORRISO SOCIAL/OU POBRE; 
o IRRITABILIDADE. 
 2ª TRIMESTRE: 
o HIPOTONIA DO TRONCO, SEM SUSTENTAR A CABEÇA; 
o HIPOTONIA de membros, PÉS EQUINOS, MÃOS FECHADAS, tendência 
de ENTRECRUZAR os MEMBROS INFERIORES = DECORTICAÇÃO! 
o OLHAR POBRE, sorriso pobre;o ÂNGULO POPLÍTIO EM 90º. 
**** OPISTÓTOMO: PONTE COM ÂNGULO POPLÍTIO EM 90º = GURIA 
EXORCISTA DESCENDO A ESCADA = CARACTERÍSTICO DE DOENÇA 
NEUROLÓGICA! 
 10 
**** POSIÇÃO ÀLGICA = DEFESA DE DOR = COM ÂNGULO POPLÍTIO EM 90º! 
 3º TRIMESTRE: 
o HIPO e/ou HIPERTONIA; 
o NÃO SENTA SEM APOIO; 
o INDIFERENÇA a pessoas ESTRANHAS; 
 4º TRIMESTRE: 
o NÃO FICA EM PÉ (ORTOSTÁTICA); 
o NÃO INTERAGE COM O MEIO (gestos, palavras). 
**** Primeiro escore que recebemos = APGAR mede 5 características: 
1. FC; 
2. FR; 
3. COR; 
4. TÔNUS MUSCULAR; 
5. IRRITABILIDADE REFLEXA! 
FINALIDADE DO EXAME NEUROLÓGICO: Localizar ou identificar a região do SNC 
onde se originam os SINTOMAS. 
 
1. O que são PROCESSOS DIFUSOS DE AVALIAÇÃO? 
 São indicadores de QUADROS TÓXICOS, INFECCIOSOS, DEGENERATIVOS 
E METABÓLICOS. 
2. O que são PROCESSOS FOCAIS DE AVALIAÇÃO? 
 São PROBLEMAS VASCULARES, NEOPLÁSICOS OU TRAUMÁTICOS que a 
criança apresenta. 
 
ESCALA DE GLASGOW: Mede o NÍVEL DE CONSCIENCIA, ABERTURA 
OCULAR, VERBALIZAÇÃO E ESTÍMULO ao paciente COMATOSO. 
 Itens avaliados: 
 ABERTURA OCULAR (1-4) 
 RESPOSTA VERBAL (1-5) 
 RESPOSTA MOTORA (1-6) 
 
**** Pontuação de 7 ou ABAIXO: Considerado COMA. 
**** Pontuação de 7 a 15: NORMALIDADE. 
**** Pontuação MÁXIMA: 15 (CRIANÇA normal) 
 11 
**** Pontuação MÍNIMA: 03 (POUCO RESPONSIVA) 
EXAME FÍSICO DO CRÂNIO: Pode evidenciar doenças congênitas ou adquiridas. Na 
INSPEÇÃO observar: TAMANHO, FORMA e as FONTANELAS (BREGMÁTICA E 
LAMBIDÓIDE). 
 A medida do PERÍMETRO ENCEFÁLICO é feita pelas proeminências: 
OCCIPITAL, PARIETAL E FRONTAS (mais ou menos 35 cm). 
 O SATURÔMETRO testa a quantidade de HEMOGLOBINA existente no sangue 
via LUZ INFRAVERMELHA. 
 
AVALIAÇÃO NEUROLÓGICA: Verificar a SIMETRIA do formato do crânio da criança 
e PALPAR as fontanelas para AVALIAR sua abertura, observar se existe ou não 
SALIÊNCIAS ou AFUNDAMENTO do crânio. Essa avaliação é feita com o intuito de 
DETECTAR SINAIS EXTREMOS DE ANORMALIDADES NEUROLÓGICAS. O 
crânio da criança deve ser SIMÉTRICO, SEM ÁREAS DE AMOLECIMENTO OU 
EDEMA. 
 
EXAME FÍSICO DA PELE: Examinar a PELE da criança, procurando achados 
NEUROCUTÂNEOS, como: MANCHAS CAFÉ COM LEITE, HEMANGIOMAS 
(pigmentos avermelhados), ÁREAS SEM PIGMENTO, CURVATURA DA COLUNA 
VERTEBRAL. 
 Avaliar os NERVOS CRANIANOS (12 PARES): ex: NERVO OLFATÓRIO (1º 
PAR DE NERVOS CRANIANOS), uma vez avaliado é PERMITIDO AVALIAR 
A ATIVIDADE OLFATÓRIA. 
 Avaliar a ATIVIDADE MOTORA dessa criança. 
 
REFLEXOS: 
1. REFLEXO DE MARCHA: É quando apoiamos levemente os pés do RN sob 
a maca e estimulá-lo a caminhar, sem guiá-lo. A ausência desse reflexo indica 
COMPROMETIMENTO DO SNC! 
 
 12 
 
2. TESTE DO OLHO VERMELHO: Feito SOMENTE pelo 
OFTALMOLOGISTA! Verificar a presença de GLAUCOMA. Deve ser 
feito até os 2 MESES! 
 
3. SINAL DE BRUDZINSKI: Coloca-se a criança em DECUBITO DORSAL, 
deverá FLETIR SEU PESCOÇO. Observar se há DOR, ou FLEXAO 
INVOLUNTÁRIA DOS JOELHOS/QUADRIS. A DOR PODE INDICAR 
IRRITAÇÃO MENÍNGEA! 
 
 
 
4. REFLEXO DE MORO (REFLEXO DO ABRAÇO): Deve-se levantar 
levemente o tronco do RN, permanecendo sua CABEÇA apoiada no 
travesseiro. Deve-se soltar e verificar o REFLEXO. Ou podemos BATER 
PALMA ao lado do RN, verificando o REFLEXO. É ativado por 
ESTÍMULOS SONOROS ou VISUAIS BRUSCOS! Dura 6 MESES, depois 
vai regredindo. A AUSENCIA desse estímulo indica LESÃO NO SNC! Ou a 
presença de do sinal em um membro, pode indicar LESÃO DO PLEXO 
BRAQUIAL. 
**** EM ENCEFALOPATAS o REFLEXO dura MAIS TEMPO, e 
permanece por tempo INDEFINIDO! 
 
 13 
5. REFLEXO DE SUCÇÃO: O RN já nasce com esse reflexo instintivamente. 
Deve ser coordenado com a DEGLUTIÇÃO! 
6. Reflexo da PREENSÃO PALMAR OU PLANTAR: Ao ser tocada a 
PALMA DAS MÃOS/ PÉS, na BASE dos dedos eles FLEXIONAM! 
Ausência desse reflexo indica LESÃO DO SNC! 
 
 
 
7. REFLEXO DE BABINSKI: Presente até os DOIS ANOS DE IDADE! 
Deve-se proceder com uma tampa de caneta BIC e passá-la na palma do PÉ da 
criança de BAIXO para CIMA! POSITIVO: SURTIU REAÇÃO! 
NEGATIVO: SEM REAÇÃO! *** Criança COMATOSA SEM 
BABINSKI! 
 
8. REFLEXO DE FUGA À ASFIXIA: Coloca-se o RN em posição PRONA, a 
face para o TRAVESSEIRO, o RN foge da situação de ASFIXIA, virando a 
cabeça para onde o 02 está! 
9. REFLEXO FOTOMOTOR: Semiologia das REAÇÕES PUPILARES! 
Contração RÁPIDA DA PUPILA ao passar uma LANTERNA. 
10. REFLEXO DA MOTILIDADE 
 
HIDROCEFALIA: É uma DEFORMIDADE CRANIANA de etiologia VAGA. É causada 
pelo DESEQUILIRIO entre PRODUÇÃO/ABSORÇÃO de LCR causando DILATAÇÃO 
PASSIVA DOS VENTRÍULOS CEREBRAIS. 
 14 
*** Por isso é importante a mãe usar ÁCIDO FÓLICO na gravidez pra que seja formado o 
TUBO NEURAL DO FETO! 
TIPOS: 
1. SECREÇÃO EXCESSIVA: TUMOR NO PLEXO CORÓIDE produzindo LCR! 
2. NÃO COMUNICANTE (INTRAVENTRICULAR): CIRCULAÇÃO 
OBSTRUÍDA. 
3. COMUNICANTE (EXTRAVENTRICULAR): Líquido se movimenta livremente, 
porém NÃO É ABSORVIDO! 
CAUSAS: 
 PRIMÁRIA: Anormalidades CROMOSSÔMICAS, IRRADIAÇÃO, 
TOXOPLASMOSE, RUBÉOLA; 
 SECUNDÁRIA: ANÓXIA PARTO, TRAUMA. 
 
INFLUENCIA DE 2 FATORES: 
1. ÉPOCA DE INSTALAÇÃO DO PROBLEMA; 
2. LESÕES ESTRUTURAIS PREEXISTENTES. 
 
SINAL DE MACEWEN (SINAL DA PANELA RACHADA): Verifica-se a 
PERCUSSÃO DO CRÂNIO. São suturas que se INTERROMPEM, sem continuidade à 
palpação. A FONTANELA ANTERIOR é TENSA, POUCO ABAULADA e NÃO 
PULSÁTIL. A testa (FRONTAL) é PULSÁTIL, PROTUBERANTE. As VEIAS do 
COURO CABELUDO são DILATADAS, OLHOS DEPRIMIDOS, SINAL DE “SOL 
POENTE (OLHAR PERDIDO), a ESCLERA acima da IRIS VISÍVEL. 
 
CARACTERÍSTICAS DA CRIANÇA COM HIDROCEFALIA: 
 OPISTÓTOMO; 
 IRRITABILIDADE AUMENTADA; 
 CHORO FÁCIL; 
 OLHAR PERDIDO... 
TRATAMENTO: 
 REMOÇÃO DO TUMOR, desvio BYPASS VENTRICULAR para CANAL 
INTRACRANIANO NORMAL, BUPASS VENTICULAR para 
COMPARTIMENTO EXTRACRANIANO (DVP). 
 15 
 É COMUM HIPERTENSÃO (ARTERIAL/INTRACRANIANA) que INDICA 
OBSTRUÇÃO do “SHUNT”! 
 
CRISE CONVULSIVA EM PEDIATRIA: 
 
 
 
“MECANISMO DA RODA DENTADA” = Paciente CONVERSIVO desvia de perigos, 
antebraço ao tocar o braço rangendo... 
CONVULSÃO: Paciente fora de si, NÃO SE ATENTA PARA PERIGOS... 
 
CONVERSÃO: Pode ocasionar TREMORES/ARREPIOS (8 meses até 12 anos de idade): 
Breves, numerosos, só ocorrem durante o DIA, NÃO OCORREM DURANTE O SONO. 
*** A CONVULSÃO ocorre durante o SONO. 
 
EPILEPSIA: É um DISTURBIO NEUROLÓGICO decorrente de uma DESGARGA 
PAROXÍSTICA (Zona GATILHO) ANORMAL DE NEURÔNIOS. A crise pode surgir 
ESPONTÂNEA, ou DESENCADEADA por fatores ESTRESSORES. 
 
ATENÇÃO! A CRISE EPILÉTICA PODE VIR OU NÃO ACOMPANHADA DE 
CONVULSÃO! 
 
CONVULSÃO: Manifestação EXTERNA (MOTORA) de um fenômeno de natureza 
natural. Existem crises de diferentes tipos: 
EVENTO PAROXÍSTICO 
 
CRISE EPILÉTICA EVENTOS NÃO-
EPILÉTICOS 
ORIGEM PSICOLÓGICA 
ORIGEM PSICOGÊNICA 
 16 
 TÔNICO = resulta na CONTRAÇÃO SÚBITA DOS MÚSCULOS. Essas 
convulsões são mais comuns durante o SONO. 
 CLÔNICO = causam convulsões ou MOVIMENTOS INVOLUNTÁRIOS EM 
AMBOS OS LADOS DO CORPO. 
 TÔNICO-CLÔNICA = envolvem uma COMBINAÇÃO DOS SINTOMAS DAS 
CONVULSÕES TÔNICAS E CLÔNICAS. 
 MIOCLÔNICA = envolvem o movimento involuntário PARTE SUPERIOR DO 
CORPO E DOS MEMBROS. 
 
RISCOS: 
 MORTE SÚBITA; 
 AVC HEMORRÁGICO; 
 LESÕES CORPORAIS; 
 PREJUIZO PSIQUICO; 
 SUICÍDIO. 
TRATAMENTO: 
 TOPIRAMATO 25 MG; 
 FENOBARBITAL; 
 ÁCIDO VALPROICO. 
ICTUS CONVULSIVO: Após crises convulsivas. SINTOMAS: 
 SONOLENCIA; 
 CRIANÇAMOLE; 
 17 
 CRIANÇA FLÁCIDA. 
SÍNDROME DE WEST (4 a 7 meses de idade): É uma forma de epilepsia que se inicia na 
infância. É caracterizada pela tríade: ESPASMOS INFANTIS, HIPSARRITMIA E 
RETARDO MENTAL. Tem como causas mais comuns a esclerose tuberosa e a anóxia 
neonatal. 
Tríade de 3 SINAIS: 
1. CLÍNICOS: Crises como ESPASMOS com seguintes caracerísticas: FLEXÃO 
SÚBITA DA CABEÇA, FLEXÃO DE PERNAS, GRITOS. 
2. ELETROENCEFALOGRAFICOS; 
3. ATRASO DO DESENVOLVIMENTO PSICOMOTOR! 
TRATAMENTO: 
 ADRENOCORTICOTRÓFICO + MEDICAÇÕES ANTI-
CONVULSIVANTES! 
PATOLOGIAS MAIS COMUNS: BRONQUITE, BRONQUIOLITE, PNEUMONIA, 
ASMA: 
 A diferença básica entre SISTEMA/APARELHO respiratório é a seguinte: 
SISTEMA: Está relacionado a TODAS ESTUTURAS RESPIRATÓRIAS coordenadas 
pelo CÉREBRO. 
APARELHO: Está relacionado a todas as ESTRUTURAS ANATÔMICAS, como: 
TRATO RESP. SUPERIOR (CONDUÇÃO): oronasofaringe, faringe, laringe e parte 
superior da traquéia. 
TRATO RESP. INFERIOR (CONDUÇÃO/TROCA): porção inferior da traqueia, 
brônquios, bronquíolos, alvéolos. ESTÉRIL! 
O brônquio direito é discretamente inserido ACIMA DO ESQUERDO, por isso, a 
infecção ou corpo estranho estará provavelmente no pulmão direito. 
Os fatores de defesa são: 
 FATORES AERODINÂMICOS; 
 BARREIRA EPITELIAL; 
 MUCO; 
 18 
 CÍLIOS: NO INVERNO COM ↓MOVIMENTAÇÃO, ↑INFECÇÕES 
RESPIRATÓRIAS; 
 TOSSE E ESPIRROS; 
 FATORES IMUNOLÓGICOS E FAGOCITÁRIOS; 
 
Os PNEUMÓCITOS TIPO I são responsáveis pela COBERTURA DOS ALVÉOLOS; 
Já os PNEUMÓCITOS TIPO II são responsáveis pela produção de SURFACTANTE! 
 Quando ocorre uma INFECÇÃO, os PNEUMÓCITOS DO TIPO II assumem a 
FUNÇÃO dos PNEUMÓCITOS TIPO I a fim de tentar erradicar o agente invasor. Com 
isso, diminui drasticamente a quantidade de SURFACTANTE PULMONAR, predispondo o 
indivíduo a ATELECTASIAS (colabamento pulmonar) e EDEMA de ALVÉOLO 
(encharcamento). 
 No INVERNO, pelas temperaturas baixas, ocorre a 
PARALISÃO/LENTIFICAÇÃO do movimento CILIAR com a DIMININUIÇÃO DO 
METABOLISMO LOCAL, predispondo a criança a diversas infecções: 
 BRONQUITE, BRONQUIOLITE, ASMA E PNEUMONIAS. 
 
COR PULMONALE 
Doença cardíaca resultante de uma doença/alteração pulmonar (alvéolos não realizam 
hematose corretamente), resultando em CONGESTÃO PULMONAR, coração não consegue 
bombear o sangue para o pulmão congesto, ficando também congesto, mas do lado direito 
(lado que bombeia para a artéria pulmonar). 
 
SÍNDROME DE ONDINA 
Incapacidade de respiração involuntária por algum TRAUMA NOS LOBOS 
TEMPORAIS E PARIETAIS (responsáveis pela respiração). 
 
MÚSCULOS INSPIRATÓRIOS: DIAFRAGMA e INTERCOSTAS EXTERNOS que 
irão levar o ESTERNO para o EXTERIOR, elevando o tórax. 
MUSCULATURA ACESSÓRIA DA INSPIRAÇÃO: ESTERNOCLEIDOMASTÓIDEO 
e ESCALENOS (ELEVAR AS CLAVÍCULAS). 
 
 19 
MÚSCULOS EXPIRATÓRIOS: RETO ABDOMINAIS e INTERCOSTAIS 
INTERNOS. 
 
 
 
ANAMNESE E EXAME FÍSICO NA DISFUNÇÃO RESPIRATÓRIA 
 
Deve conter INFORMAÇÕES sobre condições ATUAIS/PROBLEMAS 
PREGRESSOS, internações e tratamento prévio. 
 
1. INSPEÇÃO: Dois tipos: 
 ESTÁTICA: 
a. Pele: cianose, lesão, cicatrizes, drenos; 
b. Formato tórax 
c. Circunferência abdominal 
d. Abaulamentos 
e. Retrações 
f. Dinâmica respiratória 
 DINÂMICA: 
g. FR = 12 a 45 mpm (CRIANÇAS/RN) 
h. Amplitude 
i. Profundidade 
j. Musculatura acessória 
k. Simetria 
INALAÇÃO DE AR: aspiração 
diária de SECREÇÃO 
OROFARÍNGEA 
MECANISMOS DE DEFESA: 
Barreiras anatômicas e mecânicas 
(pêlos, pele), função imune celular 
Árvore Respiratória ESTÉRIL 
abaixo da CARENA TRAQUEAL 
 20 
l. Respiração abdominal até 7 anos 
m. HIPOCRATISMO / BAQUETEAMENTO DIGITAL: engrossamento e 
achatamento da ponta dos dedos, por HIPOXEMIA CRÔNICA DO 
TECIDO. 
 
2. PALPAÇÃO 
3. PERCUSSÃO 
4. AUSCULTA 
A. RUÍDOS NORMAIS: VESICULARES 
B. RUÍDOS ANORMAIS: 
 
 RONCOS: Secreção em GRANDE QUANTIDADE dentro dos 
BRONQUIOS/BRONQUÍOLOS. 
 SIBILOS: SEM SECREÇÃO, isto é, é um ESTREITAMENTO DA VIA AÉREA. 
Ex: ASMA! 
 CREPITANTES/ESTERTORES: SECREÇÃO DENTRO DO ALVÉOLO. Ex: 
Esfregaço de CABELO. 
 CORNAGEM/ESTRITORES: RONCO NOTURNO, por um relaxamento da 
língua. 
i. ESTERTORES SECOS: SIBILO E RONCO  dificuldade do ar de 
passar; 
ii. ESTERTORES ÚMIDOS: CREPITANTES E BOLHOSOS  ar 
passando por umidade e/ou fluidos; 
c. AUSÊNCIA OU DIMINUIÇÃO DE RUÍDOS: em pneumotórax, hemotórax 
maciço, atelectasias. 
TOSSE: 
1. AGUDA: até 3 sem; 
 21 
2. CRÔNICA: mais de 3 sem. 
 
DIFERENÇAS DAS VIAS AÉREAS DE CRIANÇAS: 
 RN respiram SOMENTE pelo nariz; 
 RN/LACTENTES produzem POUCO MUCO; 
 RN/LACTENTE com NARINAS PEQUENAS + MUCO = OBSTRUÇÃO; 
 SEIOS PARANASAIS COMUNICANTES; 
 LÍNGUA GRANDE (dificulta passagem de ar!); 
 CRESCIMENTO DOS ALVÉOLOS ATÉ OS 7/8 ANOS. 
 
SARA (SÍNDROME DA ANGÚSTIA RESPIRATÓRIA AGUDA): É uma 
PNEUMONIA ocasionada por um AGENTE LESIVO que faz com que os 
PNEUMÓCITOS DO TIPO II, deixem de produzir SURFACTANTE na quantidade ideal. 
Levando a LESÃO PULMONAR! Pode levar ao COR PULMONALE. 
 
 BRONQUITE 
▪ Processo inflamatório que acomete os brônquios. 
▪ Etiologia VIRAL (rinovírus, influenza, parainfluenza, VSR); 
Se BACTERIANO: Staphylococcus aureus, H. influenzae; 
OUTROS: fumaça de cigarro, poluentes ambientais 
▪ AGUDA: resolução em 2 semanas (acometimento: OUVIDO MÉDIO, SEIOS 
PARANASAIS E FARINGE); 
▪ CRÔNICA OU RECORRENTE: mais de três semanas ou 4 ou mais episódios/ano. 
▪ SINAIS E SINTOMAS: tosse, expectoração, falta de ar, sibilância, cianose, EDEMA DE 
EXTREMIDADE (↑ TRABALHO CARDÍACO), febre, cansaço, falta de apetite, 
CATARRO MUCÓIDE (CLARO/PURULENTO). 
 
 BRONQUIOLITE 
▪ Infecção virótica aguda, predominante em bronquíolos. 
▪ Idade: mais freqüente em lactentes (2 a 6 meses), Sexo: ♂; 
▪ Vírus: 
VÍRUS RESPIRATÓRIO SINCICIAL (VRS); 
PARAINFLUENZA (TIPOS 1 E 3 ) 
ADENOVÍRUS (TIPOS 1, 3 E 5) 
 22 
OBS: ADENOVÍRUS (tipos 3, 7 e 21 podem causar a BRONQUIOLITE OBLITERANTE 
OU NECROTIZANTE, com elevada letalidade e de evolução arrastada). 
 
▪ Afecção benigna com melhora espontânea após alguns dias. 
▪ Época do ano: endêmico - regiões frias e temperadas; epidêmica - inverno e início da 
primavera. 
▪ Fumo: filhos de fumantes ↑ a ocorrência. 
▪ História familiar de alergia: 70% dos casos com hipersensibilidade das vias aéreas nos seus 
familiares. 
▪ Contágio: em média SETE DIAS, PODENDO SER DE ATÉ 21 DIAS APÓS O 
EPISÓDIO AGUDO. 
▪ Tratamento: aspiração de secreções, fisioterapia respiratória, ATB. 
 
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS: 
 SIBILOS EXPIRATÓRIOS AGUDOS; 
 IDADE MENOR QUE 21 MESES; 
 ACOMETE VIAS AÉREAS SUPERIORES. 
 
ASMA 
▪ Inflamação da mucosa brônquica, HIPERPRODUÇÃO DE MUCO e a CONTRAÇÃO 
DA MUSCULATURA LISA DAS VIAS AÉREAS (BRONCOESPASMOS); 
▪ SINTOMAS: dispnéia, tosse e sibilos, principalmente à noite. 
 
▪ FATORES DE RISCO: 
Familiares e genéticos, 
Sexo: masculino, 
Atopia, 
Aeroalérgenos, 
Infecções do trato respiratório, 
Poluição ambiental, 
Fumaça de cigarro 
 
▪ Tratamento: 
Corticosteróides 
 23 
AGONISTAS ADRENÉRGICOS BETA-2 (salbutamol, terbutalina, fenoterol) 
ANTICOLINÉRGICOS (Brometo de Ipratrópio ou de Tiotrópio) 
 
PNEUMONIAS 
▪ Quadro INFECCIOSO DO TRATO RESPIRATÓRIO INFERIOR, agudo, que 
compromete os ALVÉOLOS, BRONQUÍOLOS E O ESPAÇO INTERSTICIAL. 
 
▪ FATORES DE RISCO: 
- Estado imunológico 
- Baixo padrão socioeconômico 
- Prévio contato interpessoal 
- Condição do ar inspirado(poluição ambiental/intradomiciliar) 
- Exposição ao fumo e etc. 
 
▪ ETIOLOGIA 
BACTERIANA/VIRAL/FÚNGICA E ASPIRATIVA. 
 
▪ SINAIS E SINTOMAS: 
- gerais: febre, calafrios, cefaléia, irritabilidade, letargia, queixas gastrintestinais: vômitos, 
diarréia, distensão abdominal, dor abdominal. 
- específicos: BAN, taquipnéia, dispnéia, apnéia, uso de musculatura acessória, ausculta com 
estertores, exame radiológico alterado. 
BIOSEGURANÇA: É o conjunto de ações voltadas para a PREVENÇÃO, minimização ou 
eliminação de riscos inerentes às atividades de pesquisa, produção, ensino, desenvolvimento 
tecnológico e prestação de serviços, VISANDO À SAÚDE DO HOMEM, DOS ANIMAIS, 
A PRESERVAÇÃO DO MEIO AMBIENTE E A QUALIDADE DOS RESULTADOS 
(portaria nº 228 de 28 de abril de 1998 do Ministério do Exército). 
Conjunto de estudos e procedimentos que visam a evitar ou controlar 
os riscos provocados pelo uso de agentes químicos, agentes físicos e agentes 
biológicos à biodiversidade. 
 
 24 
SEGURANÇA: Conjunto de ações e de recursos usados para PROTEGER ALGO OU 
ALGUÉM. AFASTAMENTO DE TODO O PERIGO. 
RISCO: Combinação da probabilidade e da conseqüência da OCORRÊNCIA DE UM 
DETERMINADO FATO PERIGOSO. Estar exposto ao perigo (representa a probabilidade 
do perigo de materializar); É o perigo mediado pelo conhecimento que se tem da situação. É o 
que temos como prevenir. 
No ambiente hospitalar, o risco pode ser físico, químico ou biológico. 
Possibilidade de um acontecimento futuro incerto perigo 
 
PERIGO: Situação em que está AMEAÇADA A EXISTÊNCIA DE UMA PESSOA OU 
DE ALGO; Existe quando não se conhece a situação. É desconhecido ou mal conhecido. 
Fonte ou situação que pode causar dano (materais, máquinas, equipamentos e meio ambiente) 
ou lesão (pessoas). 
INCIDENTE: Evento não planejado que tem o potencial de levar a um acidente. 
Fato secundário que sobrevém no decurso de um fato principal; episódio, 
ACONTECIMENTO DE QUE VEIO A RESULTAR QUALQUER PREJUÍZO PARA 
PESSOAS OU COISAS. 
ACIDENTE: evento ou seqüência de eventos de ocorrência anormal, que resulta em 
conseqüências indesejadas, ou algum tipo de perda, dano ou prejuízo pessoal, ambiental ou 
patrimonial. O significado etimológico da palavra acidente relaciona-se com a idéia de um 
ACONTECIMENTO ANORMAL, DE IMPREVISTO E DE FATALIDADE. 
 
DANO: é a GRAVIDADE DA PERDA- HUMANA, MATERIAL, AMBIENTAL OU 
FINANCEIRA. Prejuízo ou estrago material; Modificação que torna algo imprestável; 
PERDA: PRIVAÇÃO DE ALGUÉM OU DE ALGO QUE POSSUÍA. Carência, dano ou 
prejuízo. Ato ou efeito de perder ou ser privado de algo que possuía. Diminuição que alguma 
coisa sofre em seu volume, peso, valor, privação de coisa que possuía. 
MEDIDAS DE BIOSSEGURANÇA: Condições sobre as quais os agentes infecciosos 
podem ser manipulados e contidos de forma segura, diminuindo os riscos. Ações que 
 25 
contribuem para a segurança da vida, no dia-a-dia das pessoas. MÉTODO DE BARREIRA 
É A IMPLANTAÇÃO DE ALGO FÍSICO PARA IMPEDIR QUE ALGO PASSE (EPI). 
MÉTODOS DE BARREIRA: são o conjunto de normas, procedimentos e atitudes de 
segurança que visam minimizar os acidentes em laboratório. Utilizados para contenção dos 
riscos. Podem ser primários: proteção do trabalhador e do ambiente de trabalho (vacinas, 
EPIs, EPCs), ou secundários: proteção do ambiente externo (descarte de resíduos). 
FINALIDADE DA PREVENÇÃO E CONTROLE DE INFECÇÃO EM PEDIATRIA 
O uso da assepsia e das barreiras de precaução são essenciais no cuidado com a 
criança. As crianças estão, freqüentemente, INFECTADAS POR MICRORGANISMOS 
que são transmissíveis e podem ser perigosos para os outros, especialmente os 
imunodeprimidos. 
Considerando o fato de que o sistema imune da criança e, principalmente, do 
RECÉM-NASCIDO ESTÁ EM ALGUNS ASPECTOS IMATUROS E QUE SUAS 
DEFESAS NÃO ESTÃO TOTALMENTE EFETIVAS, a prevenção e o controle da 
infecção na pediatria configura-se em um fator de extrema importância nessa fase da vida. 
OXIGENOTERAPIA/ASPIRAÇÃO DE VIAS AÉREAS SUPERIORES 
 
 O principal objetivo para a ASPIRAÇÃO DE VIAS AÉREAS é a RETIRADA de 
SECREÇÕES EXCESSIVAS que estão impedindo a criança de ASPIRAR quantidades 
adequadas de O2. Quando se insere CATÉTERES de ASPIRAÇÃO estamos estimulando o 
reflexo VAGAL (CENTRO DO VÔMITO). 
 
**VOLUME CORRENTE: Volume de gases EXPIRADO/INSPIRADO a cada respiração 
normal. VC = VM/FR 
**VOLUME DE RESERVA INSPIRATÓRIO (VRI): Volume máximo de gás que pode 
ser INALADO a partir do FINAL de uma RESPIRAÇÃO NORMAL. 
**VOLUME DE RESERVA EXPIRATÓRIO (VRE): Volume máximo de gás que pode 
ser EXPIRADO a partir do FINAL de uma RESPIRAÇÃO NORMAL. 
**VOLUME RESIDUAL: VOLUME de gás que PERMANECE NOS PULMÕES ao 
final de uma RESPIRAÇÃO MÁXIMA. 
 26 
**CAPACIDADE INSPIRATÓRIA (CI): Volume máximo de gás que pode ser INALADO 
a partir do FINAL de uma EXPIRAÇÃO NORMAL = CI = VC + VRI. 
**CAPACIDADE VITAL (CV): VOLUME máximo de gás que pode ser EXALADO após 
uma INSPIRAÇÃO MÁXIMA: CV = VC+VRI+VRE. 
**CAPACIDADE RESIDUAL FUNCIONAL (CRF): VOLUME de gás que permanece 
nos PULMÕES APÓS UMA EXPIRAÇÃO normal. CRF = VR+VRE 
**CAPACIDADE PULMONAR TOTAL (CPT): VOLUME de gás nos pulmões após uma 
INSPIRAÇÃO MÁXIMA. CPT=VR+VC. 
 
OXIGENOTERAPIA 
 
Em recém-nascidos (RN): A quantidade de oxigênio oferecida deve ser a mínima necessária 
para manter: 
PaO² entre 50 e 80mmHg, e/ou Saturação de hemoglobina entre 90 a 95%. 
Clinicamente não há como afirmar que há hiperoxia, estado danoso para o RN. Uma 
vez conseguida a estabilização, devemos SEMPRE COLHER UMA GASOMETRIA 
ARTERIAL, para verificação dos níveis de PaO², PCO² e pH do sangue. AUSÊNCIA DE 
ACIDOSE ARTERIAL INDICA UM METABOLISMO CELULAR ADEQUADO. 
OXIGENIO 
Características 
Responsável direto pela nutrição dos tecidos, de extrema importância para todo o organismo. 
 Gás elementar incolor, inodoro e insípido: 
 O2 CAUSA VASODILATAÇÃO PULMONAR E VASOCONSTRIÇÃO 
PERIFÉRICA; 
 CO2 CAUSA VASOCONSTRIÇÃO PULMONAR E VASODILATAÇÃO 
CEREBRAL; 
- a EXPIRAÇÃO tem que ser maior que a INSPIRAÇÃO. 
 
HIPÓXIA: O2 insuficiente nos tecidos, impossível de mensurar. Instala-se mais rapidamente 
na criança do que no adulto devido à TAXA METABÓLICA MAIOR DA CRIANÇA: 
 
 
 27 
Criança: consumo de O2 = 6 - 8ml / Kg / min. 
Adulto: consumo de O2 = 3 - 5 ml / Kg / min. 
 
 
A REPOSIÇÃO DE CILINDROS DE OXIGÊNIO ou quaisquer outros gases 
medicinais devem ser da responsabilidade do SETOR DA ENGENHARIA próprio das 
Instituições públicas e privadas através de suas equipes de Manutenção de Equipamentos. O 
ENFERMEIRO NÃO FAZ TROCA DE CILINDROS DE O2! 
CILINDROS DE AÇO: Um cilindro de 03 litros com vazão de 5.2 litros/ min. dura em torno 
de quatro horas. 
 
CUIDADOS COM O OXIGÊNIO E SUA ADMINISTRAÇÃO: 
 Manter o umidificador com água destilada ou esterilizada até o nível indicado; 
 Verificar com freqüência a cânula, umidificador, máscara e cateteres expostos a 
umidade; 
 Avaliar o aparelho observando sempre o volume de água do umidificador e os litros 
por minuto; 
 MANTER VIAS AÉREAS DESOBSTRUÍDAS; 
 Manter cilindros na vertical e válvulas O2 distantes de aparelhos elétricos, fogo e calor 
/ não fumar próximo. 
 
MEDIDA 
ÓCULOS/CÂNULA NASAL DE O2 
Sonda de aspiração nasal superficial 
O dispositivo é introduzido na PORÇÃO MAIS EXTERNA DAS NARINAS, não 
preenche todo o espaço nasal e os comprimentos das pontas inseridas em cada narina 
dependem do número da cânula/sonda. 
 
 28 
MEDIDA 
CATETER NASAL DE O2 
SONDA ASPIRAÇÃO NASAL PROFUNDA: A distância a ser introduzida 
corresponde ao comprimento entre a RAIZ E O ÁPICEDO NARIZ. 
 
 
MEDIDA: 
CATETER DE O2 NASOFARÍNGEO 
SONDA DE ASPIRAÇÃO DA NASOFARINGE: 
A distância a ser introduzida corresponde ao comprimento entre a PONTA DO 
NARIZ/NARINA ATÉ A INSERÇÃO DO LÓBULO DA ORELHA. 
A ponta do cateter/sonda pode ser visualizada na cavidade oral 
Obs: Quanto maior o número da cânula ou sonda, maior o calibre. 
Quanto MENOR O CALIBRE MENOR É O FLUXO DE O2 e menor a pressão negativa 
possível de serem utilizados. 
Quanto menor o calibre da sonda de aspiração menor sua capacidade de aspirar secreções 
mais viscosas. 
EFEITOS COLATERAIS DO USO DE OXIGÊNIO: 
 RETINOPATIA da prematuridade; 
 Doença pulmonar crônica e displasia broncopulmonar em prematuros; 
 ATELECTASIA POR ALTAS CONCENTRAÇÕES DE OXIGÊNIO e dano 
epitelial pulmonar devido ao estresse oxidativo. 
 29 
DISPOSITIVOS PARA OXIGENOTERAPIA QUANDO O RN SUSTENTA 
VENTILAÇÃO ESPONTÂNEA: 
 
 
(A) CAPACETE OU CAMPÂNULA 
(B) MÁSCARA FACIAL 
(C) FUNIL 
(D) CÂNULA NASAL 
(E) CATETER NASAL 
(F) CATETER NASOFARINGEO 
 
 
O2 POR APROXIMAÇÃO - “CHEIRINHO DE O2” 
Utilizada em SITUAÇÕES EMERGENCIAIS, quando os recursos adequados estão 
indisponíveis. Empiricamente, a distância entre a saída do fluxo e as narinas e/ou/boca 
determinam, aproximadamente, a FiO2 . 
OBSERVE: fluxo de constante 5 l/min, distância mínima de 1 cm. 
Para RN, recomenda-se uma DISTÂNCIA > 1 CM COM FLUXO DE 5L/MIN ou um 
FLUXO DE 2L/MIN. A 1 CM DE DISTÂNCIA. 
 
CAPACETE (HOOD) - VANTAGENS DA ADMINISTRAÇÃO DE O2: 
 
• permite concentrar O2 num espaço menor, em torno da cabeça do RN; 
• mantém estável a Fi O2 (fração de oxigênio do ar inspirado); 
• atinge uma determinada Fi O2 MISTURANDO oxigênio e ar comprimido. 
 
 
 30 
Fórmula para cálculo da MISTURA DE AR E O2 de acordo com a capacidade da 
campânula (volume em litros). 
FlO2 = 21 X FlAr l/min + 100 X FlO2 l/min / 
(Fluxo total: FlAr+ FlO2) 
 
Podemos efetuar a seguinte operação para determinar a FiO2 obtida em uma 
Campânula com 6L DE CAPACIDADE, isto é, com FLUXO TOTAL (FT) CONSTANTE 
DE 6L, utilizando-se fluxômetros com intervalos na escala de 1L/MIN. : 
 
Então: se a SOMA de FlO2 + FlAr (FT) é = 6 o FlO2 = 6 – FlAr 
 
Arbitrando-se que FlO2 = 1 l/min. o FlAr = 6 - FlO2 = 5 l/min; 
 
SUBSTITUINDO em FiO2 = [(21 X 5 )+ (100 X 1)] 6 
 
Então... 
FiO2 = (105 +100) / 6 = 34,17% ou seja: FiO2 + ou - 34% 
 
 31 
O2 POR CPAP 
 
Mistura de O2 na concentração desejada - FLUXO DE 8 L/MIN. através de uma peça 
nasal, a via expiratória da peça nasal é conectada a uma borracha e colocada em selo d'água. 
 
CPAP: 
Melhora a expansibilidade pulmonar; 
Diminui o esforço respiratório; 
Minimiza a atelectasia pulmonar; 
CUIDADOS: 
Assegurar fluxo de ar do circuito seja adequado; 
Verificar o borbulhar no frasco do selo d'água. 
 
OXIGÊNIO COM VENTILAÇÃO MECÂNICA: A intubação traqueal para ventilação 
mecânica no RN é indicada na: 
 
 INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA; 
 INCAPACIDADE DE MANTER UMA PAO² OU PCO² ADEQUADAS; 
 Presença de apnéias repetidas 
CRITÉRIOS GASOMÉTRICOS PARA INDICAÇÃO DE INTUBAÇÃO: 
 PaO² abaixo de 50 mmHg; 
 PCO² ACIMA DE 60 MMHG. Na maioria das vezes a indicação de ventilação 
mecânica no RN se dá por hipoxemia e acidose. 
 Nos recém-nascidos de baixo peso (< 2.500 g) ou de muito baixo peso RNMBP (< 
1.500 g) com maior frequência a indicação é por apnéia. 
 32 
 
ASPIRAÇÃO DAS VAS EM CRIANÇAS RECOMENDAÇÕES: 
Inserir o dispositivo de aspiração com a mão dominante; 
 Tempo de aspiração/sucção: 
RN: aspirar até 5 segundos 
Adultos: aspirar até 10 a 15 segundos 
Deixar intervalo de 30 a 60 segundos entre uma aspiração e outra 
Sucção suave evita bradicardia, laringoespasmo e arritmias cardíacas por estimulação 
vagal; 
Permitir a recuperação do padrão respiratório e a reoxigenação; 
LIMITAR O NÚMERO DE ASPIRAÇÕES ATÉ TRÊS PASSAGENS DA 
SONDA; 
REFLEXÃO: A FR do indivíduo e o esforço para sustentar a oxigenação devem ser 
considerados quando se decide aspirar as VAS. 
 
 
 
CUIDADOS AO RECÉM NASCIDO (ELIANE): 
FC: 110 a 160 bmp; 
FR: 40 a 60 rpm; 
TAX: 36, 4ºC a 37, 2ºC. 
HGT: 60 a 80 dl/ml 
 
RECEM NASCIDO PRÉ TERMO (RNPT): Nasce ANTES DE COMPLETAR 37 
SEMANAS de gestação; 
RECEM NASCIDO TERMO: 37 a 41 semanas de gestação + 6 dias; 
RECEM NASCIDO PÓS TERMO: Após 42ª semana gestacional. 
 
NEONATOLOGIA: Cuida de crianças do NASCIMENTO até 28 dias de idade. 
 33 
 
 
REFLEXO DE ORTOLANI: 
 
 
ATENDIMENTO IMEDIATO AO RECÉM NASCIDO: 
 Nesse período de transição a via extra-uterina, existe dois fatores importantes: 
1. RESPIRAÇÃO PULMONAR; 
2. MANUTENÇÃO DA TEMPERATURA CORPORAL. 
 
Em relação à RESPIRAÇÃO PULMONAR, o bebê pode estar com alguma obstrução 
que impede que execute movimentos ventilatórios e a correta expansão pulmonar, 
denominado: ASFIXIA ao nascimento. 
 34 
Em relação à PERDA DE CALOR, acredita-se que é imensamente prejudicial ao recém 
nascido pré-termo e prejudicial ao recém nascido em termo (38 a 40ª semanas gestacionais), 
pois provoca que o bebê consuma mais O2 e GLICOSE, causando uma “ACIFICAÇÃO” 
do sangue do recém nascido, conseqüentemente, HIPOTERMIA, levando a convulsões, 
choque... Portanto, a temperatura ideal para nascimento do bebê é de 26 a 30º C, para evitar a 
perda de calor. 
 A temperatura adequada ao recém nascido é de 36, 8ºC. 
 Encontra-se em HIPOTERMIA com 35, 9ºC. 
 Deve-se manter um berço aquecido, caso precise aquecer mais rapidamente esse bebê; 
 Deve-se usar uma touca ou campo aquecido que auxilia na prevenção de hipotermia. 
 Caso o bebê apresente-se HIPOTÉRMICO (35, 9ºC): deve fazer o controle da TAX 
de hora em hora. 
 A evaporação do liquido amniótico provoca perda de calor ao bebê, por isso deve ser 
enxugado (seco) com compressas aquecidas e se possível, colocar sob o ventre 
materno a fim de que ele não perca tanto calor. 
 
 
 
VASOCONSTRIÇÃO 
 
 
VASOCONSTRIÇÃO 
TAQUICARDIA 
E AUMENTO DA 
PA 
 
 HIPOTERMIA 
1. 
HIPOTERMIA 
 MAIOR 
CONSUMO DE 
O2 E GLICOSE 
 
HIPOGLICEMIA 
5 
HIPOGLICEMIA 
ACIDOSE 
*CONVULSÕES 
* CHOQUE 
 35 
MECANISMOS DE CONDUÇÃO DO CALOR 
1. CONDUÇÃO: Transfere calor de uma SUPERFÍCIE para outra; 
2. CONVECÇÃO: Perde calor para o AR. EX.: BRISA DO VENTO; 
3. EVAPORAÇÃO: SUOR, líquido vira VAPOR. 
4. RADIAÇÃO: Perde calor para uma superfície fria próxima em contato. EX.: 
JANELA. 
 
CORDÃO UMBILICAL 
 Deve-se realizar a dobra (PINÇAMENTO e CLAMPEAMENTO) de a 4 a 5 cm do 
abdômen do bebe. E o a LIGADURA 2 cm do abdômen do bebe. É importante esperar de 2 a 
3 minutos para clampear o cordão umbilical a fim de passar ferro e outros nutrientes 
necessários ao recém nascido. Acredita-se que tem uma DESVANTAGEM nesse processo: a 
metabolização da hemoglobina e ferro faz com o fígado do bebê trabalhe mais, predispondo 
ele a uma ICTERÍCIA NEONATAL. 
TESTE DO PEZINHO: Deve ser feito após o bebe evacuar, em média 48 horas para 
colonizar. 
 
PERÍODOS DE REATIVIDADE: 
1. ALERTA (30 a 60 min pós-parto); 
2. INATIVIDADE (1ª a 6ª hora de vida): 
 Sonolência; 
 Estabilização dos SV. 
3. 2º PERÍODO DE REATIVIDADE (6ª a 12ª hora de vida). 
 
APGAR: São avaliados 5 itens: 
1. FC; 
2. FR; 
3. COR; 
4. TÔNUS MUSCULAR; 
5. IRRITABILIDADE REFLEXA. 
 36 
CAPURRO: São avaliados 5 itens somáticos e 2 neurológicos**: 
 
1. TEXTURA DA PELE; 
2. FORMA DA ORELHA; 
3. PREGAS PLANTARES; 
4. GLÂNDULAS MAMÁRIAS; 
5. FORMA DO MAMILO. 
6. **SINAL DO “XALE”: COTOVELOALINHADO A AXILA + POSIÇÃO DA 
CABEÇA AO LEVANTAR O RN. 
 
 
 
USO DE DROGAS ILÍCITAS: 
Cocaína/Crack provoca: 
• Parto prematuro; 
• Malformações cardiovasculares; 
• Malformações do sistema nervoso central (YAMAGUCHI, T al., 2008) 
• Malformações do trato geniturinário (CORRÊA, T al.,1999); 
• Crescimento intra-uterino restrito (CORRÊA, T al., 1999); 
• Aborto espontâneo (REZENDE, 2005); 
 37 
Em qual período da gestação é mais prejudicial? 
• Durante todo o período gestacional; 
Como se deve evitar? 
• A gestante deve EVITAR O CONSUMO DESTA DROGA DURANTE TODA A 
GESTAÇÃO; 
 
MACONHA: 
O que pode provocar? 
• Prejudica o crescimento fetal; 
• Retarda a maturação do sistema nervoso central; 
• ALTERAÇÕES DA MEMÓRIA; 
• PROBLEMAS NA FALA EM CRIANÇAS; 
• ATROFIA CEREBRAL; 
Em qual período é mais prejudicial? 
• O período crítico desta droga é da 3ª A 16ª SEMANA DE GESTAÇÃO; 
Como se deve evitar? 
• A gestante deve evitar o consumo desta droga durante toda a gestação. 
 
ALCOOL: 
O que pode provocar? 
• Síndrome alcoólica fetal; 
• Anomalias físicas; 
• Abortamento; 
• Diminuição do crescimento fetal; 
• Diminuição do perímetro cefálico; 
• Diminuição do cérebro; 
Em qual período da gestação é mais prejudicial? 
• Os DANOS FETAIS são diferentes, CONFORME O PERÍODO GESTACIONAL, ou 
seja, causa anomalias durante todo período gestacional; 
Como se deve evitar? 
• A gestante deve evitar o consumo da droga durante toda a gestação. 
 
 
 
 38 
CIGARRO 
O que pode provocar? 
• FISSURAS PALPEBRAIS PEQUENAS; 
• Diminuição do diâmetro biparietal; 
• Hipoplasia da face média; 
• Ponte nasal baixa; 
• Microcefalia; 
• NARIZ PEQUENO E LÁBIO SUPERIOR FINO; 
• Atraso no desenvolvimento neuropsicomotor; 
Em qual período da gestação é mais prejudicial? 
• TODO O PERÍODO GESTACIONAL 
 
 
NECESSIDADES DO RN PREMATURO: 
 
• Iniciar e MANTER A RESPIRAÇÃO; 
• Estabelecer a CIRCULAÇÃO EXTRA-UTERINA; 
• Manter TEMPERATURA CORPORAL - AMBIENTE TÉRMICO NEUTRO; 
 39 
• Receber HIDRATAÇÃO E NUTRIÇÃO ADEQUADAS; 
• Estabelecer as ELIMINAÇÕES; 
• Manter o CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO. 
 
MANEJO DA HIPOGLICEMIA: 
 
 
 
SINAIS VITAIS DO RN: 
 
FC: 80-180 bpm 
FR: 40-60 mpm 
TAX: 36,3-37,4ºC 
SAT O2 > 87% 
 
 
 40 
SISTEMA RESPIRATÓRIO DO RNPT: 
 
 Deficiência de surfactante; 
 Pouco espaço no sistema respiratório; 
 Facilidade para COLAPSO OU OBSTRUÇÃO DO TRATO RESPIRATÓRIO; 
 Ossos do tórax pouco calcificados; 
 REFLEXO DE GASPING fraco ou ausente; 
 Capilares pulmonares imaturos e permeáveis; 
 Maior distância entre alvéolos operantes e o leito capilar pulmonar. 
 
 
 
 
 
RETRAÇÕES SUBCOSTAIS OU SUB ESTERNAIS: Distúrbio do TRATO 
RESPIRATÓRIO INFERIOR; 
 
RETRAÇÕES SUPRA-ESTERNAIS: Distúrbio do TRATO RESPIRATÓRIO 
SUPERIOR; 
 
 41 
 
ALIMENTAÇÃO INFANTIL: 
 
A alimentação, principalmente no 1º ano de vida, é fator determinante na saúde da 
criança. Por isso, o MS adotou 10 passos primordiais para ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL: 
 
1. Dar SOMENTE LEITE MATERNO ATÉ OS SEIS MESES DE IDADE, sem 
oferecer água, chás ou quaisquer outros alimentos. 
2. A partir de SEIS MESES, INTRODUZIR DE FORMA LENTA E GRADUAL 
OUTROS ALIMENTOS, MANTENDO O LEITE MATERNO ATÉ OS DOIS 
ANOS DE IDADE OU MAIS. 
3. Após os seis meses, oferecer ALIMENTAÇÃO COMPLEMENTAR (cereais, 
tubérculos, carnes, leguminosas, frutas e legumes), três vezes ao dia, se a criança 
receber leite materno, e cinco vezes ao dia, se estiver desmamada. 
4. A ALIMENTAÇÃO COMPLEMENTAR deverá ser oferecida SEM RIGIDEZ DE 
HORÁRIOS, respeitando-se sempre a vontade da criança. 
5. A ALIMENTAÇÃO COMPLEMENTAR deve ser ESPESSA DESDE O INÍCIO 
E OFERECIDA COM COLHER; começar com consistência pastosa (papas, purês) 
e, gradativamente, aumentar a consistência até chegar à alimentação da família. 
6. Oferecer à criança diferentes alimentos ao dia. Uma alimentação variada é, também, 
uma alimentação colorida. 
 42 
7. Estimular o CONSUMO DIÁRIO DE FRUTAS, VERDURAS E LEGUMES NAS 
REFEIÇÕES. 
8. Evitar açúcar, café, enlatados, frituras, refrigerantes, balas, salgadinhos e outras 
guloseimas nos primeiros anos de vida. Usar sal com moderação. 
9. CUIDAR DA HIGIENE NO PREPARO E MANUSEIO DOS ALIMENTOS; 
garantir o seu armazenamento e conservação adequados. 
10. Estimular a criança doente e convalescente a se alimentar, oferecendo a sua 
alimentação habitual e seus alimentos preferidos, respeitando a sua aceitação. 
 
ALEITAMENTO MATERNO: 
O aleitamento materno exclusivo acontece quando a criança recebe SOMENTE 
LEITE MATERNO, EM LIVRE DEMANDA E SEM HORÁRIOS DETERMINADOS. 
Para retirar o bebê do peito, recomenda-se introduzir gentilmente o DEDO MÍNIMO NO 
CANTO DA SUA BOCA; ele largará o peito, sem tracionar o mamilo. Após a mamada, 
colocá-lo para arrotar. 
SEMPRE: OFERECER A SEGUNDA MAMA APÓS O BEBE TER 
ESVAZIADO A PRIMEIRA. 
 
ALIMENTAÇÃO COMPLEMENTAR: 
 
A alimentação complementar, tanto para criança amamentada ao seio quanto para 
aquela que utiliza fórmula infantil, deve ser INTRODUZIDA A PARTIR DOS SEIS 
MESES DE IDADE, gradualmente, para suprir novas necessidades da criança. 
Deve-se observar a MATURIDADE NEUROLÓGICA DA CRIANÇA para 
introduzir outros alimentos, como SUSTENTAÇÃO DO TRONCO E DEGLUTIÇÃO 
ADEQUADA. O leite materno deve ser mantido até os dois anos. A introdução da 
alimentação complementar deve ser da seguinte maneira: 
 
 Até 6 meses - LEITE MATERNO EXCLUSIVO; 
 6 meses completos - papa de frutas e 1ª refeição (almoço); 
 7º ao 8º mês - 2ª refeição (jantar); 
 9º ao 11º mês - gradativamente, passar para refeição da família adaptando a 
consistência; 
 43 
 12º MÊS - ALIMENTAÇÃO DA FAMÍLIA (ORIENTAR PRÁTICAS 
SAUDÁVEIS). 
 
SUPLEMENTAÇÃO DE VITAMINAS E FERRO 
 
As REPOSIÇÕES DE VITAMINA D devem ser de 400 UI/ DIA POR VIA ORAL 
PARA LACTENTES ATÉ 18 MESES EM ALEITAMENTO MATERNO e que recebam 
FÓRMULA INFANTIL EM VOLUME INFERIOR A 500 ML/DIA. 
EXPOSIÇÃO SOLAR ADEQUADA: cota semanal de 30 minutos com a criança 
apenas de fraldas (4 a 5 minutos por dia, todos os dias da semana) ou 2 horas semanais com 
exposição apenas da face e das mãos da criança (17 minutos por dia, todos os dias da 
semana). 
 
A SUPLEMENTAÇÃO DE FERRO deve ser feita de maneira universal para 
lactentes a partir do sexto mês de vida ou da interrupção do aleitamento exclusivo até os dois 
anos de idade. 
 
 
ORIENTAÇÕES NUTRICIONAIS DURANTE A FASE PRÉ-ESCOLAR 
 44 
 
A fase pré-escolar, entre DOIS ANOS E SETE ANOS INCOMPLETOS, 
caracteriza-se por ESTABILIZAÇÃO DO CRESCIMENTO ESTRUTURAL E DO 
GANHO DE PESO. Assim, nessa etapa do desenvolvimento infantil, há uma MENOR 
NECESSIDADE DE INGESTÃO ENERGÉTICA quando comparada ao período de zero a 
dois anos e a fase escolar. 
A criança desenvolve ainda mais a capacidade de selecionar os alimentos a partir de 
sabores, cores, experiências sensoriais e texturas, influenciando seu padrão alimentar futuro. 
Nessa faixa etária, as escolhas alimentares da criança sofrem intensas influências dos 
HÁBITOS ALIMENTARES DA FAMÍLIA. A formação da preferência da criança pode, 
então, decorrer da OBSERVAÇÃO E IMITAÇÃO DOS ALIMENTOS ESCOLHIDOS 
POR FAMILIARES ou outras pessoas e crianças que convivem em seu ambiente. 
As crianças dessa faixa etária podem apresentar uma RELUTÂNCIA EM 
CONSUMIR ALIMENTOS NOVOS PRONTAMENTE (NEOFOBIA). Para que esse 
comportamento se modifique, é necessário que a criança PROVE O ALIMENTO DE OITO 
A DEZ VEZES – em diferentesmomentos e diversos tipos de preparação – mesmo que em 
quantidades mínimas. Somente dessa forma ela conhecerá o sabor do alimento e estabelecerá, 
assim, seu padrão de aceitação. 
Importante esclarecer aos pais que RECUSAS SÃO COMUNS. Dá mais certo 
estimular o prazer da alimentação sem impor a aceitação, pois quando se utiliza COERÇÃO, 
A CHANCE DO ALIMENTO SER RECUSADO É MAIOR. Atitudes excessivamente 
autoritárias ou permissivas dificultam o estabelecimento de um mecanismo saudável para o 
controle da ingestão alimentar. 
Durante essa faixa etária, a ANEMIA FERROPRIVA apresenta uma relevante 
prevalência, assim, é de extrema importância que os cuidadores estejam atentos quanto à 
suplementação adequada de ferro através da dieta. 
O Ministério da Saúde/Organização Pan-Americana da Saúde adotam os “10 PASSOS” 
COMO GUIA PARA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL PARA CRIANÇAS NAS FASES 
PRÉ-ESCOLAR E ESCOLAR: 
 
1. Procure oferecer ALIMENTOS DE DIFERENTES GRUPOS, distribuindo-os em 
pelo menos três refeições e dois lanches por dia. 
 45 
2. Inclua diariamente alimentos como CEREAIS (arroz, milho), TUBÉRCULOS 
(batatas), RAÍZES (mandioca/macaxeira/ aipim), PÃES E MASSAS, distribuindo 
esses alimentos nas refeições e lanches ao longo do dia. 
3. Procure oferecer diariamente LEGUMES E VERDURAS como parte das refeições 
da criança. As frutas podem ser distribuídas nas refeições, sobremesas e lanches. 
4. Ofereça FEIJÃO COM ARROZ TODOS OS DIAS, ou no mínimo cinco vezes por 
semana. 
5. Ofereça diariamente LEITE E DERIVADOS, como queijo e iogurte, nos lanches, e 
carnes, aves, peixes ou ovos na refeição principal. 
6. ALIMENTOS GORDUROSOS E FRITURAS DEVEM SER EVITADOS; prefira 
alimentos assados, grelhados ou cozidos. 
7. EVITE OFERECER REFRIGERANTES E SUCOS INDUSTRIALIZADOS, 
balas, bombons, biscoitos doces e recheados, salgadinhos e outras guloseimas no dia a 
dia. 
8. Diminua a quantidade de sal na comida. 
9. Estimule a criança a BEBER BASTANTE ÁGUA E SUCOS NATURAIS DE 
FRUTAS durante o dia, de preferência nos intervalos das refeições, para manter a 
hidratação e a saúde do corpo. 
10. Incentive a CRIANÇA A SER ATIVA e evite que ela passe muitas horas assistindo 
TV, jogando videogame ou brincando no computador. 
 
ORIENTAÇÕES NUTRICIONAIS DURANTE A FASE ESCOLAR 
 
A fase escolar compreende CRIANÇAS DE 7 ANOS A 10 ANOS INCOMPLETOS 
é caracterizada por um PERÍODO DE CRESCIMENTO E DEMANDAS 
NUTRICIONAIS ELEVADAS. O cardápio das crianças nessa faixa etária já está adaptado 
às disponibilidades e costumes dietéticos da família. Assim, é importante, reforçar as famílias 
sobre a importância de uma alimentação saudável e equilibrada, pois isso irá refletir na saúde 
da criança da mesma forma. 
Nessa fase é comum a criança ter um ALTO GASTO ENERGÉTICO DEVIDO AO 
METABOLISMO QUE É MAIS INTENSO QUE O DO ADULTO. Além disso, há nessa 
faixa etária intensa atividade física e mental. Assim, a FALTA DE APETITE comum à fase 
pré-escolar é substituída por um APETITE VORAZ. É comum, nessa idade, também, a 
DIMINUIÇÃO DA INGESTÃO DE LEITE e, conseqüentemente, LIMITAÇÃO DO 
 46 
SUPRIMENTO DE CÁLCIO. As mães devem estar atentas a fim de compensar a falta de 
ingestão de leite por meio de outros alimentos ricos em cálcio. 
 
ORIENTAÇÕES NUTRICIONAIS NA ADOLESCÊNCIA 
 
A adolescência é uma fase de crescimento e desenvolvimento do ser humano situada 
entre a infância e a vida adulta. A definição dessa faixa etária varia conforme diferentes 
instituições. De acordo com o ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE, A 
ADOLESCÊNCIA É O PERÍODO DOS 12 AOS 18 ANOS, já para a OMS E PARA O 
MINISTÉRIO DA SAÚDE, ESTÁ ENTRE 10 ANOS E 20 ANOS INCOMPLETOS. 
Dotada de peculiaridades, tanto físicas (com o CRESCIMENTO EM ESTATURA, 
A MATURAÇÃO SEXUAL, o estabelecimento de caracteres sexuais secundários e as 
mudanças na estrutura corporal, os quais compõem a puberdade) quanto sociais e emocionais, 
a adolescência deve ser alvo de cuidadosas interferências, seja no sentido do relacionamento 
interpessoal, do ensino nas escolas, da educação por parte dos pais, seja nos cuidados com sua 
saúde. 
Dentro deste delicado contexto também se inserem os cuidados com a nutrição e a 
alimentação. As orientações alimentares ao adolescente devem diferir daquelas realizadas às 
crianças mais novas e aos adultos. 
No aconselhamento nutricional do adolescente, a relação interpessoal estabelecida 
com o médico ou profissional da saúde tem papel preponderante no sucesso da adoção de 
hábitos alimentares saudáveis. 
Estratégias eficazes são estimular pequenas e progressivas mudanças, compreender as 
preferências do adolescente e tentar adequar o esquema alimentar a seu estilo, enfatizar 
aspectos positivos e envolver o adolescente na organização de sua rotina alimentar. 
 
ORIENTAÇÕES QUANTO À PRÁTICA DE ATIVIDADE FÍSICA NA INFÂNCIA E 
NA ADOLESCÊNCIA 
 
Está bem estabelecido que a realização regular e contínua de atividade física é 
benéfica a indivíduos em qualquer faixa etária e previne contra as DCNT. 
A exercitação física deve ser estimulada já na infância. No caso de crianças e 
adolescentes, a atividade física merece considerações especiais. 
 47 
Durante essas fases da vida, o indivíduo se encontra em processo de crescimento e 
AMADURECIMENTO NEUROPSICOMOTOR, apresentando não só maior 
vulnerabilidade a DANOS FÍSICOS E EMOCIONAIS, como também mudanças 
significativas em relação a interesses e objetivos. 
De acordo com as principais etapas do desenvolvimento infantil, Carazzato divide o 
período da infância e adolescência em QUATRO FASES (zero a 1 ano, “conhecimento”; 1 a 
6 anos, “desenvolvimento neuropsicomotor”; 6 a 12 anos, “crescimento”; e 12 a 18 anos, 
“desenvolvimento”) e sugere que a orientação quanto à atividade física seja individualizada 
para cada fase, da forma abordada a seguir: 
 
1. CONHECIMENTO: 0 A 1 ANO 
Durante o primeiro ano de vida, as atividades realizadas pela criança são muito 
limitadas e a EXERCITAÇÃO FÍSICA INTUITIVA. 
Enquanto a criança NÃO CONSEGUE MUDAR DE DECÚBITO, os cuidadores 
devem basicamente auxiliar na escolha da melhor posição para cada atividade: 
 DECÚBITO LATERAL APÓS ALIMENTAÇÃO, eructação ou para dormir (evita 
aspiração de conteúdo de possível refluxo gastroesofágico). 
 DECÚBITO DORSO-HORIZONTAL NOS DEMAIS MOMENTOS (possibilita a 
visualização das mãos e objetos). 
As crianças devem ser estimuladas de acordo com o marco de desenvolvimento motor 
já atingido. Dessa forma, uma criança que já se ASSENTA DEVE SER ESTIMULADA A 
ADOTAR UMA POSTURA DE SUSTENTO, SEM QUE OCORRA GRANDE 
INCLINAÇÃO ANTERIOR DO TRONCO. Para tanto e para facilitar a transição de 
decúbitos e o ato de engatinhar, os cercadinhos e andadores devem ser evitados nesta fase. 
A movimentação, mudança de decúbitos, tentativa de ajoelhar e mesmo de levantar se, 
podem ser estimulados por meio da apresentação de objetos chamativos. No segundo 
semestre, é importante que a criança tenha LIBERDADE DE LOCOMOÇÃO EM 
ESPAÇO AMPLO para evitar acidentes. A partir dos SEIS MESES, O CONTATO COM 
ÁGUA deve ser estimulado mesmo que o objetivo ainda não seja aprender a nadar. 
 
2. DESENVOLVIMENTO NEUROPSICOMOTOR: 1 A 6 ANOS 
 
Nessa etapa, a criança é capaz de andar, correr, pular, segurar e o estímulo deve 
respeitar a capacidade de realizar as atividades. 
 48 
Geralmente as habilidades seguem um padrão de ocorrência. Inicia-se, pelo ANDAR 
AINDA INSEGURO, com muitas quedas; passando pelo CONTROLE TOTAL DO 
ANDAR, correr, conseguir parar subitamente, ANDAR DE LADO E PARA TRÁS; e 
chega-se à capacidade de AGACHAR, SUBIR DEGRAUS E PULAR. 
Durante esse desenvolvimento de habilidades,o cuidador deve sempre estar próximo, 
acompanhando as atividades; a princípio auxiliando sua execução e gradualmente reduzindo 
sua interferência e deixando a criança ganhar autonomia. 
Quando a criança já domina essas atividades, é possível estimular outras mais 
complexas, como MERGULHAR (inicialmente “em pé” e depois “de cabeça”), arremessar e 
chutar bola, e por fim, pegar objetos lançados, sempre por meio de brincadeiras. 
 
3. CRESCIMENTO: 6 A 12 ANOS 
 
Nessa faixa etária, todos os atos motores são possíveis. Esse é o momento de iniciar a 
programação de atividades físicas sistemáticas, com horários determinados e uma rotina 
estabelecida. Além dos exercícios físicos realizados na escola, o ideal é que a criança 
participe de atividades em uma “ESCOLINHA DE ESPORTES”, com exercícios variados, 
tanto em água, quanto em solo, SEMPRE DE FORMA COLETIVA. 
Aos 10 anos, já é possível a escolha de um esporte específico para prática rotineira, de 
acordo com a preferência e habilidades da criança. É importante lembrar que nessa fase, a 
criança encontra-se em franco crescimento, com ALONGAMENTO DE OSSOS E 
ESTRUTURAS MÚSCULO-ESQUELÉTICAS, NÃO DEVENDO HAVER 
SOBRECARGA AOS MESMOS. 
 
4. DESENVOLVIMENTO: 12 A 18 ANOS 
 
Nessa etapa há a decisão da realização da atividade física como atividade recreativa e 
preventiva ou na qualidade de esporte competitivo. 
Quando a opção é de realizar um exercício competitivo (esporte), o que geralmente 
significa maior intensidade e frequência, deve-se atentar ainda mais para algumas questões 
peculiares da criança, discutidas a seguir. 
Qualquer tipo de PRESSÃO EMOCIONAL, como necessidade de vencer ou de 
agradar ao técnico, ao professor ou à família, É NEGATIVO AO DESENVOLVIMENTO 
PSÍQUICO DA CRIANÇA OU DO ADOLESCENTE. Esforços intensos e contínuos 
 49 
(como no futsal) podem causar desenvolvimento anormal do músculo cardíaco, com prejuízo 
da sua contratilidade, sendo por isso contra-indicado. 
Já a prática de ATIVIDADES FÍSICAS AERÓBICAS, de moderada intensidade, e 
com uso principalmente de grandes grupos musculares, é segura e benéfica às crianças e 
adolescentes. 
 
INTERPRETAÇÃO DE EXAMES LABORATORIAIS – KOJA 
 Existem duas linhagens de celular TOTIPOTENTES (MÃE): 
 
AUMENTO DE NEUTRÓFILOS: Necrose tecidual, INFECÇÃO BACTERIANA 
AUMENTO DE EOSINÓFILOS: INFECÇÕES VIRAIS, PARASITÁRIAS, algumas 
reações alérgicas. 
AUMENTO DE BASÓFILOS: REAÇÃO ALÉRGICA AGUDA 
AUMENTO DE MONÓCITOS: QUAISQUER SITUAÇÕES. Ex: VIRAIS, 
FUNGICAS, BACTERIANAS... Liberando INTERLEUCINA I, despolarizando os 
NEURÔNIOS DO CENTRO REGULADOR DO HIPOTÁLAMO. Além de liberar 
INTERCEUCINAS 6 E 8 que vai ativar a CADEIA LINFOCÍTICA. 
 
LINHAGEM MIELOCITICA 
RETICULÓCITOS (Ruptura da 
membrana nuclear) 
LEUCÓCITOS 
 
ERITRÓCITOS 
NEUTRÓFILOS 
 50 
 
 
O QUE É CHOQUE ANAFILÁTICO? 
 Quando os BASÓFILOS liberam HISTAMINA em grande quantidade que 
VASODILATA os vasos, causando um EDEMA GENERALIZADO. Deve-se administrar 
um VASOCONSTRITOR como, exemplo a ADRENALINA, a fim de evitar sufocamento 
por EDEMA DE GLOTE. 
 
CARACTERISTICAS DOS EXAMES LABORATORIAIS: 
1. EXATIDÃO: Resultado mais próximo possível do RESULTADO ESPERADO; 
2. PRECISÃO: Reprodutividade do TESTE; 
3. SENBILIDADE: Resultados verdadeiro-positivos na PRESENÇA DA DOENÇA; 
4. ESPECIFICIDADE: Resultados verdadeiro-negativos na AUSENCIA da doença. 
 
 
ERITOGRAMA: 
HEMOGLOBINA: ANEMIAS, POLICITEMIAS (AUMENTO do NUMERO 
HEMACIAS). 
 
HEMATÓCRITO: porcentagem de HEMÁCIAS no sangue. 
**VARIAÇÃO: HEMODILUIÇÃO/HEMOCONCENTRAÇÃO 
 
O QUE HEMODILUIÇÃO: PERDEU MUITO SANGUE ou RECEBEU muito soro; 
O QUE É HEMOCONCENTRAÇÃO: DESIDRATAÇÃO (SORO). 
LINFÓCITOS T 
LINFÓCITOS B 
 
PLASMOCITOS 
Ig 
NATURAL KILLER – CD4/CD8 
 51 
 
TEMPO DE PROTROMBINA: Rastreamento de DISTÚRBIOS DE COAGULAÇÃO, 
então se deve MONITORAR ANTICOAGULAÇÃO ORAL através do TEMPO: 12 A 13 
SEGUNDOS SEM ATIVIDADE = 70 A 100%. 
 
EX: TP DE 8: NECROSE; TP DE 30: HEMORRAGIAS. 
 
FIBRINOGÊNIO: Proteína que se transforma em FIBRINA. Juntamente com as 
PLAQUETAS forma uma rede para o COÁGULO DE SANGUE. 
 É aumentado em DOENÇAS COM LESÕES TECIDUAIS/INFLAMAÇÕES como 
um marcador para risco CORONARIANO. 
200- 400 mg/dL 
 
PROTEÍNA C REATIVA: Concentração sérica eleva-se logo APÓS AGRESSÃO ao 
organismo na FASE AGUDA da doença. 
 
VELOCIDADE DE SEDIMENTAÇÃO: 
 ACOMPANHAMENTO DE DOENÇA INFLAMATÓRIA AGUDA. 
 
HOMENS: 0 a 10 mm/h 
MULHERES: 0 a 20 mm/h 
Cças: < 10 mm/h 
 
 
 
FUNÇÃO RENAL 
CREATININA: 
 Produto do metabolismo da CREATININA e da FOSFOCREATININA no 
TECIDO MUSCULAR; 
 Depende do SEXO/IDADE; 
 EXCREÇÃO VIA FILTRAÇÃO RENAL; 
***VALORES MUITO BAIXOS: Paciente em INERCIA. 
HOMENS; 0,8 A 1,2 mg/dL 
 52 
MULHERES: 0,6 A 1 mg/dL 
 
URÉIA: Equilíbrio entre PRODUÇÃO do CATABOLISMO PROTEICO X 
CAPACIDADE RENAL de ELIMINAÇÃO destes produtos; 
10-45mg/dL 
 
ELETRÓLITOS: 
 Manutenção do Ph adequado; 
 Manutenção da PRESSÃO OSMÓTICA; 
 Medir relações entre líquidos INTRA/EXTRA-CELULARES. 
 
SÓDIO: Detecta ALTERAÇÕES no EQUILIBRIO ELETROLITICO 
(INTOXICAÇÃO/DESIDRATAÇÃO). 
137-145 mg/dL 
 
CÁLCIO TOTAL: OSTEOPOROSE: doenças RENAIS, ÓSSEAS. 
Cças até 1 ano: 8,5 a 11,5 mg/dL 
Adultos: 8,4 a 10,2 mg/dL 
 
CÁLCIO IÔNICO: Marca o cálcio ATIVO fisiologicamente. 
4 – 8, 5 mg/dL 
 
TRASAMINASES (ANIMOTRANSFERASES): Integridade HEPATOCELULAR pelas 
enzimas ALANINA-AMINITRANSFERASE (ALT-TGP), ASPARTATO-
ANIMOTRANSFERASE (AST-TGO). 
**ALT: Enzima citoplasmática de tecido HEPÁTICO/RENAL; 
**AST: FIBRAS MUSCULARES, CARDÍACAS. 
 
BILIRRUBINA: Mede a DESTRUIÇÃO DAS HEMÁCIAS, com EXCREÇÃO 
HEPÁTICA via BILE. 
1. DIRETA: Já passou pelo FIGADO que já produziu ÁCIDO GLICEMICO; 
2. INDIRETA: Não passou pelo FIGADO. 
 
 53 
COLESTEROL TOTAL: Correlação LDL X HDL; 
Correlação direta entre COLESTEROL TOTAL E DOENÇA ARTERIAL 
CORONARIANA. 
Cças: < 170 mg/dL 
Adultos: 140-199 mg/dL 
 
COLESTEROL LDL: Transporta COLESTEROL DO FIGADO para a PERIFERIA, onde 
é INTERNALIZADO pelas células. 
HOMENS: 37- 70 mg/dL 
MULHERES: 40- 85 mg/dL 
 
TRIGLICERÍDEOS: Mede a capacidade de o corpo METABOLIZAR GORDURA, avalia 
suspeita de ATEROCLEROSE. 
 
MARCADORES DE ENZIMAS CARDÍACAS: 
 Diagnóstico diferencial de DOR TORÁCICA; 
 Método NÃO-INVASIVO para detectar REPERFUSÃO CORONARIANA. 
TROPONINAS: 
CPK ou K: Músculo CARDIACO, TECIDO NERVOSO E ESQUELÉTICO. 
ELEVAÇÃO: DANO CELULAR nessas áreas; 
 
CK-MB: Achado elevado compatível com IAM + DOR TORÁCICA; 
 
ALBUMINA: Proteína sérica sintetizada no FÍGADO, marcador de FUNÇÃO HEPÁTICA. 
Usado em pacientes com DOENÇA HEPÁTICA/SINDROME NEFROTICA. 
4-5,3 g/dL 
 
GLICEMIA DE JEJUM: Controle da DM. 
HEMOGLOBINA GLICADA: Avaliação da glicemia média nos ÚLTIMOS 2 – 3 
MESES. 
4 a 6% HEGLOB. TOTAL 
 
EQUILIBRIO HIDROELETROLITICO: 
 54 
Superfície corporal em pediatria até 12 anos. 
(PX4+7)/ 90+P(Kg) 
 
OSMOLARIDADE CORPOREA: + ou – 300 mOsm/L 
REGULADORES DE VOLUME: Sensores: 
 ; 
 Grandes vasos; 
 Aparelho JUSTAGLOMERUGULAR; 
 MÁCULA DENSA (GLOMÉRULO). 
Outros sensores: 
 PRESSÃO DAS CÂMARAS CARDÍACAS, como: PRESSÃO ATRIAL 
ESQUERDA (PRESSÃO DO RETORNO VENOSO); 
 PRESSÃO CAPILAR PULMONAR, como: PRESSÃO DE SAÍDA (EJEÇÃO); 
 PRESSÃO DIASTÓLICA DA ARTÉRIAL PULMONAR; 
 
REGULADORES DE OSMOLARIDADE: 
 HORMONIO ANTIDIURÉTICO; 
 SEDE; 
 RENINA ANGIOTENSINA-ALDOSTERONA. 
 
O que é DIABETES INSIPTUS? 
 É a REDUÇÃO DA SINTESE DE HORMÔNIOANTIDIURÉTICO. 
URGENCIA E EMERGENCIA PEDIÁTRICA (IVANA) 
 
CHOQUE: se caracteriza pela PERFUSÃO TECIDUAL INADEQUADA para preencher 
as demandas metabólicas do corpo, RESULTANDO EM DISFUNÇÃO CELULAR E 
INSUFICIÊNCIA ORGÂNICA. 
 
CONSEQUENCIAS FISIOLÓGICAS: 
HIPOTENSÃO, HIPOXIA TECIDUAL E ACIDOSE METABÓLICA. BOMBA NÃO 
FUNCIONANTE – BAIXA OFERTA DE O2 NA CIRCULAÇÃO. 
 
ETAPAS DO CHOQUE: 
 55 
1. CHOQUE COMPENSADO: A função orgânica vital é mantida pelos mecanismos 
compensatórios intrínsecos; o fluxo sanguíneo é normal ou aumentado, mas 
geralmente DESIGUAL OU MAL DISTRIBUÍDO NA MICROCIRCULAÇÃO. 
a. SINAIS: apreensão, irritabilidade, taquicardia, PA normal, estreitamento de 
pulso, sede, palidez, ↓ débito urinário, perfusão reduzida nas extremidades. 
 
2. CHOQUE DESCOMPENSADO: fluxo sanguíneo ineficaz nas marginais da 
microcirculação, CAUSANDO INSUFICIÊNCIA CIRCULATÓRIA: HIPÓXIA DO 
TECIDO, ACIDOSE METABÓLICA E FUTURA DISFUNÇÃO DOS SISTEMAS. 
a. SINAIS: confusão e sonolência, taquipnéia, acidose metabólica, oligúria, 
extremidades frias e pálidas, redução no turgor da pele, déficit no enchimento 
capilar. 
3. CHOQUE IRREVERSÍVEL OU TERMINAL: o dano a órgãos vitais é 
importante, e todo o organismo será comprometido, mesmo com intervenções. Fase 
“JESUS ESTÁ CHAMANDO”. 
a. SINAIS: pulso fraco e imperceptível, hipotensão, respiração periódica 
(gaspiando) ou apneia, anúria, estupor ou coma. 
 
TIPOS DE CHOQUE 
1. HIPOVOLÊMICO: caracterizado por ↓ tamanho do compartimento vascular, ↓ PA, 
↓enchimento capilar, ↓ PVC. É o mais comum em crianças, causas: 
a. Perda de sangue (trauma, sangramento GI, hemorragia IC) 
b. Perda de plasma (↑permeabilidade dos capilares associada a sepse e acidose, 
hipoproteinemia, queimaduras, peritonite) 
c. Perda do líquido extracelular (vômito, diarreia, diurese glicosúrica, insolação) 
 
2. DISTRIBUTIVO: perfusão tecidual comprometida, AUMENTO DA 
CAPACIDADE E REPRESAMENTO VENOSO, redução aguda do fluxo sanguíneo de 
retorno ao coração, BAIXO DÉBITO CARDÍACO. Causas: 
a. Anafilaxia (choque anafilático); 
b. Sepse (choque séptico): sepse extrema a toxinas bacterianas circulantes; 
c. Perda do controle neuronal (choque neurogênico), interrupção da transmissão 
neuronal, com lesão da medula espinhal; 
 56 
d. Depressão miocárdica e dilatação periférica: anestesia, ingestão de 
barbitúricos, tranquilizantes, opióides, agentes anti-hipertensivos, etc. 
 
3. CARDIOGÊNICO: ↓DC, causas: 
a. Insuficiência primária da bomba (miocardite, trauma miocárdico, ICC, ) 
b. Disritmias 
 
MANEJO DO CHOQUE 
 O tratamento consiste em três intervenções principais (abaixo). A prioridade é 
estabelecer VIA AÉREA E ADMINISTRAR O2, DEPOIS SE ESTABELECE ACESSO 
IV. 
1. VENTILAÇÃO: entubação traqueal é iniciada precocemente com a ventilação de 
pressão positiva, com administração de O2 (a 100%) assim que possível. A ÁGUA 
NOS PULMÕES ORIGINADA PELO EDEMA É REMOVIDA COM 
DIURÉTICOS; 
2. ADMINISTRAÇÃO DE LÍQUIDOS: na maioria dos casos, a restauração do 
volume sanguíneo, com uso de SORO FISIOLÓGICO, COLÓIDES COMO 
ALBUMINA. Terá com resultado positivo o ↑PA, ↓FC, ↑DC resulta na melhora da 
circulação capilar e cor da pele. 
3. APRIMORAMENTO DA AÇÃO DE BOMBA (SUPORTE VASOPRESSOR): 
o suporte farmacológico serve para melhorar a contratilidade do miocárdio, reverter a 
acidose. Os mais usados são a dopamina ou epinefrina. Como 
VASODILATADORES SÃO O NITROPRUSSEATO OU AMILDARONA. 
 
CUIDADOS DE ENFERMAGEM NO CHOQUE 
1. Garantir oxigenação adequada do tecido 
a. Administrar O2 com mascar a 100% 
b. Auxiliar em procedimento de entubação e ventilação 
2. Estabelecer acesso IV ou intraósseo 
3. Pesar a criança 
4. Aferir SV a cada 15 minutos 
5. Inserir SVD 
6. Aferir gases sanguíneos (inclusive PVC) 
7. Administrar medicações adequadas 
 57 
a. Monitorar infusões (20mL/Kg de cristaloide isotônico por 5 a 20 min) 
8. Manter posição com as pernas elevadas 
9. Monitorar ingestão 
10. Monitorar eliminações a cada hora 
11. Monitorar eletrocardiografia 
 
 DESIDRATAÇÃO: é um distúrbio comum dos líquidos corporais em lactentes e 
crianças e ocorre toda vez que a ELIMINAÇÃO TOTAL DE LÍQUIDOS ULTRAPASSA 
A SUA INGESTÃO TOTAL, independente da causa subjacente. 
 
 A desidratação pode resultar de diversas doenças que provocam PERDAS 
INSENSÍVEIS ATRAVÉS DA PELE E DO TRATO RESPIRATÓRIO, EXCREÇÃO 
RENAL AUMENTADA E TRATO GASTRINTESTINAL (VÔMITOS E DIARREIAS). 
Outras causas importantes da desidratação incluem a cetoacidose diabética e queimaduras 
extensas. 
 
PERDAS LÍQUIDAS: 
 INSENSÍVEIS – 2/3 ocorrem através da pele, 1/3 pelas vias respiratórias. 
Influenciada pelo calor e umidade, temperatura corporal e freqüência respiratória; 
 URINÁRIAS; 
 FECAIS. 
 
 A distribuição de água entre os espaços intra e extracelulares DEPENDE DO 
TRANSPORTE ATIVO DE POTÁSSIO PARA O INTERIOR DAS CÉLULAS E DE 
SÓDIO PARA FORA ATRAVÉS DE PROCESSOS QUE EXIGEM DISPÊNDIO DE 
ENERGIA = TRANSPORTE ATIVO! 
 
Quando ocorre diminuição do volume do LEC na desidratação aguda, o conteúdo 
corporal total de sódio também é reduzido, independente da sua concentração sérica! 
 
 A DEPLEÇÃO DE SÓDIO ocorre por perdas através das fezes e sua entrada no 
compartimento do LIC para substituir o potássio, a fim de manter o equilíbrio elétrico. Por 
isso, a desidratação é classificada em 3 categorias com base na osmolaridade: 
 58 
1. ISOTÔNICA: Ocorre PERDA DE ÁGUA E DE SAL EM QUANTIDADES 
IGUAIS. 
PS: O Choque constitui maior ameaça a vida, e a criança apresentam sintomas 
característicos de choque hipovolêmico! 
2. HIPOTÔNICO: Déficit eletrolítico excede o déficit de água, de modo que o soro se 
torna hipotônico. LIC é mais concentrado que o LEC --- água move-se para o LIC 
para estabelecer equilíbrio osmótico! 
PS: Aumento da perda de volume do LEC = CHOQUE! 
3. HIPERTÔNICA: PERDA DE ÁGUA MAIOR QUE PERDA DE 
ELETRÓLITOS. Perda de água é maior e/ou ingestão de eletrólitos é maior. Líquido 
desloca-se da menor concentração do LIC para o LEC. 
PS: Choque é menos comum, entretanto distúrbios neurológicos podem ocorrer, 
como a convulsão. 
 
Medidas precisas da ingestão e excreção de líquidos são de suma importância para a 
avaliação da desidratação. Estas medidas incluem ingestão oral e administração parenteral! 
 
DIABETES NA CRIANÇA 
 Diabetes mellitus tipo I ou insulino-dependente é caracterizado por 
CATABOLISMO E DESENVOLVIMENTO DE CETOSE NA AUSÊNCIA DE 
TERAPIA DE REPOSIÇÃO COM INSULINA; tipicamente, seu início é observado na 
infância ou na adolescência, mas pode ocorrer em qualquer idade. 
• Encontrada em 5% a 10 % dos diabéticos. 
 
• Também chamada de DIABETES JUVENIL OU INSULINO-DEPENDENTE. 
 
• Geralmente ocorre em crianças e adolescentes. 
 
• Causada por FALHA NA SÍNTESE DE INSULINA. 
 
• TESTE DE TOLERÂNCIA À GLICOSE POSITIVO E GLICEMIA DE JEJUM 
ELEVADA. 
 
• As CÉLULAS Β DAS ILHOTAS PANCREÁTICAS SÃO DESTRUÍDAS, 
possivelmente pelo próprio sistema imunológico, por fatores genéticos ou ambientais. 
 
INCIDENCIA: 
 59 
 O diabetes do tipo 1 NÃO É HEREDITÁRIO e ainda não se sabe porque atinge 
determinadas crianças. Também não há uma idade certa para o problema aparecer. Antes, 
acreditava-se que a doença surgia em dois momentos: dos cinco aos seis anos, ou na 
adolescência. Hoje, há CASOS EM TODAS AS FAIXAS ETÁRIAS, com relevante 
aumento do numero de crianças diabéticas com menos de quatro anos de idade, talvez por 
causas ambientais ou decorrente de processos infecciosos. 
 
COMPLICAÇÕES: 
-Comprometimento dos VASOS CAPILARES(MICROANGIOPATIA): doença renal 
(nefropatia), doença na retina ocular (retinopatia) 
-Comprometimento dos VASOS ARTERIAIS (MACROANGIOPATIA): deficiência 
circulatória em órgãos como o cérebro, o coração e os membros inferiores, causando 
derrames, infartos, úlceras nas pernas e necrose nas extremidades. 
-Comprometimento das VIAS NERVOSAS (NEUROPATIA): perda de sensibilidade 
nervosa, formigamentos, impotência, alterações digestivas, urinárias e circulatórias, 
ressecamento da pele, úlceras de pernas e pés. 
-COMA HIPERGLICÊMICO. 
 
TRATAMENTO: 
• Administração de insulina várias vezes por dia. 
 TIPOS DE INSULINA: 
• Geralmente PRÓXIMAS DAS REFEIÇÕES para lidar com a carga de glicose 
proveniente da digestão. 
• Monitoramento dos níveis de glicose no sangue várias vezes por dia. 
• Ajustar as quantidades de insulina que injeta de acordo com os resultados. 
• OBSERVAR A DIETA PARA CONTROLE DE CARBOIDRATOS E 
GORDURAS. 
• Exercícios físicos. 
 
 As crianças podem chocar por CETOACIDOSE METABÓLICA: quando a 
criança não come, faz atividade física, e usa insulina, o organismo produz corpos cetônicos 
(falta de O2 – hipóxia tecidual). 
 
CUIDADOS NA URGÊNCIA: 
 60 
1. Estabelecer acesso venoso 
2. Oferecer suporte ventilatório (para cianóticos e saturação ↓ 80%) 
3. Instalar soro (lento) 
4. Monitorar eliminações 
 O DM infantil (DMI) pode ocorrer em qualquer idade, mas tem um pico de 
incidência entre 10 e 15 anos. É caracterizado pela DESTRUIÇÃO DAS CELS Β 
PANCREÁTICAS, levando à insuficiência absoluta de insulina. 
Possui duas formas: 
 
1. IMUNOIMEDIATO: destruição autoimune das cels β, normalmente se inicia em 
crianças ou adultos jovens que são esbeltos, mas pode surgir em adultos; 
2. IDIOPÁTICO: formas raras da doença que não têm causa conhecida. 
 
FISIOPATOLOGIA 
 A insulina é necessária para o metabolismo de carboidratos, gorduras e proteínas. 
Facilitando a entrada de glicose nos músculos e células adiposas, não sendo necessária em 
células nervosas ou tecido vascular. Com a ↓ DA INSULINA, OCORRE 
HIPERGLICEMIA, que causa um gradiente osmótico que causa o movimento do líquido 
corporal do espaço intracelular para o espaço intersticial, então para o espaço extracelular e 
para dentro do filtrado glomerular a fim de “diluir” o filtrado hiperosmolar. Normalmente a 
capacidade tubular renal em transportar a glicose é adequada, mas quando a concentração de 
glicose excede o limiar renal, a glicose vaza para a urina (glicosúria) juntamente com o 
desvio osmótico de água (poliúria), um sinal de diabetes. A perda de líquido causa 
polidipsia. A proteína também é perdida, porque a proteína será quebrada a glicose 
(glicogênese). Ocorre tbm polifagia (mecanismo da fome). 
 
CETOACIDOSE: como a glicose não está disponível, as gorduras são quebradas a acidos 
graxos, e nas células adiposas a CORPOS CETÔNICOS (PELO FÍGADO). O excesso é 
eliminado na urina (cetonúria) ou pelos pulmões (hálito cetônico). Os corpos cetônicos na 
corrente diminuem o pH, produzindo cetoacidose. Os tampões do plasma se combinam com 
H
+ 
para formar ácido carbônico, que se dissocia em água e CO2 , a hiperventilação ou 
respirações de Kussmaul tenta eliminar o excesso. Com a morte celular, o K+ é liberado da 
célula, e excretado pelos rins, ↓ o K corporal, que pode levar à parada cardíaca. 
 
 61 
COMPLICAÇÕES DO DIABETES: nefropatia, retinopatia e neuropatia. 
 
HIPOGLICEMIA 
1. Mesmo com a terapia, a cça pode ter episódios ocasionais de hipoglicemia; 
2. Os sinais e sintomas são produzidos pela atividade aumentada do sist adrenérgico e 
secreção aumentada de catecolaminas; 
3. São: nervosismo, palidez, tremores, palpitações, suor e fome; 
4. Fraqueza, tonteiras, dor de cabeça, sonolência, irritabilidade, perda de coordenação, 
convulsões e coma são respostas mais severas e apontam falta de glicose no SNC. 
 
HIPERGLICEMIA MATINAL 
 A falta de insulina é progressiva da noite até a manhã, sendo tratada com aumento da 
dose noturna de insulina. O EFEITO DE SOMOGYI é um aumento súbito de glicose, que 
pode ocorrer em qualquer momento, mas está vinculado ao nível de glicose aumentado na 
hora de dormir e uma queda ás 2h (ativa epinefrina, GH e hormônios regulatórios), com 
aumento rebote em seguida. Para tratar é diminuída a INSULINA NOTURNA para prevenir 
a hipoglicemia. 
 
CUIDADOS DE ENFERMAGEM EM CRIANÇAS DE 1-3 ANOS 
• É fato que nesse período as crianças são agitadas, às vezes gritam, reclamam e criam 
confusão. 
• Pode ser difícil estabelecer a diferença entre um comportamento de BIRRA 
CONSIDERADO COMO NORMAL E UM EPISÓDIO DE HIPOGLICEMIA. 
• Uma criança pode ficar irritada se os níveis de açúcar no sangue caírem muito, por 
isso se estimula os pais a VERIFICAR SEMPRE OS NÍVEIS DE GLICOSE. 
 
CUIDADOS DE ENFERMAGEM EM CRIANÇAS DE 4 A 7 ANOS 
 
• Nessa idade, as crianças podem APLICAR INSULINA E TESTAR SEUS NÍVEIS 
DE GLICOSE, mas devem fazer isso somente com supervisão de adultos. 
• A depressão e a ansiedade são respostas normais entre crianças diagnosticadas nessa 
faixa etária, embora esses problemas desapareçam após seis meses aproximadamente. 
 62 
• Os pré-adolescentes podem sentir que ter diabetes os torna "ESTRANHOS" OU 
"DIFERENTES". É importante encorajar a criança a participar das atividades 
escolares, a fazer amigos e a ter relacionamentos normais e saudáveis. 
 
CUIDADOS DE ENFERMAGEM NA ADOLESCENCIA 
• Na adolescência a criança já desenvolveu consideráveis habilidades manuais e 
mentais. 
• Ela pode assumir grande parte da responsabilidade pela administração da diabetes. 
A fase da rebeldia e da independência pode levar o adolescente com diabetes a falar 
coisas como "NÃO PRECISO DE AJUDA, POSSO FAZER ISSO SOZINHO". 
No entanto, ele ainda precisa de ajuda, especialmente com os pontos mais delicados, 
como a maneira correta de ajustar as doses de insulina. 
• Pesquisas mostram que adolescentes que têm a cooperação dos pais conseguem 
manter melhor controle dos níveis de glicose. 
• Estudos sugerem que o controle dos níveis de glicose é prejudicado quando o 
adolescente diabético e seus pais entram em conflito; 
• Conforme as crianças crescem e vão ficando mais velhas, suas necessidades de 
insulina mudam, principalmente durante a PUBERDADE QUANDO O CAOS 
HORMONAL CAUSA UMA FASE DE RESISTÊNCIA À INSULINA, 
AUMENTANDO MUITO A DOSAGEM EXIGIDA. 
• Isso dura até que eles possam desenvolver um padrão estável de controle da doença 
(mais cedo para as mulheres do que para os homens). 
• Comportamentos como consumo excessivo de carboidratos ou exercícios em excesso, 
também influenciam o controle da doença e devem ser monitorados. 
 
CRISE CONVULSIVA: Distúrbio da função cerebral normal resultante de DESCARGA 
ELÉTRICA ANORMAL NO CÉREBRO, que pode causar perda da consciência, 
movimentos corporais descontrolados, e alterações dos comportamentos e da sensibilidade e 
no sistema autônomo. 
 
POSSÍVEIS CAUSAS: hipóxia pré-natal ou perinatal, infecções, malformações congênitas, 
distúrbios metabólicos, intoxicação por chumbo, traumatismo craniano e outros. 
- CONVULSÕES IDIOPÁTICAS. 
- COMUNS ANTES DOS 2 ANOS DE IDADE 
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- CONVULSÕES FEBRIL – ASSOCIADO A FEBRE 
 
Neurônios excessivamente ativos e hipersensíveis; 
Localização da células anormais determina as manifestações; 
 
TIPOS DE CONVULSÕES: 
 - generalizadas 
 - parciais 
 
FEBRE: 
 É uma síndrome caracterizada por: CANSAÇO, CHORO E HIPERTERMIA. O 
tálamo é o centro regulador, as catecolaminas avisam que há esse problema. DEFINE-SE A 
FEBRE COMO A TEMPERATURA AXILAR ACIMA DE 37,3°C. 
Febre arrastada,

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