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LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA E NEGOCIAÇÃO IMOBILIÁRIA

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Prévia do material em texto

Fundação Biblioteca Nacional
ISBN 978-85-7638-731-2
Legislação 
Tributária
e Negociação 
Imobiliária
Geraldo Jobim
Le
gi
sl
aç
ão
 T
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bu
tá
ri
a 
e 
 N
eg
o
ci
aç
ão
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o
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li
ár
ia
Legislação Tributária
e Negociação Imobiliária
Fundação Biblioteca Nacional
ISBN 978-85-387-2948-8
Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., 
mais informações www.iesde.com.br
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mais informações www.iesde.com.br
Geraldo Jobim
Legislação Tributária e Negociação Imobiliária
IESDE Brasil S.A.
Curitiba
2012
Edição revisada
Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., 
mais informações www.iesde.com.br
© 2007 – IESDE Brasil S.A. É proibida a reprodução, mesmo parcial, por qualquer processo, sem autorização por escrito dos autores e do deten-
tor dos direitos autorais.
CIP-BRASIL. CATALOGAÇÃO-NA-FONTE
SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ 
__________________________________________________________________________________
J59L
 
Jobim, Geraldo.
 Legislação tributária e negociação imobiliária / Geraldo Jobim. - ed. rev. - Curitiba, PR 
: IESDE Brasil, 2012. 
 118p. : 28 cm
 
 Inclui bibliografia
 ISBN 978-85-387-2948-8
 
 1. Dreito tributário - Brasil. 2. Direito imobiliário - Brasil. I. Título. 
12-4810. 
 CDU: 34:351.713(81)
10.07.12 24.07.12 037258 
__________________________________________________________________________________
Capa: IESDE Brasil S.A.
Imagem da capa: Shutterstock
IESDE Brasil S.A.
Al. Dr. Carlos de Carvalho, 1.482. CEP: 80730-200 
Batel – Curitiba – PR 
0800 708 88 88 – www.iesde.com.br
Todos os direitos reservados.
Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., 
mais informações www.iesde.com.br
Sumário
Sistema Tributário Nacional | 9
Relação de Direito Público e de Direito Privado | 9
Conceitos fundamentais | 10
Espécies Tributárias | 14
Obrigação Tributária e Crédito Tributário | 17
Conceitos básicos | 17
Obrigação tributária | 19
Crédito tributário | 20
Lançamento tributário | 22
Responsabilidade tributária | 25
Responsabilidade tributária e suas características | 25
Substituição tributária | 26
Sucessão tributária | 27
Responsabilidade de terceiros | 29
Infrações tributárias | 30
Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural | 33
Competência | 33
Função | 33
Fato gerador | 34
Alíquotas | 35
Base de cálculo | 35
Contribuinte | 35
Lançamento | 37
Isenções | 37
Imposto sobre a Transmissão Causa Mortis e Doações | 41
Competência | 41
Função | 41
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Fato gerador | 42
Alíquotas | 43
Contribuinte | 44
Lançamento | 44
Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana | 47
Competência | 47
Função | 47
Fato gerador | 48
Alíquotas | 49
Base de cálculo | 49
Contribuinte | 49
Lançamento | 50
Imposto sobre a Transmissão Inter Vivos de Bens Imóveis | 53
Competência | 53
Função | 53
Fato gerador | 54
Alíquotas | 55
Base de cálculo | 56
Contribuinte | 56
Lançamento | 57
Imunidades | 57
Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza | 59
Competência | 59
Função | 61
Fato gerador | 61
Alíquota | 62
Base de cálculo | 63
Contribuinte | 63
Lançamento | 64
Dos Negócios Jurídicos | 65
Concepção básica de Negócio Jurídico | 65
Limitações à vontade Negocial | 66
Várias classes de Negócios Jurídicos | 67
Negócios Jurídicos | 67
Da representação | 70
Dos Contratos | 73
Função Social do Contrato | 73
Condições de Validade dos Contratos | 74
Formação dos Contratos | 75
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Classificação dos contratos | 75
Extinção dos Contratos | 76
Da Compra e Venda | 81
Natureza jurídica | 81
Das espécies | 82
Das certidões | 82
Responsabilidade civil do vendedor | 84
Responsabilidade civil do comprador | 85
Das despesas | 85
Limitações da Compra e Venda | 85
Da doação | 89
Conceito e características | 89
Objeto da doação | 91
Promessa de doação | 91
Espécies de doação | 91
Restrições e revogação | 93
Revogação | 93
Da Corretagem | 95
Conceito e características | 95
Direitos e deveres do corretor | 98
Da Fiança | 101
Espécies | 102
Requisitos | 103
Limites ao valor da fiança | 103
Efeitos | 104
Extinção | 105
Da Dívida Ativa | 109
Da inscrição | 110
Da Presunção de Certeza e Liquidez | 111
Certidões Negativas | 111
Inadimplemento e defesa fiscal | 112
Certidão da Dívida Ativa | 112
Consulta Fiscal | 114
Referências | 117
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Apresentação
Este livro apresenta noções introdutórias de Direito Imobiliário, conhecimento necessário para o bom 
desempenho das atividades do gestor imobiliário.
Este é o momento do curso em que você terá o primeiro contato com a matéria jurídica, por isso é de suma 
importância que compreenda alguns conceitos fundamentais, para depois aprofundá-los conforme sua 
necessidade. Será um estudo fácil, apesar da gama de legislações que será aplicada. 
A intenção é entender porque é importante estudar alguns temas de Direito e, especialmente, do Direito 
Imobiliário. Logo no início do livro, será abordada a relação entre sujeitos e coisas; em seguida, estudaremos 
especificamente os fatos e atos que repercutem na vida de cada sujeito, para, então, passarmos ao estudo das 
próprias coisas.
Analisaremos, também, posse e propriedade, formas de aquisição de bens imobiliários e alguns aspectos que se 
relacionam com a propriedade, como os direitos de vizinhança e as formas de condomínio. Depois, serão analisados 
os direitos reais, que restringem o direito de propriedade.
Em seguida, o enfoque será dado ao estudo sobre contratos – parte geral e contratos típicos – como eles se 
formalizam e que requisitos e documentos são necessários para isso, pois é pelos contratos que são geradas novas 
relações envolvendo sujeitos e coisas. 
Finalmente, apresentaremos alguns diplomas legais modernos, cujo domínio é de extrema importância para 
que aqueles que trabalham com imóveis possam desempenhar suas atividades com tranquilidade e segurança, 
para, assim, atender aos anseios de cada cliente.
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* Mestrando em Direitos Fundamentais na Universidade Luterana do Brasil (ULBRA/RS). Especialista em Direito Público pela Universidade 
Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Advogado.
Sistema Tributário 
Nacional
Geraldo Jobim*
Neste capítulo, abordaremos a tributação e o sistema tributário nacional, tema que enseja grande 
curiosidade. Nossa vida está repleta de situações que envolvem a tributação, desde uma compra em 
um supermercado até nossos salários, todos abrangidos pela tributação. O tema apresenta questões 
sempre controvertidas, tais como:
Por que pagamos tantos tributos?::::
Por que temos tantos tributos? ::::
Como posso compreender de forma fácil a tributação que temos no Brasil?::::
Para uma melhor compreensão do tema aqui proposto, discutiremos a história dos tributos e 
como eles estão classificados no direito brasileiro. As relações imobiliárias são as que mais sofrem im-
posições de tributos, das mais variadas espécies. Para entenderum pouco melhor como os tributos são 
aplicados, iniciaremos explicando as relações jurídicas.
Relação de Direito Público 
e de Direito Privado
O homem, ao viver em sociedade, necessita de um sistema complexo de normas, que podem ser 
de caráter moral ou de caráter jurídico. A sociedade é regida por laços que unem os indivíduos com o 
fim de uma convivência harmoniosa e pacífica. Para tanto, os indivíduos se submetem às mais diferen-
tes limitações em suas vontades. As normas existem justamente para que possamos conviver e nos rela-
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11|Sistema Tributário Nacional
cionar. O direito está preocupado com determinadas situações sociais que a história demonstrou serem 
passíveis de gerar conflitos, e, diga-se, não são poucas. O Direito regula toda uma gama de fatos sociais 
que geram direitos, mas que também limitam direitos. Temos como exemplo os registros públicos, uma 
legislação preocupada com a fé pública de determinados atos e que lhes dá a publicidade e a garantia 
de que o negócio necessita para fazer frente aos demais membros da sociedade. A propriedade é outro 
exemplo de relação jurídica de extrema relevância em que o direito protege àquele que possui uma 
relação com o bem. Inúmeros são os exemplos que poderíamos trazer.
As relações jurídicas possuem duas dimensões bem distintas: uma de direito público e outra de 
direito privado. As relações de direito público são aquelas em que o Estado, compreendendo este como 
o ente público, seja a União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios, as sociedades de economia 
mista e as empresas públicas, é parte integrante. É quando o direito regula as relações que o Estado 
mantém entre seus órgãos e com a sociedade. Tais relações são reguladas pelo direito de forma extre-
mamente rígida. O Estado só pode fazer o que a lei determina. Na realidade, quando nos deparamos 
com o Estado, geralmente estamos falando da figura da Fazenda Pública, considerada na sua esfera 
econômica.
Já as relações de direito privado são aquelas em que o interesse dos particulares, considerados 
entre si, são tutelados pelo direito, admitindo, contudo, uma grande parcela de autonomia e liberdade. 
Os particulares podem fazer tudo o que a lei não proíbe. Tais relações podem ser observadas nos negó-
cios imobiliários, por exemplo. A compra e venda e a locação são exemplos dessa liberdade. O direito 
possui regras bem flexíveis para tais negócios, admitindo inúmeras possibilidade de realizá-los. Tanto 
há liberdade em tais negócios que a locação, por exemplo, não necessita de contrato para se realizar. A 
relação de locação, contudo, possui regras que regulam e amparam sob a dimensão econômica, como 
a cobrança pelo inadimplemento, as responsabilidades de ambos os contratantes, mas não exige um 
contrato escrito, por exemplo.
Concluindo, podemos verificar que as relações de direito público exigem uma fiel submissão à lei, 
não deixando para o Estado uma margem de ação mínima. Ao contrário, o direito privado enseja aos in-
divíduos uma margem bem ampla de ação, o que em direito se chama de autonomia da vontade. A von-
tade do particular é respeitada pelo ordenamento jurídico de forma a possibilitar o desenvolvimento 
natural da sociedade.
Conceitos fundamentais
Sistema Tributário Nacional
O sistema jurídico é um conjunto de normas jurídicas que se relacionam entre si de várias manei-
ras, segundo um princípio unificador, que é a norma fundamental. Já o sistema tributário é a coorde-
nação dos diferentes tributos entre si, com o sistema econômico e com os fins fiscais e extrafiscais da 
tributação. A palavra Sistema, então, pode ser definida como um conjunto de partes relacionadas entre 
si e interdependentes.
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Atualmente, a Constituição de 1988 rege o Sistema Tributário Nacional, estabelecendo as compe-
tências das unidades federativas e a repartição das receitas tributárias.
Até 1965 vigorava no Brasil um Sistema Tributário tripartite, que consistia na coexistência de três 
sistemas tributários autônomos (Federal, Estadual e Municipal), em que cada ente federativo tinha sua 
competência instituidora e exclusividade no uso do produto da arrecadação de seus tributos. A Emenda 
Constitucional 18/65 criou um Sistema Tributário uno e nacional, em que se consideram conjugados os 
sistemas individuais de cada nível de governo, como partes integrantes de um todo. Daí a importância 
da Lei Complementar como elaboradora das normas gerais de direito tributário, definindo os tributos e 
suas espécies, a definição dos fatos geradores, bases de cálculo e contribuintes.
No que diz respeito às receitas (ingressos) de natureza tributária, a Constituição optou por um sis-
tema misto de partilha de competência e de partilha do produto da arrecadação. No primeiro mecanismo 
temos a competência tributária, ou seja, o poder de criar tributos outorgado à União, Estados, Distrito 
Federal e Municípios. A competência engloba um amplo poder político no que tange as decisões sobre 
a própria criação do tributo e sobre a amplitude da incidência.
No segundo mecanismo, o produto da arrecadação de determinados tributos não é totalmente 
apropriado pelo ente que o instituiu, mas partilhado com outros entes políticos. Tem-se um regime 
tributário quando as normas tributárias se impõem sem harmonia e sem ordem, com o único objetivo 
de arrecadar recursos.
Objetivos da Atividade Tributária e Financeira
Devemos diferenciar o Direito Tributário do Direito Financeiro, ramo da ciência que estuda a ati-
vidade financeira do Estado (receitas, despesas, orçamento e crédito público). A utilização de tais expe-
dientes leva o Estado à consecução de seus fins, representados pelas necessidades da coletividade. O 
Direito Financeiro é, portanto, o ramo da ciência jurídica que estuda a aplicação dos recursos obtidos 
pelo Estado, independentemente de sua origem, que pode ser tributária ou não. É o estudo das despe-
sas públicas. 
Poder de tributar
Para uma melhor compreensão do Direito Tributário, é necessário visualizar o que o passado pode 
agregar ao entendimento da matéria. A origem da tributação é das épocas mais antigas. 
O estudo da tributação não deixa pairar dúvidas de que a imposição coercitiva (obrigatória) dos 
tributos foi a razão de muitas revoluções e transformações sociais relevantes nas sociedades. Como 
exemplo disso, podemos citar a Revolução Francesa, a Independência das Colônias Americanas e, no 
Brasil, a Inconfidência Mineira. Célebre foi a luta dos barões ingleses contra João Sem Terra, que em 
1215 obrigaram o soberano inglês a promulgar a Carta Magna, determinando que nenhum tributo seria 
criado sem o consentimento do conselho do reino. 
Atualmente, o Estado está obrigado, pelos procedimentos e princípios previamente definidos nas 
constituições de cada nação, a aprovar e regular a instituição de tributos por meio dos representantes 
Sistema Tributário Nacional12 |
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13|Sistema Tributário Nacional
do povo. No Brasil, o princípio da legalidade tributária está estabelecido desde a Constituição Republi-
cana de 1891, em seu artigo 72. A Constituição brasileira de 1988 traz – em seu artigo 150, inciso I – o 
princípio convertido em regra, que deve ser obedecido de forma obrigatória pelo Estado e pelos legisla-
dores. Dessa forma, garante-se ao contribuinte uma maior transparência quanto à forma de imposição 
dos tributos. Após essa breve introdução histórica, passaremos a examinar os conceitos de Tributos.
Competência Tributária
Competência tributária é o poder de criar tributos outorgados à União, Estados, Distrito Federal e 
Municípios. A competênciaengloba um amplo poder político no que tange as decisões sobre a própria 
criação do tributo e sobre a amplitude da incidência. Todavia, esse poder está limitado pelas normas 
Constitucionais Federais e Estaduais e pelas Leis Orgânicas Municipais e Distrital, além de observado o 
disposto no Código Tributário Nacional (CTN). Além disso, faz-se necessária a observância das normas 
gerais de Direito Tributário, que estão estabelecidas em leis complementares, conforme o artigo 146 do 
CTN. 
Embora o CTN seja uma lei ordinária, porque à época não havia distinção entre leis ordinárias 
e complementares, somente poderá ser alterado mediante lei complementar nas matérias que assim 
dispõe a Constituição.
A lei complementar prevista na Constituição, aprovada por maioria absoluta do Congresso Nacio-
nal, considerada lei nacional, não cria tributos, tarefa das leis ordinárias do nível federativo competente, 
mas tem por objeto:
dispor sobre conflitos de competência tributária;::::
regular as limitações constitucionais ao poder de tributar;::::
estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária.::::
O CTN tem status de lei complementar, muito embora tenha sido aprovado à época como lei ordi-
nária. Somente uma lei complementar pode modificá-lo naquelas matérias previstas pela Constituição 
como privativas de leis complementares. 
A competência tributária não pode ser delegada a outro ente. Todavia, conforme o artigo 7.º do 
CTN, as funções de arrecadar ou fiscalizar tributos, ou de executar leis, serviços, atos ou decisões admi-
nistrativas em matéria tributária, podem ser atribuídas a pessoas jurídicas de direito público; a simples 
função de arrecadar (caixa) pode ser atribuída a pessoas de direito privado.
A Constituição Federal limita o poder de tributar:
legalidade; ::::
isonomia;::::
irretroatividade; ::::
anterioridade;::::
proibição de confisco;::::
liberdade de tráfego. ::::
A distinção entre imunidade, não incidência e isenção também é importante nas relações imobi-
liárias. Existem muitas relações imobiliárias que são beneficiadas pelas seguintes formas de dispensa:
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imunidade – obstáculo, decorrente de mandamento constitucional, à incidência de regra jurí-::::
dica de tributação. É limitação da competência tributária. Ela se apresenta também na forma 
de não incidência, como no caso da incorporação de capital em uma pessoa jurídica na forma 
de bens imóveis. A constituição está, então, proibindo que tal negócio jurídico seja tributado;
não incidência – diz respeito aos fatos que não estão abrangidos pela definição legal de hipó-::::
tese de incidência;
isenção – a exclusão por lei de parcela da hipótese de incidência. Ex: salário-família em relação ::::
ao IR; 
imunidade recíproca – as entidades políticas integrantes da federação não podem fazer incidir ::::
impostos umas sobre as outras. A imunidade recíproca é uma forma de expressão do princípio 
federativo, estando, por isso, protegida contra emendas, ao teor do artigo 60, parágrafo 4.º, 
inciso I, da Constituição Federal. Todavia, a imunidade não se aplica ao patrimônio, à renda e 
aos serviços relacionados com a exploração de atividades econômicas regidas pelas normas 
aplicáveis a empreendimentos privados, em que haja contraprestação ou pagamento de pre-
ços ou tarifas pelo usuário;
imunidade dos templos – nenhum imposto incide sobre os templos de qualquer culto. No ::::
conceito de templo se inclui tudo que esteja relacionado ao exercício da atividade religiosa. A 
imunidade aqui prevista está ligada diretamente ao patrimônio utilizado pelo culto.
Definição legal de tributo
Tributo é uma prestação de cunho econômico que o contribuinte tem o dever de pagar. Esse 
pagamento pode ser realizado por meio de alguma ação positiva, como emitir uma nota fiscal, por 
exemplo, ou negativa, quando o contribuinte não pode se opor à fiscalização. Tal prestação é instituída 
por lei, que define que fato será relevante para a tributação, como a transmissão causa mortis. O tributo 
é obrigatório. Uma vez praticada a ação descrita em lei, o contribuinte deverá obrigatoriamente pagar 
ou praticar algum ato.
A tributação está vinculada também a determinados atos a serem praticados pelos servidores 
públicos vinculados ao fisco. O fisco é, na realidade, a figura da fazenda pública quando praticados os 
atos de arrecadação.
Classificação dos tributos
Os tributos são classificados como fiscais, extrafiscais e parafiscais. Os tributos fiscais são aqueles 
que não possuem vinculação com alguma situação concreta, são destinados à manutenção da máquina 
estatal. São exemplos o IPTU e ITBI. Não possuem uma vinculação à alguma atividade de contrapres-
tação por parte do Estado. Extrafiscais são os tributos que possuem uma natureza regulatória. Temos 
como exemplo o imposto de importação, a regular a balança comercial, o IOF, a regular o mercado 
financeiro. Por fim, os parafiscais são os tributos que se destinam à manutenção e desenvolvimento de 
certas atividades, como os conselhos profissionais.
Sistema Tributário Nacional14 |
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15|Sistema Tributário Nacional
Espécies Tributárias
Impostos
Impostos são tributos que não possuem qualquer vinculação com atividade estatal específica. 
Essa definição está no Código Tributário Nacional no seu artigo 16. Portanto, o pagamento do ITBI não 
está vinculado a uma contraprestação por parte do estado.
Taxas
As taxas são tributos que estão, por força de uma norma constitucional, vinculados a uma contra-
prestação de um serviço público específico, como os emolumentos pagos nos registros públicos. Temos 
como exemplos as taxas cobradas pelos registros para a realização dos seus serviços. As taxas judiciárias 
são outro exemplo. 
Contribuições de melhoria
As contribuições de melhoria são tributos instituídos para fazer face ao custeio de obras públicas, 
decorrendo valorização imobiliária. O interessante é que o tributo será pago de forma proporcional à 
valorização obtida com a obra. Aqui temos a possibilidade de o Poder Público cobrar do beneficiário da 
obra pública uma participação via contribuição. Tal contribuição será cobrada sobre a valorização que o 
imóvel sofrer com a obra. É o caso de construção de parques e vias públicas que valorizem o patrimônio 
do contribuinte.
Empréstimos compulsórios
Os empréstimos compulsórios são tributos instituídos pelo Poder Público, aqui entendido como a 
União Federal, como forma de fazer custo a despesas extraordinárias, decorrentes de guerra ou calami-
dade pública, inclusive de sua iminência. Como visto, o Empréstimo Compulsório vincula sua instituição 
a casos especialíssimos, todos previamente determinados pela Constituição Federal em seu artigo 148.
Contribuições
As contribuições são espécies do gênero tributo e possuem finalidade específica, ao contrário dos 
impostos. Elas podem ser interventivas – como a Cide, cobrada sobre os combustíveis – e de interesse 
de categorias profissionais, como a OAB, e de custeio da Seguridade Social.
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De intervenção no domínio econômico
Tais contribuições são instituídas para que o Estado intervenha na atividade privada como forma 
de dar compasso ao setor em desordem. Temos como exemplo a contribuição cobrada dos servidores 
públicos para custeio de sua previdência. O Estado institui a contribuição para fazer face aos custos da 
previdência pública, em razão do déficit orçamentário que atravessa. O Estado intervém na atividade 
que se encontra com dificuldades. Outro exemplo é a CIDE, onde o Estado cria a contribuição como 
forma de fomento à atividade.De interesse de categoria profissional
Essas contribuições são instituídas para arrecadar fundos para uma atividade de representação 
de categoria econômica ou profissional. É o caso dos conselhos profissionais. Tomemos como exemplo 
a contribuição que os advogados pagam à Ordem dos Advogados do Brasil. É o que ocorre, também, 
com os conselhos que regulamentam as mais variadas atividades, como de médicos, engenheiros e 
outras.
Da seguridade social
As contribuições sociais servem ao custeio de toda a Seguridade Social e são recolhidas pelo INSS 
e por ele administradas. A Seguridade Social é financiada por toda a sociedade e temos como exem-
plos o FGTS, PIS/PASEP, a CPMF, que têm vinculação com a seguridade social e o Fundo de Combate à 
Pobreza.
Atividade
1. Verifique como está composto o sistema tributário nacional. Tente esquematizar os tributos 
existentes na Constituição Federal e elabore, de forma a visualizar tal sistema. Comparar com os 
demais colegas para verificar a compreensão sobre o tema. A forma esquemática é livre, podendo 
haver formas diferentes.
Sistema Tributário Nacional16 |
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Ampliando conhecimentos 
Recomendo o livro Manual de Direito Tributário, do professor Luiz Felipe Silveira Difini. O autor 
aborda o sistema tributário nacional de forma clara e precisa, demonstrando como está estruturado 
todo o corpo legislativo que compõe a tributação nacional.
 
17|Sistema Tributário Nacional
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Obrigação Tributária e 
Crédito Tributário 
Neste capítulo, abordaremos a Obrigação Tributária. De acordo com o Dicionário Aurélio, obri-
gação é o vínculo jurídico, oriundo da lei ou de ato da vontade, que compele alguém a dar, a fazer ou 
não fazer algo economicamente apreciável, em proveito de outrem. A obrigação é um vínculo que se 
estabelece entre duas ou mais pessoas em razão de algo que se comprometeram a realizar. O direito 
ampara os compromissos firmados entre as pessoas e lhes dá força de obrigatoriedade. No entanto, 
nem todas as pessoas estão totalmente familiarizadas com esse tema e, por isso, é comum surgir as 
seguintes dúvidas: 
O que é obrigação?::::
O que faz a pessoa se obrigar?::::
De onde surge a obrigação?::::
Todas essas questões serão discutidas no decorrer deste capítulo. Para tanto, iniciaremos com 
explicações sobre relações jurídicas e as obrigações que surgem da vontade das pessoas.
Conceitos básicos
As obrigações surgidas dos acordos de vontade geram consequências jurídicas e econômicas. 
Nas relações de direito público, tais obrigações estão reguladas pela lei. Pensem nas relações imobiliá-
rias. Todas elas geram deveres às partes. Ao promitente vendedor, ao promitente comprador, ao espólio, 
à doação, no caso da renda, propriedade, entre outros.
A Obrigação Tributária é, então, o vínculo estabelecido em razão da vontade que compele al-
guém a dar, a fazer ou não fazer algo. Temos a obrigação de pagar o tributo na compra e venda, por 
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exemplo. Ao ocorrer o fato “compra e venda”, a lei determina que se pague uma quantia determinada. 
Temos aqui a obrigação de dar uma quantia determinada em razão de uma obrigação instituída em lei. 
A lei é uma das formas de surgimento da obrigação. A obrigação tributária pode ser de fazer quando 
alguém é obrigado a emitir uma nota fiscal como determinação legal, por exemplo. 
A emissão da nota fiscal é uma determinação da lei. Toda vez que ocorrer a venda de uma merca-
doria determinada em lei, haverá a obrigação de alguém realizar algo, como a emissão da nota fiscal. Tal 
obrigação tem como função auxiliar a arrecadação e a fiscalização do Fisco.
Fato gerador
Na linguagem jurídica, fato gerador é o fato social que está previsto na norma tributária como 
relevante à imposição de um tributo. O fato gerador do Imposto sobre a Transmissão de Bens Imóveis 
(ITBI) é a transferência de algum bem imóvel de um titular a outro. Quando ocorrer tal fato, nascerá, para 
o Município, o direito de cobrar do promitente comprador ou do promitente vendedor, tudo conforme 
determinar a lei municipal, o pagamento do tributo relativo ao negócio jurídico da compra e venda.
Hipótese de Incidência
Diferentemente do que ocorre com o fato gerador, a Hipótese de Incidência é, como diz o nome, 
uma hipótese, uma suposição. Por exemplo, a lei determina que o Imposto Predial e Territorial Urbano 
(IPTU) seja cobrado dos proprietários de imóveis urbanos. A hipótese, então, é ser proprietário. Portan-
to, quem for e enquanto for proprietário de um imóvel na área urbana será obrigado ao pagamento do 
tributo de forma anual, seja parcelado ou não. A hipótese é a previsão de uma situação de fato. Quando 
ela ocorrer, o Estado poderá cobrar o tributo relativo à ação que o contribuinte praticou. 
Base de cálculo
A base de cálculo é o fenômeno econômico que é relevante para o Estado tributar. Toda relação 
tributária possui uma dimensão econômica bem definida. Tal situação é o fato gerador. Os fatos sociais 
que possuem um conteúdo econômico são passíveis de tributação. Portanto, a base de cálculo é o valor 
ou unidade pecuniária da dívida sobre a qual irá incidir uma alíquota. Temos como exemplo o Imposto 
Territorial Rural (ITR). Sua base de cálculo, segundo a lei, é o valor da terra nua tributável, ou seja, a terra 
quando desconsideramos o que a ela se agrega, como o valor de construções, instalações, benfeitorias, 
entre outros. O ITR possui uma tabela de alíquotas que podem ser aplicadas em relação ao grau de 
utilização da terra. O ITR irá incidir, portanto, sobre a terra nua e levando em consideração o Grau de 
Utilização (GU), que será de 0,03 a 20,00%.
18 Obrigação Tributária e Crédito Tributário
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19|Obrigação Tributária e Crédito Tributário 
Alíquota
A alíquota é um percentual que será aplicado à base de cálculo. Tomemos como exemplo o Im-
posto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação de Quaisquer Bens ou Direito (ITCD). A alíquota máxi-
ma, definida em Resolução do Senado Federal, é de 8%. Cada tributo terá sua alíquota definida em lei, 
segundo a determinação da Constituição Federal que assim obriga.
Obrigação tributária
A obrigação tributária é aquela relação jurídica que tem origem em uma imposição legal. A lei 
define quais relações são sujeitas aos tributos. A obrigação tributária sujeita e obriga o contribuinte a 
pagar uma quantia determinada em razão da prática, pelo próprio contribuinte, como no caso do IPTU, 
ou pela prática pelo próprio estado, de alguma atividade, como nos empréstimos compulsórios ou nas 
contribuições de melhoria. As obrigações tributárias podem ser de duas formas: principal, quando de-
termina o pagamento do tributo; ou acessória, quando determina que alguém faça ou não faça algo.
Obrigação principal
A obrigação principal nasce juntamente com o fato gerador. O sujeito pratica a ação descrita na 
norma e suporta a imposição do tributo. É bom lembrar que nem sempre que praticamos o fato gerador 
existirá a obrigação de pagar o tributo. É o que ocorre nas isenções e imunidades. A Obrigação Principal 
tem como objeto o dever de pagar certa quantia ao fisco. Seu objeto, então, é exclusivamente o de arre-
cadação aos cofres públicos das quantias percebidas em função dos fatos geradores ocorridos.
Obrigação acessória
A obrigação acessória é uma prestação de cunho positivo ou negativo. Isto é, é a obrigação que 
a lei impõe ao contribuinte para que ele faça ou se abstenha de fazer algo. É o caso da necessidade de 
declarar o imposto derenda, mesmo sendo isento. A lei determina que o sujeito realize algo, sem a ne-
cessidade de efetuar qualquer pagamento. Ela não tem natureza pecuniária.
A obrigação acessória também é chamada de dever instrumental do contribuinte. Tem como fun-
ção a fiscalização e a arrecadação dos tributos, como a obrigação que tem o lojista de emitir a nota 
fiscal.
Pode ocorrer, contudo, que a obrigação tributária acessória seja descumprida. Nesse caso, haverá 
a imposição de uma penalidade, agora de caráter pecuniário e, portanto, com as mesmas características 
da obrigação principal, uma vez que toda obrigação de pagamento é de natureza principal.
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Crédito tributário
O crédito tributário é uma relação jurídica obrigacional por força da qual o Estado exige do con-
tribuinte o pagamento de um tributo. É por meio de um procedimento administrativo que a obrigação 
Tributária irá materializar-se. Enquanto for obrigação o Estado não terá meios de cobrar seu crédito. 
Somente após a realização do lançamento é que será possível efetuar a cobrança, seja espontânea, seja 
judicial, pela execução fiscal. O crédito tributário nada mais é do que a materialização da obrigação 
tributária.
Formas de suspensão do crédito tributário
Suspende-se o crédito tributário:
por moratória (dilação do prazo de pagamento);::::
pelo depósito do seu montante integral;::::
pelas reclamações e recursos, nos termos das leis reguladoras do processo tributário-adminis-::::
trativo;
pela concessão da medida liminar em mandado de segurança.::::
A suspensão do crédito tributário decorre, via de regra, da insatisfação do contribuinte em rela-
ção ao valor apontado pelo Fisco. Na suspensão temos o retardamento do cumprimento da obrigação. 
O contribuinte, verdadeiro sujeito passivo, ao impugnar o crédito tributário, pode ver suspensa sua exi-
gibilidade. Isso significa que enquanto estiver em discussão o crédito, derivado do lançamento, uma vez 
que o crédito só existe em decorrência do lançamento, não poderá o fisco exigir seu pagamento.
Formas de extinção do crédito tributário 
Extingue-se o crédito tributário pelo(a):
pagamento;::::
compensação;::::
transação;::::
remissão;::::
prescrição e decadência;::::
convenção do depósito em renda;::::
pagamento antecipado e homologação do lançamento;::::
consignação em pagamento;::::
decisão administrativa e judicial com trânsito em julgado.::::
20 Obrigação Tributária e Crédito Tributário
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21|Obrigação Tributária e Crédito Tributário 
O pagamento
Considerações sobre o pagamento:
a imposição de penalidade não ilide o pagamento integral do crédito, pois as obrigações têm ::::
natureza distinta;
o pagamento de um crédito tributário não importa presunção do cumprimento de outros;::::
o pagamento é feito no domicílio do contribuinte;::::
o tempo do pagamento será de 30 dias na omissão de outro prazo. Não se aplica ao autolan-::::
çamento;
cabem juros de mora + penalidades cabíveis em caso de atraso do pagamento;::::
a forma de pagamento pode ser moeda, cheque ou vale postal;::::
a consignação em pagamento ajuizada só extingue a obrigação quando julgada procedente;::::
se o contribuinte pagar um imposto a mais ou pagar um imposto que não tem obrigação, ele ::::
tem cinco anos para requerer a restituição (decadência). Caso tenha seu pedido indeferido, 
tem dois anos para intentar ação anulatória (prescrição).
Significado de alguns termos
Transação – para a Administração abrir mão de direitos seus, deve haver previsão normativa, ::::
deve haver lei que autorize a transação.
Remissão – é o perdão da dívida.::::
Conversão do depósito em renda – ocorre quando o devedor, depositando o valor do tributo ::::
que acha devido na Justiça, seja vencido na ação judicial. A Administração pode converter o 
depósito em renda e extinguir a obrigação.
Formas de exclusão do crédito tributário
Enquanto a extinção do crédito elimina a obrigação qualificada pelo lançamento, na exclusão, o 
que desaparece é a própria obrigação tributária. Excluem o crédito tributário: 
a isenção – decorre de lei e retira o sujeito passivo da obrigação tributária. É aplicada nos con-::::
tratos entre as entidades da Federação na forma de concessão de incentivos fiscais. Pode ser 
ab-rogada ou revogada e não gera direito adquirido.
a anistia – é o perdão da falta cometida pelo contribuinte e também da penalidade imposta. ::::
Também não gera direito adquirido e tem caráter retroativo.
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Lançamento tributário
O lançamento é o procedimento administrativo que verifica a ocorrência do fato gerador. Após 
a ocorrência do fato gerador, a autoridade administrativa ou o contribuinte irão praticar determinados 
atos e apontar quem praticou o fato gerador, qual matéria está relacionada ao fato, como por exemplo 
o ITR e o IPTU, irá definir o montante a ser pago, e, se for o caso, também irá aplicar a multa, em razão 
do descumprimento de alguma obrigação relacionada com o tributo, como por exemplo o atraso no 
pagamento.
Modalidades de lançamento
Existem três tipos de lançamentos. O primeiro é o lançamento de ofício. Nesse tipo de lançamen-
to, a participação do sujeito passivo é inexistente, uma vez que todas as providências são tomadas pelo 
Fisco. Ele pode ocorrer como procedimento ordinário, quando a lei assim o determina em função da 
natureza do tributo, como podemos verificar nos casos em que a lei atribui ao sujeito passivo o dever 
de fazer a Declaração ou de antecipar o pagamento do tributo e ele se omite ou cumpre o seu dever 
apenas em parte. O CTN enumera num único dispositivo as hipóteses de lançamento de ofício e de 
revisão. São exemplos de lançamento de ofício o IPTU e o IPVA. Portanto, o lançamento de ofício ocorre 
quando a lei assim o determine ou quando se verifique omissão ou erro do sujeito passivo. Já a revisão 
pode ter lugar sempre que for verificado o lançamento um erro, quer imputável ao sujeito passivo, quer 
à autoridade fiscal.
A segunda forma de lançamento, a declaração, é feita pelo Fisco com a colaboração do próprio 
sujeito passivo ou terceiro, quando um ou outro, na forma da legislação tributária, presta à autorida-
de administrativa informações sobre a matéria de fato indispensável à sua efetivação. Ocorrido o fato 
gerador do tributo, o sujeito passivo oferece à autoridade administrativa informações relativas a esse 
fato gerador, dando-lhe condições para constituir o crédito tributário. Se o sujeito passivo não presta 
a declaração a que está obrigado pela legislação do tributo, a autoridade administrativa tem o dever 
de efetuar o lançamento de ofício, valendo-se dos meios de investigação ao seu alcance em face dessa 
mesma legislação. O ITR é um exemplo de imposto por declaração.
O terceiro tipo de lançamento é pela homologação. Nele, o sujeito passivo faz antecipadamente 
ao Fisco a verificação da matéria tributável e do montante devido e efetua o pagamento corresponden-
te, sob condição resolutiva de posterior homologação fiscal ou decurso do prazo. Nessa modalidade, o 
contribuinte faz tudo, o fisco apenas homologa de forma expressa ou tácita (que na prática constitui a 
regra). Os exemplos de lançamentos por homologação são: IR, IPI, ICMS, IE, II. 
Dessa forma, no lançamento por homologação há um pagamento antecipado e um recebimento 
condicional, pois o lançamento só se concretiza com a necessária homologação, que apresenta um 
caráter sui generis: opera, simultaneamente, a constituição do crédito tributário – visto que, sendo o 
lançamento uma atividade privativa da administração, ela só se ultima com o recolhimentoprévio pelo 
sujeito passivo – e a sua extinção. 
22 Obrigação Tributária e Crédito Tributário
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23|Obrigação Tributária e Crédito Tributário 
Atividade
1. Identifique quais relações imobiliárias eram obrigações tributárias. O Fisco irá fazer incidir um 
tributo em alguns negócios imobiliários típicos. Portanto, exemplifique quais negócios geram 
obrigação de pagar o tributo, apresentando, inclusive, as obrigações acessórias.
Ampliando conhecimentos 
Sobre obrigação tributária, recomendo o livro Curso de Direito Tributário, do professor Alexandre 
Rossato da Silva Ávila. Nesse livro ele aborda a obrigação tributária de forma clara e precisa, incluindo 
algumas observações sobre as obrigações incidentes nas relações imobiliárias.
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Responsabilidade 
tributária 
Neste capítulo, estudaremos a responsabilidade tributária. Para tanto, devemos observar primeira-
mente a natureza dos serviços públicos, que se entendem regulares, contínuos, insuscetíveis de cessa-
ção ou interrupção. Os tributos são destinados a mantê-los e devem ser arrecadados por meios expedi-
tos, simples e econômicos.
A comodidade administrativa levou o Direito Fiscal a socorrer-se de vários expedientes para esse 
fim, entre eles, a transferência da responsabilidade pela dívida tributária de contribuinte para os om-
bros de terceiros.
Responsabilidade tributária e suas características
O artigo 128, seguindo exemplos de vários países civilizados, acolhe, genericamente, o que já 
dispunha o Direito brasileiro em disposições esparsas. A lei – e só ela, de modo expresso – pode respon-
sabilizar pelo contribuinte outra pessoa, desde que vinculada ao fato gerador da obrigação tributária.
Poderá fazê-lo excluindo o contribuinte, ou atribuindo a este, supletivamente, o cumprimento 
total ou parcial. Isso fica à disposição do legislador competente para a decretação do tributo. Esses ter-
ceiros são os responsáveis de que trata ainda o artigo 121, parágrafo único, inciso II, do CTN. Se a lei da 
pessoa jurídica de Direito Interno, competente para decretar o imposto, exclui o contribuinte, não há a 
solidariedade do artigo 124, inciso II, do CTN.
Esses casos de responsabilidade tributária são principalmente os de sucessão (artigos 129 a 133) 
e aqueles em que um terceiro interveio em atos do contribuinte, como representante legal dele (artigos 
134 e 135) ou como seu agente ou instrumento jurídico (artigos 135 a 138).
O Código Tributário Nacional mostra os dois tipos de sujeito passivo, artigo 121, in verbis:
Art. 121. Sujeito passivo da obrigação principal é a pessoa obrigada ao pagamento de tributo ou penalidade pecuni-
ária. 
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Parágrafo único. O sujeito passivo da obrigação principal diz-se:
I - contribuinte, quando tenha relação pessoal e direta com a situação que constitua o respectivo fato gerador; 
II- responsável, quando, sem revestir a condição de contribuinte, sua obrigação decorra de disposição expressa de lei. 
Nesse artigo, o legislador já deixa entrever o que ele entende por responsável.
O artigo 128 do CTN (reproduzido a seguir) dá uma visão mais explícita da responsabilidade tri-
butária. Nele consta que a lei pode atribuir de modo expresso a responsabilidade pelo crédito tributário 
à terceira pessoa, vinculada ao fato gerador da respectiva obrigação, excluindo a responsabilidade do 
contribuinte ou reduzindo-a a um caráter supletivo. É importante notar que o responsável é um terceiro 
em relação ao contribuinte, mas não alheio ao fato gerador. A substituição tributária se dá quando a lei 
exclui a responsabilidade do contribuinte. 
Estar “vinculado ao fato gerador” compreende tanto a vinculação de fato quanto a de direito. 
Contribuinte de direito é aquele que o CTN designa como sujeito passivo da obrigação principal por ser 
ele que, juridicamente, responde pelas obrigações perante o Fisco.
O sujeito passivo indireto (o responsável tributário), apresenta duas modalidades distintas: a 
substituição e a transferência. A substituição se verifica quando a obrigação tributária surge desde logo 
contra a pessoa diferente daquela que esteja em relação econômica direta com o ato, fato ou negócio 
tributado. A própria lei substitui o sujeito passivo direto por outro indireto. É o caso do imposto de renda 
na fonte sobre capitalização de reservas de sociedade. O beneficiário da capitalização é o acionista ou 
sócio e, no entanto, o ônus tributário recai sobre a sociedade porque a lei a escolheu como substituta 
do contribuinte.
A transferência se dá quando a legislação tributária já designa o sujeito passivo como a pessoa 
que obteve vantagem econômica com a realização do ato ou negócio, ou com o acontecimento do 
fato determinante da tributação e, em face de acontecimento superveniente, a obrigação se translada 
para pessoa diferente. A transferência se manifesta de três formas diferentes: por solidariedade, por 
sucessão e por responsabilidade. Por exemplo, Antônio é o contribuinte e a lei diz que Pedro tem res-
ponsabilidade pela satisfação do tributo. Se Antônio não pagar ou pagar apenas uma parte do tributo, 
Pedro será chamado ao pagamento total ou parcial do tributo, no montante suficiente para satisfazê-lo.
A responsabilidade só se transfere a terceiros por força de disposição expressa da lei específica ao 
tributo, não bastando, para que ocorra a transferência, a alegação de que o CTN já a consagra. O CTN 
apenas aponta caminhos legítimos ao legislador, pois suas regras não se bastam nesse assunto para 
terem aplicação, diante do silêncio da legislação específica ao tributo. 
Substituição tributária
O artigo 128 do CTN expressa o seguinte, in verbis:
Art. 128. Sem prejuízo do disposto neste capítulo, a lei pode atribuir de modo expresso a responsabilidade pelo crédito 
tributário à terceira pessoa, vinculada ao fato gerador da respectiva obrigação, excluindo a responsabilidade do contri-
buinte ou atribuindo-lhe a este em caráter supletivo do cumprimento total ou parcial da referida obrigação.
Esse artigo não é apenas de solidariedade, mas de responsabilidade por substituição. As pessoas 
indicadas no artigo 135 passam a ser os responsáveis em vez do contribuinte. 
26 Responsabilidade tributária 
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27|Responsabilidade tributária 
A substituição tributária ocorre quando a lei determina que um terceiro, vinculado ao fato gera-
dor, fica obrigado ao pagamento do tributo pelo contribuinte. Temos como exemplo de tal situação o 
caso das cervejas, em que o produtor está obrigado ao pagamento do tributo na saída da mercadoria 
da fábrica. Tal situação auxilia o Fisco na fiscalização e arrecadação do tributo. É mais razoável fiscalizar 
o produtor do que os inúmeros estabelecimentos que comercializam as bebidas.
Sucessão tributária
O artigo 130 cuida da sucessão real, isto é, da responsabilidade dos adquirentes de imóveis. Trata 
de uma responsabilidade vinculada aos tributos imobiliários. O responsável passa a ser o novo proprie-
tário do imóvel. Essa estipulação só deixa de vigorar na hipótese de ter havido apresentação da prova de 
sua quitação por parte do alienante.
Art. 130. Os créditos tributários relativos a impostos cujo fato gerador seja a propriedade, o domínio útil ou a posse de 
bens imóveis, e bem assim os relativos a taxas pela prestação de serviços referentes a tais bens, ou a contribuições de 
melhoria, sub-rogam-se na pessoa dos respectivosadquirentes, salvo quando conste do título a prova de sua quita-
ção.
Parágrafo único. No caso de arrematação em hasta pública, a sub-rogação ocorre sobre o respectivo preço.
Face a esse artigo, é aconselhável sempre que o adquirente de um imóvel se muna de certidões 
negativas por ocasião da compra de imóveis, procurando, com a providência elidir sua responsabilidade 
por tributos calcados em imóveis que adquira. Deverá providenciar, também, a transcrição dessas pro-
vas de quitação no título de transmissão. 
Art. 131. São pessoalmente responsáveis:
I - o adquirente ou remitente, pelos tributos relativos aos bens adquiridos ou remidos; 
II - o sucessor a qualquer título e o cônjuge meeiro, pelos tributos devidos pelo de cujus até a data da partilha ou adju-
dicação, limitada esta responsabilidade ao montante do quinhão, do legado ou da meação; 
III - o espólio, pelos tributos devidos pelo de cujus até a data da abertura da sucessão.
O artigo 131 disciplina as responsabilidades pessoais, prevendo três hipóteses: a primeira delas 
é a do adquirente ou remitente pelos tributos adquiridos ou remidos. O remitente, de que fala o artigo, 
é aquele que pratica a remição, que consiste no ato de resgato de uma dívida pelo devedor ou interes-
sado. Quem na verdade adquire ou pratica remição deve ter a cautela de saber se o bem está com os 
impostos em dia. Caso contrário, mercê do fato de estar adquirindo o seu domínio e mercê do disposto 
no artigo 131, inciso I, estará ele onerado com os impostos que recaíam sobre o objeto da transação. 
No caso do inciso II, há necessidade de que ocorra a morte do contribuinte. Só ficam pessoalmen-
te responsáveis os sucessores. Não importa a que título se dê essa sucessão. O sucessor é o herdeiro 
ou legatário. A lei refere-se à sucessão causa mortis, pois a responsabilidade está limitada aos “tributos 
devidos pelo de cujus” e às forças do quinhão ou meação do cônjuge supérstite.
Na prática, iniciado o inventário dos bens deixados pelo de cujus, o juiz oficia às repartições inte-
ressadas, da União, Estado ou Município e, em certos casos, às autarquias e empresas públicas para que 
comuniquem os débitos do inventariado. Isso assegura o pagamento antes ou até a partilha. Se não 
forem liquidados, os débitos serão reclamáveis dos sucessores – herdeiros ou legatários – e do cônjuge 
meeiro. 
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O inciso III do artigo 131 fixa a responsabilidade do espólio. Deixa certo, no entanto, que essa 
responsabilidade cobre os tributos devidos pelo de cujus até a data da abertura da sucessão. 
Art. 132. A pessoa jurídica de direito privado que resultar de fusão, transformação ou incorporação de outra ou em 
outra é responsável pelos tributos devidos até a data do ato pelas pessoas jurídicas de direito privado fusionadas, 
transformadas ou incorporadas.
Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se aos casos de extinção de pessoas jurídicas de direito privado, quando 
a exploração da respectiva atividade seja continuada por qualquer sócio remanescente, ou seu espólio, sob a mesma 
ou outra razão social, ou sob firma individual.
O dispositivo abrange as modificações jurídicas das empresas formadoras da nova ou que as ab-
sorveram na empresa preexistente. A antiga desaparece juridicamente amalgamada na nova ou na pre-
existente. Em consequência, a regra, em nossa opinião, não é de aplicar-se salvo lei expressa à aquisição 
do chamado “controle acionário” de uma sociedade anônima por outra ou por uma empresa de tipo 
diferente. Nesse caso, sobrevive juridicamente a sociedade anônima cuja maioria de ações, passando à 
propriedade de outra empresa, é por ela praticamente dominada.
Se desaparece a personalidade legal da pessoa jurídica de Direito Privado – por distrato, disso-
lução ou outra causa jurídica –, mas seus negócios, não obstante, prosseguem na exploração exercida 
por sócio remanescente ou seu espólio, ainda que sob outra razão social ou firma, mesmo individual, 
o continuador responde pelos tributos devidos na empresa dissolvida ou pelo de cujus. A unidade 
econômica criada sobrevive, respondendo o ativo ou o cabedal pelas obrigações, para com o Fisco. Já 
era princípio pacífico nas legislações federal e local anterior ao CTN.
Devemos definir alguns institutos como fusão, transformação e incorporação:
Fusão – reunião de duas ou mais pessoas jurídicas em uma nova;::::
Transformação – mudança das características da pessoa jurídica originalmente existente;::::
Incorporação de outra ou em outra – a incorporadora já existe e a incorporada também, desa-::::
parecendo uma delas para integrar a que permanece existente.
Cisão (art. 229) – operação pela qual a companhia transfere parcelas do seu patrimônio para ::::
uma ou mais sociedades, constituídas para esse fim ou já existentes, extinguindo-se a com-
panhia cindida, se houver versão de todo o seu patrimônio, ou dividindo-se o seu capital, se 
parcial à versão.
Art. 133. A pessoa natural ou jurídica de direito privado que adquirir de outra, por qualquer título, fundo de comércio 
ou estabelecimento comercial, industrial ou profissional, e continuar a respectiva exploração, sob a mesma ou outra 
razão social ou sob firma ou nome individual, responde pelos tributos, relativos ao fundo ou estabelecimento adquiri-
do, devidos até a data do ato:
I – integralmente, se o alienante cessar a exploração do comércio, indústria ou atividade;
II – subsidiariamente com o alienante, se este prosseguir na exploração ou iniciar dentro de 6 (seis) meses, a contar da 
data da alienação, nova atividade no mesmo ou em outro ramo de comércio, indústria ou profissão.
Nesse artigo, o legislador estipulou dois graus de responsabilidade: integralmente, quando o alie-
nante cessa a atividade cedida, ou seja, se o alienante cessar a exploração do comércio, indústria ou ativi-
dades; e subsidiariamente, com o alienante, no caso dele prosseguir com a exploração, mesmo que tenha 
momentaneamente cessado a atividade, desde que essa cessação não seja superior a seis meses.
Na Economia, e mesmo no Direito, empresa é a firma, individual ou coletiva, que explora co-
mércio ou indústria ou atividade profissional com o intento de lucro ou remuneração. A empresa 
28 Responsabilidade tributária 
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29|Responsabilidade tributária 
pode ter uma ou mais unidades de operação, cada uma das quais é um estabelecimento (a fábrica, 
o depósito, o escritório da matriz, as filiais, entre outros). O conjunto de bens da empresa ou do pro-
fissional constitui seu fundo de comércio: a instalação, os móveis, máquinas e utensílios, a posse do 
imóvel, se não é próprio, as dívidas ativas, o acervo de mercadorias acabadas ou matérias-primas, 
enfim, tudo quanto empregado na exploração, constituindo um bem composto, universalidade de coi-
sas. 
Se alguém alienar a empresa, seu fundo de comércio ou apenas um estabelecimento da em-
presa e o adquirente continuar a respectiva exploração, sob a mesma ou diversa razão social ou sob 
firma ou nome individual, fica responsável o último pelos tributos do primeiro, devidos até a data da 
alienação, e que incidiam sobre quaisquer daquelas universalidades de coisas.
O primeiro inciso leva a crer que o legislador liberou a alienante se ele se retira da atividade, 
mesmo que tenha bens suficientes para pagar seu débito, deixando ao adquirente a ação regressiva 
pelo que vier a pagar por ele. Entretando, não é dessa forma. Se o adquirente perde, fisicamente ou 
economicamente, o acervo que adquiriu, o alienante poderá ser chamado administrativa ou judi-
cialmente a satisfazer quanto devia ao erário, ainda que nenhuma atividade esteja exercendo. Não 
poderia estar na cogitação do legislador desonerar ohomem de negócios que destes se retirasse para 
viver de rendas ou mesmo consumir seu patrimônio.
Responsabilidade de terceiros
A responsabilidade de terceiros está determinada nos artigos 134 e 135 do CTN. Neles, o legisla-
dor tem a intenção de depositar nas mãos de uma terceira pessoa, vinculada ao fato gerador, a respon-
sabilidade pelo crédito tributário, exigindo para tanto os seguintes elementos, de acordo com Bastos 
(1992, p. 203):
a) intervenção de terceiro no ato;
b) ocorrência de alguma omissão cuja responsabilidade seja atribuída ao terceiro;
c) impossibilidade de o Fisco cobrar o crédito tributário do próprio contribuinte.
Art. 134. Nos casos de impossibilidade de exigência do cumprimento da obrigação principal pelo contribuinte, respon-
dem solidariamente com este nos atos em que intervierem ou pelas omissões de que forem responsáveis:
I - os pais, pelos tributos devidos por seus filhos menores; 
II - os tutores e curadores, pelos tributos devidos por seus tutelados ou curatelados; 
III - os administradores de bens de terceiros, pelos tributos devidos por estes; 
IV - o inventariante, pelos tributos devidos pelo espólio; 
V - o síndico e o comissário, pelos tributos devidos pela massa falida ou pelo concordatário; 
VI - os tabeliães, escrivães e demais serventuários de ofício, pelos tributos devidos sobre os atos praticados por eles, 
ou perante eles, em razão do seu ofício; 
VII - os sócios, no caso de liquidação de sociedade de pessoas.
Parágrafo único. O disposto neste artigo só se aplica, em matéria de penalidades, às de caráter moratório.
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O parágrafo único deixa claro que, encoberta pelo instituto da solidariedade, esconde-se a pro-
vidência sancionatória, sendo que esta responsabilidade por penalidade limita-se às de caráter mora-
tório. 
A solidariedade só se estabelece nos casos de impossibilidade de exigência do cumprimento da 
obrigação principal por parte do contribuinte, se tais pessoas responsabilizadas intervierem nos atos 
tributados ou cometerem omissões de deveres que lhes incumbiam segundo a lei fiscal. O dispositivo 
repousa na presunção de que as pessoas nele indicadas empregarão o máximo de sua diligência para 
uma atitude leal em relação ao Fisco nas declarações, informações, pagamento de tributos, a impossi-
bilidade, naturalmente econômica, de o contribuinte satisfazer seu débito e a participação do terceiro 
(pai, tutor ou outro) nos atos tributados ou nas omissões verificadas. Além desses requisitos há de existir 
essa relação de causa e efeito.
As pessoas responsáveis pagarão solidariamente não só tributo, mas os juros de mora e mais a multa 
de caráter estritamente moratório. Não pagarão as multas de dolo do contribuinte, mas do terceiro sim.
A responsabilidade por excesso de poderes ou infração contratual está no artigo 135, que traz 
outra hipótese de vinculação do terceiro, que representa o contribuinte ou lhe serve de instrumento 
jurídico: a atuação com excesso de poderes ou infração de lei, cláusulas ou estatutos.
Infrações tributárias
Diferentemente do Direito Penal, ao CTN é indiferente a intenção do agente, seja contribuinte, res-
ponsável, entre outros, salvo quando disposição legal determine o contrário (BALEEIRO, 2003, p. 758).
A infração fiscal é formal. O legislador, além de não indagar da intenção do agente, salvo dispo-
sição em lei, também não se detém diante da natureza e extensão dos efeitos.
Art. 136. Salvo disposição de lei em contrário, a responsabilidade por infrações da legislação tributária independe da 
intenção do agente ou do responsável e da efetividade, natureza e extensão dos efeitos do ato.
Embora não seja claro o final do artigo 136, o legislador quis dizer que “realizados em pequena 
intensidade ou não realizados os efeitos do ato, como o risco para o erário ou a possibilidade de sone-
gação, a infração se reputa consumada pela ocorrência do pressuposto de fato da lei” (BALEEIRO, 2003, 
p. 758).
O artigo 136 significa que 
[...] a violação da lei tributária pode até não determinar prejuízo para a Fazenda e, ainda assim, ser possível se afirmar 
a responsabilidade pela infração. É o que acontece, normalmente, quando há inobservância da forma pela qual deva 
ser cumprida determinada obrigação tributária: há prática do ato, até de recolhimento de tributo, elidindo-se qualquer 
prejuízo para a Fazenda; no entanto, a exigência legal não foi observada tal como está prescrita. (FANUCCHI, 1971, 
p. 259)
Por exemplo, a cada saída de produto de estabelecimento fabril deverá ser extraída nota fiscal 
que o acompanhe. Quando não há extração da nota e, no entanto, o contribuinte escritura essa saída 
e o imposto que incide sobre o produto, procede ao recolhimento do imposto, extinguindo o crédito 
tributário. Restará, ainda, uma falha simples: a falta de nota fiscal. Houve aí uma infração e por ela o 
omisso responderá. Nesse exemplo não houve dolo, o contribuinte não obteve nenhuma vantagem. 
30 Responsabilidade tributária 
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31|Responsabilidade tributária 
A natureza e a extensão do ato são de molde a justificar até a inexistência de penalização. No entanto, 
apesar desses detalhes, subsiste a responsabilidade do omisso. 
O artigo 137 do CTN aponta casos em que a responsabilidade é pessoal do agente, sem o envol-
vimento do contribuinte ou do terceiro responsável, que são:
quando a falta constitui, simultaneamente, crime ou contravenção penal, além de infração ::::
tributária;
quando fica configurado um dolo específico elementar;::::
naqueles casos em que os mandantes, representados, proponentes ou empregadores se tor-::::
nam as próprias vítimas. 
Art. 137. A responsabilidade é pessoal ao agente:
I - quanto às infrações conceituadas por lei como crimes ou contravenções, salvo quando praticadas no exercício regu-
lar de administração, mandato, função, cargo ou emprego, ou no cumprimento de ordem expressa emitida por quem 
de direito;
II - quanto às infrações em cuja definição o dolo específico do agente seja elementar; 
III - quanto às infrações que decorram direta e exclusivamente de dolo específico:
a) das pessoas referidas no art. 134, contra aquelas por quem respondem;
b) dos mandatários, prepostos ou empregados, contra seus mandantes, preponentes ou empregadores;
c) dos diretores, gerentes ou representantes de pessoas jurídicas de direito privado, contra estas.
Exclusão da responsabilidade pela confissão, artigo 138 da CTN:
Art. 138. A responsabilidade é excluída pela denúncia espontânea da infração, acompanhada, se for o caso, do paga-
mento do tributo devido e dos juros de mora, ou do depósito da importância arbitrada pela autoridade administrativa, 
quando o montante do tributo dependa de apuração.
Parágrafo único. Não se considera espontânea a denúncia apresentada após o início de qualquer procedimento admi-
nistrativo ou medida de fiscalização, relacionados com a infração.
Sobre esse artigo, Baleeiro (2003, p. 764) afirma que
Libera-se o contribuinte ou o responsável e, ainda mais, representante de quaisquer deles, pela denúncia espontânea 
da infração acompanhada, se couber no caso, do pagamento do tributo e juros moratórios, devendo segurar o Fisco 
com depósito arbitrado pela autoridade se o quantum da obrigação fiscal ainda depender de apuração. 
A disposição, até certo ponto, equipara-se ao artigo 15 do Código Penal: “o agente que, volun-
tariamente, desiste de prosseguir na execução ou impede que o resultado se produza, só responde 
pelos atos já praticados”. Porém, a norma penal é mais benigna, pois a espontaneidade que o pará-
grafo único do artigo 138 se refere só pode ser antes de qualquer procedimento administrativo ou 
medidade fiscalização, relacionada com a infração. 
De acordo com Machado (2004, p. 161):
A denúncia espontânea da infração, nos termos do artigo 138, da CTN, exclui qualquer penalidade, inclusive a multa 
de mora. Os juros podem ser exigidos com o nome de multa de mora. O que pode ser exigido é o pagamento de certa 
quantidade a título de indenização pela mora, quer tenha esta o nome de juros, ou de multa. O rótulo é de nenhuma 
importância. 
Não se admite, porém, a exigência de multa de natureza punitiva.
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Atividade
1. Enumere as formas de responsabilidade, verificando, segundo o Código Tributário Nacional, suas 
principais características.
Ampliando conhecimentos 
Indico, para este tema, o livro Direito Tributário Brasileiro, de Aliomar Baleeiro, por ser o mais com-
pleto e referir-se, em muitas passagens, às relações imobiliárias como meio de exemplificar as formas 
de responsabilidade existentes.
32 Responsabilidade tributária 
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Imposto sobre a Propriedade 
Territorial Rural
Neste capítulo, iniciaremos o estudo dos tributos em espécie, começando pelo Imposto Territorial 
Rural (ITR), tributo que incide sobre a propriedade territorial rural.
Competência
O ITR é de competência da União Federal segundo o artigo 153, inciso VI, da Constituição Federal. 
A constituição, portanto, estabelece critérios para sua instituição bem como os casos de imunidade. As 
normas gerais atinentes ao imposto estão estabelecidas nos artigos 29 e seguintes do Código Tributário 
Nacional. A Lei 9.393/96 instituiu o ITR. A regulamentação relativa à fiscalização, à arrecadação e à admi-
nistração está prevista no Decreto 4382/92. 
Função
O ITR, atualmente, possui uma função predominantemente extrafiscal, funcionando este impos-
to como instrumento auxiliar sobre o disciplinamento da propriedade rural. Contudo, o produto da 
arrecadação desse tributo pertence ao município. A União Federal detém a titularidade da cobrança do 
imposto como um elemento de execução de políticas públicas bem definidas. 
O combate dos latifúndios improdutivos é o objetivo de tal tributo. Nesse sentido, tem o ITR alíquo-
tas progressivas, aumentando sua incidência de acordo com a área produtiva e o grau de utilização.
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Fato gerador 
O fato gerador da obrigação ocorre no primeiro dia de janeiro de cada ano. Nessa data, a situação 
necessária e suficiente para o surgimento da obrigação tributária (a titularidade do imóvel) é verificada. 
Caso a titularidade do imóvel seja modificada no decorrer do ano, não haverá qualquer implicação so-
bre a obrigação tributária, não ensejando, portanto, nova imposição.
O fato gerador da imposição tributária é a propriedade, o domínio útil e a posse do imóvel. A pro-
priedade é o mais amplo dos direitos reais, pois envolve a faculdade de usar, gozar, dispor da coisa e o 
direito de reavê-la do poder de quem quer que injustamente a possua ou a detenha.
A palavra territorial é um adjetivo que designa o que é relativo a território, sendo este uma exten-
são de terra. A terra nua é o objeto da tributação. Rural é adjetivo do que é próprio do campo, em opo-
sição ao que é próprio da cidade. Imóvel rural é o que se situa no campo, na zona rural. O critério para 
distinguir o imóvel rural do urbano é o da localização e não o da destinação. É relevante para a análise 
do caso o plano diretor do Município, devendo-se ainda contrastar com os requisitos necessários para a 
definição de zona urbana, conforme a legislação pertinente ao IPTU.
Para efeito de ITR, o imóvel deve estar localizado fora da área urbana do município. Somente os 
terrenos ou a nua propriedade devem ser tributados pelo imposto. É fato gerador a propriedade do 
imóvel por natureza, entendido como o solo, com sua superfície, os acessórios e adjacências naturais, 
compreendendo as árvores e frutos pendentes.
Considera-se imóvel rural aquele que se destina à exploração agrícola, pecuária, extrativa vegetal 
ou agroindustrial e que tiver área superior a um hectare. O ITR e o IPTU se excluem mutuamente.
O texto constitucional estabelece critérios para a instituição do ITR, possibilitando a chamada 
progressividade, que se dá à medida que aumenta a base de cálculo, como a utilização extrafiscal do 
imposto de forma que seja mais onerado o proprietário que não dê a devida utilização ao imóvel rural 
ou só produza em parte do bem ou que produza com baixo rendimento.
Estão imunes ao imposto as pequenas glebas rurais, tudo conforme a Constituição Federal. Para 
o efeito legal, pequenas glebas rurais são os imóveis com área entre 30 e 100ha, dependendo da sua 
localização no território nacional.
Uma novidade trazida pela Emenda Constitucional 42/2003 é a possibilidade de o imposto ser 
recolhido e fiscalizado pelo Município onde o imóvel se encontra, tudo isso na dependência de lei es-
pecífica. Nesse caso, temos que o Município, por meio de delegação da União, poderá fiscalizar, lançar 
e arrecadar o imposto, desde que aceite tal função. Quanto à repartição da receita do ITR, caberá ao 
Município 50% de sua arrecadação. Se o Município optar pela fiscalização e cobrança, a totalidade da 
receita lhe caberá.
Dessa forma, o ITR continua a ser instituído pela União, por lei federal, mas poderá ter como su-
jeito ativo o Município, mediante opção dele, na forma da lei federal, hipótese em que o Município será 
titular da imposição tributária. Sendo o imposto de competência da União e optando o Município por 
sua fiscalização e cobrança, teremos discussões acerca da titularidade do imposto nos casos em que o 
imóvel encontra-se em mais de um município. Se a extensão do imóvel ultrapassar o território munici-
pal, o ITR será enquadrado, então, onde estiver localizada sua sede e, se esta não existir, será no municí-
pio onde estiver sua maior extensão.
34 Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural
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35|Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural
Alíquotas
A alíquota varia de 0,03% a 20% em função da área do imóvel e do grau de utilização, nos termos 
da Lei 9.393/93. Um dado importante é o crescimento da alíquota à medida que diminui a área pro-
dutiva, tudo isso em relação à área total do imóvel, ou seja, quanto maior a área e menor a produção, 
maior será a alíquota aplicada ao caso. A progressividade chega a tal ponto que poderá gerar um efeito 
confiscatório sobre a terra. Imaginemos, por exemplo, uma área de 5 000 hectares. A alíquota poderá 
chegar a 20% sobre o valor fundiário. Quanto menos produzir o proprietário ou possuidor, maior será o 
valor tributado, podendo chegar, ao final de cinco anos, a ser confiscada a terra em razão do valor dos 
tributos pagos até então.
Base de cálculo
 A base de cálculo do tributo é o valor fundiário (valor da terra nua, sem qualquer benfeitoria), 
considerado como a diferença entre o valor venal do bem, inclusive com as benfeitorias, e o valor dos 
bens incorporados. Contudo, o valor do imposto poderá ser reduzido em 90%, para estímulo fiscal em 
razão do grau de utilização da terra e a eficiência da exploração.
Para a verificação do tributo a ser pago, devemos apurar o valor aplicando-se sobre o valor da ter-
ra nua tributável a alíquota correspondente, considerados a área total do imóvel e o Grau de Utilização, 
tudo como dispõe o artigo 11 da Lei 9.393/96.
Contribuinte
Contribuinte do imposto é o proprietário do imóvel, titular do seu domínio útil ou seu possuidor, 
a qualquer título (artigo 31 do CTN). Não havendo opção pelo Município como sujeitoativo na imposi-
ção do tributo, caberá à Receita Federal sua fiscalização e cobrança. Para tanto, o Fisco cobrará o tributo 
daquele que é titular frente ao Incra, uma vez que o imóvel deve estar registrado nessa repartição, bem 
como declarado perante a Receita Federal.
Não só os proprietários serão sujeitos passivos da imposição tributária. Pode ocorrer a responsa-
bilização de terceiros, como os sucessores a qualquer título, do cônjuge meeiro, do adquirente ou do 
espólio, por exemplo.
O contribuinte ou seu sucessor comunicará, obrigatoriamente, à Secretaria da Fazenda Nacional, 
por meio de Documento de Informação e Atualização Cadastral (DIAC), do ITR, as informações cadas-
trais do imóvel, bem como qualquer alteração em sua titularidade ou modificação em sua natureza, 
como anexação, desmembramento, cessão de direitos, constituição de usufruto, sucessão causa mortis. 
As informações cadastrais integrarão o Cadastro de Imóveis Rurais (CAFIR), administrado pela Receita 
Federal. A Repartição fiscal poderá, a qualquer tempo, solicitar informações ao contribuinte visando sua 
atualização.
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O contribuinte entregará, também, obrigatoriamente, anualmente, Documento de Informação e 
Apuração do ITR (DIAT). O DIAT conterá o valor da terra nua, que refletirá o preço de mercado de terras, 
apurado em 1.º de janeiro de cada ano. Cabe ressaltar que os proprietários de pequenas glebas estão 
dispensados da apresentação do DIAT.
A apuração do ITR será efetuada pelo contribuinte, que tem obrigação de calcular e pagar o im-
posto devido. Para a apuração do imposto é necessário excluir do valor da terra nua as construções, 
instalações e benfeitorias, culturas permanentes e temporárias, pastagens cultivadas e melhoradas, flo-
restas plantadas. 
O parágrafo 1.º do artigo 10 da Lei 9.393/96. 
Art. 10. A apuração e o pagamento do ITR serão efetuados pelo contribuinte, independentemente de prévio procedi-
mento da administração tributária, nos prazos e condições estabelecidos pela Secretaria da Receita Federal, sujeitan-
do-se a homologação posterior.
§1.º Para os efeitos de apuração do ITR, considerar-se-á:
I - VTN, o valor do imóvel, excluídos os valores relativos a:
a) construções, instalações e benfeitorias;
b) culturas permanentes e temporárias;
c) pastagens cultivadas e melhoradas;
d) florestas plantadas.
A área tributável é a área total do imóvel descontadas as áreas de preservação permanente, de re-
serva legal, de interesse ecológico, comprovadamente imprestáveis para qualquer exploração agrícola, 
pecuária, granjeira etc.
O parágrafo II do artigo 10 da Lei 9.393/96. 
Art. 10 [...]
II - área tributável, a área total do imóvel, menos as áreas:
a) de preservação permanente e de reserva legal, previstas na Lei 4.771, de 15 de setembro de 1965, com a redação 
dada pela Lei 7.803, de 18 de julho de 1989;
b) de interesse ecológico para a proteção dos ecossistemas, assim declaradas mediante ato do órgão competente, 
federal ou estadual, e que ampliem as restrições de uso previstas na alínea anterior;
c) comprovadamente imprestáveis para qualquer exploração agrícola, pecuária, granjeira, aquícola ou florestal, 
declaradas de interesse ecológico mediante ato do órgão competente, federal ou estadual; 
d) sob regime de servidão florestal ou ambiental; 
e) cobertas por florestas nativas, primárias ou secundárias em estágio médio ou avançado de regeneração.
O valor da terra nua tributável é obtido, então, pela multiplicação do Valor da Terra Nua pelo quo-
ciente entre a área tributável e a área total. 
O parágrafo III do artigo 10 da Lei 9.393/96. 
Art. 10 [...]
III - VTNT, o valor da terra nua tributável, obtido pela multiplicação do VTN pelo quociente entre a área tributável e a 
área total;
36 Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural
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37|Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural
Para efeito de tributação também se considera área aproveitável, sendo esta o que for passível de 
exploração, excluídas as áreas ocupadas por benfeitorias úteis e necessárias. 
O parágrafo IV do artigo 10 da Lei 9.393/96. 
Art. 10 [...]
IV - área aproveitável, a que for passível de exploração agrícola, pecuária, granjeira, aquícola ou florestal, excluídas as 
áreas:
a) ocupadas por benfeitorias úteis e necessárias;
b) de que tratam as alíneas “a”, “b” e “c” do inciso II;
c) de que tratam as alíneas do inciso II deste parágrafo.
A área efetivamente utilizada é a porção do imóvel que no ano anterior tenha sido cultivada com 
produtos vegetais, servido de pastagem nativa ou plantada, tenha sido objeto de exploração extrativa, 
servido para a exploração de atividade granjeira ou aquícola e tenha sido objeto de implantação de 
projeto técnico.
O parágrafo V do artigo 10 da Lei 9.393/96. 
Art. 10 [...]
V - área efetivamente utilizada, a porção do imóvel que no ano anterior tenha:
a) sido plantada com produtos vegetais;
b) servido de pastagem, nativa ou plantada, observados índices de lotação por zona de pecuária;
c) sido objeto de exploração extrativa, observados os índices de rendimento por produto e a legislação ambiental;
d) servido para exploração de atividades granjeira e aquícola;
e) sido o objeto de implantação de projeto técnico, nos termos do art. 7 da Lei 8.629, de 25 de fevereiro de 1993.
O Grau de Utilização (GU) é a relação percentual entre a área efetivamente utilizada e a área apro-
veitável. Para a apuração da quantia a ser paga deverá ser aplicada a tabela definida em lei.
Lançamento
O lançamento do tributo é realizado por homologação, ou seja, deverá o contribuinte apurar o 
tributo, independentemente de qualquer procedimento da administração tributária.
Isenções
As isenções estão estabelecidas pelo artigo 3.º da Lei 9.393/96. Um caso de isenção é o do imóvel 
rural compreendido em programa oficial de reforma agrária, caracterizado como assentamento rural, 
sendo explorado por associação ou cooperativa de produção, desde que o assentado não possua outro 
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imóvel e que tenha fração ideal por família assentada que não ultrapasse 100ha em município locali-
zado na Amazônia Ocidental ou Pantanal mato-grossense e sul-mato-grossense, 50ha, se localizado 
no Polígono das Secas ou na Amazônia Oriental e 30ha, se localizado em qualquer outro município do 
território nacional.
Outro caso de isenção é o conjunto de imóveis rurais de um mesmo proprietário cuja área total não 
exceda os limites fixados anteriormente referidos, desde que, cumulativamente o proprietário o explore 
só ou com sua família, admitindo a lei a ajuda eventual de terceiros e que não possua imóvel urbano.
O artigo 3.º da Lei 9.393/96. 
Art. 3º São isentos do imposto:
I - o imóvel rural compreendido em programa oficial de reforma agrária, caracterizado pelas autoridades competentes 
como assentamento, que, cumulativamente, atenda aos seguintes requisitos:
a) seja explorado por associação ou cooperativa de produção;
b) a fração ideal por família assentada não ultrapasse os limites estabelecidos no artigo anterior;
c) o assentado não possua outro imóvel.
II - o conjunto de imóveis rurais de um mesmo proprietário, cuja área total observe os limites fixados no parágrafo único 
do artigo anterior, desde que, cumulativamente, o proprietário:
a) o explore só ou com sua família, admitida ajuda eventual de terceiros;
b) não possua imóvel urbano.
Atividade
1. Crie imóvel fictício, agregando todos os bens que são característicos, como casas, galpões, 
criações de animais, áreas de preservação, reservatório de água ou barragem, entre

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