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EDP2 Bioquímica Clínica

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ED2 Bioquímica Clínica
1) Correlacione o estado de estimulação hormonal pela determinação do tipo celular predominante no epitélio vaginal
R.: Estimulação hormonal pela determinação do tipo celular predominante: predomínio de células epiteliais superficiais denota estimulação estrogênica, predomínio de células epiteliais intermediárias denotam estimulação progesterônica (2ª fase do ciclo ou gravidez) e esfregaços ricos em células profundas (parabasais e basais) caracterizam a falta de estimulação hormonal e atrofia do epitélio vaginal que ocorre após a menopausa.
2) Qual é o papel de cada corante no exame de Papanicolau?
R.: 1 - Hematoxilina de Harris – a hematoxilina é um corante básico, que cora os núcleos celulares.
2 - Orange G – tem cor laranja e cora o citoplasma das células ceratinizadas.
3 - EA-36 ou EA-50 – cora o citoplasma das células superficiais, intermediárias, parabasais, endocervicais e leucócitos. Este corante contém uma mistura de corantes: verde luz, que é verde, eosina amarelada, que é vermelho-amarelado e castanho Bismarck, que é castanho. Cora o citoplasma das células: em vermelho as células superficiais, em verde as células intermediárias, parabasais, endocerviais e leucócitos.
3) Descreva o uso propedêutico do HCG.
R.: Diagnóstico precoce da gravidez, diagnóstico da prenhez ectópica, diagnóstico de morte ovular, propedêutica hormonal dos coriomas, prognóstico da ameaça de abortamento.
4) Descreva o ROTEIRO DIAGNÓSTICO DO HIPO-ESTROGENISMO
R.: A resposta à progesterona pode traduzir-se por sangramento mínimo e confirma-se com nível de estradiol superior a 50 pg/ml. Encontra-se em dois terços das amenorréias. Uma única dosagem de LH superior a 30 miliUI/ml faz o diagnóstico de Síndrome de Ovário Policístico. Tais pacientes em geral mostram algum grau de obesidade e/ou hirsutismo, e devem ser então exploradas no sentido da Disfunção Androgênica. A normalidade do LH caracteriza a Disfunção Hipotálamo-Hipofisária, ocorrendo com frequência após uso prolongado de pílulas anticoncepcionais. Determinar em seguida a prolactina. Sendo normal, a conduta pode limitar-se a provocar sangramento com progesterona a cada três meses. Existindo aumento de prolactina deve ser investigada a presença de tumor hipofisário. O termo Insuficiência Hipotálamo-Hipofisária é utilizado quando a prova da progesterona é negativa. Assim, a repetição periódica do teste nas pacientes com Disfunção permite identificar o agravamento, pois esta é a evolução habitual do problema. Mesmo sem hiperprolactinemia deve ser afastado o tumor hipofisário, mantendo-se um controle periódico. O quarto grupo é o da Insuficiência Ovariana Primária, sabidamente de mau prognóstico, mulheres em geral estéreis, e que apenas podem utilizar terapêutica estrogênica substitutiva à semelhança do climatério. Devemos complementar tal quadro com uma corrigenda relevante: na amenorréia as gonadotrofinas podem ser “normais” em termos. Melhor será afirmar que são “tituláveis”, porém com característica denunciadora da síndrome, isto é, exibem níveis estáveis em determinações sucessivas, sem a periodicidade própria do ciclo normal. E podemos associar uma distinção altamente prática de acordo com o predomínio de uma ou outra. Na insuficiência folicular pura e simples as taxas de FSH são mais elevadas que as de LH (importando menos os números absolutos, dentro da faixa de normalidade); na Disfunção Androgênica a situação inverte-se, e aqui o predomínio do LH ultrapassa o limite superior do normal. 
 
5) Descreva as PROVAS FUNCIONAIS DAS GONADOTROFINAS HIPOFISÁRIAS
R.: Duas provas são indicadas na tentativa de localizar a origem hipotalâmica ou hipofisária dos problemas ligados à hipofunção gonadotrófica. 
A . Prova com Hormônio Liberador de Gonadotrofinas (GnRH) 
Objetivo – Avaliação da secreção de FSH e LH na hipófise anterior. 
Medicação – Gonadorelina ou HRF (Ayerst) de 0,5 mg (ampola única). 
Procedimento – 1. Colheita de sangue basal, de manhã (não necessariamente em jejum); 2. Administração do medicamento por via intra-muscular, dose única; 3. Colheitas de mais três amostras de sangue, 30, 60 e 120 minutos após. Dosam-se FSH e LH nas quatro amostras. 
Respostas – Embora com variações individuais, observa-se uma elevação das gonadotrofinas superior a três vezes o valor basal, maior para o LH, logo aos 30 minutos, enquanto o FSH tem máximo com 60 minutos. Após 3 horas voltam aos níveis originais. A resposta é discreta antes da puberdade, intensificando-se gradualmente com a menarca. 
Interpretação – Uma resposta normal em mulher com problemas de disfunção ou insuficiência hipotálamo-hipofisária denotaria etiologia hipotalâmica, pois a glândula responde. A despeito da fundamentação correta, o teste é apontado como insatisfatório em muitos casos, observando-se, por exemplo, respostas normais em casos de tumores hipofisários. 
Precauções – A despeito da dose maior, a via intramuscular (que não prejudica os níveis da resposta) coloca-nos ao abrigo de manifestações de intolerância observáveis com a via endovenosa. Assim, não há maiores cuidados para realização da prova. 
 B . Prova com Citrato de Clomifene 
Objetivo – Avaliação da secreção do hormônio liberador de gonadotrofinas (GnRH) no hipotálamo. O citrato de clomifene é um agente não esteróide, atuando por inibição competitiva ao estradiol endógeno no hipotálamo. Assim, bloqueia o “feed-back” negativo normal e provoca o lançamento de GnRH. 
Medicação – Serofene (Serono), comprimidos de 50 mg (frascos de 20 comprimidos). 
Procedimento – Após a colheita de sangue basal a paciente ingere dois comprimidos por dia (100 mg) durante cinco dias. No 6o dia é feita uma segunda colheita, dosando-se em ambas, FSH e LH. 
Respostas – Em mulheres normais há uma duplicação das taxas de gonadotrofinas, com predomínio do LH. Não é obrigatória a ocorrência de ovulação para a prova ser considerada positiva. 
Interpretação – A normalidade da resposta traduz integridade de hipotálamo e hipófise. A ausência de resposta denotaria problema essencialmente hipotalâmico, pois este é o sítio farmacológico do efeito da droga. À semelhança da anterior, esta prova muitas vezes não oferece respostas conclusivas de real valor clínico. 
Precauções – A paciente deve ser prevenida da possibilidade de ovulação e gravidez. Os efeitos colaterais mais frequentes são ondas de calor, distensão abdominal, náuseas, vômitos, cefaléa, desaparecendo com a suspensão do medicamento.
6) Descreva o ROTEIRO DIAGNÓSTICO DA GALACTORRÉIA
R.: 
7) Descreva as PROVAS FUNCIONAIS DA PROLACTINA
R.: As provas funcionais da prolactina envolvem o estímulo ou a inibição, e são utilizadas para identificar o adenoma na hiperprolactinemia, ou comprovar a secreção nula após cirurgia ou radioterapia; ou Síndrome de Sheehan (necrose isquêmica da hipófise); ou, por fim, quadro de sela túrcica vazia. Entretanto, os adenomas secretantes de prolactina, antes que verdadeiras neoplasias, são uma hipertrofia de células lactotróficas secundária a um desequilíbrio PIF-PRL, condição análoga à observada na gravidez normal. Daí a ineficiência das provas dinâmicas que, em alguns casos, podem dar respostas normais a despeito da presença do tumor.
8) Qual é o papel do CORTISOL , Aldosterona e dihidroepiandrosterona na Síndrome de Cushing, Síndrome de Conn, e Síndrome Adreno-genital?
R.: Síndrome de Cushing (elevação do cortisol), Síndrome de Conn (elevação da aldosterona), Síndrome Adreno-genital (elevação da dehidroepiandrosterona).
9) Qual é a vantagem do HPL sobre o HCG na Gravidez de Alto Risco?
R.: A gravidez serotina é uma condição de difícil diagnóstico, e foi mencionado que uma das vantagens de firmar-se precocemente o diagnóstico da gestação (dosagem de HCG) é estabelecer-se com rigor o seu início.  Muitos obstetras intervém quando atingida presumidamente a 42a semana.  A pós-maturidade verdadeira é acompanhada de senescência placentária e insuficiência progressivacapaz de por em risco a vida fetal.  A taxa de HPL reflete o problema e pode assim fazer a distinção entre simples gestação aparentemente prolongada e pós-maturidade real indicativa de intervenção.  Um valor significativamente baixo de HPL é capaz de predizer corretamente mais de 60% dos casos de pós-maturidade.
10) Descreva o hipotireoidismo sub-clínico
R.: O hipotireoidismo subclínico é diagnosticado quando os níveis de hormônio da tireoide estão dentro dos limites normais, mas os níveis de TSH estão elevados. Esta condição ocorre em 3% a 8% da população geral, e a maior parte do tempo a TSH é inferior a 10,0 mIU / L, embora em cerca de 20% das pessoas a TSH será maior. 
11) Descreva as etapas de análise macroscópica e microscópica da urina no EAS
R.: Na primeira etapa analisam-se as características gerais da urina. Corresponde a avaliação das propriedades físicas da urina, como o seu volume, o seu cheiro e sua coloração. Na segunda etapa é feita a pesquisa de elementos anormais, que corresponde à pesquisa química feita na urina. Na terceira e ultima etapa é feita a sedimentoscopia, que corresponde ao exame microscópico da urina.
12) Como a urina deve ser coletada e transportada?
R.: A coleta de urina deve ser feita observando todas as assepsias determinadas para obtenção de um exame correto. É muito importante estar bem informado sobre a maneira adequada de se proceder à coleta da amostra de urina. Algumas regras são comuns em quase todos os laboratórios de análises clinica, tais como, fornecer ao pacientes frascos limpos e secos para a coleta da amostra, dando-se preferência à utilização de frascos descartáveis e, no caso de crianças, coletores de plásticos com adesivos, observando que os mesmos devem ser trocados a cada meia hora após a abertura. Após a coleta, o recipiente de amostra deve ser entregue o mais rapidamente para ser analisado, no prazo mínimo de uma hora e no máximo de 6 horas. Quando a amostra não puder ser analisada dentro deste prazo, deve ser refrigerada.
13) Descreva sucintamente como é realizada a urocultura 
R.: Faz-se a semeadura da urina em placa com meio específico, após isso, a placa vai para a estufa para encubação, havendo crescimento bacteriano, fazemos a análise para identificarmos a bactéria, e após a identificação fazemos o antibiograma.

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