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EXCELENTÍSSIMO DOUTOR JUIZ DO TRABALHO DA 99ª VARA DO TRABALHO DE BELÉM/PA 
 
 
 
Processo nº .... 
 
 
 
 BANCO DINHEIRO BOM S.A., pessoa de direito privado, inscrito no CNPJ sob o nº. ..., 
endereço eletrônico, cuja sede se localiza na rua ..., número ..., bairro, cidade, estado, com 
código de endereçamento postal..., por meio de seu advogado abaixo subscrito, nos termos do 
documento de outorga de mandato anexo (documento 01), com endereço profissional na rua..., 
número..., bairro, cidade, estado, código de endereçamento postal número ..., cujo endereço 
eletrônico é ..., vem, com base no artigo 847 da Consolidação das Leis do Trabalho, combinado 
com o artigo 336 do Código de Processo Civil aplicados subsidiária e supletivamente ao Processo 
do Trabalho por força do art. 769 da Consolidação das Leis do Trabalho e do art. 15 do Código 
de Processo Civil, respeitosa e tempestivamente, perante Vossa Excelência, apresentar sua 
resposta em forma de 
 
CONTESTAÇÃO 
 
na Reclamação Trabalhista que lhe move PAULA SOBRENOME, nacionalidade, estado civil, 
recepcionista, nascido em __/__/___, filho de ..., portador do documento de identidade número 
...., inscrito no cadastro nacional de pessoa física sob o número ..., Carteira de Trabalho e 
Previdência Social número, PIS/PASEP/NIT número ..., residente e domiciliado na rua..., número 
..., bairro, cidade, estado, código de endereçamento postal ..., endereço eletrônico ...,pelas 
razões de fato e de direito a seguir expostas. 
 
 
I – DOS FATOS 
 
 A reclamante afirma trabalhou como gerente geral de uma agência de pequeno porte, 
da reclamada por 4 anos. Recebia uma quantia de R$ 8.000,00 mensais, além da gratificação de 
função no percentual de 50% a mais que o cargo efetivo. 
 A mesma narra que trabalhava das 8h às 20h, de segunda a sexta-feira, com intervalo 
de 20 minutos. Relata ainda que após 1 (um) ano de serviço foi transferida com sua família de 
São Paulo para Belém, tendo lá fixado residência. 
 Em 06 de fevereiro de 2017 foi notificada pela reclamada de sua dispensa, e que veio a 
receber os valores devidos de verbas rescisórias no dia 16/02/2017. 
 
II- DA EQUIPARAÇÃO SALARIAL E DIFERENÇAS SALARIAIS 
 A demandante questiona em seus pedidos a diferença salarial entre ela e João Petrônio, 
que percebia o valor de R$10.000,00 (dez mil reis) mensais de salário efeito, trabalhando como 
gerente de agência de grande porte atendendo pessoas jurídicas e físicas. Enquanto, como Paula 
mesmo afirma, sua agência era de pequeno porte e atendia apenas pessoas físicas. 
 Verifica-se, assim, que existe diferença entre as funções e tarefas exercidas entre a 
demandante e o referido João Petrônio em sua agente, o que justifica a aplicação do artigo 461, 
§1º, da CLT, corroborado pela Sumula 6, III, do TST. 
 
III- INAPLICABILIDADE DE HORAS EXTRAS 
A Reclamante exercia a função de gerente-geral de agência bancária, sendo responsável 
por controlar o desempenho profissional e a jornada dos funcionários, bem como o 
desempenho comercial da agência. Percebia 50% (cinquenta por cento) como gratificação de 
função. Enseja, na inicial, recebe r horas extras durante o período laborado. 
 
Ocorre que são indevidas horas extraordinárias quando o empregado exerce cargo de 
gestão e recebe 40% ou mais como gratificação de função, enquadrando-se na situação 
prescrita no art. 62, II e parágrafo único, da CLT. Esta situação é ratificada pela Súmula 287 do 
Tribunal Superior do Trabalho (TST), ao lecionar que o gerente-geral de agência bancária 
presume-se em cargo de gestão, aplicando-se-lhe o que prescreve o art. 62 da CLT, não 
cabendo, assim, o pagamento de horas extraordinárias. 
 
Portanto, a Reclamante não faz jus ao pagamento das horas trabalhadas além da 
jornada normal de trabalho, por exercer cargo de confiança e perceber 50% de gratificação de 
função, tampouco são devidos os seus reflexos. 
 
 
IV- DO ADICIONAL DE TRANSFÊRENCIA 
 
 Como já foi narrado a demandante foi transferida de Belém par São Paulo, após um ano 
de trabalho, tendo lá fixado residência com sua família, portanto agora ela requerer o 
pagamento de adicional de transferência em forma de adicional mensal. 
Vale destacar que há previsão de transferência para empregados que exercem cargo de 
confiança no art. 469, §1 º, da CLT. Porém, a orientação jurisdicional 113 da Seção de Dissídios 
Individuais, Subseção 1 (OJ-113-SD-I-1) do TST, aduz que esta transferência está apta a legitimar 
a percepção do adicional de transferência, se for de forma provisória, o que não é o caso da 
situação, vez que a mesma fixou residência com sua família. 
Visto isso, requer a improcedência do pedido de adicional de transferência, pelas razões 
acima expostas. 
 
V- DO DESCONTO SALARIAL REFERENTE AO PLANO DE SAÚDE 
A empregada assinou, no ato de sua admissão, termo autorizando desconto relativo ao 
plano de saúde, e na mesma oportunidade indicou dependentes. No entanto, na inicial, está 
requerendo a sua devolução. 
Deve-se esclarecer, portanto, que os descontos salariais efetuados pelo empregador, 
sendo estes autorizado pelo empregado por escrito, para integrar planos de assistências 
médico-hospitalar, odontológico, de seguro previdência privada, entre outras, não afrontam o 
dispositivo 462 da CLT, segundo a súmula 342 do TST. 
Diante disso, não pode prosperar o pedido de devolução dos descontos relativos ao 
plano de saúde. 
 
VI- DA MULTA DO ART. 477, CLT 
A empregada requerer, ainda, a multa relativa ao art. 477 da CLT, que diz respeito a 
multa relativa ao pagamento das verbas rescisórias. A mesma afirma na inicial, que foi 
dispensada no dia 06/02/2017 e que recebeu a devida quantia, juntamente coma homologação 
do contrato de trabalho, no dia 16/02/2017. 
Porém, o referido artigo afirma um prazo de 10 dias, contados da notificação de 
dispensa, para o pagamento de tal verba, no qual deve excluir o dia da notificação e incluir o dia 
do vencimento, de acordo com artigo 132 do Código Civil. Desta forma, o prazo se encerra 
exatamente no dia em que foi pago, ou seja, 16/02/2017. 
Portanto, a mesma não faz jus ao direito da multa prevista no artigo 477 da CLT.] 
 
VII- REQUERIMENTOS FINAIS 
Requer, ainda, a total improcedência de todos os pedidos ventilados na exordial. 
 Protesta provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitidos, em 
especial prova documental, testemunhal, pericial e outras mais que se fizerem necessárias e que 
desde já ficam requeridas. 
 
 
 
Termos em que, pede deferimento. 
 
Local e data. 
 
Advogado OAB n._______

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