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modelo ao ordinria de cobrana de pagamento de seguro de vida em grupo com danos morais e antecipao de tutela

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EXMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DANºVARA CÍVEL DA COMARCA DECIDADE, CEARÁ
AÇÃO ORDINÁRIA DE COBRANÇA DE PAGAMENTO DE SEGURO DE VIDA EM GRUPO CUMULADA COM DANOS MORAIS E ANTECIPAÇÃO DE TUTELA
NOME DO REQUERENTE,QUALIFICAÇÃO DO REQUERENTE, vem, com todo respeito e súpero acatamento, por intermédio do Defensor Público abaixo subscrito, à presença de VOSSA EXCELÊNCIA, com todo respeito e súpero acatamento, com supedâneo nos artigos 282 e seguintes do CPC, Novel Codex Civil, e, em especial, nas normas do Código de Defesa do Consumidor, além de outros cânones aplicáveis à espécie, propor, como de fato propõem, a presenteAÇÃO ORDINÁRIA DE COBRANÇA DE PAGAMENTO DE SEGURO DE VIDA EM GRUPOem face deNOME DO RÉU,QUALIFICAÇÃO DO RÉU, pelas razões de fato e de direito que passo a expor.
PRELIMINARMENTE
Requer os benefícios da justiça gratuita, em razão de estar sendo assistido(a) pela Defensoria Pública, por ser pobre na forma da lei, conforme dispositivos insertos na Lei Federal 1.060/50, acrescida das alterações estabelecidas na Lei Federal 7.115/83, bem como em atendimento ao preceito constitucional, na esfera federal, da Lei Complementar Federal nº 80/94, reformada pela Lei Complementar Federal nº 132/2009 e, estadual, por meio da Lei Complementar Estadual nº. 06/97, tudo por apego á égide semântica prevista no artigo 5°, LXXIV da Carta da República de 1988.
SINOPSE FÁTICA
DESCRIÇÃO DOS FATOS
FUNDAMENTOS JURÍDICOS
Trata-se a presente lide de contrato de prestação de serviços securitários, com a finalidade de dotar o requerente dopagamento de um montante, em face do falecimento da segurado, a ser pago pela requerida.
O travamento negocial vivenciado entre o segurado e a requerida cumpriu fielmente todos os planos contratuais descritos pelo saudoso PONTES DE MIRANDA, quais sejam: aexistência, onde o negócio jurídico pressupõe elementos mínimos para sua validade: agente, vontade, objeto e forma, pois, senão, torna-o inexistente; a validade (artigo 104 CCB) e a eficácia, ou seja, os elementos relativos à suspensão e resolução dos direitos e deveres dos contratantes.
Celebrado, assim, o contrato, com exceção das que forem judicialmente consideradas abusivas ou leoninas, suas cláusulas passam a ser consideradas disposições ou regras entre as partes, devendo ser, para aquele negócio jurídico, devidamente observadas.
No magistério do induvidoso jurisconsulto Caio Mário da Silva Pereira:
"Contrato é um acordo de vontades, na conformidade da lei, e com a finalidade de adquirir, resguardar, transferir, conservar, modificar ou extinguir direitos", ou sinteticamente, é o "acordo de vontades com a finalidade de produzir efeitos jurídicos". (Instituições de Direito Civil. 10. ed. Rio de Janeiro: Forense, 1997. v. III. p. 2).
Segundo os ensinamentos da professora Cláudia Lima Marques, a força obrigatória tem como fundamento absoluto a vontade das partes. Conforme a jurista:
"Uma vez manifestada esta vontade, as partes ficariam ligadas por um vínculo, donde nasceriam obrigações e direitos para cada um dos participantes, força obrigatória esta, reconhecida pelo direito e tutelada judicialmente". (apud Nelson Zunino Neto in Pacta Sunt Servanda x Rebus Sic Stantibus: uma breve abordagem. Santa Catarina. 10.08.1999).
De acrescentar, neste pormenor, que a forma pela qual os contratos são realizados pode ser livre ou especial. Em regra geral, é livre; no caso em apreço, portanto, não há severidade quanto à forma, bastando apenas a proposta e a aceitação, ou seja, a declaração de vontades das partes, para se estabelecer o laço obrigacional entre estas.
Ora, Excelência, é comezinho nas práticas comerciais que as cláusulas contratuais devem ser cumpridas, desde que válidas. É a aplicação do brocardo latino pacta sunt servanda, que significa "os pactos devem ser respeitados" ou mesmo "os acordos devem ser cumpridos". É um princípio base do Direito Civil e do Direito Internacional.
Entretanto, essa autonomia da vontade, por vezes, não é absoluta, pois que é limitada por princípios que regulam o trato comercial. Neste sentido, vejamos o que dispõe o artigo 422do NCCB, ipsis verbis:
“Os contratantes são obrigados a guardar, assim na conclusão do contrato, como em sua execução, os princípios de probidade e boa fé.”
Dessarte, a quebra desses deveres principiológicos gera uma violação contratual e, consequentemente, a responsabilização civil do infrator por falta do dever de lealdade e probidade.
Sabe-se que a boa-fé é um princípio normativo que exige uma conduta das partes com honestidade, correção e lealdade. O princípio da boa-fé, assim, diz que todos devem guardar fidelidade à palavra dada e não frustrar ou abusar da confiança que deve imperar entre as partes.
Nas palavras de Tereza Negreiros:
“O princípio da boa-fé, como resultante necessária de uma ordenação solidária das relações intersubjetivas, patrimoniais ou não, projetada pela Constituição, configura-se muito mais do que como fator de compreensão da autonomia provada, como um parâmetro para a sua funcionalização à dignidade da pessoa humana, em todas as suas dimensões.” (Fundamentos para uma Interpretação Constitucional do Princípio da Boa-Fé, Ed. Renovar, Rio de Janeiro, 1998, pág. 222-223).
No caso sub judice, a atitude promovida pelo requerido vetoriza-se em um ato ilícito que, na lição do inolvidável Orlando Gomes é:
“Ação ou omissão culposa coma qual se infringe direta e imediatamente um preceito jurídico do direito privado, causando-se dano a outrem” (GOMES, Orlando. Introdução ao direito civil. Rio de Janeiro, Forense, 1987, pág. 314).
Ora, Excelência, a partir do momento em que a requerentedescumpriu com sua obrigação, ou seja, deixou de fazer o pagamento ao beneficiário, houve ilícito e quebra da boa-fé objetiva, que devem imperar entre os contratantes.
O dano causado pelo ato ilícito praticado pela requerida rompeu o equilíbrio jurídico-econômico anteriormente existente entre os contratantes. Assim, busca-se restabelecer o equilíbrio, recolocando os prejudicados no status quo ante. Aplica-se o princípio restiutio in integrum. Indenizar pela metade seria fazer as vítimas suportarem o dano,os prejuízos.
Por isso mesmo - e diferentemente do Código Civil de 1916 - o novo Código, no artigo 944, caput, positivou o princípio da reparação integral, segundo o qual o valor da indenização mede-se pela extensão do dano.
Assim, quando alguém cometeum ato ilícito, há infração de um dever e a imputação de um resultado. E a consequência do ato ilícito é a obrigação de indenizar, de reparar o dano, nos termos da parte final do artigo 927 do NCCB, in verbis:
“Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts.186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.”
O conceito de ato ilícito, por sua vez, está insculpido no artigo 186 do NCCB, senão vejamos:
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direitoe causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.
Aliada ao ato ilícito praticado pelo requerido está a quebra da boa-fé objetiva, que reside na conduta leal dos contratantes nos deveres ante e pós contrato. Aliás, é o próprio Código Civil Brasileiro que exige tal boa-fé na formação e cumprimento dos contratos, in textus:
Art. 113. Os negócios jurídicos devem ser interpretados conforme a boa-fé e os usos do lugar de sua celebração.
Art. 187. Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes.
A boa-fé, anteriormente, somente era relacionada com a intenção do sujeito de direito. Hoje, ao lado da boa-fédita subjetiva, há a assunção de um outro comportamento direcionado à conduta das partes, denominada boa-fé objetiva, que é a exigência de conduta leal dos contratantes e está relacionada aos deveres anexos destes (afastar danos, vigilância, assistência etc). Assim, aquele que contraria a boa-fé objetiva comete abuso de direito.Com efeito, a consequência jurídica do ato ilícito praticado pelo requerido é, portanto, o dever de ressarcir os danos que causou à requerente por conta do abuso de seu direito e da quebra da boa-fé. Assim, dispõe o NCCB em seu artigo 247, in verbis:
Art. 247. Incorre na obrigação de indenizar perdas e danos o devedor que recusar a prestação a ele só imposta, ou só por ele exequível.
Diferentes não são as decisões tomadas pelas Jornadas de Direito Civil. Essas Jornadas são uma realização do Conselho da Justiça Federal - CJF e do Centro de Estudos Jurídicos do CJF. Nelas, que são compostas por especialistas e convidados do mais notório saber jurídico, são elaborados enunciados de Direito Civil, baseados sempre no Novo Código Civil e que buscam uma melhor interpretação de seus dispositivos.
Para o caso em contenda, traz o requerente à colação alguns enunciados, como seguem:
ENUNCIADO 24. “Em virtude do princípio da boa-fé positivadono art. 422 do Novo Código Civil, a violação dos deveres anexos constitui espécie de inadimplemento, independentemente de culpa.” (I Jornada de Direito Civil do CJF/2002).
ENUNCIADO 37. “A responsabilidade civil decorrente do abuso do direito independe de culpa, e fundamenta-se somente no critério objetivo-finalístico.” (I Jornada de Direito Civil do CJF/2002).
ENUNCIADO 363. “Os princípios da probidade e da confiança são de ordem pública, estando a parte lesada somente obrigada a demonstrar a existênciada violação.” (I Jornada de Direito Civil do CJF/2002).
ENUNCIADO 170. “A boa-fé objetiva deve ser observada pelas partes na fase de negociações preliminares e após a execução do contrato, quando tal exigência decorrer da natureza do contrato.” (III Jornada de Direito Civil do CJF de 05.01.2003)
E toda responsabilidade de indenizar será sempre desenvolvida ora em face de um contrato, ora em razão de violação de lei, que, neste último caso é adjetivada de “Aquiliana”. No primeiro caso, tem-se o disposto nos artigos 389 e seg. e 395 e seg. do NCCB; no segundo, violam-se diretamente os artigos 186 a 188, 159 e 1.518 e seguintes do mesmo diploma legal.
O inigualável magistrado e professor Pablo Stolze Gagliano leciona que o dano decompõe-se nos elementos daconduta, dano e nexo de causalidade. Assim, para o ilustre professor, para caracterizar a responsabilidade civil:
“..., faz-se mister que a vítima e o autor do dano já tenham se aproximado anteriormente e se vinculado para o cumprimento de uma ou mais prestações, sendo a culpa contratual a violação de um dever de adimplir, que constitui justamente o objeto do negócio jurídico, ao passo que, na culpa aquiliana, viola-se um dever necessariamente negativo, ou seja, a obrigação de não causar dano a ninguém.” (Responsabilidade Civil, Vol. III, 4ª edição, Ed. Saraiva pág. 18).
O não menos festejado doutrinador Sílvio de Salvo Venosa também disserta sobre o tema, assim se expressando:
“O ato de vontade, contudo, no campo da responsabilidade deve revestir-se de ilicitude. Melhor diremos que na ilicitude há, geralmente, uma cadeia de atos ilícitos, uma conduta culposa. Raramente, a ilicitude ocorrerá com um único ato. O ato ilícito traduz-se em um comportamento voluntário que transgride um dever.” (ResponsabilidadeCivil, 3ª edição, Ed. Atlas, 2003, pág. 22).
Transportando os fatos para as regras do CDC, observa-se que é inequívoca a responsabilidade da seguradora requerida no caso em apreço, pois seu objeto encontra-se sob o pálio do Código de Defesa do Consumidor, notadamente em seu artigo 6º, incisos IV e VI, que assim se expressam:
Art. 6º - São direitos básicos do consumidor:
[...]
VI - a efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos e difusos;
[...]
VIII - a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do ônus da prova, a seu favor, no processo civil, quando, a critério do juiz, for verossímil a alegação ou quando for ele hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de experiências;
Deve-se aplicar ao presente caso as disposições insertas no artigo 3º, § 2º do Código de Defesa do Consumidor, o qual preceitua:
Art. 3º Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou estrangeira, bem como os entes despersonalizados, quedesenvolvem atividades de produção, montagem, criação, construção, transformação, importação, exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou prestação de serviços.
§ 1º Produto é qualquer bem, móvel ou imóvel, material ou imaterial.
§ 2º Serviço é qualquer atividade fornecida no mercado de consumo, mediante remuneração, inclusive as de natureza bancária, financeira, de crédito e securitária, salvo as decorrentes das relações de caráter trabalhista. (Destaques inovados)
Ademais, o Tribunal daCidadania já sumulou a questão em seu enunciado 297, senão vejamos:
“O Código de Defesa do Consumidor é aplicável às instituições financeiras.” (enunciado de súmula 297 do STJ).
Destarte, os bancos e as instituições financeiras, a partir do momento em que apresentem seus produtos e serviços aos consumidores, se enquadram como fornecedores, devendo, portanto, seus contratos serem redigidos pelo Código Consumerista.
Trata-se de responsabilidade objetiva do fornecedor pelos danos causados ao consumidor peloserviço defeituoso, sejam estes de ordem material ou moral. Essa falha na prestação do serviço ocorre devido a não observância do dever de cuidado.
Assim, de acordo com o comando ut supra, na responsabilidade pelo vício do serviço não há causação de danoextrínseco ao serviço, como ocorre na responsabilidade por fato do serviço. Além disso, fixa suas raízes tanto no contrato quanto nos seus deveres anexos.
Houve, no caso, descumprimento da oferta entabulada no contrato aderido pelo segurado, ex vi doartigo 35 do CDC, verbis:
Art. 35 - Se o fornecedor de produtos ou serviços recusar cumprimento à oferta, apresentação ou publicidade, o consumidor poderá, alternativamente e à sua livre escolha:
I - exigir o cumprimento forçado da obrigação, nos termosda oferta, apresentação ou publicidade;
II - aceitar outro produto ou prestação de serviço equivalente;
III - rescindir o contrato, com direito à restituição de quantia e eventualmente antecipada, monetariamente atualizada, e a perdas e danos.
Desse modo, os fornecedores de serviços respondem independentemente de culpa (presumida em razão do dever de qualidade adequação e segurança dos serviços colocados no mercado de consumo, e do dever de agir segundo a boa-fé objetiva), pelos danos causados na prestação dos seus serviços.
“Pela teoria do risco do empreendimento, todo aquele que se disponha a exercer alguma atividade no mercado de consumo tem o dever de responder por eventuais vícios ou defeitos dos bens e serviços fornecidos, independentemente de culpa. Este dever é imanente ao dever de obediência às normas técnicas e de segurança, bem como aos critérios de lealdade, quer perante os bens e serviços ofertados, quer perante os destinatários dessas ofertas. A responsabilidade decorre do simples fato de dispor-se alguém a realizar atividade de produzir, estocar, distribuir e comercializar produtos ou executar determinados serviços. O fornecedor passa a ser o garante dos produtos e serviços que oferece no mercado de consumo, respondendo pela qualidade e segurança dos mesmos”. (CAVALIERI FILHO, Sérgio. Programa de Responsabilidade Civil. São Paulo: Malheiros, 2002, p. 422)
A jurisprudência pátria é firme em acolher pedidos semelhantes ao da presente lide, senão vejamos:
SEGURO DE VIDA - COBRANÇA - Ação ajuizada pela beneficiária julgada procedente. Apelação. Renovação dos argumentos iniciais. Preliminares de carência de ação, inépcia da inicial e nulidade da sentença. Rejeitadas. Ilegitimidade passiva. Questão preclusa, pois não arguida na instância inferior.Alegação da ré no sentido de que não houve recusa no pagamento da indenização. Alegação inconsistenteque não afasta a procedência da demanda. Prova documental inequívoca no sentido de que a autora fazjus ao recebimento da indenização. Descaso da ré ao deixar de concluir o processo administrativo. Correção monetária do valor da indenização securitária: incidência a partir da morte do segurado. Juros: devidos a partir da citação. Sentença que merece observação, apenas com relação ao termo inicial da correção monetária. Recurso improvido, com observação. (TJSP - Ap 990.09.312675-3 - Birigüi - 32ª CDPriv. - Rel. Francisco Occhiuto Júnior - DJe 28.03.2012 - p. 921)
SEGURO DE VIDA EM GRUPO EMBARGOS À EXECUÇÃO - RECUSA NO PAGAMENTO INDENIZAÇÃO SECURITÁRIA - Nãopagamento indenização securitária por não haver previsão no contrato de seguro a exclusão para os segurados com idade acima de 60 ( sessenta ) anos. Previsão essa contida contrato, mas não inserida na apólice Seguradora não cuidou de interpelar estipulante nesse sentido, ressaltando essa hipótese que, por certo, ensejaria a sua i xão aceitação. Conduta da Seguradora que fere os ditames insertos no artigo 51, inciso TV, parágrafo Io, inciso II, do Código de Dejzsa do Consumidor. Reconhecido o direito beneficiária do seguro a receber indenização almejada. Procedência parcial. Decisão mantida. Recurso não p. (TJSP - Ap 990.10.097581-1 - São Paulo - 25ª CD.Priv. - Rel. Marcondes D'angelo - DJe 20.10.2010 - p. 807)
AGRAVO REGIMENTAL - SEGURO DE VIDA - DOENÇA PREEXISTENTE - NÃO REALIZAÇÃO DE EXAMES PRÉVIOS - DEVER DE INDENIZAR CONFIGURADO - ACÓRDÃO RECORRIDO EM SINTONIA COM A JURISPRUDÊNCIA DO STJ - SÚMULA 83 - AGRAVO REGIMENTAL NÃO PROVIDO COM APLICAÇÃO DE MULTA - 1- Nos termos jurisprudência dominante do STJ, aseguradora não pode se eximir do dever de indenizar, alegando omissão de informações por parte do segurado, se dele não exigiu exames clínicos, ou não houve prova de má fé. Aplicação da Súmula 83/STJ . 2- Agravo regimental não provido com aplicação de multa. (STJ - AgRg-AG-REsp. 104.987 - (2011/0242859-6) - 4ª T. - Rel. Min. Luis Felipe Salomão - DJe 18.03.2013 - p. 823)
APELAÇÃO CÍVEL - CONSÓRCIO EM GRUPO - SEGURO DE VIDA -INDENIZAÇÃO SECURITÁRIA - AÇÃO MOVIDA PELOS BENEFICIÁRIOS - PRESCRIÇÃO ÂNUA - INAPLICABILIDADE - ALEGAÇÃO DE DOENÇA PREEXISTENTE - AUSÊNCIA DE EXAMES PRÉVIOS - INOPONIBILIDADE - APELO CONHECIDO E PROVIDO - SENTENÇA REFORMADA - INVERSÃO DO ÔNUS DA SUCUMBÊNCIA - Pacífico o entendimento do STJ no sentido de que o terceiro beneficiário deseguro de vida em grupo, o qual não se confunde com a figura do segurado, não se sujeita ao lapso prescricional ânuo previsto no artigo 178, §6º, II, do CC/16 , mas, ao prazo vintenário, na forma do artigo 177, correspondente às ações pessoais, ou decenal,em consonância com o artigo 205 do CC/2002 . Aplicação do Código de Defesa do Consumidor aos contratos de seguro. Incumbe à seguradora o ônus de provar inequivocamente a ocorrência de má-fé atribuída ao segurado ao contratar o seguro. Não comprovada a má-fé, não pode a seguradora, que vinha recebendo regularmente os prêmios, recusar-se a efetuar o pagamento das obrigações advindas do contrato de seguro. PRECEDENTES DESTE TRIBUNAL: 0097615-38.2006.8.06.0001; 63479711200080600011, 8207173200780600011 e 22671200580600711. (TJCE - AC 0007486-47.2003.8.06.0112 - Rel. Durval Aires Filho - DJe 14.05.2013 - p. 79)
APELAÇÃO CÍVEL - EMBARGOS À EXECUÇÃO - SEGURO DE VIDA - INCIDÊNCIA DO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR - INDENIZAÇÃO POR MORTE - DOENÇA PREEXISTENTE - NÃOEXIGÊNCIA DE EXAME NA CONTRATAÇÃO - MÁ-FÉ DO PROPONENTE NÃO EVIDENCIADA - DEVER DE INDENIZAR - PRECEDENTES JURISPRUDENCIAIS - 1- É pacífico o entendimento jurisprudencial de ser aplicável o Código de Defesa do Consumidor nas relações encetadas entre seguradora e segurados. 2- Não é dado à seguradora eximir-se do pagamento da indenização, sob a alegação de doença preexistente, quando não exige no ato da contratação os exames médicos do segurado. 3- APELAÇÃO CONHECIDA E NÃO PROVIDA. (TJCE - AC 0000063-61.2007.8.06.0123 - Rel. Jucid Peixoto do Amaral - DJe 05.03.2013 - p. 81)
Considerando-se que o CDC é baseado no princípio da boa-fé objetiva, toda e qualquer prática que o contrarie é abusiva, independentemente de serenganosa. Portanto, na seara do CDC também há preocupação com a boa fé, conforme segue magistral doutrina:
“A boa fé objetiva consiste em um dever genérico de lealdade e transparência nas relações de consumo, devendo ser observada não apenas pelos fornecedores, como também pelos consumidores.” (Vidal Serrano Nunes Júnior - Código de Defesa do Consumidor Interpretado, Ed. Saraiva 2009, 4ª edição, pág. 39).
Segundo o magistério de Cláudia Lima Marques:
“Boa fé objetiva significa, portanto, uma atuação refletida, uma atuação refletindo, pensando no outro, no parceiro contratual, respeitando-o, respeitando seus interesses legítimos, suas expectativas razoáveis, seus direitos, agindo com lealdade, sem abuso, sem obstrução, sem causar lesão ou desvantagem excessiva, cooperando para atingir o bom fim das obrigações: o cumprimento do objetivo contratual e a realização dos interesses das partes”. (Contratos no Código de Defesa do Consumidor: o novo regime das relações contratuais. São Paulo: RT, 2002, pp. 181/182).
Na linha do CDC, enfim, a responsabilidade é denominada objetiva, ou seja:
“(...) aquela fundada no risco, sendo irrelevante a conduta culposa ou dolosa do causador do dano, uma vez que bastará a existência do nexo causal entre o prejuízo sofrido pela vítima e a ação do agente para que surja odever de indenizar.” (Maria Helena Diniz, Dicionário Jurídico, São Paulo, Saraiva, 1998, vol. IV, pág. 181).
O sujeito da relação, portanto, perde importância para efeito de responsabilidade, cabendo ao consumidor, como é o caso da requerente, a descriçãoe prova da ocorrência do dano, até para fundamentar seu interesse de agir, mas no que toca à existência dos demais elementos, deverá ser aplicada, se necessário, a regra da inversão do ônus da prova.
DO DANO MORAL
O dano moral ou extrapatrimonialpode ser conceituado como uma lesão aos direitos da personalidade. Estes são atributos essenciais e inerentes à pessoa. Concernem à sua própria existência e abrangem a sua integridade física, psíquica ou emocional, sob diversos prismas. O direito da personalidade é, em última razão, um direito fundamental e emana do princípio constitucional da dignidade da pessoa humana.
Se uma conduta repercute em danos à pessoa, sofrendo ela lesão em sua individualidade, há o dano moral.
No caso posto em Juízo, não há dúvida dos danos extrapatrimoniais sofridos pelo demandante, que precisaram se socorrer do auxílio jurisdicional para ver cumprida disposição de última vontade De sua progenitora, consignado no seguro de vida em grupo.
Vejamos o que a doutrina tem entendido sobre o dano moral:
“A Constituição Federal de 1988 consagrou a teoria mais adequada, admitindo expressamente a reparabilidade do dano moral, sem que o houvesse atrelado inseparavelmente ao dano patrimonial. Conferiu-lhe, pois, juridicidade em nível supralegal, e, além disso, autonomia, consoante se depreende dos termos de seu art. 5º, V (“é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem”) e X (“são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação”). O Superior Tribunal de Justiça, por seu turno, seguindo a vereda aberta pelo constituinte, foi mais além, firmando entendimento no sentido de que, a despeito de serem juridicamente autônomas, as indenizações por danos materiais e morais, oriundas do mesmo fato, poderiam ser cumuladas, ex vi do disposto em súmula 37.” (Pablo Stolze Gagliano, Novo Curso de Direito Civil – Obrigações, Ed. Saraiva 2002, Vol. II, pág. 317).
“O dano moral consiste na lesão de direitos cujo conteúdo não é pecuniário, nem comercialmente redutível a dinheiro. Em outras palavras, podemos afirmar que o dano moral é aquela que lesiona a esfera personalíssimada pessoa (seus direitos da personalidade), violando, por exemplo, suaintimidade, vida privada, honra e imagem, bens jurídicos tutelados constitucionalmente.” (ob. cit. Pág. 55).
Para o Professor Yussef Said Cahali, dano moral:
"é a privação ou diminuição daqueles bens que têm um valor precípuo na vida do homem e que são a paz, a tranqüilidade de espírito, a liberdade individual, a integridade individual, a integridade física, a honra e os demais sagrados afetos, classificando-se desse modo, em dano queafeta a parte social do patrimônio moral(honra, reputação, etc.) e dano que molesta a parte afetiva do patrimônio moral (dor, tristeza, saudade, etc.), dano moral que provoca direta ou indiretamente dano patrimonial (cicatriz deformante, etc.) e dano moral puro (dor, tristeza, etc.)" (Cahali, Yussef Said. Dano Moral, Editora Revista dos Tribunais, SP, 1998, 2ª edição, p. 20).
Para Carlos Alberto Bittar:
"são morais os danos e atributos valorativos (virtudes) da pessoa como ente social, ou seja, integradaà sociedade (como, v.g., a honra, a reputação e as manifestações do intelecto)" (Tutela dos Direitos da Personalidade e dos Direitos Autorais nas Atividades Empresariais, Revista dos Tribunais, SP, 1993, p. 24).
Segundo Maria Helena Diniz:
"Dano moral vem a ser a lesão de interesses não patrimoniais de pessoa física ou jurídica, provocada pelo fato lesivo" (Curso de Direito Civil Brasileiro, Editora Saraiva, SP, 1998, p. 81).
O emérito civilista Caio Mário da Silva Pereira, em uma de suas elucidações, enobrece essa exordial ao afirmar:
“O dano moral deve ser reparado, e que o seu fundamento está no fato de que o indivíduo é titular de direitos de personalidade que não podemser impunemente atingidos. A Constituição de 1988 não deixa mais dúvida aos que resistiam a reparação do dano moral, pois os direitos constitucionais não podem ser interpretados restritivamente”.
E, ainda, o não menos emérito constitucionalista José Afonso da Silva, comentando o Art. 5º, X da CF/88, complementa:
“A vida humana não éapenas um conjunto de elementos materiais. Integram-na, outrossim, valores imateriais, como os morais”.
Com efeito, verifica-se que o conceito de dano moral é indefinido, como se viu pelas diferenças apontadas em cada um dos conceitos dissertados ut supra.
Tal dano é medido segundo a prudência do julgador e baseado no princípio da proporcionalidade entre o fato e entre as pessoas envoltas ao caso concreto. Carece de índice normativo ou jurisprudencial, mas poderá ser cumulado com o dano material, a teor da súmula 37, do STJ, ipisis verbis:
“São cumuláveis as indenizações por dano material e dano moral oriundos do mesmo fato.”
Não resta dúvida, pois, que a presente esgrima se enquadra perfeitamente com o sumulado pelo Egrégio Superior Tribunal de Justiça,uma vez que o fato ensejou dano de ambas as modalidades, como dissertado acima.
A avaliação do dano moral, por sua vez, requer a convergência de duas forças: a punitiva, para que o causador do dano sofra as consequências de seu ato e, em tese, o desestimule a que assim haja em casos futuros; e a compensatória, correspondente ao pagamento de uma indenização aos requerentes, face ao mal sofrido, embora se saiba que a moral não tem preço.
Ressuma dilargado na doutrina e na jurisprudência que o dano moral existe tão-somente pela ofensa sofrida e dela é presumido, sendo bastante para justificar a indenização, não devendo ser simbólica, mas efetiva, dependendo das condições socioeconômicas do autor, e, também, do porte empresarial da ré.
É corrente majoritáriahoje em nossos tribunais a defesa de que, para a existência do DANO MORAL, não se questiona a prova do prejuízo, e sim a violação de um direito constitucionalmente previsto.
Trata-se do denominado Dano Moral Puro, o qual se esgota na própria lesão à personalidade, na medida em que estão ínsitos nela. Por isso, a prova destes danos restringir-se-á à existência do ato ilícito, devido à impossibilidade e à dificuldade de realizar-se a prova dos danos incorpóreos.
Não é sem razão que os incisos V e X do artigo 5º da CF/88 asseguram com todas as letras a reparação por dano moral, senão vejamos:
“Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem;
X - são invioláveis a intimidade, a vidaprivada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito à indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação;”
A reparação do dano moral não visa reparar a dor no sentido literal, mas sim, aquilatar um valor compensatório que amenize o sofrimento provocado por aquele dano, sendo a prestação de natureza meramente satisfatória.
Nesse diapasão, temos:
“Não é possível, em sociedade avançada como a nossa, tolerar o contra-senso de mandar reparar o menor dano patrimonial e deixar semreparação o dano moral, isso importaria olvidar que os sistemas de responsabilização são, em essência, o meio de defesa do fraco contra o forte, e supor que o legislador só é sensível aos interesses materiais” (TJPB, Segunda Câmara Cível, Apel. Cível nº 94.001807-4, Rel. Des. Antônio Elias de Queiroga, RT 717/234-236)
No concernente à necessidade de prova deste tipo de abalo, o Pretório Excelso proclama que “a indenização a título de dano moral não exige comprovação de prejuízo” (RT 614/236), por ser esteuma consequência irrecusável do fato e um “direito subjetivo da pessoa ofendida” (RT 124/299).
Também o STJ tem entendido que:
“em se tratando de dano moral puro, não há falarem prova do dano moral, mas sim, na prova do fato que gerou a dor, o sofrimento,sentimentos íntimos que o ensejam, para gerar o dever de indenizar”. (Ac. 4ª T do STJ no AgRg 701.915-SP, Rel. Min. Jorge Scartezzinni, j. 25-10-05).
"A concepção atual da doutrina orienta-se no sentido de que a responsabilização do agente causador do dano moral opera-se por força do simples fato da violação (damnum in re ipsa), não havendo que se cogitar da prova do prejuízo" (REsp nº 23.575-DF, Relator Ministro César Asfor Rocha, DJU 01/09/97).
"Dano moral - Prova. Não há que se falar em prova do danomoral, mas, sim, na prova do fato que gerou a dor, o sofrimento, sentimentos íntimos que os ensejam (...)" (REsp nº 86.271-SP, Relator Ministro Carlos A. Menezes, DJU 09/12/97).
Tais decisões partem do princípio de que a prova do dano (moral) está no próprio fato:
“Não sendo correto desacreditar na existência de prejuízo diante de situações potencialmente capazes de infligir dor moral. Esta não é passível de prova, pois está ligada aos sentimentos íntimos da pessoa. Assim, é correto admitir-se a responsabilidade civil, por exemplo, na maioria dos casos de ofensa à honra, à imagem ou ao conceito da pessoa, pois subentendem-se feridos seus íntimos sentimentos de auto-estima” (CRJEC, 3ª Turma, Rec. 228/98., rel. Juiz Demócrito Reinaldo Filho, j. 20.08.98, DJ 21.08.98).
Pelo que se vê, insigne judicante, a única prova que se concebe nas ações indenizatórias é a da existência dos fatos colacionados na peça prefacial.Incontroversos os fatos, ou devidamente provados na fase instrutória do processo, resta para secaracterizar a existência de dano moral apenas o estabelecimento do nexo causal entre o ato ilícito praticado pelo agente e os fatos narrados pelo autor.
Assim, no caso em comento, clarividente se mostra a ofensa a direitos extrapatrimonias, haja vista toda a angústia e transtorno que os requerentes vêm sofrendo.
No que se refere à fixação do quantum a título de dano moral, a boa doutrina e a jurisprudência majoritária têm entendido que o montante fica ao prudente arbítrio do juiz, mas devendo-se levar emconta os fatos, à reprimenda ao ofensor como forma de se dissuadir ao cometimento de novos atentados ao patrimônio de outrem, à capacidade financeira do ofensor e a amenização da situação impostaà requerente.
Sobre o assunto, a Professora Maria Helena Diniz assim se posiciona:
"O dano moral, no sentido jurídico não é a dor, a angústia, ou qualquer outro sentimento negativo experimentado por uma pessoa, mas sim uma lesão que legitima a vítima e os interessados reclamarem uma indenização pecuniária, no sentido de atenuar, em parte, as conseqüências da lesão jurídica por eles sofridos" (obra citada, p. 82).
Coerente se faz a doutrina que indica que além de respeitar os princípios da equidade e da razoabilidade, deve o critério de ressarcibilidade do dano moral considerar alguns elementos como: a gravidade e extensão do dano, a reincidência do ofensor, a posição profissional e social do ofendido e as condições financeiras do ofendido e ofensor.
Apenas para supedanear a decisão meritória, o parâmetro que entende razoável a requerente é o de que o valor não deverá ser abaixo de trinta (30) salários mínimos.
Conclusivamente, é inegável o nexo causal havido entre a postura da requerida e o dano moral suportado pelos requerentes, impondo, portanto, o dever daquele em indenizar compensatoriamente esta última pelos transtornos havidos e provados.
DOS PEDIDOS
Em face do exposto, requerem, digne-se Vossa Excelência de:
1) Conceder os benefícios da justiça gratuita, nos moldes já dissertados em preliminar;
2) Conceder medida liminar em tutela antecipada, para o fim de determinar, sob pena de multa diária de R$ 1.000,00 (mil reais) ou outra medida conveniente, que o(a) demandado(a) adote as providências necessárias ao cumprimento da oferta, nos moldes contratadospelo segurado, no sentido de efetuar o pagamento do valor do seguro de vida destinado ao beneficiário, ora requerente, fazendo-se o uso analógico da penhora on line, se necessário;
3) Mandar citar o(a) requerido(a) para, querendo, responder a presente, sob pena de revelia;
4) Conceder a inversão do ônus da prova, nos moldes do CDC, para, especialmente, mandar a seguradora demandada fazer a juntada de toda a documentação inerente ao seguro feito pela “de cujus”;
5) A intimação do(a) ilustre representantedo Ministério Público, se necessário, para apresentar seu alvitre;
6) Provado quanto baste e empós os ulteriores termos legais, julgar procedente a presente esgrima, para o fim de CONDENAR o(a) requerido(a) a pagar, ao requerente, o valor constante do contrato de seguro firmado entre ela e a falecida, confirmando-se, assim, a tutela antecipada;
7) Condenar, também, o(a) requerido(a) a uma indenização por danos morais (art. 5º. CF/88 c/c arts. 6º, inciso VI, e 14 do CDC), em montante a ser arbitrado por este juízo, sugerindo-se, com base na capacidade financeira das partes e no grau e extensãodo dano, o valor correspondenteQUANTIDADEsalários mínimos, como parâmetro mínimo;
8) Finalmente, condenar o(s) requerido(s) nas cominações de direito e, se for ocaso, em verbas sucumbenciais, as quais deverão ser direcionadas à DEFENSORIA PÚBLICA GERAL DO ESTADO DO CEARÁ;
Protestam e requerem provar o alegado por todos os meios de provas admitidos em direito, juntada de novos documentos, perícias, depoimentos pessoais e inquirição de testemunhas (oportunamente arroladas), tudo desde já requerido.
Dá à causa, para efeitos meramente processuais, o valor deVALORDA CAUSA.
Nesses termos.
Pede deferimento.
CIDADE,DIA DE MÊS DE ANO.
NOME DO(A) DEFENSOR(A) PÚBLICO(A)
Defensor(a) Público(a)

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