DIVERTIDA MENTE

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DIVERTIDA MENTE 
 As principais emoções são: alegria, tristeza, medo, raiva e nojo, que também são conhecidas como emoções base. No filme é possível notar a forma como as emoções agem e moldam nossas vidas, principalmente no que diz respeito às relações com as outras pessoas. Estudos mostram que nossa identidade é definida basicamente por emoções dominantes, principalmente na infância.
 O sistema límbico é a parte do cérebro responsável pelas emoções e comportamento social da pessoa, auxilia no desenvolvimento cognitivo e no armazenamento das memórias.
 Todas as emoções têm seu papel e funções no desenvolvimento cognitivo de uma pessoa, no caso da personagem Riley a emoção predominante era a alegria, a alegria é um sentimento de plenitude e satisfação interior, o ser humano evita o que lhe desagrada porque o nosso cérebro está programado para isso, estamos sempre buscando o que nos deixa felizes. No filme Divertida mente a alegria tenta impedir a tristeza de controlar as emoções da Riley, algo que é totalmente normal já que vivenciar o desconforto não é fácil, tanto que nossa sociedade também tem prezado mais pela alegria do que pela tristeza, para a sociedade da atualidade devemos estar constantemente felizes, tanto durante o nosso cotidiano quanto nas redes sociais.
 Tristeza é um sentimento típico do ser humano, caracterizado pela falta da alegria, ânimo, disposição e outras emoções de insatisfação. Além de ser uma das emoções base, a tristeza é um sentimento que precisa ser vivenciado, não pode ser rejeitada ou colocada de lado, a tristeza é a emoção que toca em todas as demais emoções, é ela que ressignifica as memórias bases e o reajustamento emocional, é o sentimento que nos humaniza. Uma prova disso é o momento em que a tristeza volta à cabine de controle junto da alegria e envolve Riley com o sentimento de luto, é esse sentimento de perda, perda da vida que Riley tinha, perda da presença dos pais nos momentos difíceis que faz a personagem desistir da fuga e voltar pra casa.
 Raiva, é um sentimento que varia de intensidade e de pessoa para pessoa, podendo ser uma simples irritação ou uma demonstração de fúria. Mas que também instiga nas pessoas a busca pela conquista de espaço, limite, força diante de possíveis injustiças ou invasões de limites físico e emocionais. Em seu polo oposto pode conter impulsividade, agressividade dirigida, contra o outro ou contra si diante de situações frustrantes. No filme a raiva toma o controle das emoções de Riley, colocando na fase do luto pela frustação de ter imaginado sua nova casa e a nova escola de uma forma e a realidade ser totalmente contrária, que desencadeou o sentimento de revolta em Riley.
 Nojo por sua vez, é o sentimento de repugnância que todo mundo já deve ter experimentado por alguma coisa, em geral de aspecto ou cheiro que considera desagradável. Em Divertida mente, o nojo dependendo das situações e em conjunto com as outras emoções, era o responsável pela aceitação de comida, experiências sociais ou rejeição das mesmas. Como por exemplo em umas das memorias da Riley de quando era criança e estava aos prantos por que não queria experimentar brócolis.
 Por último o medo, que é um estado emocional que surge em resposta a consciência perante uma situação de eventual perigo, desencadeando o aumento do batimento cardíaco, a aceleração da respiração e a contração muscular. No filme essa emoção auxilia na proteção, mantendo a Riley em situação de segurança, ele também acarreta o medo de não adaptar-se a sua nova realidade, o que ocasiona sua fuga.
 Em Divertida Mente foi possível ver também os tipos de memórias usadas pela personagem, como memórias base, memórias de sua infância, de momentos felizes que as fazia ser quem era (sua personalidade), memórias de longo pra que ficavam armazenadas em grandes prateleiras e memórias de curto prazo que ficavam armazenadas na cabine de controle no interior da mente da personagem.
 O que podemos destacar deste filme, é que a tristeza não é o oposto da alegria, pois é necessário que tenhamos uma compreensão mais complexa dos nossos sentimentos e do momento em que o sentimos. Na verdade, podemos olhar para as emoções em termos de complementariedade, pois precisamos de todas elas para nos tornar o que somos em personalidade, caráter e atitude.