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Metáforas organizacionais

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Introdução:
O estudo e pesquisas acadêmicas em organizações, tem grande importância e contribuição, na formação do acadêmico, pois é possível ter um contato com a realidade organizacional, onde as teorias apresentadas em sala poderão ser relacionadas e concretizadas, o objetivo do presente trabalho é analisar uma organização no município de Laranjeiras do Sul – PR, atrelando ás metáforas organizacionais através de dados obtidos em uma entrevista.
Segundo (Morgan,2010) o aspecto da estrutura organizacional que parece ser um anacronismo obvio e inútil pode ser o símbolo e o veiculo de importantes elementos da cultura e da política organizacional, ou pode até desempenhar um papel psicológico vital no modo de como os gerentes lidam com as incertezas da época.
A metodologia e análise da cultura e poder organizacional, será desenvolvido em uma loja do ramo de materiais de construção.
2- Referencial teórico.
A base do trabalho se dá de acordo com as respostas obtidas na entrevista, relacionando com as metáforas organizacionais.
2.1- Organizações vistas como maquinas
A visão da organização como uma máquina, tem seus processos de forma mecânica, dentro de um sistema produtivo, onde a rotina organizacional é altamente monitorada e até mesmo cronometrada, onde se estabelece metas e o alcance de objetivos com um prazo determinado, havendo uma divisão racional das atividades de acordo com a função exercida, os funcionários são treinados para interagirem com os clientes conforme um detalhado código de instruções e condutas, o qual é avaliado o desempenho do funcionário. A racionalidade absoluta é o conceito principal nesta metáfora para a conquista dos objetivos almejados acerca da produtividade, eficiência e eficácia que são valores fundamentais na metáfora da máquina.
 
A metáfora das máquinas está vinculada à teoria clássica da administração, cujo os precursores foram Taylor e Fayol, e também à Max Weber com a teoria burocrática. Taylor com sua teoria conclui que para uma organização ter eficiência, deve haver a padronização dos processos, para se produzir mais em menos tempo, tendo como base a divisão de tarefas e especialização do trabalhador de acordo as aptidões apresentadas pelo mesmo. Fayol, se caracterizou pela ênfase na estrutura organizacional, e a visão do homem econômico que é influenciado por recompensas salariais, econômicas e materiais. Ambas as abordagens adotam uma postura de empresa-máquina, onde tudo deve ocorrer de forma mecânica, calculada e controlada desconsiderando os fatores internos e externos. Max Weber, observou os paralelos entre a mecanização da indústria e a proliferação de formas burocráticas de organização preocupando-se com as conseqüências sociais da proliferação da burocracia. 
A partir da analise feita na organização, há bastante clareza desta metáfora. Os funcionários tem seu papel e funções estabelecidas desde sua contratação.Segundo o que foi exposto, a organização se encontra em um ambiente estável, como o faturamento da organização está fortemente ligado com o desempenho em vendas, há estipulação de metas pela gerencia, metas mensais e metas diárias para os vendedores, onde o desempenho dos funcionários, é constantemente avaliado de um ranking que varia entre A e D, como uma forma de controle. Os treinamentos e capacitações dentro da organização, se dá por meio de um coaching, onde todos participam, mas para os vendedores tem-se capacitações especificas, como técnicas de vendas. A empresa busca um funcionário basicamente capacitado para exercer a sua determinada função, são fatores que evidenciam a organização vista como máquina.
2.1 Organizações vistas como organismos
Esta metáfora vê as organizações como seres vivos, onde interagem num ambiente, do qual dependem para a satisfação de suas necessidades. Assim,como os organismos vivos existem várias espécies de organizações, de acordo com o ambiente em que se encontra. O equilíbrio entre os interesses organizacionais e o interesse dos trabalhadores é fundamental para a sobrevivência organizacional. A organização vista como organismo se dá apartir dos estudos de Elton Mayo na fábrica de Hawthorne da Western Electric Company em Chicago, onde percebe-se que as atividades de trabalho são influenciadas pela natureza humana, a partir de então deu-se ênfase no aspecto humano na organização. Após os estudos de Hawthorne uma nova teoria começou a surgir, apoiada na idéia de que indivíduos e grupos atuam da mesma forma que organismos biológicos, que atuam de melhor forma com suas necessidades satisfeitas.
No decorrer da entrevista quando indagado sobre pesquisas de mercado e nível de satisfação do consumidor, foi apontado que são feitas pesquisas internas na loja, e por meio da pagina da organização na internet, buscando compreender as necessidades do consumidor e se foram atendidas, nota-se que a organização interage com o seu ambiente. Quanto aos funcionários e a autonomia internamente é de forma limitada conforme ao que exposto anteriormente, pois tem suas funções determinadas. A liderança costuma atuar juntamente com os funcionários, o que faz com que exista uma organização, conforme o relatado há relações fora da empresa. Em relação as necessidades dos trabalhadores, foi apontados benefícios como o 14° salário e plano odontológico, que segundo o gerente explica-se a pouca rotatividade dentro da empresa.
2.2 Organizações vistas como cérebros 
Uma organização vista como um cérebro se caracteriza pelas contribuições à compreensão da aprendizagem organizacional e suas capacidades como organização, a sua imagem é vista como um sistema voltado para aquisição e gerenciamento do conhecimento. É importante que as organizações vistas como cérebro tenha elementos que sejam capazes de questionar aquilo que estão fazendo e modifiquem suas ações para que se adaptem à novas situações, existindo a independência entre os setores da organização, onde se consiga preencher lacunas em diferente situações que venham acontecer.
A organização analisada, não traz elementos que se enquadrem à esta metáfora, de acordo com o que foi discorrido na entrevista e discutido anteriormente, cada funcionários tem seu papel e suas funções estabelecidas, não havendo liberdade e mobilidade dentro da organização. Outro aspecto da organização que não se relaciona é a inexistência do gerenciamento do conhecimento adquirido, e a falta de estimulo para o desenvolvimento do mesmo.
 
2.3 Organizações vistas como culturas
De acordo com Morgan (2010, p. 115) “Ao falar-se de cultura, refere-se tipicamente ao padrão de desenvolvimento refletido nos sistemas sociais de conhecimento, ideologia, valores, leis e rituais quotidianos”. As organizações são vistas como um conjunto de idéias, valores, normas, rituais e crenças que sustentam a organização com uma realidade construída socialmente, ou seja, um conjunto de padrões que compartilham um significado comum para os subordinados da organização, a metáfora da cultura é fiel a um país, estado ou comunidade local na qual está inserida.
 De acordo com o que foi demonstrado na entrevista, a organização analisada tem uma forte ligação com a cultura local e religiosa. No começo do expediente tem um momento de oração, isso se dá, pois na região em que a organização esta inserida, a maioria da população é católica e isso acaba se repetindo na organização, curiosamente tem um uma cruz fixada na parede, o que demonstra claramente uma presença religiosa na organização, o gerente relatou que no dia 13 de junho é feriado pois é o dia do padroeiro da empresa. Outro aspecto cultural observado é a presença do chimarrão na organização, onde é compartilhado pelos funcionários e usado como uma forma de aproximação do cliente que também partilha dos mesmos aspectos culturais.
2.4 Organizações vistas como sistemas políticos
Autoridade, poder e relações entre empregador e empregado, são aspectos políticos que as atividades dentro de uma organização contem. O que caracteriza a organização como um sistema políticoé a necessidade de se criar a ordem e direção entre pessoas através de regulamentos, normas e formas de conduta. Assim como os governos, as organizações inserem algum sistema de regulamentos e regras, com objetivo de criar ordem entre os subordinados.
 Percebe- se que no decorrer da entrevista, que o líder costuma atuar juntamente com os funcionários, segundo o que o gerente apontou, ele costuma atuar desta forma, para que se tenha uma cooperação com os mesmos, para que todos alcancem os objetivos dentro da organização. Quanto as normas e regulamentos internos, elas são rígidas e com punições em quaisquer descumprimento, existe uma tolerância determinada relacionada aos atrasos, desde que sejam justificadas e comprovadas, caso contrario haverá punição, que se dá por meio de advertências, caso o funcionário receba uma advertência pela terceira vez haverá o desligamento da empresa. Outro aspecto é as relações fora da empresa, o gerente ressaltou que sempre procura estimular atividades feitas em grupos como uma forma de se fortalecer a amizade entre os funcionários.
2.5 Organizações vistas como prisões psíquicas
Esta metáfora mostra que as organizações são criadas e sustentadas por processos conscientes e inconscientes fazendo com que as pessoas tornem-se verdadeiros prisioneiros de seus pensamentos, idéias, imagens, que estes processos geram. A metáfora faz com que haja um entendimento de que a realidade organizacional exerce um certo grau de controle, mesmo que inconscientemente.
 Não há traços desta metáfora na organização analisada, pois o que foi exposto durante a entrevista, há reuniões quinzenais na qual se tem pautas como as falhas, as quais são propostas soluções, e sugestões de idéias e melhorias que poderão ser feitas, buscando uma organização eficiente e eficaz, e um bom ambiente de trabalho.
2.6 organizações vistas como Fluxo e Transformação

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