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Resenha Psicanálise - Freud

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS – UFMG
FACULDADE DE EDUCAÇÃO – FAE
CURSO: PEDAGOGIA
DISCIPLINA: PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO II
SEMESTRE: 10 DE 2018 TURMA: X
PROFESSORA: ANA LYDIA SANTIAGO
ALUNA: ALEXÂNIA DE AVELAR CAMPOS
E-MAIL: alexaniacampos@gmail.com
RESENHA
FREUD, Sigmund (1910) Cinco lições de psicanálise, v. XI. P. 27-65
	História – A origem e evolução da psicanálise se deu em 1880 e 1881, quando Dr. Josef Breuer, médico e fisiologista de Viena tratava um jovem que estava enferma de grave histeria enquanto cuidava do pai doente. Os sintomas eram constituídos de paralisias motoras, inibições e distúrbios de consciência. Sob sugestão da própria paciência, Breuer a colocou em estado de hipnose e conseguiu com que ela retornasse em cada ocasião específica, a uma condição mental normal. Após várias repetições do mesmo processo, a paciente foi libertada de seus sintomas e obteve grande sucesso terapêutico.
	Catarse – As investigações de Breuer e Freud conduziram a dois resultados: os sintomas histéricos têm sentido e significado, sendo substituídos de atos mentais normais, e, segundo, que a descoberta desse significado é acompanhada pela remoção dos sintomas. Desde o início, o fator do afeto foi trazido para o primeiro plano; o afeto, em certo sentido “estrangulado”, era desviado ao longo de caminhos errados e transbordava para a inervação somática. Os autores concluíram que os histéricos sofriam principalmente e reminiscências (lembranças não tratadas). A “catarse” surgia quando o caminho à consciência se abria 	e havia uma descarga normal do afeto. A parte fundamental desta teoria é a existência de processos mentais inconscientes.
	Transição para a Psicanálise – Breuer acreditava que uma ideia se tornava patogênica se seu conteúdo estava em oposição com a tendência da vida mental do sujeito, de maneira a incitá-lo a entrar em “defesa”. Já Janet acreditava que os pacientes histéricos eram incapazes de manter unido o conteúdo de suas mentes.
	O Abandono da Hipnose – O sucesso do desaparecimento dos sintomas estava vinculado a relação do paciente com o médico e, assim, assemelhava-se ao efeito da “sugestão”. Se a relação era perturbada, todos os sintomas reapareciam. O presente autor então, decidiu abandonar o emprego da hipnose.
	A Associação Livre – O autor esforçou-se para insistir junto aos seus pacientes não hipnotizados que lhe fornecesse suas associações, a fim de que, pudessem achar o caminho que levava ao antes esquecido ou desviado. O tratamento é iniciado pedindo-se ao paciente que se coloque a posição de auto-observador atento e desapaixonado, simplesmente comunicando o temo inteiro a superfície de sua consciência. O paciente deve ser honesto consigo mesmo, por outro lado, não retendo da comunicação nenhuma ideia mesmo que possa parecer desagradável, absurda ou irrelevante para o que está sendo buscado. Justamente as ideias que provocam as reações de serem sem importância tem valor específico para descobrir o material esquecido.
	A Psicanálise como Arte Interpretativa – A nova técnica produziu resultados surpreendentes e por isso houve necessidade de uma nova denominação, conhecida como psicanálise (era uma arte de interpretação). Tratava-se de encarar o material produzido pelas associações do paciente como se insinuasse um significado oculto, e de descobrir, a partir dele, esse significado. Em geral, as associações do paciente surgiram como alusões, a um tema específico, e que ao médico só era necessário adiantar um passo a fim de adivinhar o material que estava oculto ao próprio paciente, e poder comunicá-lo a este. Com imparcialidade e prática geralmente era possível obter resultados dignos confiáveis.
	A Interpretação das Parapraxias e dos Atos Fortuitos – Certos atos mentais tinham um significado, desconhecido do sujeito, mas capaz de ser facilmente descoberto pelos meios analíticos. As parapraxias e atos infortuitos são estritamente determinados e revelados como expressão de intenções suprimidas do sujeito ou como o resultado de um embate entre duas intenções, uma das quais era permanente ou temporariamente inconsciente. Esta análise ainda hoje é a melhor preparação para uma abordagem psicanalítica, sendo um meio da descoberta do inconsciente e das interpretações das associações.
	A Interpretação de Sonhos – A técnica de associação livre também foi aplica aos sonhos. Esta abordagem fundamenta-se na entrega da tarefa àquele mesmo que sonhou pedindo-lhe suas associações aos elementos independentes do sonho. O sonho relembrado surge como conteúdo onírico manifesto, enquanto os pensamentos oníricos latentes, são descobertas pela interpretação. O processo que transformou o “sonho” que é desfeito pelo trabalho da interpretação, pode ser chamada de “elaboração onírica”.
	Teoria Dinâmica da Formação Onírica – Todo sonho é, por um lado, a realização de um desejo por parte do inconsciente e, por outro, a realização do desejo normal de dormir que dá começo ao sono. Encontramos uma luta entre duas tendências, das quais uma é inconsciente, normalmente reprimida, e se esforça por obter satisfação, isto é, a realização do desejo, enquanto que a outra, pertencente provavelmente ao ego consciente, é desaprovadora e repressiva. O resultado desse conflito é uma formação conciliatória (o sonho ou o sintoma) na qual ambas as tendências encontram expressão incompleta.
	Simbolismo – Em virtude da elaboração onírica, surgiu o fato surpreendente que certo objetos, combinações e relações são representados, em certo sentido, indiretamente através de “símbolos”, usados por aquele que sonha, sem entendê-los, e para os quais, via de regra não oferece associações. Sua tradução deve ser fornecida pelo analista, que, por si próprio, só pode descobri-la empiricamente, ajustando-a experimentalmente ao contexto. 
	A Significação Etiológica da Vida Sexual – Com a técnica da associação livre, houve uma busca de experiências traumáticas que os sintomas histéricos pudessem derivar-se. Chegou-se a conclusão que na raiz da formação de todo sintoma deveriam encontrar-se experiências traumáticas do início da vida sexual. As neuroses em geral são expressões de distúrbios na vida sexual.
	A Sexualidade Infantil – A psicanálise procurou retomar o início da função sexual nas crianças quase ao começo da existência extra-uterina. Assim, a sexualidade nas crianças, apresentou um quadro diferente da dos adultos, e de modo surpreendente apresentou traços daquilo qu, nos adultos, era condenado com “perversões”.
	O Desenvolvimento da Libido – A libido é a manifestação dinâmica do que, na vida mental, é constituído de instintos. As fontes desses instintos componentes são os órgãos do corpo e, em particular, certas zonas erógenas. No entanto, a libido recebe contribuições de todo processo funcional importante do corpo. São divididas em fases: a primeira fase (pré-genital) é a oral, em conformidade com os interesses do bebê; a segunda fase é a anal-sádica, a zona anal e o instinto componente do sadismo são proeminentes. Por fim, a terceira fase, que é aquela que a maioria dos instintos componentes convergem para o primado das zonas genitais. 
	O Processo de Encontrar um Objeto e o Complexo de Édipo – O instinto oral encontra-se satisfação ligando-se à saciação do desejo de nutrição. E seu objeto é o seio materno. Ele depois se desliga, torna-se independente e ao mesmo tempo, auto-erótico, isto é, encontra um objeto no próprio corpo da criança. Nos anos iniciais da infância ocorre uma convergência dos impulsos sexuais, da qual, no caso dos meninos, o objeito é a mãe. Essa escolha do objeto e a atitude de rivalidade para com o pai é chamado de complexo de Édipo, que em todo ser humano é da maior importância na determinação da forma final de sua vida erótica. Conclui-se que o indivíduo normal é aquele que consegue dominar o sue complexo de Édipo, enquanto o neurótico permanece envolvido nele.
	O Começo Difásico do Desenvolvimento Sexual – Após o quinto ano de idade esse período inicial da vidasexual chega ao fim. Surge um período de latência durante o qual as coibições éticas são construídas, para atuar como defesa do complexo do Édipo. No período após a puberdade esse complexo é revivescido no inconsciente e envolve-se em novas modificações. O desenvolvimento difásico da função sexual (em duas fases, interrompidas pelo período de latência) parece conter o fator determinante da origem das neuroses.
	A Teoria da Repressão – As neuroses são expressão de conflitos entre o ego e aqueles impulsos sexuais que parecem ao ego incompatíveis com sua integridade ou com seus padrões éticos. Se tentarmos tornar conscientes esses impulsos reprimidos, damo-nos conta das forças repressivas sob a forma de resistência. A consecução da repressão, porém, fracassa de modo especialmente fácil no caso dos instintos sexuais. Os sintomas têm a natureza de conciliações entre os instintos sexuais reprimidos e os instintos repressores do ego. Isso é i genuíno dos sintomas da histeria, ao passo que nos sintomas da neurose obsessiva há amiúde uma ênfase mais forte no lado da função repressora devido ao erguimento de formações reativas, que são garantias contra a satisfação sexual.
	Transferência – A relação paciente/médico varia entre a devoção mais afetuosa e a inimizade mais obstinada e deriva todas as suas características de atitudes eróticas anteriores do paciente, as quais se tornaram inconscientes. Essa transferência, , é utilizada como arma pela resistência; porém, nas mãos do médico, transforma-se no mais poderoso instrumento terapêutico e desempenha um papel que dificilmente se pode superestimar na dinâmica do processo de cura.
	As Pedras Angulares da Teoria Psicanalítica – os principais temas e fundamentos da psicanálise são: existência de processos mentais inconscientes, o reconhecimento da teoria da resistência e repressão, a apreciação da importância da sexualidade e do complexo de Édipo.
	História Posterior da Psicanálise – A psicanálise foi conduzida por mais de dez anos por Freud. Em 1906, os psiquiatras suíços Bleuler e C. G. Jung começaram a desempenhar um papel vigoroso na análise; em 1907, uma primeira conferência de seus seguidores realizou-se em Salzburg, na Alemanha. No decorrer dos dez anos seguintes ela se estendeu muito além das fronteiras da Europa e tornou-se especialmente popular nos Estados Unidos da América. Em 1918-19, o Dr. Anton Von Freund, de Budapest, fundou a Internationaler Psychoanalysticher Verlag, que publica períodicos e livros relacionados com a psicanálise, e, em 1920, o Dr. M. Eitingon abriu em Berlim a primeira clínica psicanalítica para o tratamento de neuróticos sem recursos particulares. Entre 1911 e 1913 dois movimentos de divergência da psicanálise se efetuaram, mas nenhum teve influência permanente sob a psicanálise.
	Progressos mais Recentes na Psicanálise – A psicanálise efetuou progressos, tanto em amplitude quanto em profundidade, mas infelizmente estes podem receber só a mais breve menção no presente verbete.
	Narcisismo – O mais importante progresso teórico foi certamente a aplicação da teoria da libido ao ego repressor. Tornou-se possível empenhar-se na análise do ego e efetuar uma distinção clínica das psiconeuroses em neuroses de transferência e distúrbios narcísicos. Nas primeiras (histeria e neurose obsessiva), o sujeito tem à sua disposição uma quantidade de libido que se esforça por ser transferida para objetos externos, fazendo-se uso disso para levar a cabo o tratamento analítico; por outro lado, os distúrbios narcísicos (demência precoce, paranóia, melancolia) caracterizam-se por uma retirada da libido dos objetos e, assim, raramente são acessíveis à terapia analítica.
	Desenvolvimento da Técnica – Tornou-se evidente que a tarefa imediata do médico era assistir o paciente e vir a conhecer - e, posteriormente, sobrepujar - as resistências que nele surgiam durante o tratamento e das quais, inicialmente, ele próprio não estava consciente. E ao mesmo tempo descobriu-se que a parte essencial do processo de cura residia no sobrepujamento dessas resistências e que, a menos que isso fosse conseguido, nenhuma modificação mental permanente poderia ser efetuada no paciente. Visto os esforços do analista dirigirem-se dessa maneira para a resistência do paciente, a técnica analítica atingiu uma certeza e uma delicadeza que rivalizam com as da cirurgia.

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