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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA UNIDADE ACADÊMICA DE FÍSICA DISCIPLINA: LABORATÓRIO DE FÍSICA EXPERIMENTAL I TURMA: 09 DOCENTE: ALEXANDRE LEI DE BOYLE-MARIOTTE MARIA BEATRIZ MENDES LEITE (116110072) Campina Grande - PB 27 de março de 2017 OBJETIVO Verificar experimentalmente a lei de Boyle-Mariotte e, através desta verificação, determinar a pressão atmosférica e a densidade do ar no local da experiência. MATERIAL UTILIZADO Manômetro de mercúrio; Termômetro; Paquímetro; Funil; Mangueira; Haste; Suporte. PROCEDIMENTOS E ANÁLISES Mediu-se com o paquímetro e anotou-se o diâmetro do tubo esquerdo fixado na montagem e anotou-se também a temperatura ambiente. A válvula foi aberta na parte superior do tubo esquerdo e certificou-se de que o funil estivesse na posição mais baixa. Levantou-se cuidadosamente o funil fazendo com que o nível de mercúrio nos tubos atingisse o marco 0,0 da escala fixada entre os tubos. Fechou-se a válvula e o comprimento L0 da coluna de ar confinado no ramo esquerdo do manômetro foi anotado. Levantou-se o funil em mais ou menos 3 cm, anotando a altura do ramo esquerdo (h1) e do ramo esquerdo (h2) do manômetro, os resultados foram anotados na TABELA I. Esse passo foi repetido até completar a tabela. Abaixamos o funil até mais ou menos a metade da altura em que se encontrava e em seguida foi aberta a válvula e observamos o que aconteceu com os níveis de mercúrio. DADOS/MEDIDAS/ TABELAS Diâmetro interno do ramo esquerdo do tubo: 7,05 mm Temperatura ambiente: 28,5 C Comprimento do ramo: 30,0 cm TABELA I 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 h1 (cmHg) 0,0 1,5 3,0 4,0 5,5 6,7 8,1 9,2 10,1 11,2 h2 (cmHg) 0,0 2,9 6,1 9,0 12,4 15,3 18,5 21,3 24,2 27,1 O enunciando da lei de Boyle Mariotte afirma que ao se comprimir um gás mantendo sua temperatura constante, a pressão do mesmo varia com o inverso do volume. Prova: PV = nRT → nRT é uma constante, então PV = C, assim P = C/V. P V Pode-se achar a pressão manométrica (h) exercida pelo ar confinado, fazendo h = h2 - h1. TABELA II 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 ∆h (cmHg) 0 1,4 3,1 5,0 6,9 8,6 10,4 12,1 14,1 15,9 L (cm) 30,0 28,5 27,0 26,0 24,5 23,3 21,9 20,8 19,9 18,8 Onde L é a diferença entre L0 que é a altura inicial e h1. O volume inicial do gás é encontrado sabendo-se o raio e o comprimento do recipiente no qual o mesmo se encontra, pois o volume do recipiente, no caso um cilindro é dado por V = .r2.L, onde r é o raio do cilindro e L é o comprimento. Sabendo os diferentes valores de L, podemos, então, calcular os diferentes volumes do gás, preenchendo assim, a Tabela-III: TABELA III 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 ∆h (cmHg) 0 1,4 3,1 5,0 6,9 8,6 10,4 12,1 14,1 15,9 V (cm3) 11,70 11,11 10,53 10,14 9,55 9,08 8,54 8,11 7,76 7,33 A equação dos gases ideais é dada por: Onde: P é a pressão absoluta (P = P0 + h); V é o volume; n é o número de moles; R é a constante universal dos gases (R = 0,0821 l.atm/mol.K = 1,987 cal/mol.K = 8,31 J/mol.K); T é a temperatura absoluta (Kelvin). Como no processo isotérmico o termo nRT é constante, podemos escrever: PV = C , como C = nRT. Chamando de X = 1/V, e lembrando que P = P0 + h, teremos: P0 + h = CX ou h = CX – P0. Lembrando que X = 1/V, preenchemos a Tabela-IV: TABELA IV 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 ∆h (cmHg) 0 1,4 3,1 5 6,9 8,6 10,4 12,1 14,1 15,9 X (1/cm3) 0,0855 0,09 0,095 0,0986 0,1047 0,1101 0,1171 0,1233 0,1289 0,1364 Com a Tabela-IV, construímos o gráfico da pressão manométrica h em função do inverso do volume X, que se encontra no papel milimetrado em anexo. Temos como parâmetros em papel milimetrado: C = 788,38 P0 = - 62,41 A partir do gráfico, determinamos a pressão atmosférica local P0, observando a semelhança de triângulo. Obtemos então P0 = 62 cmHg. CONCLUSÃO Calculando o erro percentual cometido na determinação da pressão atmosférica local (P0), considerando o valor em Campina Grande de 71,5 cmHg: = |71,5 – 62,41|/71,5 x 100 = 12,71% Pode-se calcular o numero de moles existentes no ramo esquerdo do tubo através da equação dos gases ideais: Temos que: R = 0,0821 atm.l/mol.k T = 23 + 273 = 296K Como: Pode-se calcular a densidade do ar no laboratório utilizando a fórmula: Não se deve usar outro ponto do experimento, pois o primeiro ponto tem-se a pressão manométrica igual a zero, ou seja, a pressão total é a pressão atmosférica, então podemos usar esse volume inicial pra calcularmos a densidade. Se houvesse vazamento, a pressão manométrica seria menor, podendo até ser igual a atmosférica, assim não poderíamos calcular o valor exato da pressão atmosférica. Temos como erros sistemáticos possíveis vazamentos do gás e tratá-lo como um gás ideal.