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Aula Semiologia do Idoso

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Semiologia do Idoso
Prof. Dr. Abdon Salam Khaled Karhawi
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Introdução
Diminuição da mortalidade prematura
Diminuição da taxa de natalidade
Fecundidade no Brasil:
1970: 5,8filhos
1996: 2,2filhos
Aumento da expectativa de vida 
Alto consumo do sistema de saúde
EUA/França/Inglaterra: 15 a 18% de idosos  responsáveis por 30% das internção gerais
Barsil (SUS-1997): 16,3% das internações foram de idosos, sendo que 7,9% da população eram de idosos 
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Conceito
Idoso: difícil conceituação, processo iniciado precocemente e termina na morte
O processo de envelhecimento nunca se finaliza, sempre progride
OMS: acima de 65 anos de idade
Brasil: acima de 60 anos de idade (lei 8843, de janeiro de 1994)
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Classificação
Idosos jovens: 65 a 74 anos
Idosos velhos: 75 a 84 anos
Idosos muito velhos: acima de 85 anos
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Envelhecimento
Conceito: Perda progressiva da reserva funcional, aumentando as doenças e chance de morte
Teorias do envelhecimento:
Radicais livres: tóxico ao organismo
Acúmulo de mutações: alteração do DNA
Glicolisação: alteração protéica pela glicose
Senescência celular: alteração da replicação celular
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Modificações Gerais
Diminuição da massa óssea
Atrofia da musculatura esquelética, com aumento do diâmetro da caixa torácica e craneana
Redução da água intracelular
Aumento com redistribuição de gordura (omentos, orelhas, paracardíaco e perirrenais)
Diminuição do tecido subcutâneo nos membros e aumento no tronco
Diminuição da força muscular
A partir de 40anos – perda de 1cm na estatura por década – achatamento dos discos intervertebrais
Diminuição do metabolismo em 10 a 20%
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Modificações Gerais
Diminuição da imunidade celular – aumento de infecções e neoplasias
Temperatura corporal:
Ausência de febre em situações infecciosas
Maior oscilação de hipotermia e hipertermia em frio e calor extremos
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Fisiopatologia do descontrole da temperatura no idoso
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Modificações da pele e fâneros
Diminuição da espessura e elasticidade, vasos mais visíveis – rugas
Flacidez – pregas nos membros
Cutis romboidal – aumento da espessura com aumento do quadriculado – nuca
Pele mais seca e rugosa – diminuição da atividade das glândulas sudoríparas e sebáceas
Melanose senil – alteração dos melanócitos – manchas hipercrômicas em mãos e face
Púrpura senil – facilidade de pequenos traumas em membros
Canície – cabelo branco
Calvície – diminuição dos bulbos capilares
Onicogrifose – alteração das unhas com aumento e irregularidade
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Diminuição da espessura
Púrpura senil
Rugas
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Melanose senil
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Modificações dos ossos, articulações e músculos
Perda de tecido ósseo – osteoporose - mulheres após menopausa e homens a partir dos 60anos
Diminuição muscular
Diminuição da espessura dos discos intervetebrais
Piora com a baixa de atividade física
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Modificações do sistema nervoso
Diminuição do peso e volume cerebral – perda neuronal
Acúmulo de lipofuscina
Acúmulo de beta-amilóide  grandes acúmulos  doença de Alzheimer
Pequena dificuldade de memória para fatos recentes e reter novas informações  NÃO altera o dia-dia social
Diminuição dos neurotransmissores – acetilcolina e dopamina
Atenuação de reflexos profundos – aquileo e patelar
Diminuição do sono – diminuição da fase 4 do sono não-REM (sono profundo)  facilidade para despertar
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Modificações dos órgãos sensitivos
Aumento de orelhas externas
Calcificação dos ossículos da orelha interna  diminuição auditiva
Presbiacusia  diminuição de sons agudos
Hiperpigmentação das pálpebras inferiores
Perda muscular das pálpebras superiores  ptose
Opacificação do cristalino  catarata
Presbiopia  perda de nitidez em distância mínima
Depósitos de lipofuscina na retina
Degeneração macular senil
Diminuição do olfato e do paladar  diminuição dos receptores olfatórios e das papilas gustativas
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Modificações cardiovasculares
Enrijecimento e tortuosidade de artérias
Aumento do volume cardíaco – acúmulo de gordura, fibrose, aumento de colágeno, depósitos de lipofuscina e amilóide
Espessamento valvar com depósitos de cálcio sem disfunção
Diminuição de células do nó sinusal
Estas alterações não representa importante limitação do idoso, no entanto durante situações de aumento da demanda poderá apresentar sofrimento cardíaco
Aumento da pressão sistólica  aumento de doenças cerebro-vasculares
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Mecanismos que contribuem para redução do débito cardíaco no idoso
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Modificações do Sistema Respiratórios
Diminuição da elasticidade e da complacência pulmonar 
Alteração da mobilidade ciliar
Facilidade de ruptura alveolar  aparecimento de cistos
Aumento do risco de infecções pulmonares
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Modificação do sistema digestivo
Perda de dentes
Mucosa oral perda de elasticidade e resistência  maior risco de infecções  candidíase
Glossodinia  queimação na língua
Diminuição de células secretoras
Atrofia muscular intestinal
Diminuição da secreção biliar
Diminuição dos hepatócitos e depósito de lipofuscina no fígado
Estas alterações não comprometem, entretanto pode interferir na farmacocinética de medicamentos
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Modificação do sistema urinário
Redução do tamanho e do peso dos rins
Diminuição dos néfrons
Espessamento glomerular
Obliteração das arteríolas aferentes
Aparecimento de divertículos nos néfrons distais  evolução para cistos
Diminuição do fluxo renal de 10% por década  perda do clearence de creatinina de 8-10 ml/min/década  não causa insuficiência renal
Alterações de Na e água livre por alterações tubulares
Diminuição da perda de K
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Modificações do sistema endócrino
Atrofia das glândulas endócrinas
Aparecimento de nódulos em tireóide
Interrupção da produção de estrogênio
Diminuição da testosterona
Aumento de FSH e LH
Resistência a insulina e intolerância a glicose
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Modificações Gentitais
Atrofia ovariana
Atrofia e ressecamento vaginal
Atrofia testicular, vesículas seminais e pênis
Aumento do volume prostático e com atrofia de suas glândulas
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Exame clínico
Princípios básicos
Recomendações práticas:
Barreiras de linguagem
Conforto do paciente
Deficiência auditiva
Deficiência visual
Deficiência cognitiva
Falta de conhecimento
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Aspectos próprios do paciente idoso
Tendência a ter múltiplas doenças
Tendência a ter doenças crônicas
Os sintomas da doença atual podem ser alterados por doenças preexistentes
As primeiras manifestações de uma doença podem aparecer somente em fases avançadas
Tendência a ter doenças agudas mais graves e de recuperação mais lenta
Tendência a ter doenças com apresentação clínica atípica
Tendência a ter deficiências funcionais que comprometem a capacidade de viver independentemente
Maior risco de sofrer iatrogenia 
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Exame Clínico
Visita Domiciliar
Relação Médico-Paciente
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Anamnese
História longa e fracionada
Entrevistas multi-disciplinares
Confiabilidade das informações  alterações cognitivas
Múltiplas doenças e crônicas
Pesquisar com familiares e cuidadores
Queixas diferentes do paciente e dos familiares
Uso de medicamentos
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Dificuldades da anamnese de pacientes idosos
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Exame Físico
Realizar exame completo
As vezes será necessário completá-lo
Aspectos específicos do exame:
Postura e Marcha
Fácies
Peso e Altura
Hidratação
Pele
Pressão arterial
Hipotensão Postural
Exame de cabeça e pescoço
Exame do tórax
Exame do abdome
Exame das extremidades
Exame neurológico
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Avaliação Funcional do Idoso
Definição:
Conjunto de dados clínicos, testes e escalas utilizadas para mensurar a capacidade do idoso para executar atividades que lhe permitam cuidar de si próprio e viver independentemente em seu meio.
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Avaliação Funcional do Idoso
Objetivos
Melhorar precisão diagnóstica
Determinar grau e extensão de incapacidade
Guia para escolha de medidas para restaurar e preservar a saúde
Identificar predisposição à iatrogenia
e previní-la
Adequação do ambiente que o paciente vive
Critérios para internação ou institucionalização
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Parâmetros para avaliação funcional
Equilíbrio e mobilidade
Função cognitiva
Condições emocionais do paciente
Disponibilidade e adequação de suporte familiar e social
Condições ambientais
Capacidade do paciente de executar atividades da vida diária
Capacidade do paciente de executar atividades instrumentais da vida diária
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Aspectos Especiais do interrogatório sintomatológico do paciente idoso
Deficiência de memória
Distúrbios do comportamento
Deambulação compulsiva
Tonteiras
Alterações da marcha
Problemas com os pés
Quedas
Perda visual
Perda auditiva
Problemas dentários
Distúrbios alimentares
Modificações do sono
Fadiga
Osteoporose
Incontinência
Úlceras de pressão
Sintomas depressivos e de ansiedade
Sexualidade
Febre
Dor
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Referências Bibliográficas
Semiologia Médica – Celmo C. Porto – 5ªed. – 2005
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