Buscar

Contestação 3

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA 3°VARA CÍVEL DA COMARCA DE 
UBERLÂNDIA 
Processo nº:​ 00000000008021997 
 
CONDOMÍNIO PIAZZA DEL CAMPO, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no 
CNPJ/MG sob o n° 45.030.004/0001-00, estabelecida na Rua dos Amantes, n° 408, Bairro 
Jaraguá, por seu representante legal Sr. SERGIO FORTUNATO e por seus advogados, 
constituídos e qualificados no incluso instrumento de outorga, com endereço na Av. 
Aspirante Mega, n°906, Bairro Tubalina, lugar indicado para receber intimações, vem 
respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, apresentar 
CONTESTAÇÃO 
Face a presente ação de responsabilização por danos materiais e morais, proposta pela parte 
autora, já qualificada nos autos do processo em epígrafe, pelos fatos e fundamentos adiante 
expostos: 
 
1- DOS ELEMENTOS DA EXORDIAL 
O autor​ ​Mário Testa caminhava pela calçada da rua onde mora na cidade de Uberlândia/MG, 
quando um vaso de planta caiu em sua cabeça e o desmaiou no mesmo momento, o vaso era 
oriundo do apartamento 404, edifício Piazza del Campo, no qual Sérgio Fortunato é o 
síndico. 
Terceiros que passavam pelo local na hora do acidente, chamaram o corpo de bombeiros, que 
levou Mário para o Hospital da Municipal, onde passou por diversos exames e foi submetido 
a uma cirurgia para estagnar uma hemorragia interna. 
Ocorre que Mário Testa é caminhoneiro, e devido ao acidente precisou ficar internado no 
Hospital por 45 dias, não podendo cumprir com os contratos que haviam neste período, 
gerando um prejuízo de R$ 30.000,00 (trinta mil reais), o qual o autor requer o reparo por 
meio de indenização por dano material. 
Depois de 15 dias que retornou às suas atividades laborais, Mario se sentiu mal, e precisou 
ser internado novamente, desta vez por 20 dias, em decorrência de uma infecção ocasionada 
por uma gaze esquecida em seu corpo na cirurgia anterior, e novamente obteve prejuízo de 
contratos que não puderam ser cumpridos, no valor de R$ 15.000,00 (quinze mil reais), que 
também requer por meio de indenização por dano material, e ainda o autor pleiteia 
indenização por dano moral, pelo acidente sofrido. 
2- DOS FUNDAMENTOS 
O CONDOMÍNIO PIAZZA DEL CAMPO, juntamente com seu representante legal, tem 
ciência do dano causado ao autor, porém alega que não deveria arcar com os danos morais e 
materiais pleiteados, uma vez que o condomínio não escolhe os seus moradores, e o que 
ocorreu foi um fato imprevisível, e foi possível identificar de qual apartamento caiu o vaso. 
E alega ainda que caso seja condenado em sentença demonstrará todas as provas para que 
seja possível uma ação regressiva contra o morador do apartamento, uma vez que o 
condomínio é responsabilizado apenas quando a unidade autônoma causadora do dano não 
possa ser reconhecida. No caso concreto, entretanto, o causador do incidente foi identificado 
como sendo o morador do apartamento 404. 
Em decorrência de erro médico, foi necessária a realização de uma segunda cirurgia, e neste 
caso, os danos materiais e morais recaem ao hospital e não ao condomínio. 
 
3-​ ​DO DIREITO 
O Código Civil de 2002 em seu Art.938 é bem claro quando diz respeito a objetos que caem 
ou são arremessados de prédios. 
Art. 938. Aquele que habitar prédio, ou parte dele, responde pelo dano 
proveniente das coisas que dele caírem ou forem lançadas em lugar indevido. 
Quando a lei diz “aquele que habitar”, não diz respeito apenas ao dono do imóvel, mas sim 
aquele que habita, como por exemplo o locatário, usufrutuário. 
Quando objetos caem de varandas ou janelas de apartamentos, quem deve arcar com os 
prejuízos é o morador, uma vez que a responsabilidade é objetiva, bastando o nexo de 
causalidade entre o ato e o dano, independe de culpa. 
4- ​DOS PEDIDOS 
I- Que seja acolhida a Contestação. 
II- Que Vsa. Ex. julgue improcedente o pedido do autor, uma vez não demonstrada 
responsabilidade do Condomínio. 
III- Caso julgue procedente os pedidos do réu, que a indenização de perdas e danos, e as 
custas sejam pagas solidariamente com o morador do apartamento 404. 
Protesta provar o alegado por todos os meios em direito admitidos, especialmente 
documental, testemunhal e outros que se fizerem necessários, apresentando desde logo rol de 
testemunhas e documentos. 
Nestes termos, 
Pede deferimento. 
Uberlândia, 17 de maio de 2018 
Advogado 
OAB/UF

Continue navegando