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Estudo dirigido Epidemiologia DCNT


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UNIVERSIDADE DE SANTA CRUZ DO SUL
CURSO DE NUTRIÇÃO
DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO FÍSICA E SAÚDE
Thayná Fernanda Ruas
ESTUDO DIRIGIDO DE EPIDEMIOLOGIA
Santa Cruz do Sul
2018
De acordo com o autor do artigo “Prevenção de doenças em idosos: os equívocos dos atuais modelos”, a lógica do sistema de saúde brasileiro não dá conta das características atuais da população. Por que? 
A lógica do sistema de saúde brasileiro está focada no tratamento da doença já adquirida. Como a população está envelhecendo e a tendência é de que esta taxa aumente ainda mais, de forma relevante, deve-se implantar medidas que não visem apenas o tratamento, já que este, auxiliado ao aumento da população idosa, viria a pesar ainda mais no orçamento da saúde pública. Além disso, não aumentaria a qualidade de vida da população, já que idosos tendem a adquirir cada vez mais doenças crônicas. 
A lógica do sistema de saúde deve ser focar na prevenção. Porém, atualmente, apesar do conhecimento científico e dos gestores de saúde terem a ciência de que é preciso dar mais atenção à prevenção, sua operacionalização ainda está precária.
Segundo o mesmo autor quais iniciativas deveriam ser ampliadas? Por que? Quais as principais dificuldades para implementá-las? Por que?
É preciso ampliar a manutenção da independência e da autonomia do idoso, para assegurar mais qualidade de vida não apenas à esta população, mas a todos. Isto acarretaria na redução dos gastos envolvidos com a saúde, beneficiando os idosos, seus familiares e toda a população.
A dificuldade envolve a operacionalização das iniciativas. Os gestores já possuem conhecimento da prevenção e promoção à saúde, porém, a dificuldade é colocar em prática. Isso ocorre porque o modelo preventivo foi concebido em uma população menos envelhecida do que o atual. Então, a ênfase foi dada aos grupos mais jovens. É preciso reformular esse modelo preventivo. Além disso, deve-se avaliar os indivíduos como um todo, levando em consideração questões éticas, religiosas, culturais e entre outras. 
De acordo com o “Plano de ações estratégicas para o enfrentamento das Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) no Brasil 2011-2022” qual é o contexto das DCNT e de seus fatores de risco no Brasil atualmente?
As doenças crônicas não transmissíveis são a causa dos problemas de saúde mais relevantes, correspondendo a 72% das causas de mortes, e atingem principalmente as populações com menores recursos e grupos vulneráveis. Em 2007, a taxa de mortalidade por DCNT no Brasil foi de 540 óbitos por 100 mil habitantes (SCHMIDT, 2011). Esta taxa, apesar de se apresentar elevada, obteve uma redução de 20% na última década, principalmente em doenças do aparelho circulatório e respiratórias crônicas. Porém, as taxas de mortalidade por diabetes e câncer aumentaram nesse mesmo período. Alguns fatores para a redução das DCNT podem ser: a expansão da Atenção Básica, melhoria da assistência e redução do tabagismo nas últimas duas décadas, passando de 34,8% (1989) para 15,1%, no ano de 2010.
Alguns fatores de risco no Brasil, envolvem os níveis de atividade física no lazer na população adulta, que são baixos (15%) e apenas 18,2% consomem cinco porções de frutas e hortaliças em cinco ou mais dias por semana. 34% consomem alimentos com elevado teor de gordura e 28% consomem refrigerantes cinco ou mais dias por semana, contribuindo para o aumento da prevalência de excesso de peso e obesidade, que atingem 48% e 14% dos adultos.
Quais as metas propostas para o enfrentamento das DCNT no Brasil até 2022?
As metas propostas são:
reduzir a taxa de mortalidade prematura (<70 anos) por DCNT em 2% ao ano;
reduzir a prevalência de obesidade em crianças;
reduzir a prevalência de obesidade em adolescentes;
deter o crescimento da obesidade em adultos;
reduzir as prevalências de consumo nocivo de álcool;
aumentar a prevalência de atividade física no lazer;
aumentar o consumo de frutas e hortaliças;
reduzir o consumo médio de sal;
reduzir a prevalência de tabagismo;
aumentar a cobertura de mamografia em mulheres entre 50 e 69 anos;
aumentar a cobertura de exame preventivo de câncer de colo uterino em mulheres de 25 a 64 anos;
	tratar 100% das mulheres com diagnóstico de lesões precursoras de câncer
Quais intervenções preventivas são sugeridas pela OMS como produtoras de resultados acelerados em termos de vidas salvas, doenças prevenidas e custos altos evitados?
As intervenções populacionais consideradas as melhores apostas pela OMS são:
aumentar impostos e preços sobre os produtos do tabaco (WHO, 2010; IARC, in press);
proteger as pessoas da fumaça do cigarro e proibir que se fume em lugares públicos (WHO, 2007; IARC, 2009);
advertir sobre os perigos do consumo de tabaco (ITC, 2010);
fazer cumprir a proibição da propaganda, do patrocínio e da promoção de tabaco (JAMISON et al., 2006);
restringir a venda de álcool no varejo (ANDERSON et al., 2009);
reduzir a ingestão de sal e do conteúdo de sal nos alimentos (ASARIA et al., 2007; Murray et al., 2003);
substituir gorduras trans em alimentos por gorduras poli-insaturadas (WILLETT et al., 2006);
promover o esclarecimento do público sobre alimentação e atividade física, inclusive pela mídia de massa.
Além das “melhores apostas”, existem muitas outras intervenções de base populacional custo-efetivas e de baixo custo que podem reduzir o risco para DCNT. Estas incluem:
tratamento da dependência da nicotina (WHO, 2011b);
promoção da amamentação adequada e alimentação complementar (WHO, 2003);
aplicação das leis do álcool e direção (WHO, 2010e);
restrições sobre o marketing de alimentos e bebidas com muito sal, gorduras e açúcar, especialmente para
crianças (CECCHINI et al., 2010; WHO, 2010f);
impostos sobre alimentos e subsídios para alimentação saudável (LYNGBY, 2007).
Que ações são consideradas como melhores apostas na melhoria do manejo das DCNT já instaladas?
Entre as “melhores apostas” e outras intervenções custo-efetivas estão:
aconselhamento e terapia multidrogas, incluindo o controle da glicemia para o diabetes para pessoas com mais
de 30 anos de idade com um risco de, em 10 anos, sofrer um evento cardiovascular fatal ou não fatal;
terapia de ácido acetilsalicílico para infarto agudo do miocárdio;
rastreamento para câncer do colo do útero (população-alvo 25 a 64 anos), com garantia do seguimento dos casos alterados e com utilização do método “Ver e Tratar”, sempre que houver indicação clínica;
detecção precoce para câncer de mama por meio do rastreamento com exame bienal de mamografia (população alvo 50-69 anos), seguido de confirmação diagnóstica para mamografias com resultado anormal e tratamento oportuno de 100% dos casos confirmados de câncer de mama;
detecção precoce para câncer colorretal e oral;
tratamento de asma persistente com inalantes de corticosteroides e agonistas beta-2;
financiamento e fortalecimento dos sistemas de saúde para oferecer intervenções individuais custo-efetivas por meio da abordagem da Atenção Básica.
De que forma sua futura profissão pode contribuir nas questões elencadas no artigo científico e no Plano de Enfrentamento das DCNT no Brasil?
A nutrição, junto com outras áreas, é de extrema importância para o controle das DCNT e, também, para o enfoque na prevenção e promoção da saúde. Com medidas voltadas à alimentação, várias questões adversas podem ser controladas e/ou minimizadas. 
É preciso criar um plano para promoção da alimentação saudável, através de campanhas de conscientização; oficinas culinárias voltadas à alimentação natural com utilização do alimento integral (incluindo folhas, talos e sobras de alimentos) e visando a redução da gordura animal e utilização de óleos; hortas comunitárias; oficinas que ensinem a confeccionar a sua própria horta com temperos naturais, a fim de evitar a utilização de sal em excesso; incentivar a prática de hábitos saudáveis a fim de reduzir o consumo de álcool e tabagismo, levando em contaatividades que proporcionem prazer e pensando em aspectos culturais da população. E, além disto, a participação do profissional Nutricionista nas políticas públicas e nos planos de ação do governo.

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