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Psicologia da Educação e da Aprendizagem

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1 
 
O contexto da psicologia da educação e da aprendizagem no Brasil 
contemporâneo, uma breve história. 
 
 
 
 
 
 
Ironildo Ramos dos Santos 
Maria dos Santos Carneiro de Oliveira 
Profa. Orientadora: 
Silvia Karla Almeida dos Santos 
 
 
 
Centro Universitário Leonardo da Vinci - UNIASSELVI 
Curso de Licenciatura em História 
 
 
 
 
 
 
 
Turma HID0329 
02/06/2014 
 
 
 
 
 
2 
 
Resumo: 
A psicologia da educação e aprendizagem no Brasil vem sendo elaborada nestes pouco mais 
de 500 anos, têm como base na psicologia da educação a iniciativa para educar com 
qualidade, tendo no decorrer da historia do Brasil, de acordo com a época, métodos variados 
de ensinar e educar os brasileiros, as metodologias aplicadas foram dependendo dos que as 
usavam, um instrumento de vasto trabalho, com psicológicas de ensino, o Brasil vem se 
modernizando em sua estrutura educacional, podendo citar a contribuição de Piaget no ensino 
dos brasileiros. 
 
Palavras-chave: Psicologia, educação, metodologias, Piaget 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
Se tiver que colocar a Psicologia, esta como disciplina, em um contexto histórico, 
pode-se dizer que ela é das mais antigas, porém se constitui em uma disciplina moderna, e de 
acordo com Beltrán (1990), pode-se dizer que a Psicologia da Educação tem um grande 
passado e uma curta história, pois aborda questões que já vem sendo debatidas desde a 
filosofia praticada na antiga Grécia com Sócrates e Platão, impulsionados por questões tais 
como a memória, a motivação e a aprendizagem que nos intrigam até à atualidade. Psicologia 
da educação é uma divisão da psicologia a qual tem como principal visão estudar processos de 
ensino e aprendizagem em áreas distintas. Este processo elabora métodos de aprendizagem 
em crianças e adultos. Há um desenvolvimento educacional voltado para psicologia unindo 
educadores e psicólogos, os quais elaboram trabalhos buscando conseguir tornar o processo 
de aprendizagem mais eficaz e proveitoso para o educando. 
 
 
2. A PSICOLOGIA NO BRASIL 
 
A profissão de psicólogo no Brasil completa 52 anos de sua regulamentação neste ano 
de 2014. Esta trajetória teve início a partir da reforma de Benjamin Constant no ano de 1890, 
que introduz noções de Psicologia para as disciplinas de pedagogia na grade curricular das 
Escolas Normais (SOARES, 2010). 
A Psicologia, no Brasil, é uma profissão reconhecida por lei, ou seja, a Lei 4.119, de 
1962 [...]. O exercício da profissão, na forma como se apresenta na Lei 4.119, está 
relacionado ao uso (que é privativo dos psicólogos) de métodos e técnicas da 
Psicologia para fins de diagnóstico psicológico, orientação e seleção profissional, 
orientação psicopedagógica e solução de problemas de ajustamento. (MORAES, 
2011). 
3 
 
Pessotti (1988) faz uma divisão na historia da psicologia no Brasil, a qual estar 
dividida em quatro períodos, sendo eles: pré-institucional, até 1833, institucional que abrange 
o período de 1833 até 1934, universitário de 1934 até 1962 e o profissional de 1962 em 
diante. O período institucional é aquele em que são criadas faculdades de medicina no Rio de 
Janeiro e em Salvador. Segundo Soares (2010, p. 12), as primeiras contribuições para o estudo 
da psicologia no Brasil são oferecidas por estudantes e profissionais de medicina das 
faculdades do Rio de Janeiro e Salvador. O período universitário é caracterizado pela criação 
da cátedra de Psicologia Educacional da USP (SOARES, 2010). Em 1934 o ensino de 
Psicologia se torna obrigatório nos cursos de Filosofia, Ciências Sociais e Pedagogia e nos 
cursos de licenciatura e o período profissional é quando a profissão de psicólogo é 
regulamentada por lei em 1964. 
 
3. HISTÓRIA DA PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO NO BRASIL 
 
Quando o Brasil torna-se império, a sociedade brasileira passa por mudanças 
relevantes na sociedade, as quais influenciaram os pensamentos psicológicos daquela época, 
com o advento das Escolas Normais, surge o ensino de psicologia com traduções de livros 
sobre psicologia, além de palestras apresentadas por psicólogos que vieram ao Brasil. Existem 
relatos que a Psicologia da Educação teve seu surgimento no Brasil mesmo antes da 
Psicologia, deixando um diferencial do que acontecera no resto do mundo (CRUSES, 2006). 
Como mostram Cruces e Maluf (2007), desde o final do século XIX, a Psicologia e a 
Educação vinham-se articulando, cabendo à Psicologia aprofundar os conhecimentos relativos 
às diferenças individuais, explicar as dificuldades de aprendizagem e buscar métodos 
educacionais que pudessem garantir o sucesso dos alunos na escola. 
Análises que resgatam a história da Psicologia da Educação no Brasil mostram a forte 
influência dos modelos biológico e físico de ciência, então predominantes na Medicina e nas 
práticas exercitadas nos Laboratórios de Psicologia Educacional desse período. Nelas pode-se 
reconhecer o excesso de avaliações e análises individuais, em detrimento de preocupações 
com o comportamento humano em perspectivas mais contextualizadas. A visão cientificista e 
individualizada dominante acabou por ocultar a presença dos graves problemas sociais que 
atingiam a Educação, ou melhor, as atividades educacionais. Mudanças nessas atividades só 
4 
 
foram possíveis em função de rupturas com o paradigma dominante da ciência moderna. 
(ANTUNES, (1999); CRUCES, (2006); MASSIMI, (1990); PESSOTTI, (1975). 
Na década de 1920, a psicologia influenciou os ideais políticos do então Presidente da 
República Getúlio Vargas, este se torna agenciador da psicologia como disciplina escolar, 
fazendo com que a Psicologia da Educação tenha destaque no Brasil. Em 1924, cria-se a 
Associação Brasileira de Educação que tem como uma de suas finalidades a de promover uma 
ampla discussão acerca dos problemas educacionais. A psicologia implantada nas Escolas 
Normais passa a ser considerada base do ensino primário, formando o professor para que o 
mesmo fosse habilitado a lidar com o aluno a partir do conhecimento adquirido sobre sua 
personalidade e o processo de aprendizagem. Neste sentido, 
Em 1921, a Psicologia foi adotada no currículo das Escolas Normais, como 
disciplina optativa [...]. Em 1928, por decreto, a Psicologia foi inserida no currículo 
das Escolas Normais [...]. Pode-se com isso, afirmar que o ensino sistemático da 
Psicologia ocorreu sem sombra de dúvida, originalmente nas Escolas Normais. 
(ANTUNES, 1991, p. 191). 
Nas décadas de 1940 e 1950, surgem os cursos de Filosofia e Pedagogia, os quais 
contribuíram mais ainda para o desenvolvimento da Psicologia da Educação, isto também 
influencia a ida de professores para os Estados Unidos e Europa onde se aprimoraram, e de 
volta ao Brasil traz na bagagem intelectual nova tendência educacional. “Não somente a 
Psicologia, mas outras ciências vieram também dar sustentação científica à Escola Nova, 
como a Sociologia, a Antropologia e a Biologia” (ANTUNES, 1991). 
Na década de 1980, o Estado e a Sociedade brasileira estavam-se recompondo após 
vinte anos de ditadura militar (Maluf, 1999; 2001). 
Durante esses anos, a Psicologia Educacional, como área de conhecimento e de 
atuação do psicólogo nos meios educacionais, sofreu críticas contundentes, vista como 
exclusivamente avaliativa, sem potencial transformador da realidade individual e social, a 
serviço das forças dominantes injustas e opressoras na organização social. Na perspectiva 
desse modo de entender e de atuar dos psicólogos educacionais, os “insucessos” das crianças 
na escola eram atribuídos ao aluno ou à sua família, sem que os determinantes escolares e 
sociais fossem devidamente analisados. Criou-seentão uma quase área de estudos, designada 
como “fracasso escolar”. 
5 
 
É possível afirmar que foi a Psicologia o pilar de sustentação cientifica para a nova 
concepção pedagógica. A psicologia muitas vezes aliada ao conhecimento médico 
(principalmente a pediatria), era a ciência que cuidava do indivíduo e das diferenças 
individuais, do processo de desenvolvimento psíquico, da aprendizagem, da dinâmica das 
relações interpessoais, da personalidade, das vocações e aptidões, das motivações, e de todos 
os outros conceitos individuais (ANTUNES, 1991, p. 164). 
 
4. PRINCIPAIS CONTRIBUIÇÕES DE PIAGET PARA O ENSINO DA 
APRENDIZAGEM. 
 O princípio de que o processo de conhecimento por parte da criança deve ser gradual 
corresponde aos mecanismos deduzidos por Piaget, segundo os quais cada salto cognitivo 
depende de uma assimilação e de uma reelaboração dos esquemas internos, que 
necessariamente levam tempo. É por utilizar esses esquemas internos, e não simplesmente por 
repetir o que ouvem que as crianças interpretam o ensino. Para o construtivismo, nada mais 
revelador do funcionamento da mente de um aluno do que seus supostos erros, porque 
evidenciam como ele releu o conteúdo aprendido. O que as crianças aprendem não coincide 
com aquilo que lhes foi ensinado. Nesse sentido, se pronunciam Ferreiro e Teberosky (1985, 
p.30), 
Na teoria de Piaget, o conhecimento objetivo aparece como uma aquisição, e não 
como um dado inicial. O caminho em direção a este conhecimento objetivo não é 
linear: não nos aproximamos dele passo a passo, juntando peças de conhecimento 
umas sobre as outras, mas sim através de grandes reestruturações globais, algumas 
das quais são “errôneas” (no que se refere ao ponto final), porém “construtivas” (na 
medida em que permitem aceder a ele). Esta noção de erros construtivos é essencial. 
 
 Com base nesses pressupostos, Ferreiro critica a alfabetização tradicional, porque 
julga a prontidão das crianças para o aprendizado da leitura e da escrita por meio de 
avaliações de percepção (capacidade de discriminar sons e sinais, por exemplo) e de 
motricidade (coordenação, orientação espacial, entre outros). Dessa forma, dá-se peso 
excessivo para um aspecto exterior da escrita (saber desenhar as letras) e se deixa de lado suas 
características conceituais, ou seja, a compreensão da natureza da escrita e sua organização. 
Cabe salientar que a alfabetização proporciona um conjunto de prescrições sobre o uso do 
6 
 
conhecimento, sendo um fenômeno socialmente construído, uma ideologia de base histórica e 
um conjunto de práticas comunicativas ligadas ao contexto e não apenas à capacidade de ler e 
escrever (COOK-GUMPEREZ, 2008). 
 
5. O QUE ESPERAR PARA O AMANHÃ 
Desde há muito tempo, a Psicologia da Aprendizagem tem sido considerada como 
tendo a chave para melhorar a educação. A esperança era a de que, com o desenvolvimento de 
uma ciência da aprendizagem, as crianças seriam capazes de aprender mais em menos tempo 
[...] Algumas das previsões mais otimistas a respeito do impacto de uma ciência da 
aprendizagem vieram dos psicólogos. Essas previsões prometiam que a nova ciência da 
aprendizagem produziria uma dramática revolução na educação, mas as mudanças resultantes 
na educação não tiveram de fato, este caráter. Elas foram lentas e contínuas, embora altamente 
significantes ao longo deste meio século. Todavia, nem o leigo, nem o cientista, precisam 
ficar desapontados pelo fato da emergente Psicologia da Aprendizagem não ter produzido 
uma revolução educacional, pois a lenta evolução da educação que ela produziu foi de grande 
importância (TRAVERS, 1972, P. 3). 
 
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
 Vejo que há um longo caminho ainda a ser traçado para que possamos levar realmente 
às salas de aulas tudo que se deseja implantar com as diversas ideias que psicólogos e 
educadores pretendem realizar, pois no caminho deparamos com interferências politicas, 
burocracia dentro do próprio governo, falta de formação adequada aos professores e tantas 
outras politicas públicas que impedem o avanço de uma aprendizagem de qualidade no Brasil. 
Vamos mudar, e isto será possível, pois educadores, pais de alunos e alunos unidos em um só 
lema que será o propósito de resolverem o grande desafio, mudar para melhor a educação no 
Brasil. 
 
 
 
 
7 
 
REFERÊNCIAS: 
SILVA, João Roberto de Souza. A Psicologia Brasileira: 50 anos. Acesso em 17 abr 2014. 
Disponível em: http://www.mosaicopsicologia.com.br 
 
MORAES, Geofilho Ferreira. A Psicologia como profissão. Disponível em. 
http://psicologogeofilho.no.comunidades.net/index.php?pagina=1769537279_07 
 
BARBOSA, Maria Daniela; PACHECO, Verônica. A Psicologia da Educação no Brasil: 
Paper Módulo II. Indaial: UNIASSELVI, 2013 
 
NIELMANN, Flávia; BRANDOLI, Fernanda. Jean Piaget: um aporte teórico para o 
construtivismo e suas contribuições para o processo de ensino e aprendizagem da 
Língua Portuguesa e da Matemática. Disponivél em. 
http://www.ucs.br/etc/conferencias/index.php/anpedsul/9anpedsul/paper/viewFile/770/71 
 
MALUF, Maria Regina; CRUCES, Alacir Villa Valle. Psicologia educacional na 
contemporaneidade: Botelim-Acadêmia Paulista de Psicologia. São Paulo, v.28, n.1, 2008 
 
LOMÔNACO, José Fernando Bitencourt. Psicologia e Educação: Hoje e Amanhã. Acesso 
em 27 mai 2014. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/pee/v3n1/v3n1a02.pdf

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