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Aula 2 - A ética e a Teoria das Ideias em Platão. Prof. Clauberson Rios Diálogos Aporéticos Enquanto “diálogos” é mantida a tradição do estilo literário, porém agora há uma proposta diferente, qual seja: aporia. Platão (427-347 a.C.) • Distancia-se da ideia segundo a qual as ações do homem são sujeitas aos desígnios dos deuses, do acaso das contingências do mundo ou dos impulsos da parte apetitiva da alma. • Em Platão, assim como em Sócrates, o homem é responsável pelos seus atos. • A ética platônica está relacionada com sua filosofia política. Para ele, a vida moral só existe na pólis. • Sua ética depende: • 1. Do seu dualismo metafísico (Mundo Sensível X Mundo das Ideias); • 2. Da sua concepção de Alma. A Alegoria da Caverna • Alma, para Platão, é a centelha de perfeição que anima ou move o homem e possui três partes: Razão, Vontade e Apetite. • A parte intelectiva da alma será responsável por dar certo rumo às ações, à vida do agente. • Faz-se necessário ascender às Ideias, faz-se necessário ao intelecto controlar os impulsos do agente de modo a ele poder agir BEM, poder alcançar a boa vida. • É pela Razão (Dialética) que a Alma do homem se eleva à perfeição do Mundo das Ideias e pode acessar a Ideia de Bem. • Tendo este conhecimento acerca do Bem – e vemos aqui a centelha epistemológica de Sócrates – o homem pode ser virtuoso em seu agir, em seu agir Bem. • Dialética e virtude devem andar juntas, pois a dialética é o caminho da contemplação das ideias e a virtude é esta adequação da vida pessoal às ideias supremas. • Entretanto, o homem por si só não pode acessar tal perfeição, isto só pode ser alcançado pela vida em comunidade. • O homem é bom enquanto bom cidadão, uma pessoa que conheça a essência da bondade só pode ser feliz se agir corretamente.
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