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Profª Mestranda Shirley Moura A Globalização está associada a uma aceleração do tempo. Tudo muda mais rapidamente hoje em dia. E os deslocamentos também se tornaram muito rápidos: o espaço mundial ficou mais integrado. Em 1950 eram necessários 18 horas para um avião comercial cruzar o oceano Atlântico, fazendo a rota NY – Londres. Em 1990 essa rota era feita somente 3 horas, por um avião supersônico. Em 1865, quando o presidente dos EUA, Abraham Lincoln, foi assassinado, a notícia levou 13 dias para chegar na Europa. VOCÊ SABIA? É um fenômeno econômico, social, político e cultural. O processo de globalização caracteriza-se pela difusão a todo o planeta de modelos (económicos, políticos e culturais) de forte inspiração ocidental, baseados na economia de mercado e na organização social e política de tipo liberal, e traduz-se num fluxo crescente de bens, pessoas, capitais, informações e serviços comerciais à escala global. A GLOBALIZAÇÃO É um processo mundial de homogeneização do modo de produção capitalista, de globalização dos mercados e das transações financeiras, do entrelaçamento das redes de comunicação e do controle mundial das imagens e das informações. A lógica que a preside é a competição de todos com todos. A GLOBALIZAÇÃO Segundo Anthony Giddens, em As Consequências da Modernidade, a globalização pode assim ser definida como a intensificação das relações sociais em escala mundial. Neste sentido a globalização do mundo expressaria um novo ciclo de expansão do capitalismo, como modo de produção e processo civilizatório de alcance mundial marcado por diversidades, desigualdades, tensões e antagonismos, que se dariam simultaneamente às articulações e integrações regionais, transnacionais, e globais. SEUS EFEITOS Consequentemente o mundo globalizado não é um mundo homogêneo, mas sim um espaço marcado por significativas diferenças culturais. Sendo assim é correto afirmar que o capitalismo global seria, na verdade, um processo de ocidentalização, caracterizado pela exportação das mercadorias, dos valores, das prioridades, das formas de vida ocidentais. OS CENTROS DO PODER • Terceira Revolução Industrial Fase atual do capitalismo mundial • Está relacionada ao desenvolvimento da eletrônica e das tecnologias de informação que agilizaram e tornaram os negócios possíveis de serem realizados em qualquer lugar do planeta. •Aplicação de tecnologias ligadas à informática, às telecomunicações e à microeletrônica. • Surgimento de novas profissões que dependem de trabalhadores qualificados e ao mesmo tempo substituição de mão-de-obra por máquinas. ROBOTIZAÇÃO / DESEMPREGO ESTRUTURAL. •Tecnopolos / produção just-in-time COM ISSO... Surge uma nova ordem mundial dominada por manipulação de fatos para tender a determinados interesses; Os acontecimentos são moldados de acordo com os interesses das empresas. A informação é o grande instrumento do processo de globalitarismo, manejadas por pequenos grupos de forma inteligente; A magnitude progressiva, a aceleração e aprofundamento do impacto dos fluxos e padrões inter-regionais de interação social; Uma mudança ou transformação na escala da organização social que liga comunidades distantes e amplia o alcance das relações de poder nas grandes regiões e continentes do mundo. A NOVA SOCIEDADE Revolução Tecnológica Reestruturação Econômica Crítica da Cultura Redefinição das relações de produção, poder e experiência Nova sociedade Relações sociais Padrões de vida e cultura Planos do Estado e da política- assiste-se a processos que diminuem continuamente a soberania, identidade, redes de comunicação e poder do Estado por interferência cruzada de atores internacionais. Difusão de novas tecnologias Internacionalização do conhecimento social e novas formas de interdependência mundial Expansão da democracia Deterioração ecológica do planeta AS TRANSFORMAÇÕES É a competitividade. Visando à obtenção de produtos competitivos no mercado, as grandes empresas financiam ou promovem pesquisa, do que resulta um acelerado avanço tecnológico. Esse avanço implica informatização de atividades e automatização da indústria, incluindo até a robotização de fábricas. Em consequência, o desemprego torna-se o maior problema da atual fase do capitalismo. Embora a globalização seja mais intensa na economia, ela também ocorre na informação, na cultura, na ciência, na política e no espaço. Não se pode pensar, contudo, que a globalização tende a homogeneizar o espaço mundial. Ao contrário, ela é seletiva. Assim, enquanto muitos lugares e grupos de pessoas se globalizam, outros, ficam excluídos do processo. Por esse motivo, a globalização tende a tornar o espaço mundial cada vez mais heterogêneo. O MOTOR DA GLOBALIZAÇÃO Um grande traço comum, para as sociedades inseridas no processo de globalização seriam justamente as práticas de consumo. Segundo Zygmunt Bauman nos tornamos, acima de tudo, uma sociedade de consumidores, de acumuladores de sensações. O processo de "desenvolvimento" econômico, nos moldes como vem sendo gerenciado, no mundo globalizado, amplia as desigualdades sociais entre os "incluídos" e os "excluídos". Isto tem favorecido um aumento no processo de degradação ambiental nas regiões mais pobres, onde as populações têm sido impelidas a utilizar os recursos naturais de forma extremamente desordenada. O desenvolvimento sustentável deve ser entendido sob a ótica de um mundo globalizado, pois os efeitos da degradação não conhecem fronteiras e a degradação de um Estado compromete a vida de todo o mundo. Por outro lado, a globalização pode ser essencial para a preservação dos recursos naturais através do intercâmbio de mecanismos de desenvolvimento limpo. O “DESENVOLVIMENTO” A sustentabilidade deve ser percebida de maneira abrangente e incorporar aspectos ambientais, sócio-culturais, políticos e econômicos porque, ao contrário do que entendem alguns gestores, inclusive de comunicação, ela deve permear todas as ações humanas, com o objetivo precípuo de preservar condições ideais para que todos os cidadãos desfrutem de qualidade de vida. A sustentabilidade é a teia que tece a relação das pessoas entre si e com o planeta em que vivemos. A SUSTENTABILIDADE Desenvolver de forma ambientalmente sustentável significa utilizar os recursos naturais disponíveis, de modo que eles também possam ser usados pelas gerações futuras. Em outras palavras, desenvolvimento sustentável é aquele que se processa sem o esgotamento dos recursos naturais, ou capital primário, utilizado. Segundo o economista polonês Ignacy Sachs crescimento econômico sem bem-estar social e sustentabilidade ambiental pode ser definido como qualquer coisa, menos desenvolvimento. Desenvolvimento sustentável significa obter crescimento econômico necessário, garantindo a preservação do meio ambiente e o desenvolvimento social para o presente e gerações futuras. DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL A globalização não beneficia a todos de maneira uniforme. Uns ganham muito, outros ganham menos, outros perdem. Na prática exigem menores custos de produção e maior tecnologia. A mão-de-obra menos qualificada é descartada. O problema não é só individual. É um drama nacional dospaíses mais pobres, que perdem com a desvalorização das matérias- primas que exportam e o atraso tecnológico. A tendência dos meios de comunicação tem sido de homogeneizar, tornar iguais todas as pessoas, todos os povos, a partir de padrões dominantes. Isso impõe a quem não se enquadra nestes padrões com um sentimento de exclusão, pois as identidades cada vez entram em maior colapso, ao contrário de se afirmarem, ao mesmo tempo em que possam respeitar as suas identidades. Este é um fruto negativo do processo de globalização, pois a globalização em si não se constitui necessariamente nem em fragmentação nem em perda da identidade ou caminho inevitável para os fundamentalismos. Os meios de comunicação não devem ser apenas instrumento para o mercado, mas funcionar sobretudo como espaço para o exercício da diversidade, da tolerância, da solidariedade, da crítica e da democracia. A COMUNICAÇÃO A comunicação para a sustentabilidade é vital para a democracia. Ela se funda na defesa da bio e da sociodiversidade, que se manifesta na criação de uma cultura planetária que se identifica com a distribuição equitativa dos recursos naturais, com uma governança global que respeita a identidade e a autonomia de nações e de culturas. A comunicação para a sustentabilidade não é apenas mais uma utopia, mas uma necessidade imperiosa para indivíduos, organizações ou governos. A sua práxis garante a nossa condição de seres humanos, providos de inteligência e cordialidade, e com certeza instaura idealmente a qualidade de vida para todos os que habitam o nosso planeta. É um processo quantitativo e qualitativo de aproximação entre homens quotidianamente inseridos em espaços geográficos diferentes. Aproximação que pode assumir múltiplas formas: da viabilidade de contato pessoal á comunicação escrita; da troca de mercadorias produzidas por uns e outros a troca de informações. Podemos dizer que a mundialização é um processo que se iniciou a partir do desenvolvimento capitalista no período pós – guerra com avanços e recuos, mas tendencialmente crescente, manifestando-se de forma desigual nas diversas regiões do mundo. ENTÃO SURGE A MUNDIALIZAÇÃO O hibridismo não é um processo que traz ao sujeito a sensação de completude ao dialogar com outras culturas, pelo contrário, seria o momento onde o sujeito percebe que sua identidade está sempre sendo reformulada, ressignificada e reconstruída, num jogo constante de assimilação e diferenciação para com o “outro”, permanecendo sua indecisão sobre qual matriz cultural o mais representa. E SURGEM OS SUJEITOS HÍBRIDOS Os embates de fronteira acerca da diferença cultural têm tanta possibilidade de serem consensuais quanto conflituosos; podem confundir nossas definições de tradição e modernidade, realinhar as fronteiras habituais entre o público e o privado, o alto e o baixo, assim como desafiar as expectativas normativas de desenvolvimento e progresso (BHABHA, 1998, p. 21). O hibridismo não se refere a indivíduos híbridos, que podem ser contrastados com os “tradicionais” e “modernos” como sujeitos plenamente formados. Trata-se de um processo de tradução cultural, agonístico uma vez que nunca se completa, mas que permanece em sua indecidibilidade (HALL, 2003, p. 74). Profª Shirley Moura shirley.moura@estacio.br @ShirleyMoura @Shirleydasneves #OBRIGADA Profª Shirley Moura shirley.moura@estacio.br @ShirleyMoura @Shirleydasneves
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