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ESTUDOS DISCIPLINARES 256V – TEORIA GERAL DO CRIME MÓDULO I 1) Assinale a alternativa que associa, de forma correta, a característica da norma penal e respectiva definição. A Taxatividade, a norma penal deve ser completa e precisa, delimitando a conduta criminosa. Justificativa: A lei penal deve ser taxativa, isto é, precisa e completa, delimitando expressamente a conduta incriminadora. B Exclusividade, a lei penal trata de todos os aspectos sociais e econômicos, não se limitando ao crime, mas também a tudo aquilo que estiver relacionado ao Direito Público. C Imperatividade, a lei penal é imperativa, isto é, sua vigência não está condicionada a qualquer votação anterior, mas simplesmente é imposta pelo Poder Executivo. D Anterioridade, a vigência da lei penal é ampla, sendo aplicada tanto a fatos anteriores como a fatos posteriores a sua promulgação. 2) Assinalar a alternativa que contenha somente fontes mediatas de direito penal: A analogia, União e estados membros, quando se tratar de matéria regional. B lei, costumes, jurisprudência, princípios gerais. C hábitos, lei, princípios gerais. D princípios gerais de direito e costumes. Justificativa: Princípio da Adequação Social e corolários do direito. 3) A respeito da lei penal, não pode ser dito que: A possui sistematização consistente em preceito primário, que descreve a conduta criminosa e preceito secundário, que estipula a pena. B somente pode ser incriminadora. Justificativa: A lei penal pode ser não incriminadora como, sendo, por exemplo, mandamentais. C pode autorizar condutas que, em princípio, são criminosas. D pode apresentar seu preceito primário incompleto. 4) Assinale a alternativa correta: A A norma penal em branco não está expressa no Código Penal, nele constando a indicação “revogada ”. B A norma penal em branco possui o preceito primário incompleto, em regra, sendo necessário que outra norma, de hierarquia idêntica ou não, a regule para sua exequibilidade. Justificativa: Por exemplo, a lei de drogas que faz uso de uma portaria da ANVISA que traz o rol de drogas ilícitas. C A norma penal em branco é exceção ao princípio da imperatividade. D Em nosso ordenamento jurídico inexiste qualquer norma penal em branco. MÓDULO II 1) Não há crime se inexistentes a “culpa” ou “dolo”, impedindo, assim, a responsabilidade objetiva. É preciso, no mínimo, que o agente tenha agido sem o devido dever de cuidado ou com vontade e consciência. A descrição se refere ao princípio A Da anterioridade. B Da legalidade C Da humanidade D Da culpabilidade Justificativa: O princípio da culpabilidade consagra a responsabilidade subjetiva no Direito Penal, partindo da premissa nullum crimen sine culpa. Para Zaffaroni e outros (2011, p. 245), este princípio é o mais importante dos que derivam do estado de direito, pois sua violação implicaria no desconhecimento da essência do conceito de pessoa. E Da proporcionalidade 2) A lei penal deve ser precisa e completa, delimitando expressamente a conduta incriminadora. A descrição se refere ao princípio A Da culpabilidade B Da taxatividade Justificativa: A lei penal deve ser taxativa, isto é, precisa e completa, delimitando expressamente a conduta incriminadora. C Da legalidade D Da humanidade E Da proporcionalidade 3) A respeito da extratividade da lei penal no tempo, podemos afirmar que A A lei penal jamais poderá retroagir Justificativa: O princípio da irretroatividade penal proíbe que, uma vez determinada por Lei como conduta ilícita, os efeitos penais, incriminantes e condenatórios dessa Lei retroajam anteriormente à vigência dessa. Assim sendo, a prática de uma conduta delituosa punível se praticada após a vigência da Lei que a proscreve. Por conseguinte, toda prática dessa conduta antes da vigência torna-se intocável pelo Direito Penal, seguindo lícita e não punindo seu autor. O efeito ex tunc é vedado in malam partem, isto é, pra punir. B É aplicada no caso de abolitio criminis e novatio legis in mellius Justificativa:A regra geral, trazida pela CF, é a proibição da retroatividade in pejus (para prejudicar o agente), permitindo somente a retroatividade in melius (para beneficiá-lo). De acordo com o inciso XL do artigo 5o, a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu C Não é verificada em nenhuma hipótese no Brasil D A lei excepcional ou temporário não possui previsão legal na lei brasileira E O artigo 3 do Código Penal se refere apenas à hipótese de irretroatividade da lei penal 4) No que diz respeito ao tempo do crime, o Brasil adotou a teoria A Da atividade Justificativa: A teoria da atividade considera que o crime foi praticado no momento da conduta comissiva ou omissiva. Já a teoria do resultado reputa que o crime é perpetrado no momento da produção do resultado. Por fim, a teoria da ubiqüidade ou mista considera o crime praticado no momento da conduta e no momento do resultado. B Do resultado C Da ubiquidade D da ultratividade E da retroatividade MÓDULO III 1) A respeito das embaixadas, pode ser dito que: A Para o direito penal correspondem ao território do país representado. B Para o direito penal não correspondem ao território do país representado. Justificativa: Imunidade diplomática. C Para o direito constitucional não correspondem ao território do país representado. D Para o direito penal, só consistirão no território do país representado caso o embaixador autorize. E Para todo ordenamento jurídico nacional a embaixada é instituição inexistente, devendo ser considerada qualquer discussão relativa à sua soberania. 2) A respeito das imunidades diplomáticas, em direito penal, pode ser dito que: A São aplicadas aos embaixadores, seus secretários, pessoal técnico, família, funcionários de organismos internacionais, chefe de estado em visita. Justificativa: As imunidades diplomáticas alcançam embaixadores, seus secretários, pessoal técnico, família, funcionários de organismos internacionais, chefe de estado em visita. B Não são aplicadas, em qualquer hipótese, em nosso ordenamento jurídico C São aplicadas de forma ampla e irrestrita, alcançando, inclusive, pessoa estranha ao corpo diplomático, que somente pise no prédio da embaixada. D Podem ser absolutas e relativas. E Só existem na modalidade processual e prisional 3) A respeito das imunidades absolutas dos parlamentares, é incorreto dizer que: A Não subsistem, quando o parlamentar se licenciar para exercer um outro, tais como ministro ou secretário. B São renunciáveis, desde que o parlamentar autorize a instauração do inquérito policial ou propositura da ação penal. Justificativa: E por essa razão que não se reconhece ao congressista, em tema de imunidade parlamentar, a faculdade de a ela renunciar. Trata-se de garantia institucional deferida ao Congresso Nacional. O congressista, isoladamente considerado, não tem, sobre ela, qualquer poder de disposição. - O exercício do mandato parlamentar recebeu expressiva tutela jurídica da ordem normativa formalmente consubstanciada na Constituição Federal de 1988. C São inerentes ao mandato e irrenunciáveis. D Não se estendem ao co réu, que pratique o crime em concurso com o parlamentar. E Tratam-se da inviolabilidade civil e penal das palavras, opiniões e votos dos parlamentares 4) A imunidade relativa ou processual do parlamentar: A Impede em todas e qualquer hipótese a prisão do parlamentar. B Não alcançam os parlamentares estaduais. C Possibilita, amplamente, a prisão em flagrante do parlamentar. D Impossibilita a prisão em flagrante por crime afiançável. Justificativa: Para que o parlamentar possa bem exercer o seu papel de representante da sociedade livre de pressões, a Constituição lhe outorga imunidadesde natureza material ou substantiva, denominada imunidade absoluta, e formal ou processual, denominada relativa. E Sempre impede o desenvolvimento de processo-crime contra o parlamentar. MÓDULO IV 1) Para o conceito formal de crime, temos que crime é: A Fato típico e antijurídico e culpabilidade é mero pressuposto para aplicação de pena. Justificativa: O crime como fato típico e antijurídico, onde a culpabilidade é apenas o pressuposto para a aplicação da pena, destaca-se a Teoria Bipartida também conhecida como teoria finalista em que a doutrina considera o dolo e a culpa como elementos integrantes da conduta. B Reprovação social. C Punição social D Fato típico e antijurídico e, necessariamente, culpável. E Fato típico e antijurídico e, necessariamente, culpável e punível 2) Fato típico é A Reprovação social B Punição social C Conduta, comissiva ou omissiva, prevista em lei penal como infração e que provoca um resultado típico. Justificativa: No estudo de crime, fato típico é o primeiro substrato do crime. É um fato humano indesejado, que consiste numa conduta humana voluntária produtora de um resultado que se ajusta formalmente (resultado jurídico) e materialmente (resultado naturalístico) ao tipo penal. D Conduta, comissiva ou omissiva, prevista em lei penal como infração e que sempre provoca um resultado típico. E Conduta, comissiva ou omissiva, prevista em lei penal como infração e contrária ao ordenamento jurídico. 3) A antijuridicidade é: A Reprovação social advinda da prática de um fato típico. B previsão em lei penal da conduta como sendo crime. C Conduta, comissiva ou omissiva, prevista em lei penal e que sempre provoca um resultado. D É a contrariedade ao ordenamento jurídico. Justificativa: A antijuridicidade é a relação de contrariedade entre o fato e o ordenamento jurídico. Não basta, para a ocorrência de um crime, que o fato seja típico (previsto em lei). É necessário também que seja antijurídico, ou seja, contrário à lei penal, que viole bens jurídicos protegidos pelo ordenamento jurídico. E É o único pressuposto para aplicação da pena. 4) Marque a alternativa que melhor se associa ao conceito “efeito jurídico do comportamento típico e ilícito, sendo culpado o sujeito”: A Fato típico B Antijuridicidade C Culpabilidade D Conceito finalista de crime E Punibilidade Justificativa: característica ou condição do que é punível. MÓDULO V 1) É elemento do fato típico A Ilicitude B Conduta Justificativa: É o fato humano descrito abstratamente na lei como infração a uma norma penal. São elementos do fato típico a conduta, o resultado, o nexo causal entre a conduta e o resultado e a tipicidade. Na falta de qualquer destes elementos, o fato passa a ser atípico e, por conseguinte, não há crime. C Culpabilidade D Punibilidade E Reprovabilidade 2) A respeito da “conduta”, pode ser dito que: A é requisito imprescindível para caracterização do fato típico Justificativa: é a ação ou omissão humana consciente e dirigida a determinada finalidade; seus elementos são: - um ato de vontade dirigido a uma finalidade; - atuação positiva ou negativa dessa vontade no mundo exterior; a vontade abrange o objetivo pretendido pelo sujeito, os meios usados na execução e as consequências secundárias da prática. B é requisito dispensável para caracterização do fato típico. C Consiste em, necessariamente, a ação manifestada pelo agente. D Nunca poderá ser manifestada pela omissão. E É requisito indispensável somente aos crimes de mera conduta 3) A respeito do resultado, pode ser dito que: A É requisito indispensável para caracterização do crime. B Não é elemento do fato típico C Existem crimes que, para sua configuração, não exigem a constatação. Justificativa: No caso de crimes formais. É a modificação do mundo exterior provocada pelo comportamento humano voluntário. D É dispensável somente aos crimes de mera conduta. E É necessário à consumação dos crimes habituais. 4) Suponha que em um trecho de rua, um ônibus que o sujeito dirige, colide com um poste que sustenta fios elétricos, um dos quais, caindo ao chão, atinge um passageiro ileso e já fora do veículo, provocando a sua morte. A respeito da situação, teremos a seguinte solução: A Há responsabilização penal do causador do acidente, já que se adota a regra da conditio sine qua non. B Trata-se de causa concomitante absolutamente independente. C Trata-se de causa preexistente relativamente independente. D Haverá responsabilização penal do causador do acidente, já que as causas são absolutamente independente. E Não há que se falar em responsabilização do causador do acidente pela morte Justificativa: O resultado não é punível. 5) A respeito do dolo pode ser dito que A Pressupõe a vontade e a consciência do agente, sendo elemento subjetivo do tipo. Justificativa: Dolo é a vontade livre e consciente de realizar a conduta e produzir o resultado, ou seja, de praticar o fato criminoso. Esta teoria é utilizada pelos defensores da Teoria Finalista da Ação. B Pressupõe a falta de dever de cuidado do agente C Pressupõe a existência de culpa. D É sempre considerado eventual, pois nem sempre é constatado. E É sempre considerado alternativo, pois nem sempre é constado. MÓDULO VI 1) O erro de tipo vencível A Afasta o dolo e a culpa B Afasta a culpa e o agente responde pela modalidade dolosa C Afasta o dolo e o agente responde pela modalidade culposa se houver previsão legal Justificativa: Erro de tipo vencível, é o erro que poderia ter sido evitado. Se por exemplo, um caçador tendo como objetivo matar um urso, acaba matando uma pessoa, temos que verificar se nas condições em que se encontrava ele poderia, atuando com a diligência devida, perceber que se tratava de uma pessoa o objeto de seu alvo. Em sendo a resposta afirmativa configurado estará o erro de tipo vencível, que tem como efeito eliminar a tipicidade dolosa, tal como o invencível, mas no caso de ser o tipo previsto como culposo e de estarem presentes os seus pressupostos, a conduta poderá ser tipicamente culposa. Temos que o erro de tipo vencível exclui o dolo, mas não a culpa se prevista em lei. D O agente responderá por dolo e culpa E É uma causa de excludente da culpabilidade 2)Dentre as afirmativas abaixo, assinale a falsa; A Erro invencível ou escusável é aquele no qual o sujeito não age dolosamente ou culposamente, motivo pelo qual não responde por crime doloso ou culposo. B O erro de tipo, que incide sobre as elementares ou circunstâncias da figura típica exclui o dolo. C O erro de proibição ocorre quando o homem não incorre em qualquer falsa apreciação da realidade, mas acredita que o fato não é contrário à ordem jurídica. D Erro vencível ou inescusável é o que emana do dolo do agente, pois, para evitá-lo, bastaria a atenção normal do homem médio. Justificativa: Há erro vencível (inescusável ou culpável) quando pode ser evitado pela diligência ordinária, resultado de imprudência ou negligência. Qualquer pessoa, empregaria a prudência normal exigida pela ordem jurídica, não cometeria o erro em que incidiu o sujeito. E Descriminantes putativas ocorrem quando o agente supõe que está agindo licitamente, imaginando que se encontra presente uma das causas excludentes da ilicitude previstas em lei. 3) Em sede de aberratio ictus, o Código Penal prevê que: A quando, por acidente ou erro no uso dos meios de execução, o agente, ao invés de atingir a pessoa que pretendia ofender, atinge pessoa diversa, responde como se tivesse praticado crime contra aquela. Justificativa: Aberratio ictus, em Direito penal, significa erro na execução ou erro por acidente. Quero atingir uma pessoa ("A") e acabo matando outra ("B"). A leitura do art. 73 doCódigo Penal ("Quando, por acidente ou erro no uso dos meios de execução, o agente, ao invés de atingir a pessoa que pretendia ofender, atinge pessoa diversa, responde como se tivesse praticado o crime contra aquela, atendendo-se ao disposto no § 3º do art. 20 deste Código. No caso de ser também atingida a pessoa que o agente pretendia ofender, aplica-se a regra do art. 70 deste Código") nos conduz à conclusão de que existem duas espécies de aberratio ictus: (1) em sentido estrito e (2) em sentido amplo. B quando, por acidente ou erro na execução do crime, sobrevém resultado diverso do pretendido, o agente responde por culpa. C quando, por acidente ou erro na execução do crime, sobrevém resultado diverso do pretendido, o agente responde por crime preterdoloso. D não se cogita a sua aplicação em crime de latrocínio, tendo em vista as particularidades que envolve esse tipo penal. E trata-se de exclusão de culpabilidade 4) Aberratio ictus e aberratio criminis são A expressões diversas utilizadas para se referir ao mesmo instituto. B institutos diferentes e há aberratio criminis quando o agente, em vez de atingir a pessoa que pretendia ofender, atinge pessoa diversa. Justificativa: Aberratio Ictus Art. 73 CP -1) Observa-se acidente ou Erro na execução 2) O agente acaba produzindo o resultado pretendido, porém em PESSOA DIVERSA (queria matar "A", mas acaba matando B") 3) Responde pelo resultado pretendido (leva-se em consideração as características da pessoa que rpetendia atingir), a titulo de DOLO. Aberratio Criminis Art. 74 CP 1) Observa-se acidente ou Erro na execução 2) O agente acaba por produzir o RESULTADO DIVERSO DO PRETENDIDO, atigindo bem jurídico diverso. (Queria danificar o patrimônio de "A", mas acaba por matar o proprietário). 3) Responde pelo resultado diverso do pretendido, a título de CULPA. C institutos diferentes e há aberratio ictus quando, por erro na execução do crime, sobrevém resultado diverso do pretendido. D institutos diferentes e há aberratio criminis quando, por erro na execução do crime, sobrevém resultado diverso do pretendido E são institutos idênticos MÓDULO VII 1) Nos termos do inciso I, do artigo 14, do Código Penal, temos que: A O crime é consumado somente quando exaurido B O crime é consumado quando o fato praticado pelo agente corresponde a todos elementos previstos na hipótese legal Justificativa: Art. 14 - Diz-se o crime: I - consumado, quando nele se reúnem todos os elementos de sua definição legal; C Tão somente com a verificação do resultado é que o crime pode ser considerado consumado. D Tão somente com a verificação da conduta do agente é que o crime pode ser considerado consumado. E A fase da cogitação é suficiente para constatação da consumação do crime 2) A respeito do crime de violação de domicílio, podemos dizer que: A Basta a conduta do agente, adentrar em domicílio alheio, sem autorização, para a consumação. Justificativa: Art. 150 – Entrar ou permanecer, clandestina ou astuciosamente, ou contra a vontade expressa ou tácita de quem de direito, em casa alheia ou em suas dependências B É indispensável a produção de resultado, caso contrário, não há que se falar em consumação. C Trata-se de crime de perigo D É crime permanente. E É crime omissivo impróprio. 3) O inter criminis é composto, respectivamente e em ordem cronológica, crescente, das seguintes fases: A Atos preparatórios, cogitação, execução e consumação. B Atos preparatórios, execução, cogitação e consumação. C Cogitação, atos preparatórios, execução e consumação. Justificativa: a sucessão dos vários atos que devem ser praticados pelo criminoso para atingir o fim desejado. D Atos preparatórios, cogitação, execução e arrependimento posterior. E Basta a execução. 4) A respeito dos crimes omissivos impróprios, pode ser dito que: A A consumação ocorre mediante a verificação de mera conduta. B A consumação se prolonga no tempo, tal como ocorre com os crimes permanentes. C Não há previsão legal no Código Penal D São equiparados aos crimes omissivos próprios. E Exige-se o resultado naturalístico. Justificativa: A consumação se verifica com a produção do resultado, visto que a simples conduta negativa não o perfaz, exigindo-se um evento naturalístico posterior. 5) A respeito dos crimes omissivos próprios, pode ser dito que: A São praticados somente por aqueles que possuem o dever legal de agir, nos termos do artigo 13 e seguintes do Código Penal. B Exige-se a produção de resultado naturalístico. C São equiparados aos crimes comissivos e omissivos impróprios. D A consumação se perfaz com o mero comportamento negativo, não se condicionando a produção de um resultado ulterior. Justificativa: Tratando-se de crime que se perfaz com o simples comportamento negativo (ou ação diversa), não se condicionando à produção de um resultado ulterior, o momento consumativo ocorre no instante da conduta. E O momento consumativo é limitado à fase da cogitação. 6) A tentativa perfeita ou crime falho é verificada quando: A O agente realiza todos os atos executórios e se arrepende B É causa obrigatória de aumento de pena C O agente sequer consegue chegar à fase de execução do crime D O agente realiza toda a fase de execução do crime, integralmente, mas o resultado não se verifica por circunstancias alheias à sua vontade Justificativa: A tentativa perfeita ou crime falho diz respeito ao agente que inicia os atos executórios do crime, contudo não obtêm o êxito no crime por circunstâncias alheias a sua vontade. É o caso do agente que disfere tiros na vítima e acreditando ter consumado o crime de homicídio, por razões volitivas deixa o local do crime ou aquele que realiza todos os meios de atos executórios, como descarregar toda munição na vítima, embora, somente uma munição atinja a vítima e essa venha a sobreviver. E O agente é impedido de realizar, integralmente, toda a execução do crime por circunstancias alheias a sua vontade 7) Assinale a alternativa correta A Quanto mais próximo o agente do crime chegar à consumação da tentativa, menor será a diminuição de pena atribuída ao crime Justificativa: Quanto mais se aproxima da consumação, menor será a redução de pena (mais próxima de 1/3). B Quanto maior a culpabilidade do agente do crime menor será a diminuição de pena atribuída C A mera tentativa é atenuante D A mera tentativa é agravante E A pena ao crime de tentativa é aplicada conforme o comportamento social do agente 7) A tentativa propriamente dita A É verificada quando a fase de execução do inter criminis é desenvolvida sem qualquer interrupção B É verificada quando a fase da preparação do inter ciminis é interrompida C É verificada quando a fase de execução do inter ciminis é interrompida, por circunstancias alheias à vontade do agente Justificativa: A tentativa em seu conceito, fazendo uma explanação temporal desde os primeiros passos ocorre quando um agente cogita, realiza atos preparatórios, chega a executar os atos de execução do crime, contudo por motivos alheios a vontade do agente acontece o impedimento da consumação do crime. Portanto, a tentativa resta caracterizada no intervalo entre atos executórios e a consumação do delito, ou crime, onde ocorre a frustração ou impedimento da conduta executória. D É verificada quando a fase de execução do inter ciminis é abandonada E É verificada quando ausentes todas as fases do inter ciminis MÓDULO VIII 1) Podem ser considerados crimes comissivos: A Os crimes praticados mediante a abstenção de comportamento. B Os crimes omissivos próprios. C Os crimes omissivos impróprios. D Todos os crimes previstos na legislação penal. E Os crimes permanentes.Justificativa: Crimes praticados mediante ação, onde o sujeito realiza o comportamento reprovável. 2) Tenha em vista o crime de homicídio, a seu respeito pode ser dito que é considerado: A Crime instantâneo de efeito permanente. Justificativa: é aquele em que há consumação imediata, em único instante, ou seja, uma vez encerrado está consumado. A consumação não se prolonga. A afetação ao bem jurídico protegido é instantânea. B Crime permanente C Crime habitual D Crime de mera conduta. E Crime de mão própria. 3) Considerando que o legislador mencione descreva tanto o comportamento do agente como o resultado, mas, ao mesmo tempo, não exige a consumação do resultado para sua consumação, verificar-se-á: A Crime de mera conduta B Crime formal Justificativa: rime formal no Direito penal brasileiro ocorre quando a intenção do agente é presumida de seu próprio ato, que se considera consumado independentemente do resultado, como por exemplo, a falsidade de moeda, ainda que o objeto do delito (a moeda falsa) não venha a circular. C Crime material D Crime instantâneo de efeito permanente E Crime omissivo 4) O crime de infanticídio, previsto no artigo 123, do Código Penal, é considerado: A Crime omissivo. B Crime permanente C Crime próprio Justificativa: a agente é a mãe em estado puerperal, no parto ou logo após este (a doutrina fala em até 30 dias logo após o parto). D Crime especial E Crime continuado 5) Considere as seguintes figuras típicas previstas no Código Penal “rufianismo” e “curandeirismo”, temos que, respectivamente, são considerados: A Crime permanente e crime instantâneo de efeito permanente. B Crime próprio e crime de mão própria. C Crime omissivo próprio e crime omissivo impróprio. D Crime profissional e crime habitual. Justificativa: Crime habitual: exige conduta reiterada (rufanismo); Crime profissional: o agente se faz passar por determinado profissional quando não é habilitado para tal. E Crime habitual e profissional. 6) A expressão “quase crime” é atribuída a qual instituto penal abaixo relacionado A Tentativa perfeita B erro de proibição C aberratio ictus D excludente de ilicitude E crime impossível Justificativa: No crime impossível ou quase crime, por sua vez, o emprego de meios ineficazes ou o ataque a objetos impróprios inviabilizam a produção do resultado, inexistindo situação de perigo ao bem jurídico tutelado.
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