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ANATOMIA DO JEJUNO, ÍLEO, CÓLONS E RETO Elaborado por Antonio Carlos de Almeida Barbosa Filho Monitor do Módulo de OMF II – Medicina, CESMAC A primeira parte do Intestino Delgado é denominada de Duodeno, que termina na Flexura Duodenojejunal. Após esta, vem as outras duas partes: Jejuno e Íleo. Contudo, não há linha morfológica de distinção entre as duas últimas partes, sendo arbitrária a divisão. As características dos mesmos sofrem mudanças graduais de tal modo que uma parte retirada da primeira porção do Duodeno apresentará diferenças típicas e acentuadas em relação à parte terminal do Íleo. O Jejuno e o Íleo estão presos à Parede Posterior do Abdome pelo Mesentério, que é uma extensa prega de Peritônio capaz de fornecer ampla mobilidade às alças intestinais, permitindo às mesmas acomodarem-se em suas mudanças de forma e posição. O Mesentério possui uma forma de leque e sua Borda Posterior ou Raiz, com cerca de 15cm de comprimento, está inserida na Parede Posterior do Abdome e estende-se do lado esquerdo do corpo da segunda vértebra lombar (L II), até a Articulação Sinovial Plana Sacroilíaca Direita, cruzando sucessivamente a Porção Horizontal do Duodeno, Artéria Aorta Abdominal, Veia Cava Inferior, Ureter Direito e Músculo Psoas Direito. A largura do Mesentério entre as bordas vertebral e intestinal é, em média, de 20cm, sendo maior no meio do que nas extremidades. Entre os dois folhetos que o compõem estão contidos vasos sanguíneos, nervos, vasos quilíferos e linfonodos, junto com quantidade variável de gordura. A parede do Intestino Delgado é composta por quatro camadas: - Serosa: é composta pelo Peritônio e pelo Tecido Conjuntivo Areolar que o une à camada muscular. O Intestino Delgado é revestido por Peritônio, exceto ao longo da estreita faixa presa ao Mesentério e das partes retroperitoneais do Duodeno; - Muscular: é composta das duas camadas usuais do tubo digestivo: Camada Longitudinal Externa e Camada Circular Interna. Entre estas duas camadas encontra-se uma rede de tecido nervoso que contém fibras nervosas amielínicas e células ganglionares, conhecida como Plexo Mientérico ou de Auerbach. A Túnica Muscular é mais espessa na parte proximal do Intestino do que na distal; - Submucosa: é constituída de Tecido Conjuntivo Fibroelástico e Areolar. É uma camada robusta, formando o núcleo das Pregas Circulares. Contém os vasos sanguíneos e linfáticos destinados à Mucosa e, próximo à Muscular, o Plexo Submucoso de Meissner; - Mucosa: é composta dos Vilos (são minúsculas projeções digitiformes cujo tamanho situa-se no limite da visibilidade a olho nu e estão aglomerados por toda a superfície da Mucosa, conferindo a esta, aspecto aveludado), das Glândulas Intestinais (Kriptas de Lieberkühn), de um arcabouço de Tecido Conjuntivo e da Muscular da Mucosa, que é uma fina lâmina de células musculares lisas, constituída de uma Camada Circular Interna e de uma Camada Longitudinal Externa, localizada no limite entre a Mucosa e a Submucosa. JEJUNO O Jejuno corresponde aos 2/5 proximais do restante do Intestino Delgado, ou seja, da parte que sucede o Duodeno; É mais largo que o Íleo, tendo cerca de 4cm de diâmetro. Além disso, sua parede é mais espessa, mais vascular e de cor mais forte que o Íleo; As Pregas Circulares (Válvulas Coniventes ou Valvas de Kerkring) da mucosa do Jejuno são grandes, mais densamente distribuídas e com os Vilos maiores que os do Íleo; Os Nódulos Linfáticos Agregados (Placas de Peyer) estão, em geral, ausentes em sua parte proximal e encontrados com menor frequência em sua parte distal, quando comparados com o Íleo. São menores e tendem a adquirir forma circular; Ao segurar o Jejuno entre os dedos indicador e polegar, pode-se sentir através das paredes as Pregas Circulares, o que não acontece com a parte inferior do Íleo. Assim, é possível distinguir a parte superior da parte inferior do Intestino Delgado. ÍLEO O Íleo corresponde aos 3/5 distais do restante do Intestino Delgado, ou seja, da parte que sucede o Duodeno; É mais estreito, sendo seu diâmetro de 3,75cm e possui cor mais fraca, além de suas túnicas serem mais finas e menos vascularizadas que as do Jejuno. Possuem poucas e esparsas Pregas Circulares (Válvulas Coniventes ou Valvas de Kerkring), que são pequenas e desaparecem de todo em direção à extremidade caudal ou podem estar, inclusive, ausentes; Os Nódulos Linfáticos Agregados (Placas de Peyer), são maiores e mais numerosos no Íleo. As Placas de Peyer são grupos de nódulos linfáticos espalhados em uma camada única na mucosa da parede do Íleo oposta à inserção do Mesentério. As placas são circulares ou ovais e possuem cerca de 1cm de largura, podendo se estender ao longo do Intestino por 3 a 5cm. Apesar de maiores e mais numerosas no Íleo distal, também podem ser vistas, por vezes, no Jejuno. Na autópsia, podem ser reconhecidas macroscopicamente, onde as Pregas Circulares estão ausentes e os Vilos são muito espessos ou ausentes, como placas espessas e esbranquiçadas. As Placas de Peyer são de difícil identificação em cadáveres de idade avançada em virtude da atrofia que o tecido linfático sofre em indivíduos idosos. Obs: Divertículo de Meckel é o nome dado a um divertículo que se destaca da porção inferior do Íleo em cerca de 2% dos casos. Sua situação mais comum é a cerca de 1m da Valva Ileocecal e seu comprimento ao redor de 5cm. Tem calibre geralmente similar ao do Íleo e a extremidade cega pode ser livre ou presa à Parede Abdominal ou a alguma outra porção do Intestino por um ligamento fibroso. Representa o resto da parte proximal do Ducto Vitelino (canal de comunicação entre o Saco Vitelino e o Tubo Digestivo Primitivo no início da vida fetal). JEJUNO ÍLEO Irrigação do Jejuno e do Íleo: Ramos Intestinais (Jejunais e Ileais) da Artéria Mesentérica Superior. Drenagem venosa do Jejuno e do íleo: Ramos Intestinais (Jejunais e Ileais) que drenam para a Veia Mesentérica Superior. Drenagem linfática do Jejuno e do íleo: Dispõem-se em dois grupos: os da Mucosa e os da Túnica Muscular. Inervação do Jejuno e do Íleo: Os Nervos do Intestino Delgado derivam dos plexos nervosos autonômicos situados em torno da Artéria Mesentérica Superior, representados por: - Fibras parassimpáticas craniais do Nervo Vago (NC X); - Fibras simpáticas pós-ganglionares do Plexo Celíaco. Destas origens, eles dirigem-se para o Plexo Mientérico ou de Auerbach de nervos e gânglios, situados entre as Fibras Musculares Circulares e as Fibras Musculares Longitudinais, de onde os ramos nervosos são distribuídos às camadas musculares do Intestino. Deste, deriva um plexo secundário, o Plexo Submucoso de Meissner, formado por ramos que perfuram as Fibras Musculares Circulares. Este plexo situa-se na Túnica Submucosa do Intestino. Contém também gânglios dos quais originam-se fibras nervosas que passam à Muscular da Mucosa e à Mucosa. Os feixes nervosos do Plexo Submucoso de Meissner são mais finos que os do Plexo Mientérico de Auerbach. INTESTINO GROSSO O Intestino Grosso estende-se do Íleo ao Ânus, tendo cerca de 1,5m de comprimento, constituindo-se de um quinto de toda a extensão do Canal Intestinal. Quando não excessivamente distendido com fezes, seu calibre é maior na porção inicial, o Ceco, e diminui gradativamente até o Reto, onde há uma dilatação de tamanho considerável, logo acima do Canal Anal; O Intestino Grosso difere do Intestino Delgado por possuir: Apêndices Omentais ou Apêndices Epiplóicos: são apêndices em sua camada externa constituídos de tecido adiposo com função de reserva energética; Saculações ou Haustrações; Pregas Semilunares que se projetam na luz do Intestino Grosso entre Haustros adjacentes; Tênias: são 3 fibras musculares longitudinais agrupadas que começam na base do Apêndice Vermiforme como a camada longitudinal espessa do Apêndice Vermiforme; - Tênia Mesocólica: se fixam nela o Mesocolo Transverso e o MesocoloSigmóide; - Tênia Omental ou Epiplóica: se fixam nela os Apêndices Omentais ou Apêndices Epiplóicos; - Tênia Livre: não estão fixados Mesocolos nem Apêndices Omentais. O Intestino Grosso descreve um arco em torno das alças do Intestino Delgado. Começa na região da Fossa Ilíaca Direita, sobe pelo Flanco Direito e Hipocôndrio Direito em direção à face caudal do Fígado, onde faz uma curva para a esquerda, formando a Flexura Cólica Direita ou Flexura Hepática. Passa transversalmente através da região Epigástrica para a região do Hipocôndrio Esquerdo, onde curva-se caudalmente na Flexura Cólica Esquerda ou Flexura Esplênica, descendo pela região do Flanco Esquerdo e Fossa Ilíaca Esquerda, formando nesta última região, a Flexura Sigmóide e, desta, continua-se ao longo da Parede Posterior da Pelve em direção ao Ânus; É dividido em: Ceco, Apêndice Vermiforme, Cólon Ascendente, Cólon Transverso, Cólon Descendente, Cólon Sigmóide, Reto e Canal Anal. CECO: O Ceco é a primeira parte do Intestino Grosso, sendo uma grande bolsa de fundo cego que se estende em direção caudal além da Valva Ileocecal. Seu tamanho é em média 6,25cm de comprimento por 7,5cm de largura e quase sempre é totalmente envolvido por Peritônio, mas em 5% dos casos, uma parte de sua face posterior une-se à Fáscia Ilíaca por tecido conjuntivo; Está situado na Fossa Ilíaca Direita, cranialmente à metade lateral do Ligamento Inguinal. Repousa sobre o Músculo Ilíaco e em geral está em contato com a Parede Abdominal Anterior. Entretanto, o Omento Maior e algumas alças do Intestino Delgado podem situar-se ventralmente ao Ceco quando este está vazio; A posição habitual do Ceco no indivíduo vivo em posição ereta não é na Fossa Ilíaca Direita, mas na Cavidade Pélvica propriamente dita; Ainda, há o Óstio Ileocecal, que comunica o Íleo com o Ceco e está situado na parte medial do Ceco no ponto de junção deste com o Cólon Ascendente. Por sua vez, o Óstio Ileocecal é provido da Válvula Ileocecal, que é constituída de dois segmentos ou lábios, sendo um superior chamado de Lábio Ileocólico e o inferior, denominado Lábio Ileocecal. Irrigação do Ceco: Artéria Cecal Anterior e Artéria Cecal Posterior, ramos da Artéria Ileocólica que é oriunda da Artéria Mesentérica Superior. Drenagem Venosa do Ceco: Veia Cecal Anterior e Veia Cecal Posterior, tributárias da Veia Ileocólica, que drena para a Veia Mesentérica Superior. Drenagem Linfática do Ceco: Segue até os Linfonodos no Mesoapêndice e até os Linfonodos Ileocólicos situados ao longo da Artéria Ileocólica. Os vasos linfáticos eferentes seguem até os Linfonodos Mesentéricos Superiores. Inervação do Ceco: Provém dos nervos simpáticos e parassimpáticos do Plexo Mesentérico Superior. As fibras nervosas simpáticas originam-se na parte torácica inferior da Medula Espinal e as fibras parassimpáticas provém dos Nervos Vagos (NC X). APÊNDICE VERMIFORME: É um tubo longo, vermiforme, com 0,5 a 1cm de diâmetro, que começa no ponto do ápice primitivo do Ceco, podendo projetar-se em uma das seguintes direções: - Cranialmente, atrás do Ceco; - Para a esquerda, atrás do Íleo e do Mesentério; - Caudalmente, na pelve menor. Seu comprimento varia de 2 a 20cm, tendo em média cerca de 8cm. Está preso por um Mesentério peritoneal derivado do folheto esquerdo do Mesentério, de forma mais ou menos triangular, e que em geral estende-se por todo o comprimento do órgão, chamado de Mesoapêndice; Entre seus dois folhetos próximo à sua margem livre, enconta-se a Artéria Apendicular; A luz do Apêndice Vermiforme é pequena, estendendo-se por todo o seu comprimento e comunicando-se com o Ceco por um orifício distal à abertura Ileocecal, chamado Óstio do Apêndice Vermiforme que é algumas vezes provido por uma válvula semilunar denominada Válvula do Apêndice Vermiforme, que é uma prega de mucosa, porém não é constante. Irrigação do Apêndice Vermiforme: Artéria Apendicular, ramo da Artéria Ileocólica que é oriunda da Artéria Mesentérica Superior. Drenagem venosa do Apêndice Vermiforme: Veia Apendicular, tributária da Veia Ileocólica, que drena para a Veia Mesentérica Superior. Drenagem linfática do Apêndice Vermiforme: Segue até os Linfonodos no Mesoapêndice e até os Linfonodos Ileocólicos situados ao longo da Artéria Ileocólica. Os vasos linfáticos eferentes seguem até os Linfonodos Mesentéricos Superiores. Inervação do Apêndice Vermiforme: Provém dos nervos simpáticos e parassimpáticos do Plexo Mesentérico Superior. As fibras nervosas simpáticas originam-se na parte torácica inferior da Medula Espinal e as fibras parassimpáticas provém dos Nervos Vagos (NC X). CÓLON ASCENDENTE: É a segunda parte do Intestino Grosso e possui, em média, cerca de 15cm de comprimento. A partir do seu início, no Ceco, dirige-se cranialmente para a face inferior do Lobo Direito do Fígado, onde é alojado em uma depressão rasa, a Impressão Cólica do Fígado, à direita da Vesícula Biliar. Neste ponto, dobra-se abruptamente para a esquerda, formando a Flexura Cólica Direita ou Flexura Hepática (ou seja, entre o Cólon Ascendente e o Cólon Transverso), que se situa profundamente às Costelas IX e X. O Cólon Ascendente é separado da Parede Anterolateral do Abdome pelo Omento Maior; Entre a face lateral do Colo Ascendente e a parede adjacente do abdome existe um sulco vertical profundo revestido por Peritônio Parietal, chamado de Sulco Paracólico Direito; O Cólon Ascendente não possui Mesentério e é mantido em contato com o Abdome pelo Peritônio que recobre suas faces ventral e laterais. Sua face dorsal é unida por tecido areolar frouxo aos Músculos Ilíaco, Quadrado Lombar, Aponeurose de origem do Transverso do Abdome e às partes ventral e lateral do Rim Direito. Ventralmente, está em relação com as alças do Íleo e a Parede Abdominal; O Cólon Ascendente pode possuir um Mesentério curto em aproximadamente 25% das pessoas. Irrigação do Cólon Ascendente: Artéria Cólica Direita e Artéria Ileocólica, ramos da Artéria Mesentérica Superior. Drenagem venosa do Cólon Ascendente: Veia Cólica Direita e Veia Ileocólica, tributárias da Veia Mesentérica Superior. Drenagem linfática do Cólon Ascendente: Segue primeiro até os Linfonodos Epicólicos e Paracólicos e, em seguida, até os Linfonodos Mesentéricos Superiores. Inervação do Cólon Ascendente: Derivada do Plexo Mesentérico Superior. CÓLON TRANSVERSO: É a terceira parte do Intestino Grosso, sendo a mais longa, com cerca de 50cm de comprimento, e também a mais móvel dos Cólons. É completamente revestido por Peritônio, exceto na inserção do Mesocólon Transverso, que está unido à borda inferior do Pâncreas por uma grande prega desta serosa; Dirige-se através do abdome, da Flexura Cólica Direita (Flexura Hepática), na região do Hipocôndrio Direito, em direção à região do Hipocôndrio Esquerdo, onde curva-se fortemente sobre si mesmo, abaixo da extremidade caudal do Baço, formando a Flexura Cólica Esquerda ou Flexura Esplênica (ou seja, entre o Cólon Transverso e o Cólon Descendente), deixando a Impressão Cólica do Baço; A Flexura Cólica Esquerda é tão aguda que a extremidade do Cólon Transverso em geral está em contato com a face anterior do Cólon Descendente. Encontra-se a um nível mais cranial e em um plano posterior em relação à Flexura Cólica Direita. Ainda, a Flexura Cólica Esquerda está presa ao Músculo Diafragma ao nível das Costelas X e XI por uma prega peritoneal que auxilia na sustentação do Baço, denominada Ligamento Frenicocólico; Em posição ereta, na maioria dos homens, o Cólon Transverso curva-se em direção caudal de 7 a 10cm abaixo da Linha Interilíaca e, na maioria das mulheres, 10 a 12,5cm abaixo desta linha. Geralmente, o Cólon Transverso está no nível da Vértebra L III, mas pode variar. Irrigação do Cólon Transverso: Artéria Cólica Média, ramo da Artéria Mesentérica Superior. Drenagem venosa do Cólon Transverso: Veia Cólica Média, tributária da Veia MesentéricaSuperior. Drenagem linfática do Cólon Transverso: Se dá para os Linfonodos Cólicos Médios que, por sua vez, drenam para os Linfonodos Mesentéricos Superiores. Inervação do Cólon Transverso: Provém do Plexo Mesentérico Superior via plexos periarteriais das Artérias Cólicas Direita e Média. CÓLON DESCENDENTE: Dirige-se caudalmente através das regiões do Hipocôndrio Esquerdo, Flanco Esquerdo até a Fossa Ilíaca Esquerda, medindo aproximadamente 25cm de comprimento; O Peritônio cobre o Cólon Descendente anterior e lateralmente e o liga à Parede Posterior do Abdome. Embora retroperitoneal, o Cólon Descendente, sobretudo na Fossa Ilíaca Esquerda, tem Mesentério curto em aproximadamente 33% das pessoas, porém não é longo o suficiente para causar vólvulo (torção) do Cólon; Como o Cólon Ascendente, o Cólon Descendente tem um sulco. Neste caso, o Sulco Paracólico Esquerdo em sua face lateral. Irrigação do Cólon Descendente: Artéria Cólica Esquerda, ramo da Artéria Mesentérica Inferior. Drenagem venosa do Cólon Descendente: Veia Cólica Esquerda, tributária da Veia Mesentérica Inferior. Drenagem linfática do Cólon Descendente: É conduzida por vasos que seguem até os Linfonodos Epicólicos e Paracólicos e depois através dos Linfonodos Cólicos Intermediários ao longo da Artéria Cólica Esquerda, seguindo para os Linfonodos Mesentéricos Inferiores situados ao redor da Artéria Mesentérica Inferior. Contudo, a linfa proveniente da Flexura Cólica Esquerda também pode drenar para os Linfonodos Mesentéricos Superiores. Inervação do Cólon Descendente: Inervação Simpática: Nervos Esplâncnicos Abdominopélvicos e Plexo Mesentérico Superior; Inervação Parassimpática: Nervos Esplâncnicos Pélvicos. CÓLON SIGMÓIDE: Forma uma alça com cerca de 40cm de comprimento, situada normalmente no interior da Pelve; É completamente envolvido por Peritônio e preso à Parede Pélvica por um extenso Mesentério, o Mesocólon Sigmóide, que lhe dá grande mobilidade na porção central. Irrigação do Cólon Sigmóide: Artérias Sigmóideas, ramos da Artéria Mesentérica Inferior. Drenagem venosa do Cólon Sigmóide: Veias Sigmóideas, tributárias da Veia Mesentérica Inferior. Drenagem linfática do Cólon Sigmóide: É conduzida por vasos que seguem até os Linfonodos Epicólicos e Paracólicos e depois através dos Linfonodos Cólicos Intermediários ao longo da Artéria Cólica Esquerda, seguindo para os Linfonodos Mesentéricos Inferiores situados ao redor da Artéria Mesentérica Inferior. Contudo, a linfa proveniente da Flexura Cólica Esquerda também pode drenar para os Linfonodos Mesentéricos Superiores. Inervação do Cólon Sigmóide: Inervação Simpática: Nervos Esplâncnicos Abdominopélvicos e Plexo Mesentérico Superior; Inervação Parassimpática: Nervos Esplâncnicos Pélvicos. RETO: É a parte terminal fixa (Retroperitoneal e Subperitoneal) do Intestino Grosso, medindo cerca de 12cm de comprimento e é contínuo com o Cólon Sigmóide ao nível da Vértebra S III. Dirige-se caudalmente, situando-se na curvatura sacrococcígea, começando na Junção Retossigmóidea e terminando no Músculo Levantador do Ânus (Diafragma da Pelve). Ou seja, termina no limite superior do Canal Anal; Na Junção Retossigmóidea, anteriormente à S III, as Tênias do Cólon Sigmóide afastam-se para formar uma lâmina longitudinal externa contínua de músculo liso e os Apêndices Omentais são interrompidos; O Reto humano é caracterizado por várias flexuras. O Reto segue a Curvatura Sacral e, assim, forma a Flexura Sacral do Reto. O Reto termina anteroinferiormente à extremidade do Cóccix, imediatamente antes de um ângulo posteroinferior agudo denominado de Flexura Anorretal do Canal Anal, encontrada no ponto em que o Intestino perfura o Músculo Levantador do Ânus (Diafragma da Pelve), sendo a Flexura Anorretal de aproximadamente 80º, importante mecanismo para a continência fecal; Com as flexuras da Junção Retossigmoide superiormente e a Junção Anorretal inferiormente, o Reto tem formato de “S” quando visto lateralmente; O Reto possui as Pregas Transversas do Reto (Valvas de Houston), sendo: - Uma Prega Transversa Superior do Reto à esquerda; - Uma Prega Transversa Intermediária do Reto à direita; - Uma Prega Transversa Inferior do Reto à esquerda. As Pregas Transversas do Reto dividem-no em três andares: Andar Superior, Andar Médio e Andar Inferior. Externamente, são evidenciadas a Flexura Superolateral do Reto no lado esquerdo, Flexura Intermediolateral do Reto no lado direito e Flexura Inferolateral do Reto no lado esquerdo, sendo consequência da existência das Pregas Transversas do Reto; A Ampola do Reto é a parte terminal e dilatada do Reto, situada diretamente superior ao Músculo Levantador do Ânus (Diafragma da Pelve) e Corpo Anococcígeo (aglomerado de tecido fibroso e muscular), sendo sustentada por eles. A Ampola do Reto recebe e retém uma massa fecal que se acumula até que seja expelida durante a defecação. A capacidade de relaxamento da Ampola do Reto para acomodar a chegada inicial e subsequente de material fecal é outro elemento essencial para manter a continência fecal. Irrigação do Reto: Artérias Retais Superiores, ramo da Artéria Mesentérica Inferior. Drenagem venosa do Reto: Veias Retais Superiores, tributárias da Veia Mesentérica Inferior. CANAL ANAL: O Canal Anal se estende desde o Músculo Levantador do Ânus (Diafragma da Pelve) até o Ânus, externamente, medindo de 2,5 a 4cm de comprimento; Existe o Músculo Esfíncter Interno do Ânus, de musculatura lisa e o Músculo Esfíncter Externo do Ânus, de musculatura estriada, sendo este, portanto, de contração voluntária; A Linha Pectínea ou Linha Dentilhada marca o limite entre a porção mucosa e o epitélio; As Colunas Anais de Morgagni são produzidas por um pregueamento da mucosa em torno do Plexo Venoso das Colunas Anais. Irrigação do Canal Anal: Artérias Retais Médias, ramo das Artérias Ilíacas Internas; Artérias Retais Inferiores, ramo das Artérias Pudendas Internas. Drenagem venosa do Canal Anal: Veias Retais Médias, tributárias das Veias Ilíacas Internas; Veias Retais Inferiores, tributárias das Veias Pudendas Internas. OBS: Existem dois pontos de irrigação pouco eficiente por haver a chegada de uma quantidade menor de sangue, sendo pontos propensos à isquemia. São eles: Ponto Crítico de Griffith: localizado na Flexura Esplênica; Ponto Crítico de Sudeck: localizado na Junção Retossigmóidea. OBS 2: Artéria Marginal de Drummond ou Arco Justacólico: é o resultado de uma série de anastomoses, fazendo parte a Artéria Cólica Direita, Artéria Cólica Média, Artéria Cólica Esquerda e Artérias Sigmóidea; Arcada de Riolan: é o resultado da anastomose do Ramo Superior da Artéria Cólica Esquerda com o Ramo Esquerdo da Artéria Cólica Média.