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Direito Civil - Coisas

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Coisas que o professor falou, mas que não encontrei nos livros e na internet ficarão de azul.
Direito Civil- direito das coisas:
Direito das coisas: complexo de normas que regem as relações jurídicas concernentes aos bens corpóreos (móveis ou imóveis) ou incorpóreos (direitos autorais, propriedade industrial), suscetíveis de apropriação. É um ramo do direito civil que estuda dois grandes temas: a posse e os direitos reais, ou seja, as relações jurídicas que se desenvolvem entre o homem e os bens, que podem ser objeto de sua apropriação.
Bem (tudo aquilo que corresponde aos desejos) é o gênero e coisa é espécie (interesse econômico).
- Direito subjetivo: “o meu direito sobre determinada coisa, gera um dever jurídico à uma pessoa ou grupo de pessoas” ~> o direito subjetivo pode ser: 
+ Absoluto/ius in re: aqueles em que a coletividade como um todo figura como sujeito passivo da relação, podendo esses direitos ser, portanto, exigidos contra todos (erga omnes), como é o caso do direito de propriedade.
+ Relativo/ius ad rem: os que obrigam apenas pessoa (s) determinada (s), com a (s) qual (is) o sujeito ativo mantém vínculo decorrente de contrato, ato ilícito ou por imposição legal. Ex: o inquilino ~> só o dono do apartamento tem que respeitar o direito do inquilino.
- Diferenças entre o direito real (1) e o obrigacional/pessoal (2):
1- Eficácia erga omnes; vincula o titular à coisa; possuem sujeito passivo indeterminado; princípio da publicidade (tradição e registro); a coisa é objeto imediato da relação; incide sobre coisa certa e determinada; tende à perpetuidade (somente os direitos reais podem ser adquiridos por usucapião).
2- Eficácia entre as partes; vincula a pessoa do credor à pessoa do devedor; possui sujeito passivo determinado; princípio da autonomia privada (liberdade); a coisa é objeto mediato da relação; pode incidir sobre coisa futura e incerta; é transitório e se extingue com o cumprimento da obrigação.
Direitos reais: campo do direito patrimonial cujas regras tratam do poder dos homens sobre as coisas apropriáveis.
Art. 1.225. São direitos reais: I - a propriedade; II - a superfície; III - as servidões; IV - o usufruto; V - o uso; VI - a habitação; VII - o direito do promitente comprador do imóvel; VIII - o penhor; IX - a hipoteca; X - a anticrese; XI - a concessão de uso especial para fins de moradia; XIII - a laje.   
Além destes dez, existem mais dois: o direito de preferência do inquilino, previsto no art. 33 da lei 8245/91, e a alienação fiduciária, prevista no DL 911/69 e no art.1361 do próprio CC.
- Características: 
+ Onde existe um direito real não existe outro.
+ O direito real adere o bem por inteiro.
+ O direito real é exercido sem intermediários ~> a relação do titular do direito real é promovida diretamente sobre a coisa.
+ Oponibilidade erga omnes: são opostos a todos.
+ Direito de sequela: o titular do direito real tem o direito de reaver a coisa do poder de quem quer que a injustamente a possua ou a detenha (CC, art. 1.228); É o vínculo de subordinação da coisa e da pessoa. Esse vínculo vem alicerçado em dois princípios: (i) princípio da aderência: é o princípio segundo o qual o titular do direito real pode ir atrás do bem onde quer que ele se encontre (princípio positivo); (ii) princípio da ambulatoriedade: é o princípio segundo o qual todos os ônus da coisa – como tributos, despesas condôminas etc.– acompanham a coisa, aonde quer que ela vá (princípio negativo).
+ Direito de preferência: está ligado diretamente aos direitos reais de garantia pela qual o titular terá́ o privilégio de ser pago com o valor do bem destacado da propriedade do devedor. 
+ Previsão do usucapião ~> um dos meios de aquisição.
+ Taxatividade: os direitos reais não podem ser objeto de livre convenção, a lei estabelece e regula expressamente seu conteúdo.
+ Passível de abandono.
+ É suscetível de posse.
- Classificação:
+ Sobre coisa própria: a coisa se submete por inteiro ao seu titular (dono) ~> é o direito que o titular da coisa exerce sobre o seu próprio bem. Ex: direito de propriedade, que gera ao seu titular o direito de usar, gozar, dispor da coisa e reavê-la de quem quer que injustamente a possua ou a detenha (CC, art. 1.228), e a posse, que é a exteriorização do domínio, ou seja, o exercício de fato de um dos poderes inerentes à propriedade (CC, art. 1.196).
Poderes de um proprietário: posse, uso, gozo, disposição e reivindicação (ação reivindicatória) ~> o proprietário pode transferir alguns desses poderes, ex: alugar um apartamento, transfere-se a posse, o uso e o gozo, mas não a disposição (o locatário não pode vender o apt) e a reivindicação.
+ Sobre coisa alheia: aparece quando o proprietário cede a alguém algum dos seus poderes, que pode ser:
Direito de uso e gozo: aluguel, por exemplo.
Direitos reais de garantia: quando o bem é dado em garantia de alguma obrigação. Ex: penhor, hipoteca, alienação fiduciária (enquanto não pagar, a coisa/imóvel não é do devedor).
Direito real de aquisição: no caso do promitente comprador ~> arts. 1417 e 1418.
A coisa pode ser uma sujeição:
- De direito: propriedade
- De fato:
+ Com consequências jurídicas: posse ~> jus possessionis (direito de posse, poder sobre a coisa e, a possibilidade de sua defesa por intermédio do interdito possessório) ~> conserva e defende.
Corpus + animus=posse verdadeira.
Se está discutindo de quem é o dono, é uma reivindicação.
+ Sem consequências jurídicas: detenção. Ex: tenho a coisa em razão de um contrato ~> motorista de ônibus, não tem que proteger/defender o ônibus.
Corpus – animus=detenção.
Posse: não é direito real, e, sim, uma situação de fato, protegida, por se enxergar no possuidor a pretensão da propriedade ~> é a visualização/exteriorização da propriedade no possuidor, pois existe uma presunção de que o possuidor é o proprietário da coisa. 
Art. 1.196: Considera-se possuidor todo aquele que tem de fato o exercício, pleno ou não, de algum dos poderes inerentes à propriedade.
Posse é diferente de detenção! A detenção é um estado de fato que não corresponde a nenhum direito (art 1198). Ex: o motorista de ônibus; o motorista particular em relação ao carro do patrão, etc. Tais pessoas não têm posse, mas mera detenção por isso jamais podem adquirir a propriedade pela usucapião dos bens que ocupam. O detentor é aquele que possui a coisa em nome do verdadeiro possuidor, obedecendo ordens dele.
- Teoria subjetivista: posse é a soma de dois elementos: corpus (poder de dispor fisicamente da coisa) e animus (vontade de ser dono da coisa possuída e poder de protege-la contra intervenção de outrem). Para Savigny, o locatário e o comodatário, por exemplo, não teriam posse pois sabem que não são donos, tais pessoas teriam apenas detenção. 
- Teoria objetivista: deu destaque à propriedade. Diz Ihering que se o proprietário tem a posse, não há necessidade de distinção entre elas. Porém, o proprietário pode transferir sua posse a terceiros para um melhor uso econômico. Assim a posse se fragmenta em posse indireta (do proprietário) e posse direta (do locatário/usufrutuário/comodatário). Ambos os possuidores têm direito a exercer a proteção possessória do art 1210 ~> Ihering desprezou o animus e deu importância à fragmentação do corpus para uma melhor exploração econômica da coisa. 
Nosso Código adotou a Teoria de Ihering ~> arts. 1196 e 1197. 
Corpus - animus + proteção possessória= posse derivada.
- Qualificação da posse: 
+ Posse direta: quando o possuidor detém a efetiva apreensão física da coisa.
Art. 1.197: “A posse direta, de pessoa que tem a coisa em seu poder, temporariamente, em virtude de direito pessoal, ou real, não anula a indireta, de quem aquela foi havida, podendo o possuidor direto defender a sua posse contra o indireto. ”
+ Posse indireta: quando o possuidor está mais distante da coisa, e ainda assim conserva para si atributo possessório. Ex: locação imobiliária ~> o locador tem a posse indireta e o inquilino a posse direta.
Posse direta eindireta não se confunde com as relações jus possidendi e jus possessionis ~> jus possidendi é a posse que tem por apoio o direito de propriedade, trata-se, aqui, do proprietário-possuidor; jus possessionis é a posse que não tem apoio jurídico, mas uma mera situação de fato.
+ Posse justa: art. 1.200: “É justa a posse que não for violenta, clandestina ou precária. ”
+ Posse injusta: é a violenta, clandestina ou precária
1- Posse violenta: nasce da força (ex: invasão de uma fazenda, o roubo de um bem).
2- Posse clandestina: é adquirida na ocultação (ex: o furto), o dono nem percebe o desapossamento para tentar reagir.
3- Posse precária: é a posse injusta mais odiosa pois ela nasce do abuso de confiança (ex: o comodatário que findo o empréstimo não devolve o bem).
Todas essas três espécies de posse injusta na verdade não são posse, mas detenção ~> art. 1208: “Não induzem posse os atos de mera permissão ou tolerância assim como não autorizam a sua aquisição os atos violentos, ou clandestinos, senão depois de cessar a violência ou a clandestinidade. ”
A detenção violenta e a clandestina podem convalescer, ou seja, podem se curar e virar posse quando cessar a violência ou a clandestinidade, e o ladrão passar a usar a coisa publicamente, sem oposição ou contestação do proprietário. Já a detenção precária jamais convalesce, nunca quem age com abuso de confiança pode ter a posse da coisa para com o passar do tempo se beneficiar pela usucapião e adquirir a propriedade.
+ Posse de boa-fé: quando o possuidor tem a convicção de que sua posse não prejudica ninguém.
Art. 1.201: “É de boa-fé a posse, se o possuidor ignora o vício, ou o obstáculo que impede a aquisição da coisa. Parágrafo único: O possuidor com justo título tem por si a presunção de boa-fé, salvo prova em contrário, ou quando a lei expressamente não admite esta presunção. ”
Justo título ~> documento adequado para trazer verossimilhança à boa-fé do possuidor. Ex: comprar bem de um menor que tinha identidade falsa; outro ex: A aluga uma casa a B e proíbe sublocação; C não sabe de nada, e B subloca a C; C está de boa-fé pois tem um contrato com B, porém sua boa-fé cessa quando A comunicar a C que B não podia sublocar).  
Art. 1.202: “A posse de boa-fé só perde este caráter no caso e desde o momento em que as circunstâncias façam presumir que o possuidor não ignora que possui indevidamente. ”
Pode existir a posse injusta de boa-fé ~> ex: comprar coisa do ladrão, é injusta pois nasceu da violência, mas o comprador não sabia que era roubada; E a posse justa de má-fé ~> ex: o tutor comprar bem do órfão, o Juiz comprar o bem que ele mandou penhorar, mesmo pagando o preço correto, é vedado pelo art. 497.
+ Composse: é posse exercida por duas ou mais pessoas ~> ex: dois irmãos herdam um apartamento e alugam a um casal, hipótese em que os irmãos condôminos terão composse indireta e o casal a composse direta.
- Aquisição da posse: se dá quando ocorrem seus dois elementos constituintes: o corpus (apreensão) e o animus (intenção) ~> basta usar, fruir ou dispor desse bem. 
Art. 1.204: “Adquire-se a posse desde o momento em que se torna possível o exercício, em nome próprio, de qualquer dos poderes inerentes à propriedade.”
+ Originária: ato unilateral e sem transmissão negocial ~> não há um possuidor precedente.
1- Por apreensão: tomando/pegando a coisa.
Res derelicta: coisa abandonada ~> não implica má-fé. Ex: achar um relógio, pertences encontrados no lixo.
Res nullius: coisa sem dono. Ex: caçar um animal, pegar um concha.
2- Exercício de um direito: consiste na manifestação externa do direito que pode ser objeto da relação possessória (servidão, uso) ~> 2 terrenos, mas só um com água. Porém, o que tem água serve para o outro ~> direito de vizinhança 
+ Derivada: deriva de um possuidor. Ex: aluguel.
1- Tradição: a posse deriva da entrega da coisa (inter vivos ou mortis causa).
Real: transferência efetiva da coisa, como acontece com bens móveis.
Simbólica: a transferência é por um ato representativo. Ex: entrega das chaves de imóvel.
Ficta: pode ser ~> constituto possessório (altera a titularidade na posse, de maneira que aquele que possuía em nome próprio, passa a possuir em nome alheio. Ex: vendo uma casa que possuía em nome próprio, e coloco no contrato de compra e venda uma cláusula que prevê minha permanência na casa na condição de locatário, ou seja, passo a possuir a casa em nome alheio) e, traditio brevi manu (quando a pessoa que possuí em nome alheio passa a possuir em nome próprio. Ex: o locatário que possui a casa em nome alheio compra a casa passando a possuir em nome próprio).
2- Sucessão: herança pode ser transmitida sem nenhum ato do herdeiro ~> sucessão singular: de apenas um bem; sucessão universal: é o total de bens.
Art. 1.206: “A posse transmite-se aos herdeiros ou legatários do possuidor com os mesmos caracteres. ”
Art. 1.207: “O sucessor universal continua de direito a posse do seu antecessor; e ao sucessor singular é facultado unir sua posse à do antecessor, para os efeitos legais. ”
Obs: doação com reserva de usufruto: o usufruto, segundo conceito da própria legislação, consiste no “direito de usar uma coisa pertencente a outrem e de perceber-lhe os frutos e utilidades que ela produz, sem alterar-lhe a substância”. Nesta modalidade de doação, o filho, donatário, passa a ter apenas a “nu propriedade” do bem, porque os frutos que a mesma produzir não lhe pertencem, mas sim ao pai, doador, que reservou para si o usufruto vitalício.
- Perda da posse: art. 1.223: “Perde-se a posse quando cessa, embora contra a vontade do possuidor, o poder sobre o bem, ao qual se refere o art. 1.196.” ~> quando cessa o exercício dos 3 poderes inerentes ao domínio.
+ Abandono: renunciar a posse. Ex: colocar na calçada um sofá velho.
+ Tradição: entrega da coisa a outrem com ânimo de se desfazer da posse. Ex: contrato de compra e venda.
+ Perda: res amissa ~> a perda é involuntária e permanente, ocorre quando a pessoa não encontra a coisa perdida e quem a encontrou não a devolve ~> enquanto se está procurando a coisa, não perde-se a posse.
+ Destruição da coisa: pode ser intencional ou por caso fortuito ~> perecendo o objeto, perde-se a coisa.
+ Quando a coisa perde suas qualidades: perde seu interesse econômico.
+ Quando a coisa fica fora do comércio: o governo decide proibir o cigarro, por exemplo.
+ Pela posse de outrem: invasor, ladrão ~> superior a um ano e um dia, mesmo contra a vontade do legítimo possuidor; antes de um ano e um dia (924 do CPC) o invasor/ladrão só tem detenção.
+ Meios para se recuperar a posse perdida: 
1- Ação de imissão de posse: quando o proprietário não tem a posse da coisa e quer assumi-la ~> requisitos: direito à posse jamais exercida através de um título (contrato particular, escritura pública); posse do bem reclamado nas mãos de outra pessoa; recusa na entrega do bem reclamado pelo detentor.
Jamais poderá ser confundida com a reintegração de posse, pois esta é cabível para reaver a posse a quem já a possuiu e àquela a quem nunca a possuiu.
Quando se tratar de coisa móvel, a ação será de busca e apreensão, ou seja, a ação de imissão de posse é só para bens imóveis.
2- Nunciação de obra nova: impedir a edificação de obra nova em imóvel vizinho que lhe prejudique o prédio nas suas servidões ou fins a que se destina e que ainda esteja em desacordo com as posturas administrativas. Ex: constrói em cima de nascente ~> vai prejudicar a posse de quem já estava ali.
3- Embargos de terceiros: ação formulada por um terceiro, em defesa de seus bens objeto de apreensão judicial estabelecida por medida do juiz, em um processo do qual não é parte integrante ~> ingressar no processo para defender seus direitos.
- Efeitos da posse: consequências jurídicas produzidas
Ihering: proteger a posse da propriedade.
Savigny: possibilidade do uso dos interditos possessórios para proteger a propriedade e, possibilidade de aquisição da propriedade pelo usucapião.
Clovis: asduas de Savigny + percepção de frutos e indenização por benfeitorias.
+ Direito aos interditos: ordem do Juiz ~> são três as ações possessórias que se pode pedir ao Juiz quando o possuidor não tem sucesso através do desforço imediato e quer proteger sua posse
1- Ação da manutenção de posse: é cabível quando houve turbação, ou seja, quando já houve violência à posse (ex: derrubada da cerca, fechamento da estrada de acesso), mas o possuidor não a perdeu, só está com dificuldade para exerce-la livremente. O possuidor pede ao Juiz para ser mantido na posse, para que cesse a violência e para ser indenizado dos prejuízos sofridos, através do interdito.
2- Ação de reintegração de posse: vai ter lugar em caso de esbulho, ou seja, quando o possuidor efetivamente perdeu a posse da coisa pela violência de terceiros. Outro exemplo seria quando o inquilino não devolve a coisa ao término do contrato, ou quando o comodatário não devolve ao término do empréstimo ~> o possuidor pede ao Juiz que devolva o que lhe foi tomado, ou seja, pede para ser reintegrado na posse. 
3- Ação de interdito proibitório: ação preventiva concedida ao possuidor que, tendo justo receio de ser molestado ou esbulhado em sua posse (séria ameaça a sua posse, ex: os jornais divulgam que o MST vai invadir a fazenda X nos próximos dias), pretende ser assegurado contra a violência iminente. Pede, portanto, ao Poder Judiciário que comine a quem o ameaça pena pecuniária ou prisão para o caso de transgressão do preceito.
Art. 1.210: “O possuidor tem direito a ser mantido na posse em caso de turbação, restituído no de esbulho, e segurado de violência iminente, se tiver justo receio de ser molestado. ”
Estas ações devem ser propostas no prazo de até um ano e um dia da agressão (art 924 do CPC), pois dentro deste prazo o Juiz pode LIMINARMENTE determinar o afastamento dos réus que só tem detenção (posse nova); após esse prazo, o invasor já tem posse velha e o Juiz não pode mais deferir uma liminar, e o autor vai ter que esperar a sentença que demora muito. 
+ Legitima defesa: art. 1.210, § 1°: “O possuidor turbado, ou esbulhado, poderá manter-se ou restituir-se por sua própria força, contanto que o faça logo; os atos de defesa, ou de desforço, não podem ir além do indispensável à manutenção, ou restituição da posse. ”
+ Percepção de frutos: art. 1.214: “O possuidor de boa-fé tem direito, enquanto ela durar, aos frutos percebidos.” Ex: o arrendatário de uma fazenda pode retirar os frutos e os produtos da coisa durante o contrato.
Frutos são bens/ utilidades que são produzidos naturalmente e periodicamente por alguma coisa (coisa principal) ~> sem sua diminuição ou deterioração. 
Produtos: utilidades que se retiram da coisa diminuindo a quantidade porque eles (produtos) não se reproduzem periodicamente. Ex: mina de carvão.
1- Frutos naturais: se renovam em virtude da força orgânica da natureza (ex: frutas das árvores, safra de uma plantação).
2- Frutos industriais: aparecem da atuação do homem (ex: produção de uma fábrica de carros). 
3- Frutos civis: rendas produzidas em virtude de sua utilização por outrem (ex: aluguéis e juros).
Art. 1214, parágrafo único: “Os frutos pendentes ao tempo em que cessar a boa-fé devem ser restituídos, depois de deduzidas as despesas da produção e custeio; devem ser também restituídos os frutos colhidos com antecipação. ”
Art. 1.215: “Os frutos naturais e industriais reputam-se colhidos e percebidos, logo que são separados; os civis reputam-se percebidos dia por dia. ”
Art. 1.216: “O possuidor de má-fé responde por todos os frutos colhidos e percebidos, bem como pelos que, por culpa sua, deixou de perceber, desde o momento em que se constituiu de má-fé; tem direito às despesas da produção e custeio. ”
Art. 1.217: “O possuidor de boa-fé não responde pela perda ou deterioração da coisa, a que não der causa. ”
Art. 1.218: “O possuidor de má-fé responde pela perda, ou deterioração da coisa, ainda que acidentais, salvo se provar que de igual modo se teriam dado, estando ela na posse do reivindicante. ”
Em relação ao estado dos frutos, eles podem ser:
4- Pendentes: não foram separados da coisa principal, ou seja, ainda não foram colhidos ~> os frutos pendentes antes da tradição pertencem ao credor.
5- Percipiendos: frutos que poderiam ser colhidos, mas não foram.
6- Colhidos/percebidos: frutos que já foram colhidos ~> os frutos percebidos antes da tradição pertencem ao devedor de boa-fé.
7- Estantes: frutos colhidos e armazenados para posterior venda.
8- Consumido: não existem mais pois foram utilizados.
9- Colhidos por antecipação: frutos pendentes e que foram percebidos de má-fé. Neste caso devem ser indenizados ao credor.
+ Direito às benfeitorias: a indenização pelas benfeitorias depende da classificação da posse quanto à sua subjetividade.
Art. 1.219: “O possuidor de boa-fé tem direito à indenização das benfeitorias necessárias e úteis, bem como, quanto às voluptuárias, se não lhe forem pagas, a levantá-las, quando o puder sem detrimento da coisa, e poderá exercer o direito de retenção pelo valor das benfeitorias necessárias e úteis.
Art. 1.220: “Ao possuidor de má-fé serão ressarcidas somente as benfeitorias necessárias; não lhe assiste o direito de retenção pela importância destas, nem o de levantar as voluptuárias. ”
Art. 1.221: “As benfeitorias compensam-se com os danos, e só obrigam ao ressarcimento se ao tempo da evicção ainda existirem.” 
Art. 1.222: “O reivindicante, obrigado a indenizar as benfeitorias ao possuidor de má-fé, tem o direito de optar entre o seu valor atual e o seu custo; ao possuidor de boa-fé indenizará pelo valor atual.”
1- Benfeitorias necessárias: conservam a coisa ~> não há necessidade de autorização e serão sempre restituídas.
2- Benfeitorias úteis: aumenta a utilidade da coisa ~> há necessidade de autorização.
3- Benfeitorias voluptuárias: desnecessárias, apenas para o deleite da coisa.
Se o possuidor está de boa-fé (ex: inquilino) terá sempre direito à indenização e retenção pelas  benfeitorias necessárias; já as benfeitorias voluptuárias poderão ser levantadas (=retiradas) pelo possuidor, se a coisa puder ser retirada sem estragar e se o dono não preferir comprá-las, não cabendo indenização ou retenção; quanto às benfeitorias úteis, existe mais um detalhe: é preciso saber se tais benfeitorias úteis foram expressamente autorizadas pelo proprietário para ensejar a indenização e retenção.
Já ao possuidor de má-fé se aplica o 1220, ou seja, nunca cabe direito de retenção, não pode retirar as voluptuárias e só tem direito de indenização pelas benfeitorias necessárias. 
+ Direito a usucapir: direito de adquirir a propriedade pela posse durante certo tempo. 
+ Responsabilidade do possuidor pela deterioração da coisa: de regra, res perit domino, ou seja, a coisa perece para o dono ~> art. 1217. Já o possuidor de má-fé pode ser responsabilizado mesmo por um acidente sofrido pela coisa, conforme 1218. salvo se provar a parte final do 1218 (ex: um raio atinge minha casa que estava invadida, o invasor não tem responsabilidade pois o raio teria caído de todo jeito, estivesse a casa na posse do dono ou do invasor).
+ Direito a inversão do ônus da prova: aparência (presunção) é a de que o possuidor é o dono, assim cabe ao terceiro reivindicante provar sua melhor posse ou sua condição de verdadeiro dono (1211).
Propriedade: é o poder pleno sobre a coisa ~> de acordo com o art 1228, é o poder de usar, fruir (=gozar) e dispor de um bem (três faculdades/atributos/poderes do domínio) e mais o direito de reaver essa coisa do poder de quem injustamente a ocupe.      
- Teoria da ocupação: res nullius ~> ocupa algo que não é de ninguém.
- Teoria da especificação: somente o trabalho humano, transformando a natureza e a matéria bruta, justifica o direito de propriedade ~> requisito: usucapião.
- Teoria da lei: propriedade só existe por conta da lei.
- Teoria da natureza humana: o sentimento de propriedade é inerente à natureza humana, sendouma dádiva de Deus aos homens, acolhida pela Igreja católica. A propriedade não deriva do Estado e de suas leis, mas antecede-lhe, como direito natural.
- Objeto: toda coisa corpórea, móvel ou imóvel. Admite-se propriedade de coisas incorpóreas como o direito autoral e o fundo de comércio.
- Características: 
+ Complexidade: a propriedade é a soma de três faculdades e mais esse direito de reaver de terceiros.  
1- Uso: é o jus utendi, ou seja, o proprietário pode usar a coisa, pode ocupá-la para o fim a que se destina. Ex: morar numa casa; usar um carro para trabalho/lazer.
2- Fruição (ou gozo): jus fruendi, o proprietário pode também explorar a coisa economicamente, auferindo seus benefícios e vantagens. Ex: vender os frutos das árvores do quintal.
3- Disposição: jus abutendi, é o poder de abusar da coisa, de modificá-la, reformá-la, vendê-la, consumi-la, e até destruí-la.
Exemplo: se eu sou dono de um quadro eu posso pendurá-lo na minha parede (jus utendi), posso alugá-lo para uma exposição (jus fruendi) e posso também vendê-lo (jus abutendi).
4- Ação reivindicatória: ação do proprietário sem posse contra o possuidor sem título. Esta ação serve ao dono contra o possuidor injusto, contra o possuidor de má-fé ou contra o detentor. Este direito de reaver é consequência da sequela.
Não confundam com a ação possessória, já estudada. A possessória é a ação do possuidor contra o invasor, que inclusive pode ser o proprietário (ex: locador quer entrar a qualquer hora na casa do inquilino, alegando ser o dono; não pode). A vantagem da possessória é a possibilidade de concessão de liminar pelo Juiz. Na reivindicatória não cabe liminar.
+ Direito absoluto: o proprietário pode dispor, pode abusar da coisa, pode vendê-la, reformá-la e até destruí-la. O absolutismo só não é mais pleno pois o direito moderno exige que a coisa cumpra uma função social, exige um desenvolvimento sustentável do produzir evitando poluir (ver § 1º do 1228). É absoluto também pois se exerce contra todos, é direito erga omnes, todos têm que respeitar minha propriedade sobre meus bens e vice-versa. 
Respeitar a função social é um limite ao direito de propriedade; outro limite são os direitos de vizinhança.
+ Perpetuidade: a propriedade dura para sempre, não se prescreve, passa inclusive para nossos filhos através do direito das sucessões. A propriedade não se extingue pelo não-uso do dono, mas sim pelo uso de terceiros. 
+ Exclusividade: art. 1.231: “A propriedade presume-se plena e exclusiva, até prova em contrário. ” ~> a coisa não pode pertencer, simultaneamente, a 2 ou mais pessoas (não se choca com o condomínio).
+ Elasticidade: a propriedade se contrai e se dilata, é elástica como uma sanfona; por exemplo, tenho uma fazenda e cedo em usufruto para José; eu perco as faculdades de uso e de fruição, minha propriedade antes plena (completa) vai diminuir para apenas disposição e posse indireta; mas ao término do usufruto, minha propriedade se dilata e torna-se plena novamente.  
- Espécies: 
+ Plena: quando as três faculdades do domínio (uso, fruição e disposição) estão concentradas nas mãos do proprietário e não existe nenhuma restrição.
+ Limitada: quando não exerce alguns de seus poderes por vontade própria (ex: aluguel), por imposição da lei ou por proprietário anterior (quando por doação ou transferência de bens, o proprietário anterior estabelece cláusulas /condições para o novo proprietário usufruir do bem ~> inalienabilidade, incomunicabilidade, impenhorabilidade).
1- Restrita: quando a propriedade está gravada com um ônus real, como a hipoteca e o penhor (direitos reais de garantia), ou quando o proprietário, por exemplo, cedeu a coisa em usufruto para outrem e ficou apenas com a disposição e posse indireta do bem.
2- Resolúvel: é aquela que pode ser resolvida, ou seja, que pode ser extinta, e só se tornará plena após certo tempo ou certa condição. Ex: hipótese de retrovenda do 505; quando vende uma propriedade e estabelece ao comprador que se desfaça do bem em determinado tempo.
+ Perpétua: a propriedade tem duração ilimitada no tempo.
- Formas que o proprietário pode perder a propriedade:
+ Usucapião: posse durante certo tempo que não foi obstada pelo proprietário ~> não importa se de boa-fé ou má-fé.
+ Desapropriação: quando o Estado desapropria para alguma construção.
+ Etc.
- Ações para reaver a propriedade: 
+ Ação reinvidicatória: ação pela qual o proprietário vai reaver a coisa que está nas mãos de outro injustamente (sem título). Só tem legitimidade o proprietário, provando a propriedade através do título de propriedade com o registro no Cartório de Registro de Imóveis. 
A ação reivindicatória é imprescritível, exceção no caso de usucapião. Mas na ação reivindicatória não pode o juiz dar usucapião, para isso o interessado deve entrar com ação específica pedindo o reconhecimento do usucapião. Se a pessoa de quem se reivindica a propriedade alegar usucapião e o juiz reconhecer julgará a ação reivindicatória improcedente (súmula 237 do STF).
+ Ação negatória: cabível quando o domínio do autor, por um ato injusto, esteja sofrendo alguma restrição por alguém que se julgue com um direito de servidão. Ação pela qual o proprietário tem direito de impedir que alguém use seu bem como servidão, serve para que se negue direito a terceiro. Acontece no direito de vizinhança.
+ Ação de dano infecto: tem caráter preventivo e cominatório, como o interdito proibitório, e pode ser oposta quando haja fundado receio de perigo iminente, em razão de ruína do prédio vizinho ou vício na sua construção. Também nos casos de mau uso da propriedade vizinha que prejudique o sossego, segurança ou a saúde do proprietário ou inquilino de um prédio. Ex: construção em cima de mina de água. 
- Limitação da propriedade:
+ Imposta pela lei: em respeito ao interesse social, ex: leis ambientais, desapropriação, segurança nacional...
+ Imposta pelos direitos vizinhança: leis de direito privado.
+ Imposta pela administração: limitações de andares em prédios...
+ Autoimpostas: o dono impõe a ele mesmo.
+ Voluntárias: a limitação decorre da vontade do dono, ex: servidão de não construir mais alto para garantir vista e ventilação para o terreno de trás; o pai deixa para o filho uma casa proibindo o filho de vendê-la, etc.
- Art. 1.228: “O proprietário tem a faculdade de usar, gozar e dispor da coisa, e o direito de reavê-la do poder de quem quer que injustamente a possua ou detenha.
§ 1o O direito de propriedade deve ser exercido em consonância com as suas finalidades econômicas e sociais e de modo que sejam preservados, de conformidade com o estabelecido em lei especial, a flora, a fauna, as belezas naturais, o equilíbrio ecológico e o patrimônio histórico e artístico, bem como evitada a poluição do ar e das águas.
§ 2o São defesos os atos que não trazem ao proprietário qualquer comodidade, ou utilidade, e sejam animados pela intenção de prejudicar outrem.
§ 3o O proprietário pode ser privado da coisa, nos casos de desapropriação, por necessidade ou utilidade pública ou interesse social, bem como no de requisição, em caso de perigo público iminente.
§ 4o O proprietário também pode ser privado da coisa se o imóvel reivindicado consistir em extensa área, na posse ininterrupta e de boa-fé, por mais de cinco anos, de considerável número de pessoas, e estas nela houverem realizado, em conjunto ou separadamente, obras e serviços considerados pelo juiz de interesse social e econômico relevante.
§ 5o No caso do parágrafo antecedente, o juiz fixará a justa indenização devida ao proprietário; pago o preço, valerá a sentença como título para o registro do imóvel em nome dos possuidores.
- Art. 1.229: “A propriedade do solo abrange a do espaço aéreo e subsolo correspondentes, em altura e profundidade úteis ao seu exercício, não podendo o proprietário opor-se a atividades que sejam realizadas, por terceiros, a uma altura ou profundidade tais, que não tenha ele interesse legítimo em impedi-las.”
- Art. 1.230: “A propriedade do solonão abrange as jazidas, minas e demais recursos minerais, os potenciais de energia hidráulica, os monumentos arqueológicos e outros bens referidos por leis especiais.
Parágrafo único. O proprietário do solo tem o direito de explorar os recursos minerais de emprego imediato na construção civil, desde que não submetidos a transformação industrial, obedecido o disposto em lei especial. ”
- Art. 1.231: “A propriedade presume-se plena e exclusiva, até prova em contrário.”
- Art. 1.232: “Os frutos e mais produtos da coisa pertencem, ainda quando separados, ao seu proprietário, salvo se, por preceito jurídico especial, couberem a outrem. ”
Usucapião: (de bens imóveis) ~> modo originário de aquisição da propriedade através da posse mansa e pacífica, exercida com “animus domini” por certo tempo, fixado em lei.
Aquisição originária e objeto a título singular.
Prescrição aquisitiva: o outro adquire o direito de propriedade
Prescrição extintiva: o proprietário anterior perde o direito de propriedade.
Se o proprietário desconhece sua coisa, entende-se por renúncia tácita.
Se o possuidor não ingressar com o usucapião e o proprietário reaparecer, o possuidor perde o bem.
- Excluídos do usucapião: bens públicos, inalienáveis e fora do comércio.
- Requisitos:
+ Res habilitis: coisa suscetível de usucapião.
+ Posse mansa, pacífica e sem oposição ~> posse continuada por um determinado tempo.
+ Animus domini: vontade do possuidor em virar proprietário.
+ Tempo: ininterrupto ~> varia de cinco a quinze anos, conforme a espécie da usucapião.
+ Sentença ~> tenho a posse e através de uma sentença passo a ter a propriedade ~> a sentença é declaratória (ver os requisitos e declarar o direito)/constitutiva (constituiu o direito de propriedade). 
O incapaz não pode adquirir pela usucapião (104, I), e também não pode perder pela usucapião, caso seu representante (pai, tutor, curador) não defenda seus bens.
A detenção violenta e clandestina pode convalescer e virar posse, mas a detenção precária jamais; empregado, caseiro, também não tem posse, mas mera detenção (1198); inquilino/comodatário, durante o contrato, tem posse mas não tem animus domini, e depois do contrato, caso não desocupem a coisa, sua situação passa a ser de detentor, por isso em nenhum caso inquilino/comodatário podem adquirir pela usucapião. 
Acessão de posses: é a soma da posse do sucessor com a posse do antecessor para atingir o tempo exigido em lei para a usucapião, desde que as posses tenham as mesmas características ~> art. 1.243: “O possuidor pode, para o fim de contar o tempo exigido pelos artigos antecedentes, acrescentar à sua posse a dos seus antecessores (art. 1.207), contanto que todas sejam contínuas, pacíficas e, nos casos do art. 1.242, com justo título e de boa-fé.”
- Espécies de usucapião:
+ Extraordinário: art. 1238: “Aquele que, por quinze anos, sem interrupção, nem oposição, possuir como seu um imóvel, adquire-lhe a propriedade, independentemente de título e boa-fé; podendo requerer ao juiz que assim o declare por sentença, a qual servirá de título para o registro no Cartório de Registro de Imóveis. Parágrafo único: O prazo estabelecido neste artigo reduzir-se-á a dez anos se o possuidor houver estabelecido no imóvel a sua moradia habitual, ou nele realizado obras ou serviços de caráter produtivo.”
É a usucapião que beneficia o ladrão e o invasor; não há limite para o tamanho do terreno e a pessoa pode já ter um imóvel e mesmo assim usucapir outro.
Com a sentença, o autor fará o registro no cartório de imóveis, mas, o autor terá adquirido pelo tempo e não pelo registro. Porém o registro é importante para dar publicidade e para permitir que o autor depois possa fazer uma hipoteca, servidão, superfície, vender o bem a terceiros, etc. A sentença aqui é o título a que se refere o 1245, ao invés do tradicional contrato mediante escritura pública.  
+ Ordinário: art. 1242: “Adquire também a propriedade do imóvel aquele que, contínua e incontestadamente, com justo título e boa-fé, o possuir por dez anos. Parágrafo único: Será de cinco anos o prazo previsto neste artigo se o imóvel houver sido adquirido, onerosamente, com base no registro constante do respectivo cartório, cancelada posteriormente, desde que os possuidores nele tiverem estabelecido a sua moradia, ou realizado investimentos de interesse social e econômico.”
Exemplos de título justo seriam um contrato particular, um recibo, uma promessa de compra e venda, etc.
+ Especial rural: art. 1239: “Aquele que, não sendo proprietário de imóvel rural ou urbano, possua como sua, por cinco anos ininterruptos, sem oposição, área de terra em zona rural não superior a 50 hectares, tornando-a produtiva por seu trabalho ou de sua família, tendo nela sua moradia, adquirir-lhe-á a propriedade.”
+ Especial urbano: art. 1.240: “Aquele que possuir, como sua, área urbana de até 250 metros quadrados, por cinco anos ininterruptamente e sem oposição, utilizando-a para sua moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio, desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural.
§ 1° O título de domínio e a concessão de uso serão conferidos ao homem ou à mulher, ou a ambos, independentemente do estado civil.
§ 2° O direito previsto no parágrafo antecedente não será reconhecido ao mesmo possuidor mais de uma vez.”
http://rafaeldemenezes.adv.br/aulas/direitos-reais/7
http://ajudajuridica.com/material-estudo/direito-das-coisas-ou-real-civil-iv-resumo-completo-para-provas/

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