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BIBLIA DE ESTUDO DE GENEBRA - 34. Naum

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O Livro de 
NAUM 
Autor Naum significa "conforto". Seu nome é se-
. guido da designação "o elcosita", numa provável re-
ferência ao lugar do seu nascimento _ou de onde 
profetizou. As tentativas de obter uma 1dent1f1cação 
mais precisa de Elcós não tiveram êxito. Algumas propostas suge-
rem localidades próximas à antiga Nínive, na Galiléia (o nome "Ca-
farnaum" talvez seja derivado do hebraico correspondente a 
"aldeia de Naum") e em Judá. O testemunho interno do livro favo-
rece as proximidades de Judá como a área da atividade profética 
de Naum (1.15). 
Como na maioria dos livros proféticos, a pessoa do profeta de-
saparece por trás da sua mensagem. Naum tem sido erroneamen-
te considerado um nacionalista limitado que, inspirado por 
sentimentos de ódio e vingança, proferiu uma mensagem de con-
denação contra Nínive e que, ao mesmo tempo, estendeu as pro-
messas de salvação incondicional ao seu próprio povo, Judá. Mas 
essa visão ignora que este livro reflete a forma literária usual das 
profecias contra as nações estrangeiras e deve ser comparado 
com proclamações semelhantes em Is 13-23; Jr 46-51; Am 
1-2; e Obadias. 
Como um verdadeiro profeta de Javé, Naum estava profun-
damente consciente de que o Senhor, o incomparável e Todo- Po-
deroso Deus, exerce o domínio universal sobre os reinos deste 
mundo. Como seu predecessor Isaías, Naum também era um poe-
ta talentoso. Utilizando uma riqueza de metáforas e linguagem 
ilustrativa, o profeta retrata a destruição total de Nínive por um 
inimigo anônimo e assim expressa o alívio universal e a alegria de 
todos os que sofreram sob o regime opressivo de um cruel tirano. 
~~ Data e Ocasião A atividade profética de · • · Naum pode ser datada entre a conquista da cidade 1 ~ de Tebas pelo rei Assurbanipal, da Assíria, em 663 a.C., a que Naum se refere como um acontecimento 
passado (3.8), e a queda de Nínive, em 612 a.e., que Naum, profe-
ticamente, prevê (3.5-7). 
Durante esse período do século VII a.e., duas grandes crises 
surgiram no Império Assírio. Uma constituiu-se na ameaça dos 
medos e no avanço dos citas (642-638 a.e.). A outra, ainda maior, 
foi a revolta dos babilônios (652-648 a.e.) sob a liderança do ir-
mão mais velho de Assurbanipal, que foi apoiado pelos elamitas e 
pelos povos das regiões montanhosas do Irã. Efeitos leves dessa 
revolta se fizeram sentir em lugares tão distantes quanto a Pales-
tina e a Síria. Finalmente, a revolta foi reprimida pelas amargas 
batalhas que sacudiram todo o império. Parece razoável datar as 
atividades proféticas de Naum como anteriores ou paralelas a 
esse tumultuado período. Uma vez que a destruição de Tebas es-
tava aparentemente recente na memória de seu público, uma da-
tação plausível para a profecia de Naum seria portanto, entre 
660-650 a.C., nos dias do rei Manassés, de Judá, leal vassalo da 
Assíria. 
I.! Características e Temas o Livro de 
1
1
. Na um possui um título duplo ( 1.1). Ele é chamado de 
1 uma "sentença contra Nínive" e o "livro da visão de 
Naum". "Sentença" em geral designa uma mensa-
gem divina de julgamento contra uma nação estrangeira (Is 13.1; 
MI 1.1, nota). "Visão" se refere a uma revelação sobrenatural à vi-
são ou audição interior do profeta. Às vezes, um profeta era instruí-
do para escrever uma determinada mensagem (Is 8.1-2; 30.8) ou 
mesmo "todas as palavras" que o Senhor lhe ordenava que disses-
se (Jr 36). A forma escrita fornecia, assim, um forte testemunho 
adicional da certeza do cumprimento desses pronunciamentos di-
vinos. O título duplo da profecia constitui-se em uma sólida confir-
mação da autenticidade deste oráculo de condenação de Nínive e 
da impossibilidade de escapar ao iminente juízo de Deus sobre o 
reino assírio. 
Este livro, freqüentemente esquecido e desprezado, nos forne-
ce uma chave importante para a compreensão da história passada, 
presente e futura. Os acontecimentos não se sucedem como mero 
acaso, mas cada detalhe da história é determinado pela vontade, 
propósito e poder de Deus. No hino de abertura (1.2-8) e especial-
mente em 1.2-3 (o "texto" do sermão de Naum), aprendemos que 
o governo divino da história está de acordo com o seu caráter de 
Deus da aliança. Por toda parte e individualmente, ele exige sub-
missão exclusiva. A rejeição de Deus e de sua lei levam não apenas 
às conseqüências necessárias do caos na sociedade e na natureza, 
mas também inevitavelmente provoca seu desagrado pessoal, re-
sultando na justa retribuição. 
A paciência de Deus nunca deve ser erroneamente interpreta-
da como fraqueza. O pecado coletivo ou individual não ficará impu-
ne. Deus definitivamente decreta todos os eventos da história. 
Naum anunciou a destruição iminente de Nínive como o justo cas-
tigo de Deus e convidou o seu povo a uma alegre celebração desse 
acontecimento antes mesmo que ocorresse. 
Nínive era uma metrópole ímpia, imperialista e desonesta, 
com um desejo arrogante e inescrupuloso pelo poder e pela domi-
nação, que se manifestava num impiedoso desejo por guerras 
(3.1-4). Além de seus feitos militares, Nínive foi condenada por 
suas práticas comerciais impiedosas e por seu materialismo insa-
ciável (3.16). Naum proclamou a sua mensagem da vingança e re-
tribuição divinas contra essa cidade pecaminosa (1.14; 3.5-7). 
Nenhum poder terreno que tenha desafiado a lei de Deus poderia 
escapar do seu julgamento. 
Entretanto, o juízo não é a palavra final de Deus. O julgamento 
retributivo de Deus é também redentor, na medida em que estende 
seus propósitos de amor e suas promessas da aliança ao seu povo 
(1.15; 2.2). Ele destrói as forças do mal com o propósito de criar um 
mundo novo de liberdade (1.13), paz e conforto duradouro. Ele "co-
nhece os que nele se refugiam" e os protege ( 1.7). Aqueles que es-
tão familiarizados com a mensagem do "livro da visão de Naum" 
compreenderão melhor a necessidade da cruz de Jesus Cristo, o 
NAUM 1 1054 
Filho do Deus ciumento e vingativo. A partir desse livro, eles serão 
capazes de proclamar o Cristo glorificado, a quem toda a autorida-
de foi dada no céu e na terra (Mt 28.18) e que agora conduz a histó-
1 Esb~ç~de Naum ------
/ r.Cabeçalho(l.11 
li. O juiz justo e misericordioso de Nínive ( 1.2-14) 
A. O ciúme e o poder do Senhor (1.2-8) 
B. Aflição para os maus (1.9-14) 
Ili. Nínive impotente diante dos exércitos de Deus 
(1.15-2.13) 
A. Boas novas para Judá (1.15-2.21 
B. Nínive capturada e saqueada (2.3-1 O) 
ria para o Grande Dia, em que entregará o Reino ao seu Pai, depois 
que tiver destruído todos os poderes do mal, "para que Deus seja 
tudo em todos" 11 Co 15 24-28). 
C. O Senhor destrói o poder de Nínive 
(2.11-13) 
IV. A destruição irreversível de Nínive (cap. 3) 
A. O julgamento profetizado da cidade pecaminosa 
(3.1-7) 
B. A ruína de Nínive semelhante à de Nô-Amom 
(3.8-111 
C. A finalidade do julgamento divino (3.12-19) 
A ira e a misericórdia de Deus nele habitam. 6 Quem pode suportar a sua indignação? E 
1 1Sentença ªcontra Nínive. Livro da visão de Naum, o hquem subsistirá diante do furor da sua ira? A sua cólera se elcosita. derrama como fogo, e as rochas são por ele demolidas. 7 iQ 
2 O SENHOR é Deus bzeloso e vingador, o SENHOR é vinga- SENHOR é bom, é fortaleza no dia da angústia e iconhece os 
dor e cheio de ira; o SENHOR toma vingança contra os seus ad- que nele se refugiam. 8 Mas, com inundação transbordante, 
versários e reserva indignação para os seus inimigos. 3 O acabará de uma vez com o lugar desta cidade; com trevas, 
SENHOR é e tardio em irar-se, mas d grande em poder e jamais perseguirá o SENHOR os seus inimigos. 9 10ue 3 pensais vós con-
inocenta o culpado; eo SENHOR tem o seu caminho na tor- tra o SENHOR? mEle mesmo vos consumirá de todo; não se !e-
menta e na tempestade, e as nuvens são o pó dos seus pés. vantará por duas vezes a angústia. 10 Porque, ainda que eles se 
4/Elerepreende o mar, e o faz secar, e míngua todos os rios; entrelaçam ncomo os espinhos ºe se saturam de vinho como 
gdesfalecem Basã e o Carmelo, e a flor do Líbano se murcha. bêbados, Pserão inteiramente consumidos como palha seca. 
s Os montes tremem perante ele, e os outeiros se derretem; e 11 De ti, Nínive, saiu um que maquina o mal contra o 
a terra 2 se levanta diante dele, sim, o mundo e todos os que SENHOR, um 4 conselheiro vil. 12 Assim diz o SENHOR: Por 
·-CAPÍT~~~ 1 ~s19.36; Jo ;~--;,ª ;-;s~13_1_;r~;~º- P:r~c1a-2 ~Êx ;o-;Jo 24 ~- 3-~-Ê~;46-7; N~ ~--;; s~~3;-;;(jó~-~--
9.4J e SI 18.17 4 I Js 3.15-16; SI 106.9; Is 50.2; Mt 8.26 gls 33.9 5 2T queima 6 h Jr 10.1 O; [Mt 3.2] 7 iSI 25.8; 37.39-40; 100.5; [Jr 
33.11]; Lm 3.25 iSI 1.6; Jo 10.14; 2Tm 2.19 9 ISI 2.1, Na 1.11 m 1 Sm 3 12 3 Ou imaginais. ou consplia1s 10 n 2Sm 23.6, Mq 7.4 o Is 
56.12; Na 3 11 P Is 5.24; 10.17; MI 4.1 11 4 Lit. conselheiro de Belial 
•1.1 Título do livro. Ver Introdução. Autor; Data e Ocasião. 
•1.2-14 O hino introdutório (vs. 2-8), que no texto hebraico forma um poema 
acróstico incompleto, descreve, de forma comovente, o Senhor como o Juiz uni-
versal com poder para realizar a sua vontade. 
•1.2-3 O caráter do Senhor constitui a chave para a compreensão do que vem a 
seguir. 
•1.2 zeloso. Este atributo refere-se à reação contundente de Deus contra qual-
quer transgressão à sua santidade ou qualquer tentativa de participar da sua gló-
ria. O seu zelo requer lealdade absoluta e revela-se como ira contra a rejeição do 
próprio Deus ou do seu senhorio. 
vingador ... vingador ... toma vingança. Fiel à sua natureza, o Juiz universal não 
deixa nenhum pecado impune e concede a justa paga aos ímpios. A tripla repeti-
ção da palavra hebraica para "vingança" enfatiza fortemente uma retribuição 
inescapável e apropriada. 
adversários ... inimigos. Esta terminologia é típica dos salmos e das narrações 
das guerras santas. 
•1.3 tardio em ira!-se. Uma confissão bem conhecida da paciência de Deus 
com os pecadores (Ex 34.6, "longânimo"; Jn 4.2). 
grande em poder e jamais inocenta o culpado. A paciência de Deus nunca 
implica que ele seja fraco ou que feche os olhos para o mal (Gn 18.25) 
•1.3-6 O profeta oferece um retrato poético do poder do Senhor manifesto no 
seu controle da natureza por ocasião da criação e em outras ocasiões em que 
houve a sua intervenção a favor do seu povo (SI 18.7-15; Êx 14.21-22; Mt 8 26). O 
israelita piedoso reconhecia a obra do Senhor na natureza. Porém a natureza não 
deve ser confundida com Deus ou adorada como Deus; ela é o teatro da revela-
ção de Deus. 
•1.4 Ele repreende. Estas palavras retratam vividamente o poder divino de sujei-
tar as forças da natureza, tanto na criação quanto na travessia do mar Vermelho 
(Êx 14) 
mar ... rios. Usados aqui como paralelos poéticos (Is 50.2; SI 74.12-15). A vege-
tação abundante dos férteis "Basã," "Carmelo," e "Líbano" murcha quando o ven-
to quente do deserto, enviado pelo Senhor, sopra sobre ela. 
•1.5 A percepção da aproximação do Senhor enche a terra e as suas criaturas de 
terror. Toda a criação parece sentir-se ameaçada pelo caos. até mesmo as coisas 
aparentemente permanentes ("os montes ... a terra") tremem e desaparecem. 
•1.6 As questões retóricas enfatizam a impossibilidade de se resistir à ira de 
Deus. A ira divina é comparada ao fogo (Dt 4.24; Hb 1229). 
•1. 7 bom. O termo denota a benevolência do Senhor como a fonte de todo o ver-
dadeiro bem-estar e prosperidade do ser humano. e constitui, particularmente, 
uma confissão da sua abundante bênção e bondade provenientes da aliança (SI 
73.1). O povo do Senhor experimenta o seu poder grandioso como santo amor. 
Quando o socorro se faz necessário, Deus é uma fortaleza inexpugnável (SI 46). 
•1.8 inundação ... trevas. Figuras marcantes do severo julgamento. 
•1.9-14 A queda dos ímpios, representados por Nínive, culmina no consolo do 
povo de Deus, Judá. 
•1.9 pensais vós contra. Todas as estratégias assírias revelar-se-ão fúteis. A 
sua luta e os seus planos voltam-se agora contra o Senhor, que decidiu des-
truí-los, e o fará de uma vez por todas. 
•1.11 um que maquina o mal. Talvez uma referência a Assurbanípal (Introdu-
ção: Data e Ocasião). 
vil. Ver nota textual. A palavra sugere algo demoníaco. 
•1.12-14 Uma confortante mensagem divina assegura ao povo de Deus que a 
queda da Assíria implica no fim da sua humilhação. 
1055 NAUM 1, 2 
mais 5seguros que estejam e por mais numerosos que sejam, 
üi.ndc. c.•:;:},m. q serão exterminados e passarão; eu te afligi, mas 
não te afligirei mais. 
13 Mas de sobre ti, Judá, quebrarei o jugo deles e romperei 
os teus laços. 14 Porém contra ti, Assíria, o SENHOR deu or· 
dem 6que não haja posteridade que leve o teu nome; da casa 
dos teus deuses exterminarei as imagens de escultura e de 
fundição; farei o teu rsepulcro, porque és 5vil7. 
15 Eis sobre os montes os 1pés do que anuncia boas-novas, 
do que anuncia a paz! Celebra as tuas festas, ó Judá, cumpre 
os teus votos, porque 80 homem vil já não passará por ti; ele é 
"inteiramente exterminado. 
são vermelhos, os homens valentes vestem escarlata, cintila 
o aço dos carros no dia do seu aparelhamento, e 1 vibram as 
lanças. 4 Os carros passam furiosamente pelas ruas e se cru-
zam velozes pelas praças; parecem tochas, correm como re· 
lâmpago. 
s Os nobres são chamados, mas tropeçam em seu cami· 
nho; apressam-se para chegar ao muro e já encontram o tes-
tudo inimigo armado. 6 As comportas dos rios se abrem, e o 
palácio é destruído. 7 2 Está decretado: a cidade-rainha está 
despida e levada em cativeiro, as suas servas gemem como 
pombas e batem no peito. 8 Nínive, desde que existe, tem 
sido como um açude de águas; mas, agora, fogem. 3 Parai! 
Parai! Clama-se; mas ninguém se volta. 9 4 Saqueai a prata, 
O cerco e a tomada de Nínive saqueai o ªouro, porque não se acabam os tesouros; há abas-
2 O destruidor sobe contra ti, ó Nínive! Guarda a fortale- tança de todo objeto desejável. 10 Ah! Vacuidade, desola-za, vigia o caminho, fortalece os lombos, reúne todas as ção, ruína! O coração se derrete, os joelhos tremem, em 
tuas forças! 2 (Porque o SENHOR restaura a glória de Jacó, todos os lombos há angústia, e o rosto de todos eles 5empali-
como a glória de Israel; porque saqueadores os saquearam e dece. 
destruíram os seus sarmentos.) 3 Os escudos dos seus heróis 11 Onde está, agora, o covil dos bleões e o lugar do pasto 
• 12 q [Is 1O16-1~.33-34] 50u e~ paz ou completos 14 TEz 32.22-23 s Na 3.6 6 Lit. Ninguém mais de teu nome será fértil lOu desprezível 
15 lls 40.9; 52.7; Rm 10.15 "is 29.7-8 BLit. um de Belial 
CAPÍTULO 2 3 1 Lit. Os ciprestes são sacudidos; LXX e S os cavalos se inqwetam 7 2 Hebr Huzzab 8 3 Lit. Permanecei em pé 9 a Ez 
7.19; SI 118 4 Tomai espólio to 5L.XX, Te V junta negrume, JI 2.6 11 b Jó 4.10-11. Ez 19.2-7 
•1.12 Assim diz o SENHOR. Expressão técnica bem conhecida como a fórmula 
do mensageiro profético. 
•1.13 quebrarei o jugo deles e romperei os teus laços. Figuras poéticas 
expressivas de emancipação (Jr 2.20; SI 2.3). 
•1.14 ordem. A palavra enfatiza autoridade e infalibilidade. 
teu nome. A completa extinção e a perda do poder e prestígio estão reseivadas 
para os assírios. 
casa dos teus deuses. O templo e outros objetos da confiança e orgulho da 
Assíria serão destruídos. 
sepulcro. O termo representa a destruição final de Nínive, do seu rei. e do seu 
povo em 612 a.e 
•1.15--2.13 Esta seção está escrita no presente profético. Os eventos que ainda 
ocorrerão no futuro são aqui retratados como se já estivessem presentes. e even-
tos dum futuro ainda mais remoto são retratados como contemporâneos àqueles 
que se passam muito antes deles. Esta vívida profecia de julgamento constitui uma 
"visão" poética ( 1.1; cf. Nm 12 6-8). e não pretende ser um relato histórico preciso 
e detalhado dos eventos que se sucederam posteriormente. em 612 a.e.•1.15 Ver Is 52.7. A aproximação do mensageiro de "boas novas," cujos pés pi-
sam "nos montes" de Judá. inicia um novo período de dedicação agradecida ao 
Senhor. As boas novas são resumidas na significante palavra "paz" (hebraicosha-
lom). que indica não apenas o fim da hostilidade mas também o retorno às condi-
ções normais e abundantes de vida e de bem-estar geral. 
cumpre ... votos. Períodos de tribulação nacional ou opressão estrangeira fre-
qüentemente dificultavam. ou até impossibilitavam. a celebração de importantes 
festas do templo. Os "votos" feitos no período prévio de aflição deviam ser agora 
cumpridos (SI 116.14.17-19). 
•2.1 Em nítido contraste à convocação de Judá para a celebração. se acha a 
exortação irônica de Nínive para se preparar para um ataque. 
destruidor. Os assírios, que destruíram muitas nações. inclusive Israel. espa-
lhando-as sobre a face da terra. irão agora experimentar destino semelhante. Em 
agosto de 612 a.e .. as forças combinadas dos medos e dos babilônios destruíram 
Nínive. e pouco tempo depois o Império Assírio desmoronou. 
•2.2 glória de Israel. Deus restaurará o povo oprimido à alegria implícita no 
nome "Israel." Jacó recebeu esse novo nome como um sinal da sua maturidade 
espiritual e da sua aceitação voluntária do destino que Deus escolhera para ele 
desde o princípio (Gn 32.27-28). 
•2.3 dos seus heróis. Provavelmente uma referência ao exército do Senhor (v. 
2). Os guerreiros e carros desses valentes lutadores cumprem os propósitos divi-
nos. Os exércitos da própria Assíria haviam sido. anteriormente, instrumentos 
para a realização dos propósitos divinos de julgamento (Is 10.5-7). 
vermelhos ... escarlata. Esses termos enfatizam a aparência terrível desse 
exército que se aproxima, quer a cor se refira às suas vestes ou às manchas de 
sangue sobre os guerreiros. 
vibram as lanças. Ver nota textual. A expressão hebraica aqui utilizada é de difí-
cil compreensão. mas deixa a impressão de uma avidez pronta para a guerra. 
•2.4 Nínive é uma colméia de furiosos soldados. 
ruas. Possivelmente campos abertos ou planícies fora da cidade; se é possível 
entender desta maneira. então o versículo fala do exército que se aproxima e dos 
seus carros de guerra. 
•2.5 Isto pode referir-se ao rei assírio e à sua nobreza, especialmente os coman-
dantes militares. Por outro lado. este versículo pode também estar descrevendo 
os atacantes e o seu frenético cerco de Nínive (a palavra hebraica aqui traduzida 
por "testudo" normalmente refere-se a uma estrutura móvel que protege aqueles 
que cercam a cidade). 
•2.6 comportas dos rios. A cidade de Nínive estava localizada às margens do 
rio Tigre e um rio menor passava pelo meio da cidade. Alguns relatos antigos e 
conflitantes atribuem a queda de Nínive a uma inundação causada pelo inimigo 
que redirecionou as represas e as comportas do sistema de água. Contudo. a 
descrição de Naum é evidentemente poética. O termo "comportas" pode sim-
plesmente referir-se à abertura das cinco comportas (cf. 3.13) em direção ao rio 
Tigre com os seus afluentes e canais. A localização do palácio excluía a possibili-
dade de um colapso por inundação. 
palácio. O local da organização política e militar. 
•2. 7 cidade-rainha. Nínive é personificada como uma mulher. uma rainha. indo 
para o exílio. As suas "seivas", as habitantes da cidade. lamentam a sorte da sua 
senhora. 
•2.8 açude de águas. Esta figura marcante é muitas vezes utilizada para retra-
tar a população e a prosperidade de Nínive. Agora. ela está secando. 
•2.1 O coração se derrete ... rosto ... empalidece. A impiedosa devastação 
lança terror e cria paralisia entre os até então poderosos ninivitas. 
•2.11-13 Esta conclusão constitui-se numa canção de escárnio na qual a figura 
marcante de um grupo de leões que deparou-se com a destruição é aqui utilizada 
para descrever a iminente mudança no destino de Nínive. Deus é o autor da humi-
lhação e do desaparecimento de Nfnive. 
•2.11 Onde. Esta pergunta retórica enfatiza como a famosa cidade será reduzida 
ao esquecimento. 
l 
NAUM 2, 3 1056 
dos leõezinhos, onde passeavam o leão, a leoa e o filhote do 
leão, sem que ninguém os espantasse? 12 O leão arrebatava o 
bastante para os seus filhotes, estrangulava a presa para as 
suas leoas, e e enchia de vítimas as suas cavernas, e os seus co-
vis, de 6rapina. 13 Eis que deu estou contra ti, diz o SENHOR 
dos Exércitos; queimarei na fumaça os 7 teus carros, a espada 
devorará os teus leõezinhos, arrancarei da terra a tua presa, e 
já não se ouvirá a voz dos teus e embaixadores. 
e desprezo e te porei por f espetáculo. 7 Há de ser que todos 
os que te virem gfugirão de ti e dirão: h Nínive está destruí-
da; iquem terá compaixão dela? De onde buscarei os que te 
consolem? 
BiÉs tu melhor do que 1Nô-Amom4 , que estava situada 
entre s o Nilo e seus canais, cercada de águas, tendo por balu-
arte o mar e ainda o mar, por muralha? 9 Etiópia e Egito eram 
a sua força, e esta, sem limite; mpute e Lfbia, o seu socorro. 
10 Todavia, ela foi levada ao exílio, foi para o cativeiro; n tam-
A ruína completa de Ninive bém os seus filhos foram despedaçados ºnas esquinas de to-
3 Ai da ªcidade sanguinária, toda cheia de mentiras e de das as ruas; sobre os seus nobres Plançaram sortes, e todos os roubo e que não solta a sua presa! 2 Eis o estalo de açoi- seus grandes foram presos com grilhões. 
tes e o estrondo das rodas; o galope de cavalos e carros 1 que 11 Também tu, Nínive, serás q embriagada e te esconderás; 
vão saltando; 3 os cavaleiros que esporeiam, a espada flame- também procurarás refúgio contra o inimigo. 12 Todas as tuas 
jante, o relampejar da lança e multidão de traspassados, fortalezas são como 'figueiras com figos temporãos; se os sa-
massa de cadáveres, mortos sem fim; tropeça gente sobre os codem, caem na boca do que os há de comer. 13 Eis que 5 as 
mortos. 4 Tudo isso por causa da grande 2 prostituição da tuas tropas, no meio de ti, são como mulheres; as portas do 
bela e 3 encantadora meretriz, da bmestra de feitiçarias, que teu país estão abertas de par em par aos teus inimigos; o fogo 
vendia os povos com a sua prostituição e as gentes, com as consome 1os teus ferrolhos. 
suas feitiçarias. 5 Eis que eu estou e contra ti, diz o SENHOR 14Tira água para o tempo do cerco, ufortifica as tuas farta-
dos Exércitos; dlevantarei as abas de tua saia sobre o teu ros- lezas, entra no barro e pisa a massa, toma a forma para os la-
to, e mostrarei às nações a tua nudez, e aos reinos, as tuas drilhos. 15 No entanto, o fogo ali te consumirá, a espada te 
vergonhas. 6 Lançarei sobre ti imundfcias, tratar-te-ei com exterminará, consumir-te-á como o vgafanhoto. Ainda que te 
• 12 Cls 10.6; Jr 51.34 6Lit. o que foi dilacerado, carne de animal dilacerado 13 dJr21.13; Ez 5.8; Na 3.5e2Rs18.17-25; 19.9-13,23 7Ut.seus 
CAPÍTULO 3 1 •Ez 22.2-3; 24.6-9; Hc 2.12 2 1 dando solavancos 4 bis 47.9-12; Ap 18.2-3 21nfidelidade espiritual 3 Lit. belo encanto, 
em sentido pejorativo; sedutora 5 CJr 50.31; Ez 26.3; Na 2.13 dls 47.2-3; Jr 13.26 6eNa1.14/Hb 10.33 7gAp18.10 hJo 3.3; 4.11 ils 
51.19; Jr 15.5 8 i Am 6.2 IJr 46.25; Ez 30.14-16 4 A Tebas antiga; Te Va populosa Alexandria SLit. os rios 9 mGn 10.6; Jr 46.9; Ez 27.10 
10 n SI 137.9; Is 13.16; Os 13.16 o Lm 2.19 P JI 3.3; Ob 11 11 q Is 49.26; Jr 25.27; Na 1.10 12 r Ap 6.12-13 13 5 1s 19.16; Jr 50.37; 
51.301Sl147.13;Jr51.30 14UNa2.1 1SVJl1.4 
o lugar do pasto dos leõezinhos, Uma figura adequada para Nínive como o lar 
dos agressivos e cruéis assírios. 
•2.13 O segredo verdadeiro da queda total e final de Nínive é revelado. O con-
fronto com o poderoso Deus da aliança de Israel é fatal para o Império Assírio. 
eu estou contra ti. O inverso das boas novas da salvação, "Eu estou convosco" 
(tx 3.12; Js 1.5; Is 43.2,5). 
embaixadores. As vozes dos emissários assírios ditando condições e cobrando 
tributo serão permanentemente silenciadasda face da terra. 
•3.1-19 A expressão de lamento que abre este capítulo caracteriza o espírito 
desse texto até o último verso. As várias partes contribuem para a sua unidade li-
terária, e juntas enfatizam o julgamento irreversível de Nínive. O profeta não mais 
enfoca apenas Israel e Judá, porém projeta o destino de Nínive numa perspectiva 
universal. 
•3.1-7 Estas cenas impressionantes de violência, morte, e destruição confirmam 
o esperado julgamento da cidade. As acusações contra Nínive (vs. 1-4) e as suas 
faltas (vs. 5-7) são expostas detalhadamente. 
•3, 1 cidade sanguinária. A expressão enfatiza a crueldade impiedosa ostenta-
da abertamente pelos assírios nos seus registros oficiais. 
mentiras. A diplomacia enganosa caracterizava as suas relações internacionais 
(ls36.16-17). 
roubo. Ver 2.12-13. Negociações amigáveis servem como máscara para uma 
conduta voraz. Em sua cobiça insaciável, eles buscavam constantemente uma ví-
tima após a outra. 
•3.2-3 Estes versos poéticos nos trazem um dos quadros mais vívidos de um ce-
nário de batalha no Antigo Testamento. O ritmo staccato, a economia de palavras, 
os detalhes horrendos, tudo contribui para criar um retrato das exérc'1tos assír'1os 
em ação, reduzindo populações inteiras a uma "massa de cadáveres" (v. 3). 
•3.4 Mudando a cena, Nínive é agora comparada a uma bela e sedutora "mere-
triz" por cujo favor, "nações" e "famílias" são sacrificadas. O culto dos deuses, a 
guerra e o comércio estavam estreitamente entrelaçados. A sedução pelo poder 
e pompa de Nínive implicava em apostasia da verdadeira religião e sujeição às 
suas "feitiçarias", um termo que provavelmente indique a totalidade da religião 
pagã (Is 4712-13). 
•3.5 A retribuição do Juiz universal é inevitável. Veja 2.13. 
levantarei as abas de tua saia. A humilhação pública pela qual as prostitutas 
eram punidas. 
•3.6 A figura da meretriz continua. Ela tornar-se-á em um objeta de desprezo e 
em um exemplo para dissuadir outros de fazerem o mesmo. 
•3. 7 Ninive ... destruída. A visão é tão terrível que o povo se afastará horroriza-
da. A desgraça será tão espantosa e verdadeiramente merecida que não se acha-
rá ninguém para lamentar ou confortar a nação em sua ruína. 
•3,8 Nô-Amom. Ver nota textual. A cidade do deus Amam, melhor conhecida 
coma Tebas. Esta metrópole antiga e grandiosa do Alto Egito caiu diante dos assí-
rios em 663 a.C. Localizada à beira do Nilo, a uns 640 km de Mênfis, navegando 
rio acima, esta cidade pode ter tida fossos e canais para defesa. É provável que 
exista um elemento figurativo na ênfase de Naum sobre a mar. Nas Escrituras, 
um rio ou mar são freqüentemente tidos como símbolos de uma força que so-
mente Deus pode dominar (Êx 15; SI 114.3-5; Is 23.3-4; Mt 8.27). 
•3.9 Puta. Tradicionalmente identificada com Líbia. 
•3.11 embriagada. Aparentemente uma referência figurativa à taça da ira da 
Senhor, da qual todas os que o desafiam são forçados a beber (Is 51.17-23). Níni-
ve, em sua angústia, tenta se esconder e achar refúgio, mas só o Senhor pode 
prover refúgio em tempos de aflição (1.7). Comparadas ao Senhor, até mesmo os 
mais poderosos são fracos e vulneráveis (vs.12-17). 
•3.12 figueiras. Esta figura enfatiza o fato que as fortalezas, namnalmente inex-
pugnáveis, são agora não apenas agradáveis mas também presas fáceis. 
•3, 13 Diante da exército que se aproxima, todas as tropas assírias são como mu-
lheres (i.e., não treinadas para a batalha). Todos os obstáculos para retardar o 
avanço do inimigo, tais como portões e trancas, foram removidos. 
•3.14 Esforças frenéticos devem ser feitos para "fortificar ... fmtalezas" e para 
preparar-se para um prolongado período de cerco. Os imperativos aqui são irôni-
cos; vs. 14-17 refletem o sentimento de uma canção de escárnio. 
1057 NAUM3 
multiplicas como o gafanhoto e te multiplicas como a locusta; 
\6 àill.do. ~\le fizeste os teus xnegociantes mais numerosos do 
que as estrelas do céu, o gafanhoto devorador invade e sai 
voando. 17 zos teus príncipes são como os gafanhotos, e os 
teus chefes, como os gafanhotos grandes, que se acampam 
nas sebes nos dias de frio; em subindo o sol, voam embora, e 
não se conhece o lugar onde estão. 
18 ªOs teus pastores dormem, bó rei da Assíria; os teus 
nobres dormitam; o teu povo cse derrama pelos montes, e 
não há quem o ajunte. 
19 Não há remédio para a tua ferida; da tua chaga é incurá-
vel; etodos os que ouvirem a tua fama baterão palmas sobre 
ti; porque sobre quem não passou continuamente a tua mal· 
dade? 
• 16XAp18.3.11-19 17ZAp9.7 18ªÊx15.16; SI 76.5-6; Is 56.10; Jr51.57 bJr 50.18; Ez 31.3 C1Rs22.17; Is 13.14 19 dJr 46.11. Mq 
1.9 e Já 27.23; Lm 2.15; Sf 2.15 
•3.15 Mesmo os mais árduos esforços para evitar a invasão são inúteis. A cidade 
e o seu povo sucumbem perante o fogo e a espada. 
•3.16 negociantes. O comércio internacional da Assíria trouxe gente e riquezas 
para Nínive. Sob pressão externa. o egoísmo desses mercadores torna-se mani-
festo. Tendo se agrupado como gafanhotos. eles apanham tudo o que podem e. 
em seguida, desaparecem. 
•3.17 príncipes ... chefes. Estes dois termos são raros no hebraico e podem ser 
palavras emprestadas da língua assíria. Talvez representem oficiais importantes 
no governo do vasto império. Quando a situação fica perigosa, eles fogem. 
Riquezas. poder e organização falham miseravelmente enquanto a nação 
desmorona. 
subindo o sol. A chegada do julgamento do Senhor dispersará os seus inimigos 
de forma dramática assim como o calor do dia desperta e dispersa os gafanhotos 
ainda adormecidos (cf. SI 84.11; MI 4.1-3). 
•3.1 S..19 A conclusão do julgamento divino sobre o cruel opressor leva a um 
regozijo universal. Estes versículos lembram cantos fúnebres e canções de 
escárnio daquele período. 
•3.18 pastores. Uma metáfora bem conhecida para líderes indica os 
governantes subordinados ao rei assírio. 
dormem ... dormitam. Eufemismos para a morte. 
o teu povo ... o ajunte. A figura pastoril é estendida ao povo lou talvez ao 
exército) como um rebanho de ovelhas. Na ausência dos pastores. o povo se 
dispersou (cf. 1Rs 22.17). 
•3.19 A "notícia" da "chaga" incurável de Nínive e do seu 'ºferimento" fatal é 
recebida com aplausos gerais. O Deus de Israel. o único a quem pertence a 
vingança (Dt 32.35; Rm 12.19). finalmente pôs um fim à maldade contínua que 
causou tamanha injustiça e sofrimento. A visão de Naum teve o seu cumprimento 
inicial em 612 a.C. mas ainda aguarda a sua realização final na segunda vinda do 
Senhor Jesus Cristo. 
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