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Direito Empresarial - Auxiliares do Empresário

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AUXILIARES DO EMPRESÁRIO
Prepostos, Gerentes, Contabilistas e Demais Auxiliares
Código Civil – arts. 1.169 a 1.178
Auxiliares internos:
Gerente
Contador
Demais empregados
Todos sujeitos ao controle direto do empresário, que os matem em subordinação hierárquica mediante paga de salários para prestar serviço não eventual.
Auxiliares externos:
Viajantes – visitas a clientes em lugares distantes.
Vendedores externos – vendas fora do estabelecimento.
Pracistas – cobrir determinada zona pré-determinada.
Também regidos pela CLT.
A prestação do serviço não se dá no estabelecimento, mas sim externamente.
O empresário é responsável pelos atos praticados por seus auxiliares dependentes externos nos mesmos moldes do que ocorre com os auxiliares dependentes internos.
Preposto:
Art. 1.169 do CC:
	“O preposto não pode, sem autorização escrita, fazer-se substituir no desempenho da preposição, sob pena de responder pessoalmente pelos atos do substituto e pelas obrigações por ele contraídas.”
Conceito de preposto:
A jurisprudência do STJ entende como preposto aquele que possui relação de dependência ou presta serviço sob o interesse de outrem.
Direito do Trabalho: representante que o empregador designa para em seu nome comparecer a audiências, ainda que não ostente a condição de seu empregado.
Preposto:
Aquele que se apresenta, ou se prepõe, ao preponente, em caráter não eventual, no trato com terceiros e no desempenho das atividades da empresa.
A obrigação do preposto é realizar pessoalmente as tarefas que lhe são cometidas pelo empresário, inerentes às atribuições do seu cargo.
Se não agir pessoalmente, colocando outra pessoa em seu lugar, pode sofrer sanção disciplinar, segundo a regra trabalhista, assumindo, ainda, inteira responsabilidade pelos atos que forem praticados por quem o substituir.
Para não ser responsabilizado, é necessário que o preposto tenha autorização escrita do preponente.
Se a autorização for genérica, pode o preposto escolher seu substituto, mas tal escolha tem que ser feita entre os que pertencem ao quadro de pessoal da empresa.
Preponente:
O empresário, ou seu representante legal.
Preposto:
Art. 1.170:
“O preposto, salvo autorização expressa, não pode negociar por conta própria ou de terceiro, nem participar, embora indiretamente, de operação do mesmo gênero da que lhe foi cometida, sob pena de responder por perdas e danos e de serem retidos pelo preponente os lucros da operação.”
Dever de fidelidade do preposto para com o preponente:
Abster-se de atuar utilizando-se da estrutura ou dos conhecimentos que adquiriu na prestação dos serviços.
Não pode o preposto exercer concorrência nem prestar informações a concorrentes, aproveitando-se do que lhe proporciona a empresa a que pertence, da técnica ou dos conhecimentos adquiridos no exercício da preposição.
O descumprimento da regra gera para o preposto a obrigação de indenizar.
Prejuízos que o preponente tenha sofrido em virtude dos negócios assim realizados, calculados sobre o que perdeu e o que deixou de lucrar por não realizá-los.
Preposto: Art. 1.171:
“Considera-se perfeita a entrega de papéis, bens ou valores ao preposto encarregado pelo preponente, se os recebeu sem protesto, salvo nos casos em que haja prazo para reclamação.”
Os prepostos que trabalham no estabelecimento se presumem encarregados das tarefas que ali realizam, independentemente de qualquer autorização por escrito.
Os que exercem atividades externas necessitam de poderes discriminados em instrumento escrito para agir em nome do empresário.
Tudo o que um preposto, que trabalhe no estabelecimento do preponente, receber de terceiro sem ressalva, é considerado como entrega feita ao próprio preponente.
Vale também para serviços.
Prazo para reclamação:
Não terá eficácia a entrega se houver prazo para o empresário apresentar reclamação.
Gerente – Conceito
Art. 1.172:
“Considera-se gerente o preposto permanente no exercício da empresa, na sede desta, ou em sucursal, filial ou agência”
Ao preposto que exerce uma função de comando na estrutura da empresa dá-se o nome de gerente.
O gerente é o preposto qualificado, que tem poderes de direção de setores, de organização e de coordenação na estrutura da empresa.
Gerente – Abrangência dos poderes
Art. 1.173:
“Quando a lei não exigir poderes especiais, considera-se o gerente autorizado a praticar todos os atos necessários ao exercício dos poderes que lhe foram outorgados.”
“Parágrafo Único. Na falta de estipulação diversa, consideram-se solidários os poderes conferidos a dois ou mais gerentes.”
O gerente, ocupando um cargo de chefia na empresa, seja de setor, de departamento ou de estabelecimento, deve possuir os podres suficientes para desempenhar as atribuições que lhe são inerentes.
Por isso, presume-se autorizado a praticar todos os atos que decorrem naturalmente do posto que ocupa na empresa.
Os atos que exigem poderes especiais só podem ser praticados pelo gerente se há mandato escrito.
Dois ou mais gerentes e distribuição das atribuições:
A complexidade da organização empresarial pode recomendar a contratação pelo empresário de dois ou mais gerentes, seja para atuação conjunta, sucessiva ou escalonada.
É necessário que o empresário defina no regulamento da empresa ou em instrumento próprio as atribuições de cada um.
Quando não há estipulação, consideram-se solidários os poderes conferidos a dois ou mais gerentes.
Poderes solidários - aqueles que são conferidos de modo igual a todos os outorgados, de modo que qualquer deles fica autorizado a exercê-los individualmente.
Responsabilidade dos gerentes:
Os gerentes, agindo segundo os poderes que lhes forem conferidos pelo empresário, não respondem pessoalmente pelos atos que praticarem.
Responderão por culpa ou dolo, perante o empresário e terceiros lesados, quando exorbitarem desses poderes ou quando os exercerem sem a diligência que todo homem ativo e probo costuma empregar na administração de seus próprios negócios.
Gerente – Limitações dos poderes
Art. 1.174:
“As limitações contidas na outorga de poderes, para serem opostas a terceiros, dependem do arquivamento e averbação do instrumento no Registro Público de Empresas Mercantis, salvo se provado serem conhecidas da pessoa que tratou com o gerente.
Parágrafo Único – Para o mesmo efeito e com idêntica ressalva, deve a modificação ou a revogação do mandato ser arquivada e averbada no Registro Público de Empresas Mercantis”.
Para serem opostos a terceiros as limitações aos poderes do gerente é preciso:
Que fique provado que elas eram do conhecimento do terceiro; ou
Que elas sejam escritas em documento arquivado no Registro Público de Empresas Mercantis.
Gerente – Atos praticados em nome próprio
Art. 1.175:
“O preponente responde com o gerente pelos atos que este pratique em seu próprio nome, mas à conta daquele.”
Se o gerente age, em nome pessoal, dentro dos poderes que lhe são confiados e a conta dos interesses do empresário, beneficia o empresário e, portanto, este nada pode reclamar, mesmo que tal prática tenha ocorrido contra suas instruções.
O fato de ter agido em seu próprio nome vincula o gerente pessoalmente perante o terceiro e, por isso, há responsabilidade para com este.
Nesse caso, o empregador responderá junto com o gerente pelos prejuízos causados a terceiros.
Gerente – Representação em juízo
Art. 1.176:
“O gerente pode estar em juízo em nome do preponente, pelas obrigações resultantes do exercício da sua função.”
Mesmo sem mandato, o gerente é considerado representante do empresário para, em seu nome, propor ações e receber citações naquelas que contra ele sejam propostas, relativas a obrigações resultantes do exercício de gerência.
Assim, o gerente prescinde de poderes para constituir advogado no ajuizamento de demandas em nome e no interesse do empresário.
Contabilistas 
Art. 1.177:
“Os assentos lançados nos livros ou fichas do preponente, por qualquer dos prepostos encarregados de sua escrituração, produzem, salvo se houver procedidode má-fé, os mesmos efeitos como se o fossem por aquele.”
“Parágrafo Único – No exercício de suas funções, os prepostos são pessoalmente responsáveis, perante os preponentes, pelos atos culposos; e, perante terceiros, solidariamente com o preponente, pelos atos dolosos”.
Conceito de contabilista:
Pessoa com habilitação técnica (técnico em contabilidade) ou de nível superior (contador ou bacharel em ciências contábeis) para a realização das tarefas relativas à contabilidade.
Atualmente os contabilistas atuam como profissionais autônomos ou reunidos em sociedades, ou ainda fazendo parte formal da estrutura da empresa.
Responsabilidade objetiva do empresário:
A responsabilidade do empresário pelos dados de sua contabilidade de seus balanços é objetiva, não admitindo incursão na análise da conduta adotada pelos seus auxiliares para amenizá-la ou excluí-la.
No exercício de suas funções, os contabilistas são pessoalmente responsáveis perante o empresário pelos atos culposos que praticarem no serviço de contabilidade (imperícia, imprudência ou negligência).
Mas não respondem perante terceiros.
No entanto, se agirem com dolo, além de vincularem o empresário por esse ato, respondem pessoalmente pelas consequências dele decorrentes relativamente a terceiros prejudicados, em solidariedade com aquele.
Responsabilidade do preponente 
Art. 1.178:
“Os preponentes são responsáveis pelos atos de quaisquer prepostos, praticados no seu estabelecimento e relativos à atividade da empresa, ainda que não autorizados por escrito.”
“Parágrafo Único – Quando tais atos forem praticados fora do estabelecimento, somente obrigarão o preponente nos limites dos poderes conferidos por escrito, cujo instrumento pode ser suprido pela certidão ou cópia autêntica do seu teor”.

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