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1
UNIDADE 1
TRIGONOMETRIA: PARTE I
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
A partir desta unidade você será capaz de:
• identificar, calcular e aplicar razões trigonométricas em um triângulo re-
tângulo e em um triângulo qualquer;
• identificar as medidas de arcos, a relação entre as unidades de medidas
(graus e radianos) e o comprimento do arco;
• reconhecer a ampliação dos conceitos da trigonometria aplicada no triân-
gulo retângulo para trigonometria aplicada no círculo.
Nesta unidade de ensino, a abordagem da trigonometria está dividida
em quatro tópicos, nos quais se apresentam a trigonometria no triângulo
retângulo, sua extensão para um triângulo qualquer e a ampliação desses
conceitos à circunferência. Cada tópico oferecerá subsídios que o(a) auxiliarão
na interiorização dos conteúdos e na resolução das autoavaliações solicitadas.
TÓPICO 1 – RELAÇÕES MÉTRICAS NO TRIÂNGULO RETÂNGULO
TÓPICO 2 – RAZÕES TRIGONOMÉTRICAS NO TRIÂNGULO
RETÂNGULO
TÓPICO 3 – TRIGONOMETRIA EM UM TRIÂNGULO QUALQUER
TÓPICO 4 – TRIGONOMETRIA NA CIRCUNFERÊNCIA
2
3
TÓPICO 1
UNIDADE 1
RELAÇÕES MÉTRICAS NO
TRIÂNGULO RETÂNGULO
1 INTRODUÇÃO
A trigonometria se originou antes da era cristã, quando os astrônomos
queriam calcular distâncias que não se podiam medir, como, por exemplo, a
medida do raio da Terra, a distância da Terra à Lua e da Terra ao Sol.
Inicialmente usou-se valer das propriedades de triângulos semelhantes
para o cálculo dessas distâncias. Por isso, a trigonometria foi considerada uma
extensão natural da geometria. Daí vem o seu significado: medida dos triângulos,
sendo trigonometria uma palavra de origem grega formada por três radicais: tri =
três, gonos = ângulos e metron = medir.
Apesar de os egípcios e de os babilônios terem já utilizado, de forma
rudimentar, as relações existentes entre lados e ângulos dos triângulos para
resolver problemas relacionados com agrimensura, navegação e astronomia,
muitos historiadores presumem que o astrônomo grego Hiparco (190 a.C.–125
a.C.) tenha sido o iniciador da trigonometria, por ter empregado pela primeira
vez relações entre os lados e os ângulos de um triângulo retângulo e por ter
construído a primeira Tabela Trigonométrica. Por seus feitos, ele é considerado
o “Pai da Trigonometria”.
Durante muito tempo, Ptolomeu (125 a.C.) influenciou o desenvolvimento
da trigonometria. Sua mais importante contribuição foi o documento Almagesto,
baseado nos trabalhos de Hiparco e que contém uma tabela de cordas
correspondentes a diversos ângulos, por ordem crescente e em função da metade
do ângulo, que é equivalente a uma tabela de senos, bem como uma série de
proposições da atual disciplina.
Posteriormente, com o acesso ao manuscrito de Ptolomeu e aos trabalhos
dos hindus, que eram um povo bastante familiarizado com esse ramo da
Matemática, os árabes fizeram notáveis avanços e disseminaram os conhecimentos
da trigonometria pela Europa.
Atualmente, a Matemática Moderna ampliou o uso da trigonometria e a
tornou indispensável em outras áreas do conhecimento, como na eletricidade,
mecânica, acústica, música, engenharia, arquitetura, medicina, eletrônica,
navegação marítima e aérea, cartografia, entre outros campos.
UNIDADE 1 | TRIGONOMETRIA: PARTE I
4
Neste tópico vamos iniciar o estudo da trigonometria lembrando o
essencial sobre as relações no triângulo retângulo para, nos tópicos seguintes,
explanarmos sobre as razões trigonométricas, bem como a ampliação destes
conceitos para a circunferência.
2 TRIÂNGULO RETÂNGULO E SEUS ELEMENTOS
A trigonometria, desde o início dos seus estudos, é embasada no triângulo
retângulo. Por isso é importante estudar tanto as suas características, como os seus
elementos e as suas relações.
O triângulo retângulo é uma figura geométrica plana, composta por três
lados e três ângulos internos (é formado por dois lados do triângulo). É assim
definido por possuir um ângulo interno de 90° (ângulo reto).
Os lados de um triângulo retângulo recebem nomes específicos: o lado
que for oposto ao ângulo reto é denominado hipotenusa, e os demais lados, que
formam o ângulo reto, serão chamados de catetos.
Hipotenusa é uma palavra de origem grega que significa “se estende debaixo” (dos
ângulos agudos) e designa o lado mais longo de um triângulo retângulo, oposto ao ângulo
reto. A palavra cateto, também de origem grega, indica perpendicularidade ou ângulo reto, ou
seja, designa os dois lados menores de um triângulo retângulo.
NOTA
TÓPICO 1 | RELAÇÕES MÉTRICAS NO TRIÂNGULO RETÂNGULO
5
Se analisarmos os catetos em relação ao ângulo, eles recebem um
complemento em sua denominação. Por exemplo, na figura a seguir.
O cateto que forma o ângulo de 30°, juntamente com a hipotenusa, é
denominado cateto adjacente, e o outro, que é o segmento oposto ao ângulo, é
chamado de cateto oposto.
No triângulo retângulo destacamos:
• BC é a hipotenusa e a, a sua medida;
• AB e AC são catetos e c e b, respectivamente, suas medidas.
Se nesse mesmo triângulo retângulo traçarmos uma reta (h), conforme a
figura a seguir, que parte do vértice A e que seja perpendicular ao lado BC no
ponto H, teremos a altura AH do triângulo retângulo, que divide o lado BC em
dois segmentos, HB e HC, medindo, respectivamente, m e n.
UNIDADE 1 | TRIGONOMETRIA: PARTE I
6
• AH é a altura relativa à hipotenusa e h, a sua medida;
• HB é a projeção do cateto AB sobre a hipotenusa e m, sua medida;
• HC é a projeção do cateto AC sobre a hipotenusa e n, sua medida;
• ^A, ^B e ^C são os ângulos internos e med(B ^AC), med(A ^BC) e med(A ^CB),
respectivamente, suas medidas.
Recordando tópicos da geometria.
Vértice é um ponto comum a dois lados de um ângulo. No caso acima, o vértice A é o ponto
onde os segmentos AB e AC se encontram.
Duas retas são perpendiculares quando se interceptam formando um ângulo de 90°.
• Segundo o Microdicionário de Matemática Imenes & Lellis, num triângulo retângulo os
segmentos que a altura determina sobre a hipotenusa são chamados de projeções (sob ângulo
de 90°) dos catetos sobre a hipotenusa.
IMPORTANT
E
Exemplo:
Examinando o triângulo ABC, determine qual é a medida:
a) de cada cateto;
Resposta: No triângulo retângulo ABC podemos perceber que o ângulo reto
é o ângulo ^C. Portanto, os catetos são AC e BC e medem, respectivamente, 5 cm e
5,8 cm.
b) da hipotenusa;
TÓPICO 1 | RELAÇÕES MÉTRICAS NO TRIÂNGULO RETÂNGULO
7
Resposta: A hipotenusa é o lado do triângulo oposto ao ângulo reto ^C, e,
portanto, mede 9 cm (4 cm + 5 cm).
c) da altura relativa à hipotenusa;
Resposta: A altura desse triângulo é dada pelo segmento HC que mede 3 cm.
d) da projeção do cateto maior sobre a hipotenusa;
Resposta: O cateto maior é o lado BC, portanto sua projeção é HB que
mede 5 cm.
e) da projeção do cateto menor sobre a hipotenusa;
Resposta: O cateto menor é o lado AC, portanto sua projeção é HA que
mede 4 cm.
Uma leitura interessante é a do livro “A Geometria na sua vida”, com consultoria
de Nílson José Machado. Não perca o capítulo “A medição da doçura”, que discorre sobre
Hipotenusa, filha do rei de Euclideia, Metrônio. Obcecado pela geometria, o soberano só aceita
entregar a mão da filha a alguém mais inteligente do que ela.
DICAS
3 RELAÇÕES MÉTRICAS NO TRIÂNGULO RETÂNGULO
A partir dos elementos de um triângulo retângulo, podemos estabelecer
relações entre essas medidas e demonstrá-las a partir da semelhança de triângulos.
Semelhança de triângulos:
Em qualquer triânguloretângulo, a altura relativa à hipotenusa divide o triângulo em dois outros
triângulos retângulos, semelhantes ao triângulo dado e semelhantes entre si.
UNI
UNIDADE 1 | TRIGONOMETRIA: PARTE I
8
∆ABH ~ ∆ABC
(lê-se: o triângulo com vértices em A, B e H é semelhante ao triângulo com vértices em
A, B e C).
∆ACH ~ ∆ABC
(lê-se: o triângulo com vértices em A, C e H é semelhante ao triângulo com vértices em
A, B e C).
∆ABH ~ ∆ACH
(lê-se: o triângulo com vértices em A, B e H é semelhante ao triângulo com vértices em
A, C e H).
Vamos explorar algumas relações juntos:
1ª Relação: Considere os triângulos ABH e ABC.
^A^H ≡ , pois ambos são ângulos retos.
≡
^B ^B, pois são os mesmos ângulos.
Pela propriedade da semelhança de triângulos, temos: ∆ABH ~ ∆ABC.
Daí, c m
a c
= . Dessa proporção podemos escrever:
c • c = a • m → c² = a • m
O mesmo ocorre com os triângulos ACH e ABC:
m
TÓPICO 1 | RELAÇÕES MÉTRICAS NO TRIÂNGULO RETÂNGULO
9
Exemplo:
Neste triângulo retângulo, vamos calcular a medida da hipotenusa. As
medidas estão indicadas em centímetros.
^A^H ≡ , pois ambos são ângulos retos.
^C ≡ ^C, pois são os mesmos ângulos.
Pela propriedade da semelhança de triângulos, temos: ∆ACH ~ ∆ABC.
Daí, b n
a b=
. Dessa proporção podemos escrever:
b • b = a • n → b² = a • n
Em qualquer triângulo retângulo, o quadrado da medida de um cateto é igual ao
produto da medida da hipotenusa pela medida da projeção do cateto considerado sobre
a hipotenusa, ou seja, b² = a • n ou c² = a • m.
FONTE: A autora
QUADRO 1- RELAÇÃO MÉTRICA DO TRIÂNGULO RETÂNGULO
Cn
UNIDADE 1 | TRIGONOMETRIA: PARTE I
10
Portanto, a hipotenusa desse triângulo mede 25 cm.
2ª Relação: Considere os triângulos ABH e ACH.
Resolução:
Sabemos que:
^H^H ≡ , pois ambos são ângulos retos e o mesmo ângulo.
^C
^
A₁ ≡
Pela propriedade da semelhança de triângulos, temos: ∆ABH ~ ∆ACH.
Daí, h n
m h=
. Dessa proporção podemos escrever:
h • h = m • n → h² = mn
Exemplo 1:
Vamos calcular o valor de x nessa figura.
Em qualquer triângulo retângulo, o quadrado da medida da altura relativa à hipotenusa
é igual ao produto das medidas dos segmentos que ela determina sobre a hipotenusa,
ou seja, h² = mn.
nm
c² = am
15² = a . 9
225 = 9a
9a = 225
a = 25
225a
9
=
TÓPICO 1 | RELAÇÕES MÉTRICAS NO TRIÂNGULO RETÂNGULO
11
Resolução:
Em qualquer triângulo retângulo, tem-se: h² = mn.
Neste caso, h = 12, n = 8 e m = x. Portanto:
Assim, a medida de x é 18.
Exemplo 2:
Vamos determinar as medidas a, c, h e m indicadas na figura a seguir.
Resoluções:
CB
c
12² = 8 . x
144 = 8x
8x = 144
x = 18
144x
8
=
b² = an m + n = a h² = mn c² = am
6² = a . 4 m + 4 = 9 h² = 5 . 4 c² = 9 . 5
36 = 4a m = 9 - 4 h² = 20 c² = 45
m = 5 h = √20 c = √45
h = 2√5 c = 3√5
a = 9
36a
4
=
UNIDADE 1 | TRIGONOMETRIA: PARTE I
12
3ª Relação: Partindo das relações, onde b² = an e c² = am. Vamos multiplicar membro
a membro as igualdades e obteremos:
b² • c² = an • am
b² • c² = a • a • n • m
b² • c² = a² • nm
E usando a relação h² = mn, temos:
b² • c² = a² • h²
(bc)² = (ah)²
Ou, extraindo a raiz quadrada de ambos os membros (já que as medidas
são sempre números positivos), temos:
bc = ah
Em qualquer triângulo retângulo, o produto das medidas dos catetos é igual ao produto
da medida da hipotenusa pela medida da altura relativa à hipotenusa, ou seja, bc = ah.
QUADRO 2 – O PRODUTO DAS MEDIDAS DOS CATETOS
FONTE: A autora
Exemplo:
Vamos determinar a altura do triângulo a seguir.
Resolução:
bc = ah
4 . 3 = 5 . h
5h = 12 A altura h é de unidade de medida.
12
512h
5
=
TÓPICO 1 | RELAÇÕES MÉTRICAS NO TRIÂNGULO RETÂNGULO
13
A quarta propriedade das relações métricas é um dos mais importantes
teoremas da matemática, conhecido como Teorema de Pitágoras, no qual daremos maior
enfoque a seguir.
NOTA
4 O TRIÂNGULO RETÂNGULO E O TEOREMA DE PITÁGORAS
O Egito recebeu a dádiva de ter todo o seu território cortado pelo segundo
maior rio do mundo em extensão, o rio Nilo (o primeiro é o rio Amazonas).
Aproveitando com sabedoria o rico húmus que as águas formavam ao longo das
margens, os egípcios desenvolveram toda a sua agricultura. Porém, a dificuldade
era que as cheias anuais destruíam toda a demarcação das propriedades agrícolas.
O apagamento das demarcações do Nilo tornou necessária a existência dos
mensuradores, conhecidos pelos egípcios por “esticadores de cordas”.
Para obter ângulos retos, os “esticadores de cordas” usavam uma corda
com 12 nós, a igual distância um do outro, e com ela construíam um triângulo com
vértices em três desses nós. O triângulo assim obtido possui lados que medem três,
quatro e cinco unidades de comprimento e é um triângulo retângulo.
Esse método é baseado na relação enunciada por:
FONTE: A autora
QUADRO 3 - O TRIÂNGULO RETÂNGULO E O TEOREMA DE PITÁGORAS
Apesar de terem sido os egípcios os primeiros a utilizarem essa relação
para resolver problemas de medições de terras, foi Pitágoras de Samos (por volta
de 570 a.C.), filósofo e matemático grego, quem provou que ela é válida para todo
triângulo retângulo.
O quadrado da medida da hipotenusa é igual
à soma dos quadrados das medidas dos catetos.
2 2 2a b c= +
UNIDADE 1 | TRIGONOMETRIA: PARTE I
14
Demonstração do Teorema de Pitágoras
Na história da matemática muitas foram as demonstrações do Teorema
de Pitágoras. Vejamos uma delas a partir de duas relações métricas do triângulo
retângulo, demonstradas anteriormente.
b² = a • n
c² = a • m
Somando essas igualdades membro a membro, obtemos:
b² + c² = am + an
b² + c² = a(m + n)
Observando que m + n = a, temos:
b² + c² = a • a
E assim
b2 + c2 = a2
Vejamos outra maneira de exemplificar a validade do Teorema de Pitágoras,
através da geometria:
= 1 unidade de
comprimento
= 1 unidade de
área
3x3=32
4x4=42
5x5=52
5
43
TÓPICO 1 | RELAÇÕES MÉTRICAS NO TRIÂNGULO RETÂNGULO
15
Considerando que cada quadradinho corresponde a uma unidade de área,
verificamos que nos três quadrados existem 25, 16 e 9 unidades de área; notando
que 25 = 16 + 9 ou 5² = 4² + 3², confirma-se a relação: a área do quadrado construído
sobre o maior lado do triângulo retângulo é igual à soma das áreas dos quadrados
construídos sobre os dois menores lados.
Exemplo 1:
Vamos calcular a medida da hipotenusa do triângulo a seguir,.
Resolução:
Considerando a = x, b = 4 e c = 7, temos:
b² + c² = a²
4² + 7² = x²
49 + 16 = x²
65 = x²
x = √65
x ≅ 8,06
Assim, a hipotenusa mede, aproximadamente, 8,06 unidades de comprimento.
Sempre que conhecemos dois dos seis valores a, b, c, h, m, e n indicados na figura,
podemos descobrir os outros quatro empregando as relações métricas do triângulo retângulo.
NOTA
UNIDADE 1 | TRIGONOMETRIA: PARTE I
16
Exemplo 2:
Vamos encontrar as medidas desconhecidas da figura seguinte.
nm
Resolução:
Observe que os valores desconhecidos desta figura ocupam lugares
diferentes da demonstração. Portanto, é necessário substituí-los.
Comparando com a figura utilizada na demonstração, temos:
c = 13
b = b
m = m
n = n
a = a
altura (h) = 12.
Do triângulo menor, temos:
m² + 12² = 13² (4ª propriedade)
m² = 169 – 144
m² = 25
m = √25
m = 5
Pela 1ª propriedade:
c2 = am
13² = a • 5
169 = 5a
169a
5
=
a = 33,8
TÓPICO 1 | RELAÇÕES MÉTRICAS NO TRIÂNGULO RETÂNGULO
17
Pela 2ª propriedade, temos:
h² = mn
12² = 5 • n
144= 5n
144n
5
=
n = 28,8
Pela 3ª propriedade,podemos escrever:
bc = ah
b • 13 = 33,8 • 12
13b = 405,6
405,6b
13
=
b = 31,2
18
Neste tópico você fez o estudo do triângulo retângulo, partindo dos seus
elementos até as suas relações.
RESUMO DO TÓPICO 1
● O quadrado da medida de cada cateto (b e c) é igual ao produto
da medida de sua projeção (n e m, respectivamente) sobre a
hipotenusa pela medida da hipotenusa (a).
● O quadrado da medida da altura (h) relativa à hipotenusa é
igual ao produto das medidas das projeções dos catetos sobre a
hipotenusa (m e n).
● O produto das medidas dos catetos (b e c) é igual ao produto
da medida da hipotenusa (a) pela medida da altura relativa à
hipotenusa (h).
● A medida da hipotenusa (a) é igual à soma das medidas das
projeções dos catetos (m e n) sobre ela.
● O quadrado da medida da hipotenusa (a) é igual à soma dos
quadrados das medidas dos catetos (b e c).
}
}
}
}
}
b² = an
c² = am
h² = mn
bc = ah
a = m + n
a² = b² + c²
19
AUTOATIVIDADE
2 Calcule a medida da hipotenusa de um triângulo retângulo isósceles (possui
dois lados de mesma medida), com catetos de 1 cm.
3 A área de um terreno quadrangular é igual a 128 m². Quanto mede a diagonal
desse terreno? (Lembre que a área de uma região quadrangular é dada por:
Área do Quadrado = (medida do lado)²).
4 As raízes da equação x² - 10x + 24 = 0 expressam, em cm, as medidas dos
catetos de um triângulo retângulo. Determine a medida da hipotenusa desse
triângulo.
5 Um triângulo STU, retângulo em
^S , tem catetos com medidas iguais a 5 cm
e 12 cm. Calcule:
a) a medida da hipotenusa;
b) a medida da altura relativa à hipotenusa;
c) as medidas das projeções dos catetos sobre a hipotenusa.
6 Determine num triângulo retângulo ABC, de catetos com medidas iguais a 3
e 4, a medida da hipotenusa e a altura relativa à hipotenusa.
7 Calcule, em cada figura, a medida de y.
Lembra do seu manual, “Não basta saber, é preciso saber fazer”? Agora chegou
a sua vez de colocar em prática as relações métricas do triângulo retângulo que
você acabou de estudar.
1 Escreva o que representam as letras a, b, c, h, s e t no triângulo retângulo
abaixo.
20
a) b)
c) d)
8 Dois navios partem de um mesmo ponto, no mesmo instante, e viajam em
direções que formam um ângulo reto. Depois de uma hora de viagem, a
distância entre os dois navios é de 13 milhas. Se um deles é 7 milhas mais
rápido que o outro, determine a velocidade de cada navio.
9 No triângulo retângulo da figura a seguir temos que m = x + 5,6, n = x e a = 20.
Sabendo que as medidas são dadas em centímetros, determine as medidas b,
c e h indicadas.
10 Em um triângulo retângulo, a hipotenusa mede 15 cm e a área é de 54 cm².
Calcule a medida da altura relativa à hipotenusa.
21
TÓPICO 2
RAZÕES TRIGONOMÉTRICAS NO
TRIÂNGULO RETÂNGULO
UNIDADE 1
1 INTRODUÇÃO
No estudo anterior estabelecemos as bases necessárias para a compreensão
da Trigonometria, visto que esta é considerada uma extensão da Geometria.
Neste tópico daremos início ao estudo da Trigonometria, focando as
relações trigonométricas no triângulo retângulo, que relaciona as medidas dos
lados de um triângulo com as medidas de seus ângulos e é de grande utilidade na
medição de distâncias inacessíveis ao ser humano, como, por exemplo, a altura de
torres e árvores, de montanhas ou a largura de rios e lagos.
2 RAZÕES TRIGONOMÉTRICAS NO TRIÂNGULO RETÂNGULO
Considere estes dois triângulos retângulos:
Sabemos que se dois triângulos têm dois ângulos correspondentes
congruentes, então os triângulos são semelhantes. Logo, podemos escrever:
a b
x y =
Dessa proporção deduzimos outra:
b y
a x=
UNIDADE 1 | TRIGONOMETRIA: PARTE I
22
Ou seja, nos dois triângulos, a razão entre o cateto oposto ao ângulo de 30°
e a hipotenusa é o mesmo número.
Vamos fazer o cálculo para descobrir que valor é esse.
● No triângulo menor:
cateto oposto a 30°
hipotenusa
=
x 2,3
y 4,6= =
0,5
● No triângulo maior:
cateto oposto a 30°
hipotenusa
=
x 3,7
y 7,4= =
0,5
NOTA
Em qualquer triângulo retângulo com ângulo de 30°, a razão
tem o mesmo valor, pois todos os triângulos nessas condições são semelhantes.
cateto oposto a 30°
hipotenusa
Vejamos outros exemplos:
1)
• No triângulo menor:
cateto oposto a 45°
hipotenusa
=
x 1
y √2
=
TÓPICO 2 | RAZÕES TRIGONOMÉTRICAS NO TRIÂNGULO RETÂNGULO
23
Como o denominador desta fração é um número irracional, precisamos
fazer o processo de racionalização do denominador.
A racionalização de denominadores consiste na obtenção de uma fração
com denominador racional, equivalente a anterior, que possua um ou mais radicais
em seu denominador.
Para racionalizar o denominador de uma fração devemos multiplicar os
termos desta fração por uma expressão com radical, denominado fator racionalizante,
de modo a obter uma nova fração equivalente com denominador sem radical.
Neste caso, vamos multiplicar o numerador e o denominador desta fração
por √2. Observe:
Assim,
cateto oposto a 45°
hipotenusa
=
x 1
y √2
=
● No triângulo maior:
cateto oposto a 45°
hipotenusa
=
x 2√2 √2
y 4 2
= =
Igualmente ao exemplo anterior, podemos observar que em qualquer triângulo
retângulo com ângulo de 45°, a razão
cateto oposto a 45°
hipotenusa
tem o mesmo valor √2
2
, pois
todos os triângulos nessas condições são semelhantes.
1 2 2 2
22 2 2 2
⋅ = =
⋅
UNIDADE 1 | TRIGONOMETRIA: PARTE I
24
• No triângulo menor:
● No triângulo maior:
Mais uma vez, podemos observar que em qualquer triângulo retângulo
com ângulo de 60°, a razão
cateto oposto a 60°
hipotenusa
tem o mesmo valor, pois todos os
triângulos nessas condições são semelhantes.
cateto oposto a 60°
hipotenusa
= b 3 a = = 2√3
3√3
2√9
= √3
2
cateto oposto a 60°
hipotenusa
=
b
a =
6√3
12
= √3
2
Teste você mesmo(a)! Construa outros triângulos retângulos, de mesmo ângulo,
mas com medidas variadas, veja se a razão
cateto oposto ao ângulo
hipotenusa
é a mesma para todos
eles. Depois, faça o mesmo com outros ângulos. Experimente estabelecer outras razões.
ATENCAO
Se você realizou a atividade acima, deve ter percebido que a razão entre
cateto oposto e cateto adjacente e a razão entre cateto adjacente e hipotenusa
também é a mesma para triângulos retângulos semelhantes.
Veja, a seguir, como isto é possível.
2.1 SENO
Uma das constantes obtidas ao relacionar as medidas dos lados em
triângulos retângulos é conhecida por seno.
Num triângulo retângulo qualquer, o seno de um ângulo agudo (menor
que 90°) é a razão entre a medida do cateto oposto a ele e a medida da hipotenusa,
conforme observamos nos exemplos anteriores.
TÓPICO 2 | RAZÕES TRIGONOMÉTRICAS NO TRIÂNGULO RETÂNGULO
25
Considerando, inicialmente, o ângulo de medida a₁ da figura a seguir, de
vértice V e lados VA e VB.
No lado VB consideremos pontos quaisquer B1, B2, B3, B4, ... e os segmentos
A₁B₁, A₂B₂, A₃B₃, A₄B₄,... ,perpendiculares a VB.
Os triângulos VA1B1, VA2B2, VA3B3, VA4B4,... são todos semelhantes. Logo:
A₁B₁
VA₁
A₂B₂
VA₂
A₃B₃
VA₃
A₄B₄
VA₄= = =
= ... = K₁
Dessas igualdades podemos deduzir que o valor de k1 não depende do
triângulo retângulo escolhido. Ele é o mesmo para qualquer triângulo semelhante
ao ∆AVB.
Consideremos, agora, o ângulo de medida a2 (a2 ≠a1) da figura seguinte,
de vértice O e lados OC e OD, e os triângulos OC1D1, OC2D2, OC3D3, OC4D4, ...
retângulos em D1, D2, D3, D4, ... todos semelhantes.
UNIDADE 1 | TRIGONOMETRIA: PARTE I
26
Novamente, podemos escrever:
C₁D₁
OC₁
C₂D₂
OC₂
C₃D₃
OC₃
C₄D₄
OC₄= = =
= ... = K₂
Embora tenhamos usado o mesmo processo para calcular os valores de k1 e
k2, encontramos k1 ≠ k2. Isso ocorre, pois a diferença entre as duas figuras está em
que a1 ≠ a2. Portanto, podemos concluir que o valor da constante k – razão entre a
medida do cateto oposto e a medida da hipotenusa de cada triângulo retângulo –
depende da medida do ângulo considerado.
A razão k é uma característica de cada ângulo a e seu valor é chamado de
seno do ângulo a (sen a). Assim:
FONTE: A autora
QUADRO 4 - SENO DO ÂNGULO a (SEN a)
sen a = AC
BC
=
b
a
ou
sen a =
medida do cateto oposto a a
medida da hipotenusa
Exemplo 1:
Na figura dada, calculemos o valor de sen a:
TÓPICO 2 | RAZÕES TRIGONOMÉTRICAS NO TRIÂNGULO RETÂNGULO
27
Resolução:
Inicialmente precisamos calcular a hipotenusa do triângulo.
a² = 8² + 15²
a² = 289
a = √289
a = 17
Então, temos:
Resposta: sen a ≅ 0,47.
Exemplo 2:
Vamos calcular o valor de x, sabendo que sen a = 0,8.
Resolução:
Aplicando a razão seno, temos:
sen a = cateto oposto ao ângulo a
hipotenusa
sen a = 8
17
sen a ≅ 0,47
sen a = cateto oposto ao ângulo a
hipotenusa
0,8 = x
20
0,8 . 20 = x
x = 16
Resposta: O valor de x é 16 unidades de medida.
UNIDADE 1 | TRIGONOMETRIA: PARTE I
28
A palavra seno é derivada do latim sinus, que significa “baía” ou “dobra”. O termo
originalmente utilizado foi ardha-jiva (“meia-corda”), que foi abreviado para jiva e então
transliterada pelos árabes como jiba. Tradutores europeus do século XII confundiram jiba com
jaib, que significa “baía”, provavelmente porque jiba e jaib são escritas da mesma forma na
escrita arábica.
UNI
2.2 COSSENO
Com um procedimento semelhante ao apresentado anteriormente, podemos
definir outras razões entre as medidas de lados de um triângulo retângulo cujos
valores dependam apenas da medida do ângulo considerado. Portanto, outra
constante obtida ao relacionar essas medidas é conhecida por cosseno.
Considere um ângulo de medida a1
conforme a figura a seguir, de vértice
V e lados VA e .
No lado , consideremos pontos quaisquer B1, B2, B3, B4, ... e os segmentos
VB₁, VB₂, VB₃, VB₄,...
Os triângulos VA1B1, VA2B2, VA3B3, VA4B4,.. são todos semelhantes. Logo:
VB₁
VA₁
VB₂
VA₂
VB₃
VA₃
VB₄
VA₄= = =
= ... = K₁
Dessas igualdades podemos deduzir que o valor k1 não depende do
triângulo retângulo escolhido. Ele é o mesmo para qualquer triângulo semelhante
ao ∆AVB.
TÓPICO 2 | RAZÕES TRIGONOMÉTRICAS NO TRIÂNGULO RETÂNGULO
29
Consideremos, agora, o ângulo de medida a2 (a2 ≠ a1) da figura seguinte,
de vértice O e lados OC e OD, e os triângulos OC1D1, OC2D2, OC3D3, OC4D4, ...,
retângulos em D1, D2, D3, D4, ... todos semelhantes.
Novamente, podemos escrever:
OD₁
OC₁
OD₂
OC₂
OD₃
OC₃
OD₄
OC₄= = =
= ... = K₂
Embora tenhamos usado o mesmo processo para calcular os valores de
k1 e k2, encontramos k1≠ k2. A diferença entre as duas figuras está em que a1 ≠ a2.
Portanto, podemos concluir que o valor da constante k – razão entre a medida do
cateto adjacente e a medida da hipotenusa de cada triângulo retângulo – depende
da medida do ângulo considerado.
A razão k é uma característica de cada ângulo a e seu valor é chamado de
cosseno do ângulo a (cos a). Assim:
FONTE: A autora
QUADRO 5 - COSSENO DO ÂNGULO a (COS a)
cos a = AB
BC
=
c
a
ou
cos a =
medida do cateto adjacente a a
medida da hipotenusa
UNIDADE 1 | TRIGONOMETRIA: PARTE I
30
Exemplo 1:
Determine cos Ĉ no triângulo retângulo a seguir:
Resolução:
Temos que
Resposta: O cosseno do ângulo C é igual a 0,5.
Exemplo 2:
No triângulo retângulo ABC abaixo, calcule os valores de a e c, sabendo
que b = 5 cm e cos 60°= 0,5.
cos a = medida do cateto adjacente a a
medida da hipotenusa
= 5
10
= 0,5
cos Cˆ
cos Cˆ
TÓPICO 2 | RAZÕES TRIGONOMÉTRICAS NO TRIÂNGULO RETÂNGULO
31
Resolução:
Aplicando o teorema de Pitágoras ao ∆ABC, temos:
a² = b² + c²
10² = 5² + c²
100 = 25 + c²
100 – 25 = c²
c² = 75
c = √75
c = 5√3
Resposta: A medida de a é 10 cm e de c é 5√3 cm.
cos a = medida do cateto adjacente a a
medida da hipotenusa
=
b
a
cos 60°
= 0,5 5
a
0,5 ∙ a = 5
a =
5
0,5
a = 10
2.3 TANGENTE
Num triângulo retângulo qualquer, a tangente de um ângulo agudo
(menor do que 90°) é a razão entre a medida do cateto oposto a ele e a medida
do cateto adjacente.
Considere, novamente, um ângulo de medida a1, de vértice V e lados
VA e VB.
UNIDADE 1 | TRIGONOMETRIA: PARTE I
32
No lado VB consideremos pontos quaisquer B1, B2, B3, B4, ... e os segmentos
A₁B₁, A₂B₂, A₃B₃, A₄B₄,... ,perpendiculares a VB.
Os triângulos VA1B1, VA2B2, VA3B3, VA4B4, ... são todos semelhantes. Logo:
A₁B₁
VB₁
A₂B₂
VB₂
A₃B₃
VB₃
A₄B₄
VB₄= = =
= ... = K₁
Dessas igualdades podemos deduzir que o valor k1 não depende do
triângulo retângulo escolhido. Ele é o mesmo para qualquer triângulo semelhante
ao ∆AVB.
Consideremos, agora, o ângulo de medida a2 (a2 ≠ a1) da figura seguinte,
de vértice O e lados OC e OD, e os triângulos OC1D1, OC2D2, OC3D3, OC4D4, ...
retângulos em D1, D2, D3, D4, ... todos semelhantes.
Novamente, podemos escrever:
Embora tenhamos usado o mesmo processo para calcular os valores de k1 e
k2, encontramos k1 ≠ k2. A diferença entre as duas figuras está em que a1 ≠ a2. Logo,
podemos concluir que o valor da constante k – razão entre a medida do cateto
oposto e a medida do cateto adjacente de cada triângulo retângulo – depende da
medida do ângulo considerado.
A razão k é uma característica de cada ângulo a e seu valor é chamado de
tangente do ângulo a (tg a). Assim:
C₂D₂
OD₂= = = = ... = K₂
C₁D₁
OD₁
C₃D₃
OD₃
C₃D₃
OD₃
TÓPICO 2 | RAZÕES TRIGONOMÉTRICAS NO TRIÂNGULO RETÂNGULO
33
FONTE: A autora
QUADRO 6 – FÓRMULA TANGENTE DO ÂNGULO a (TG a)
tg a = AC
AB
=
b
c
ou
tg a =
medida do cateto oposto ao ângulo α
medida do cateto adjacente ao ângulo α
Exemplo 1:
No triângulo retângulo ABC, a tangente de Ĉ pode ser calculada da
seguinte maneira:
tg a = medida do cateto oposto ao ângulo a
medida do cateto adjacente ao ângulo a
= 4 6
=
tg Cˆ
tg Cˆ
2
3
Logo, a tangente do ângulo C é . 2
3
UNIDADE 1 | TRIGONOMETRIA: PARTE I
34
Exemplo 2:
Num triângulo retângulo, as medidas dos lados são expressas por (x -
5), x e (x + 5).
Vamos determinar a tangente do ângulo agudo a, oposto ao menor cateto
do triângulo.
Resolução:
Primeiramente, vamos fazer um esboço da figura.
Agora, utilizando o teorema de Pitágoras, com a = x + 5, b = x e c = x – 5, temos
Substituindo o valor de x, temos que o cateto adjacente ao ângulo a é b = 20
e o cateto oposto ao ângulo a é c = 20 – 5 = 15. Então, utilizando a razão da tangente:
a² = b² + c²
(x + 5)² = x² + (x - 5)²
x² + 10x + 25 = x² + x² - 10x + 25
-x² + 20x = 0
-x(x - 20) = 0
x' = 0
x" = 20
tg a = medida do cateto oposto ao ângulo a
medida do cateto adjacente ao ângulo a
=
= 15
20
tg a
tg a
3
4
Assim, a tangente de a é . 3
4
TÓPICO 2 | RAZÕES TRIGONOMÉTRICAS NO TRIÂNGULO RETÂNGULO
35
É comum confundirmos o nome de um ângulo com a sua medida. Quando estamos
falando num ângulo a, estamosnos referindo ao próprio ângulo, mas usando sua medida em
lugar de seu nome. É um “abuso” frequente e aceitável, que busca simplificar a linguagem.
UNI
3 ÂNGULOS NOTÁVEIS
Os ângulos de 30°, 45° e 60° aparecem com frequência nos cálculos e, por
isso, são chamados notáveis. Veja como calcular o seno, o cosseno e a tangente
desses ângulos.
Seno, cosseno e tangente do ângulo de 45°
Para calcular as razões trigonométricas para o ângulo de 45°, vamos
considerar o quadrado ABCD da figura seguinte.
● Como o ∆ABC é retângulo em
^B, temos:
Assim,
d² = ℓ² + ℓ²
d² = 2ℓ²
d = √2ℓ²
d = √2 ∙ √ℓ²
d = ℓ√2
sen45°=
d
lsen45°=
2
2sen45°=
2 2
2sen45°=
2
⋅
cos45°=
d
cos45°=
2
2cos45°=
2 2
2cos45°=
2
⋅
tg45°=
tg45°=
UNIDADE 1 | TRIGONOMETRIA: PARTE I
36
Seno, cosseno e tangente dos ângulos de 30° e 60°
Consideremos o triângulo equilátero ABC da figura seguinte.
Nesse triângulo observamos que:
• cada ângulo interno mede 60°;
• AH é bissetriz de BÂC;
• AH é mediana relativa ao lado BC; portanto, H é o ponto médio de BC;
• a medida da altura é = ℓ√3
2
h .
Então, para o ângulo de 30°, podemos escrever:
2tg30°=
h
2
3tg30°
2
2tg30°
2 3
1 3tg30°
3 3
3tg30°
3
=
= ⋅
= ⋅
=
hcos30°=
3
2cos30°
3 1cos30°
2
3cos30°
2
=
= ⋅
=
2sen30°=
1sen30°
2
1sen30°=
2
= ⋅
TÓPICO 2 | RAZÕES TRIGONOMÉTRICAS NO TRIÂNGULO RETÂNGULO
37
E, para o ângulo de 60°, temos:
Colocando os valores calculados no Quadro 7, temos:
FONTE: A autora
Exemplo 1:
Determine a medida x do triângulo a seguir:
QUADRO 7- TABELA TRIGONOMÉTRICA DOS ÂNGULOS NOTÁVEIS
Tabela Trigonométrica dos Ângulos Notáveis
X 30° 45° 60°
sen x
1
2
2
2
3
2
cos x 3
2
2
2
1
2
tg x 3
3
1 3
hsen60°=
3
2sen60°=
3 1sen60°
2
3sen60°
2
= ⋅
=
2cos60°=
1cos60°
2
1cos60°
2
= ⋅
=
h
tg60°=
2
3
2
tg60°
2
3 2tg60°
2
tg60°= 3
=
= ⋅
UNIDADE 1 | TRIGONOMETRIA: PARTE I
38
Assim, a medida x do triângulo é 10√2.
Exemplo 2:
A partir de um ponto, observa-se o topo de uma construção sob o ângulo de
30°. Caminhando 12 metros em direção a essa construção, atingimos outro ponto,
de onde se vê o topo da construção sob o ângulo de 60°. Desprezando a altura do
observador, calcule, em metros, a altura da construção.
Resolução:
Ao observarmos a imagem, temos:
A medida do cateto adjacente ao ângulo de 45° é 10.
A medida da hipotenusa do ângulo de 45° é x.
Deste modo:
cos a =
medida do cateto adjacente a
medida da hipotenusa
a
10cos45
x
2 10
2 x
x 2 10 . 2
20 2x= .
2 2
20 2x
2
x 10 2
° =
=
=
=
=
TÓPICO 2 | RAZÕES TRIGONOMÉTRICAS NO TRIÂNGULO RETÂNGULO
39
Resolução:
Se considerarmos o triângulo retângulo ABC, temos:
x = medida do cateto adjacente ao ângulo de 60°.
y = medida do cateto oposto do ângulo 60°.
E ao considerarmos o triângulo ABD, temos:
y = medida do cateto oposto ao ângulo de 30°.
x + 12 = medida do cateto adjacente ao ângulo de 30°.
Comparando as igualdade:
( )
x 3 12 3x 3
3
3x 3 x 3 12 3
3x 3 x 3 12 3
3x x 3 12 3
2x 3 12 3
12 32x
2 3
x 6
+
=
= +
− =
− =
=
=
=
medida do cateto oposto ao ângulo tg =
medida do cateto adjacente ao ângulo
ytg60
x
y3
x
y x 3
a
a
a
° =
=
=
( )
medida do cateto oposto ao ângulo tg =
medida do cateto adjacente ao ângulo
ytg30
x 12
y3
3 x 12
x 12 3
y
3
x 3 12 3y
3
a
a
a
° =
+
=
+
+
=
+
=
UNIDADE 1 | TRIGONOMETRIA: PARTE I
40
Portanto, a altura da construção é de 6 3 , aproximadamente 10,39 metros.
4 TABELA TRIGONOMÉTRICA
Como já descrito no Tópico 1, Hiparco de Niceia ganhou o direito de ser
chamado “o pai da trigonometria”, pois, no século II a.C., fez um tratado em 12
livros, onde se ocupa da construção de uma tábua de cordas, que utilizou na
Astronomia. Mas foi Ptolomeu que construiu a primeira tabela de cordas que
fornece o seno dos ângulos de 0° a 90°, que se assemelha à tabela trigonométrica
(no quadro 7) que conhecemos hoje.
Visto que para cada ângulo agudo está associado um único valor para o
seno, para o cosseno e para a tangente, em situações que envolvem ângulos não
notáveis, não precisamos calculá-los sempre, para isso foi construída uma tabela
trigonométrica (no quadro 8), que nos fornece esses valores.
QUADRO 8 – TABELA TRIGONOMÉTRICA
Ângulo Seno cosseno tangente Ângulo Seno cosseno tangente
1° 0,017 1,000 0,017 46° 0,719 0,695 1,036
2° 0,035 0,999 0,035 47° 0,731 0,682 1,072
3° 0,052 0,999 0,052 48° 0,743 0,669 1,111
4° 0,070 0,998 0,070 49° 0,755 0,656 1,150
5° 0,087 0,996 0,087 50° 0,766 0,643 1,192
6° 0,105 0,995 0,105 51° 0,777 0,629 1,235
7° 0,122 0,993 0,123 52° 0,788 0,616 1,280
8° 0,139 0,990 0,141 53° 0,799 0,602 1,327
9° 0,156 0,988 0,158 54° 0,809 0,588 1,376
10° 0,174 0,985 0,176 55° 0,819 0,574 1,428
11° 0,191 0,982 0,194 56° 0,829 0,559 1,483
12° 0,208 0,978 0,213 57° 0,839 0,545 1,540
13° 0,225 0,974 0,231 58° 0,848 0,530 1,600
14° 0,242 0,970 0,249 59° 0,857 0,515 1,664
15° 0,259 0,966 0,268 60° 0,866 0,500 1,732
16° 0,276 0,961 0,287 61° 0,875 0,485 1,804
17° 0,292 0,956 0,306 62° 0,883 0,469 1,881
18° 0,309 0,951 0,325 63° 0,891 0,454 1,963
TÓPICO 2 | RAZÕES TRIGONOMÉTRICAS NO TRIÂNGULO RETÂNGULO
41
19° 0,326 0,946 0,344 64° 0,899 0,438 2,050
20° 0,342 0,940 0,364 65° 0,906 0,423 2,145
21° 0,358 0,934 0,384 66° 0,914 0,407 2,246
22° 0,375 0,927 0,404 67° 0,921 0,391 2,356
23° 0,391 0,921 0,424 68° 0,927 0,375 2,475
24° 0,407 0,914 0,445 69° 0,934 0,358 2,605
25° 0,423 0,906 0,466 70° 0,940 0,342 2,747
26 0,438 0,899 0,488 71° 0,946 0,326 2,904
27° 0,454 0,891 0,510 72° 0,951 0,309 3,078
28° 0,469 0,883 0,532 73° 0,956 0,292 3,271
29° 0,485 0,875 0,554 74° 0,961 0,276 3,487
30° 0,500 0,866 0,577 75° 0,966 0,259 3,732
31° 0,515 0,857 0,601 76° 0,970 0,242 4,011
32° 0,530 0,848 0,625 77° 0,974 0,225 4,332
33° 0,545 0,839 0,649 78° 0,978 0,208 4,705
34° 0,559 0,829 0,675 79° 0,982 0,191 5,145
35° 0,574 0,819 0,700 80° 0,985 0,174 5,671
36° 0,588 0,809 0,727 81° 0,988 0,156 6,314
37° 0,602 0,799 0,754 82° 0,990 0,139 7,115
38° 0,616 0,788 0,781 83° 0,993 0,122 8,144
39° 0,629 0,777 0,810 84° 0,995 0,105 9,514
40° 0,643 0,766 0,839 85° 0,996 0,087 11,430
41° 0,656 0,755 0,869 86° 0,998 0,070 14,301
42° 0,669 0,743 0,900 87° 0,999 0,052 19,081
43° 0,682 0,731 0,933 88° 0,999 0,035 28,636
44° 0,695 0,719 0,966 89° 1,000 0,017 57,290
45° 0,707 0,707 1,000
FONTE: A autora
Outra opção para encontrar os valores trigonométricos é através do uso
de uma calculadora científica, que dispõe das teclas sin (seno), cos (cosseno) e
tan (tangente).
UNIDADE 1 | TRIGONOMETRIA: PARTE I
42
medida do cateto oposto ao ângulo tg
medida do cateto adjacente ao ângulo
htg72
25
h3,078
25
h 25 . 3,078
h= 76,95
a
a =
a
° =
=
=
Exemplo 1:
Considere o triângulo ABC isósceles. Sabendo que a base mede 50 cm e que
cada ângulo da base mede 72°, determine a medida h da altura relativa à base.
Resolução:
Se considerarmos o triângulo retângulo AHC, temos:
h = cateto oposto ao ângulo de 72°.
25 = cateto adjacente ao ângulo de 72°.
Dessa maneira, temos:
Logo, a altura do triângulo é de 76,95 cm.
Exemplo 2:
Observando a figura e utilizando a Tabela Trigonométrica calcule os valores
solicitados a seguir:
TÓPICO 2 | RAZÕES TRIGONOMÉTRICASNO TRIÂNGULO RETÂNGULO
43
medida do cateto oposto ao ângulo sen
hipotenusa
4,1sen
5,6
sen 0,732
a
a =
a =
a =
a) a medida do ângulo a
b) cos a
c) tg a
Resolução:
a)
Considerando o triângulo retângulo, temos:
4,1 = cateto oposto ao ângulo a.
5,6 = hipotenusa.
A relação trigonométrica que utiliza as medidas do cateto oposto e da
hipotenusa é o seno, assim:
Consultando a Tabela Trigonométrica (no Quadro 8), podemos observar
que o valor 0,732 na coluna dos senos corresponde, aproximadamente, ao seno do
ângulo de 47°. Assim, a = 47°.
b) Portanto, o cosseno do ângulo de 47° é 0,682.
c) E a tangente do ângulo de 47° é 1,072.
44
medida do cateto oposto ao ângulo sen
hipotenusa
medida do cateto adjacente ao ângulo cos =
hipotenusa
medida do cateto oposto ao ângulo tg
medida do cateto adjacente ao ângulo
a
a =
a
a
a
a =
a
Neste tópico você fez o estudo das razões trigonométricas (seno, cosseno
e tangente) no triângulo retângulo, bem como aprendeu a utilizar a tabela
trigonométrica na resolução de problemas.
É importante saber as razões até aqui estabelecidas:
RESUMO DO TÓPICO 2
O uso da tabela de ângulos notáveis é bastante requerida em vestibulares e
também são os ângulos que mais aparecem em questões do cotidiano.
Tabela Trigonométrica dos Ângulos Notáveis
X 30° 45° 60°
sen x
1
2
2
2
3
2
cos x 3
2
2
2
1
2
tg x 3
3
1 3
45
AUTOATIVIDADE
Caro(a) acadêmico(a), chegou a hora de você testar seus conhecimentos sobre
razões trigonométricas em um triângulo retângulo. Boa atividade!
1 Um barco encontra-se a 200 m de um farol. Sabendo que o farol é visto do
barco sob um ângulo de 10°, calcule sua altura.
2 Uma tábua está apoiada numa árvore, formando um ângulo de 60°. Determine
o comprimento da tábua, sabendo que ela se apoia na árvore a uma distância
de 1,5 m do chão.
3 Para alcançarmos o primeiro pavimento de um prédio, subimos uma rampa
de 5 m que forma com o solo um ângulo de 25°. Qual é a distância do solo ao
primeiro pavimento?
4 Uma pipa se encontra empinada a 18 m de altura do solo. Sabendo que
o ângulo formado pela linha esticada com a horizontal é de 60°, calcule o
comprimento da linha.
5 Determine a sombra projetada por um poste de 3,75 m quando os raios de sol
que incidem sobre ele formam, com a rua, um ângulo de 77°.
6 (CASTRUCCI, GIOVANNI JR., 2009, p. 279) Deseja-se construir uma estrada
ligando as cidades A e B, separadas por um rio de margens paralelas, como
nos mostra o esquema abaixo.
FONTE: Castrucci; Giovanni Jr. (2009, p. 279)
FIGURA 1 – ESTRADA LIGANDO AS CIDADES A E B, SEPARADAS
POR UM RIO DE MARGENS PARALELAS
Sabe-se que a cidade A está distante 30 km da margem do rio, a cidade B está a
18 km da margem o rio, e a ponte tem 3 km de extensão. Qual a distância de A
até B, pela estrada, em quilômetros? (Desconsidere a largura da estrada.)
46
7 Uma escada rolante de 11.000 cm de comprimento liga dois andares de um
shopping e tem inclinação de 45°. Qual é, em metros, a altura h entre um
andar e outro desse shopping?
8 Calcule o valor de x em cada triângulo retângulo:
a) b) c)
9 (FACCHINI. 1996, p. 285) Quando o Sol se encontra a 54° acima da linha do
horizonte, a sombra de uma árvore, projetada no chão, mede 12 m. Qual é a
altura dessa árvore?
10 (CASTRUCCI, GIOVANNI Jr., 2009 p. 280) A escada de um carro de
bombeiros pode estender-se a um comprimento de 30 m, quando levantada
a um ângulo de 70°. Sabe-se que a base da escada está sobre um caminhão,
a uma altura de 2 m do solo. Qual é a maior altura que essa escada poderá
alcançar em relação ao solo?
FONTE: Castrucci; Giovanni Jr., (2009, p. 280)
FIGURA 2 - A ESCADA DE UM CARRO DE BOMBEIROS
47
TÓPICO 3
TRIGONOMETRIA EM UM
TRIÂNGULO QUALQUER
UNIDADE 1
1 INTRODUÇÃO
Nos tópicos anteriores vimos que os problemas envolvendo trigonometria
são resolvidos através da comparação com triângulos retângulos. Mas no cotidiano,
nem sempre encontramos tamanha facilidade. Algumas situações podem envolver
outros tipos de triângulo, como o triângulo acutângulo ou o triângulo obtusângulo.
Para esses casos recorremos à lei dos senos e à lei dos cossenos, que
veremos a seguir.
Para lembrar:
• Em um triângulo acutângulo, os três ângulos são agudos, ou seja, menores do que 90°.
• Um triângulo obtusângulo possui um ângulo obtuso e dois ângulos agudos, ou seja, um
ângulo maior do que 90° e dois ângulos menores do que 90°.
NOTA
2 LEI DOS SENOS
Vamos considerar o triângulo acutângulo ABC, conforme figura a seguir:
48
UNIDADE 1 | TRIGONOMETRIA: PARTE I
Onde:
• a, b e c são as medidas dos lados;
• h1 é a medida da altura AH₁;
• h2 é a medida da altura CH₂.
Agora, consideremos os triângulos retângulos ABH1 e ACH1.
No triângulo retângulo ABH1, temos:
A mesma relação podemos estabelecer no triângulo retângulo ACH1:
medida do cateto oposto ao ângulo sen
hipotenusa
a
a =
sen
^
B = 1h
c
h₁ = c ∙ sen ^B
medida do cateto oposto ao ângulo sen
hipotenusa
a
a =
sen
^
C = 1h
b
h₁ = b ∙ sen ^C
Comparando, podemos escrever:
c ∙ sen ^B = b ∙ sen ^C
ou,
1)
c b
sen ^C sen ^B
=
TÓPICO 3 | TRIGONOMETRIA EM UM TRIÂNGULO QUALQUER
49
A seguir, consideremos os triângulos retângulos BCH2 e ACH2:
No triângulo retângulo BCH2, temos:
A mesma relação podemos estabelecer no triângulo retângulo ACH2:
Comparando, podemos escrever:
medida do cateto oposto ao ângulo sen
hipotenusa
a
a =
sen ^B = 2h
a
h₂ = a ∙ sen ^B
medida do cateto oposto ao ângulo sen
hipotenusa
a
a =
sen ^A = 2h
b
h₂ = b ∙ sen ^A
a․sen ^B = b․sen ^A
ou,
2)
a b
sen ^A sen ^B
=
Comparando 1 e 2, temos a seguinte igualdade:
a b c
sen ^A sen ^B sen ^C
= =
50
UNIDADE 1 | TRIGONOMETRIA: PARTE I
Essa igualdade é denominada Lei dos Senos.
FONTE: A autora
Exemplo 1
Determine a medida x indicada no triângulo acutângulo a seguir:
QUADRO 9 – LEI DOS SENOS
a b c
sen ^A sen ^B sen ^C
= =
Num triângulo qualquer, as medidas dos lados são
proporcionais aos senos dos ângulos opostos.
Resolução:
No triângulo, identificamos
a = x
 = 45°
c = 11 cm
Ĉ = 30°
Usando a lei dos senos, temos:
TÓPICO 3 | TRIGONOMETRIA EM UM TRIÂNGULO QUALQUER
51
Portanto, a medida x encontrada é 11√2 cm.
Exemplo 2:
Em um triângulo isósceles, a base mede 9 cm e o ângulo oposto à base
mede 120°. Determine a medida dos lados congruentes do triângulo.
Resolução:
No triângulo, identificamos
a = 9 cm
 = 120° (O seno do ângulo de 120° pode ser encontrado através de calculadoras.)
b = c = x
^
B = ^C = 30°
= a c
sen senĈ
x 11
sen45° sen30°
x 11
√2 1
2 2
11 . √2
2
1
2
2 2x 11 . .
2 1
=
x ₌ 11√2
x =
=
=
52
UNIDADE 1 | TRIGONOMETRIA: PARTE I
Usando a lei dos senos, temos:
Cada um dos lados congruentes mede 3√3cm.
a c
sen senĈ
9 x
sen120° sen30°
9 . sen30x
sen120
19 .
2x
3
2
1 2x 9 . .
2 3
9 3x .
3 3
9 3x
3
x 3 3
°
=
°
=
=
=
=
=
=
=
3 LEI DOS COSSENOS
Consideremos o triângulo acutângulo ABC:
Temos:
• a,b e c são as medidas dos lados do triângulo;
• h é a medida da alturarelativa ao lado BC do triângulo;
• BH é a projeção do cateto AB sobre a hipotenusa e m, sua medida;
• HC é a projeção do cateto AC sobre a hipotenusa e n, sua medida;
TÓPICO 3 | TRIGONOMETRIA EM UM TRIÂNGULO QUALQUER
53
No triângulo retângulo ABH, aplicando o Teorema de Pitágoras, obtemos:
c² = h² + m²
h² = c² – m²
Aplicando o Teorema de Pitágoras no triângulo retângulo ACH, obtemos:
b² = h² + n²
h² = b² – n²
Comparando as igualdades, temos:
b² - n² = c² - m²
b² = c² – m² + n²
Sabendo que a = m + n, podemos substituir n por a - m:
b² = c² – m² + (a – m)²
b² = c² – m² + a² - 2am + m²
b² = a² + c² – 2am
Do triângulo retângulo ABH, temos:
Então
b² = a² + c² – 2a(c ∙ cos ^B)
E assim:
A demonstração é análoga para a² = b² + c² – 2 ∙ b ∙ c ∙ cos e para
c² = a² + b² – 2 ∙ a ∙ b ∙ cosĈ.
Obtemos, então, a lei dos cossenos:
medida do cateto oposto ao ângulo cos =
hipotenusa
a
a
cos ^B = m
c
m = c ∙ cos ^B
b² = a² + c² – 2 ∙ a ∙ c ∙ cos ^B
54
UNIDADE 1 | TRIGONOMETRIA: PARTE I
FONTE: A autora
Exemplo 1:
Calcule a medida y indicada no triângulo a seguir:
QUADRO 10 – LEI DOS COSSENOS
Em todo triângulo, o quadrado da medida de um dos lados é igual à soma dos
quadrados das medidas dos outros dois lados menos duas vezes o produto das
medidas desses dois lados pelo cosseno do ângulo oposto ao primeiro lado.
a² = b² + c² – 2 ∙ b ∙ c ∙ cosÂ
b² = a² + c² – 2 ∙ a ∙ c ∙ cos ^B
c² = a² + b² – 2 ∙ a ∙ b ∙ cosĈ
Resolução:
Aplicando a lei dos cossenos, usando a = 12, b = y, c = 8 e
^
B = 60°, temos:
Logo, a medida y encontrada é 4√7 cm.
b² = a² + c² – 2 ∙ a ∙ c ∙ cos
^
B
y² = 12² + 8² – 2 ∙ 12 ∙ 8 ∙ cos60°
y² = 144 + 64 – 192 ∙ 1
2
y² = 208 – 96
y² = 112
y = √112
y = 4√7
TÓPICO 3 | TRIGONOMETRIA EM UM TRIÂNGULO QUALQUER
55
Resolução:
Aplicando a lei dos cossenos, usando a = 12, b = x, c = 16 e
^
B = 120°, no
triângulo obtusângulo ABC da figura, temos:
Exemplo 2:
Determine a medida x da diagonal maior do paralelogramo a seguir:
Resposta: A medida x da diagonal maior é 4√37cm.
b² = a² + c² – 2 ∙ a ∙ c ∙ cos
^
B
y² = 12² + 16² – 2 ∙ 12 ∙ 16 ∙ cos120°
y² = 144 + 256 – 384 ∙ 1
2
−
2
2
y 400 192
y 592
y 592
y 4 37
= +
=
=
=
56
Neste tópico ampliamos os conceitos utilizados inicialmente no triângulo
retângulo para os demais triângulos: acutângulo e obtusângulo.
É importante lembrar-se das relações aqui estabelecidas:
● Lei dos Senos
a b c
sen ^A sen ^B sen ^C
= =
● Lei dos Cossenos
a² = b² + c² – 2 ∙ b ∙ c ∙ cosÂ
b² = a² + c² – 2 ∙ a ∙ c ∙ cos ^B
c² = a² + b² – 2 ∙ a ∙ b ∙ cosĈ
RESUMO DO TÓPICO 3
57
AUTOATIVIDADE
Prezado(a) acadêmico(a), seguem algumas autoatividades que se destinam à
averiguação da aprendizagem deste tópico de estudos. Bom trabalho!
1 (CASTRUCCI, GIOVANNI JR., 2009, p. 286) São cada vez mais frequentes
construções de praças cujos brinquedos são montados com materiais rústicos.
A figura abaixo mostra um brinquedo simples que proporciona à criançada
excelente atividade física.
FIGURA 3 - BRINQUEDO SIMPLES QUE PROPORCIONA À
CRIANÇADA EXCELENTE ATIVIDADE FÍSICA
FONTE: Castrucci; Giovanni Jr. (2009, p. 286)
Sabendo que as distâncias AB e AC são iguais a 2 m e o ângulo BÂC corresponde
a 120°, calcule a distância BC.
2 Use os dados da Tabela Trigonométrica (no Quadro 8) e calcule os valores
aproximados de x.
a) b)
c)
58
3 (GIOVANNI, BONJORNO, GIOVANNI JR., 2002, p. 55) Um barco de
pescadores A emite um sinal de socorro que é recebido por dois radioamadores,
B e C, distantes entre si 70 km. Sabendo que os ângulos A
^
BC e AĈB medem,
respectivamente, 64° e 50°, determine qual radioamador se encontra mais
próximo do barco. A que distância ele está do barco?
4 O ângulo agudo de um losango mede 20° e seus lados medem 6 cm. Calcule
as medidas das diagonais (maior e menor) do losango.
5 Num triângulo ABC, são dados A = 45°, B = 30° e a + b = √2 + 1. Determine o
valor de a.
6 (CASTRUCCI, GIOVANNI JR., 2009, p. 286) Numa fazenda o galpão fica 50 m
distante da casa. Considerando que x e y são, respectivamente, as distâncias
da casa e do galpão ao transformador de energia, conforme mostra a figura a
seguir, calcule as medidas x e y indicadas.
FIGURA 4 – CALCULANDO AS MEDIDAS X E Y DA FIGURA
7 No triângulo ABC abaixo, sabe-se que cos  = 1_
5
. Nessas condições, calcule o
valor de x.
FONTE: Castrucci; Giovanni Jr., (2009, p. 286)
59
TÓPICO 4
TRIGONOMETRIA NA CIRCUNFERÊNCIA
UNIDADE 1
1 INTRODUÇÃO
2 CONCEITOS BÁSICOS DA CIRCUNFERÊNCIA
2.1 ARCOS E ÂNGULOS
Nos tópicos anteriores estudamos algumas razões trigonométricas
definidas para ângulo agudo no triângulo retângulo, tal qual ela surgiu há
milhares de anos, com o objetivo de resolver triângulos. Agora, vamos fazer um
estudo mais abrangente de seno, cosseno e tangente, que é uma necessidade
mais recente da matemática.
Nesse novo contexto, o triângulo retângulo é insuficiente para as definições
necessárias e temos a necessidade de ampliar os conceitos da Trigonometria para
um novo “ambiente”, denominado de circunferência trigonométrica ou ciclo
trigonométrico.
Portanto, neste tópico veremos conceitos necessários para este novo estudo,
que, por sua vez, servirá de base para a nossa próxima unidade.
Primeiramente, vamos elucidar alguns conceitos básicos da geometria
necessários para a compreensão da Circunferência Trigonométrica.
2.1.1 Arcos
Consideremos uma circunferência qualquer de centro O e raio r e dois
pontos distintos sobre ela, A e B. Note que os pontos A e B, que são extremidades
dos arcos, dividem a circunferência em duas partes, sendo que cada uma delas
chama-se arco da circunferência.
Para diferenciar esses arcos, convencionamos percorrer a circunferência no
sentido anti-horário.
60
UNIDADE 1 | TRIGONOMETRIA: PARTE I
Quando as extremidades A e B coincidem, temos um arco de uma volta ou
um arco nulo.
Se A e B são extremidades de um mesmo diâmetro, temos um arco de
meia-volta.
Portanto, definimos:
FONTE: A autora
Arco de uma circunferência é cada uma das partes em que uma circunferência
fica dividida por dois de seus pontos.
QUADRO 11 – DEFINIÇÃO DE ARCO DE UMA CIRCUNFERÊNCIA
TÓPICO 4 | TRIGONOMETRIA NA CIRCUNFERÊNCIA
61
2.1.2 Ângulo central
Consideremos, novamente, uma circunferência de centro O e os pontos A
e B pertencentes a ela. Traçando as semirretas OA
→
e OB
→
, determinamos o ângulo
central AÔB e o arco
(
AB.
A medida do arco
(
AB corresponde à medida do ângulo central AÔB e
vice-versa.
2.2 GRAU E RADIANO
2.2.1 Grau
Grau e radiano são unidades de medida de arcos e ângulos.
Se dividirmos uma circunferência em 360 partes iguais, teremos 360 arcos
congruentes e cada um desses arcos é chamado de arco de um grau (1°).
Portanto, a circunferência é um arco de 360°.
Os submúltiplos do Grau
Quando dividimos um arco de 1° em 60 arcos congruentes, cada um desses
novos arcos é denominado de arco de um minuto (1´).
62
UNIDADE 1 | TRIGONOMETRIA: PARTE I
Da mesma maneira, quando dividimos um arco de 1´ em 60 arcos
congruentes, cada um desses novos arcos é denominado de arco de um segundo
(1´´).
Portanto, 1° = 60´ e 1´= 60´´.
Se um arco tiver x graus, y minutos e z segundos, escrevemos:
x° y´z´´
NOTA
2.2.2 Radiano
Tomamos, inicialmente, uma circunferência de centro O e raio r e; nessa
circunferência, um arco de comprimento p, sendo a a medida do ângulo central
correspondente a esse arco.
Dizemos queo arco mede 1 radiano (1 rad) se seu comprimento p foi igual
ao comprimento r do raio. O ângulo central correspondente será, também, um
ângulo de 1 radiano.
p = r <=>{p = 1 rada = 1 rad
Então, para sabermos a medida de um arco em radianos, basta calcular
quantas vezes o raio de medida r “cabe” nesse arco de comprimento p. Isso pode
ser obtido quando dividimos p por r.
Simbolicamente,
p
ra ₌
Quando o arco p é um arco de uma volta, então p é o comprimento C da
circunferência. Como C = 2πr, temos:
a ₌ p ₌ 2πr ₌ 2π
r r
TÓPICO 4 | TRIGONOMETRIA NA CIRCUNFERÊNCIA
63
Portanto, a circunferência é um arco de 2π rad. E, como o ângulo de uma
volta tem 360°, então:
2π rad = 360° ⇔ π rad = 180°
Exemplo 1:
Expressar 22° 30’ em radianos.
Resolução:
Vamos transformar 22° 30’ em minutos:
22° 30’ = 22 • 60’ + 30 = 1320’ + 30’ = 1350’
Vamos transformar 180° em minutos:
180° = 180 • 60 = 10800’
Estabeleçamos, portanto, a seguinte proporção:
Logo, 22° 30’ correspondem a π
8
radianos.
Exemplo 2:
Um ciclista fez 6 voltas em torno de uma pista circular, com o raio medindo
18 m. Determine a distância percorrida pela bicicleta. (Use π = 3,14).
Resolução:
O comprimento da circunferência é dado por:
C = 2πr
C = 2 • 3,14 • 18
C = 113,04 m
Em 6 voltas, temos:
d = 6C
d = 6 • 113, 04
d = 678,24 m
Logo, a distância percorrida pela bicicleta foi de 678,24 m.
10800' π rad
1350' x
10800
1350 x
8x
x
8
π
=
= π
π
=
64
UNIDADE 1 | TRIGONOMETRIA: PARTE I
Exemplo 3:
Determine a medida do menor ângulo formado pelos ponteiros de um
relógio às 8h20min. (GIOVANNI; BONJORNO; GIOVANNI JR., 2002, p. 249).
Resolução:
Vamos considerar:
a = medida do ângulo solicitado.
x = medida do ângulo descrito pelo ponteiro das horas em 20 minutos, a
partir das 8h.
E assim,
a = x + 120°
a = 10° + 120°
a = 130°
Que a medida do menor ângulo formado pelos ponteiros.
O mostrador do relógio é dividido em 12 partes iguais. Por isso, o arco
compreendido entre dois números consecutivos mede 360 30
12
°
= ° .
Assim, a = x + 120°.
Como a cada 60 minutos de tempo o ponteiro das horas percorre 30°:
60 min → 30°
20 min → x
60 30
20 x
30 . 20x
60
x 10
°
=
°
=
= °
TÓPICO 4 | TRIGONOMETRIA NA CIRCUNFERÊNCIA
65
Existe outra unidade de medida de ângulos além das que abordamos. O Grado
é uma unidade de medida de ângulos equivalente a
π
200
radianos ou 0,9 grau. O símbolo
internacional para esta unidade é “gon”, mas outros símbolos já foram usados no passado: “gr”,
“grd” e “g”. O termo “grado” tem origem no francês, grade, e embora utilizado por alguns países,
ele não faz parte do sistema internacional de unidades.
ATENCAO
Acerca de elementos geométricos relacionados com a Astronomia pouco
se conhece. Sabe-se que Aristarco propôs um sistema que tinha o Sol como centro
pelo menos 1500 antes de Copérnico, no entanto este material histórico se perdeu
na noite do tempo. O que ficou, do ponto de vista histórico, foi um tratado escrito
por volta de 260 a.C. envolvendo tamanhos e distância do Sol e da Lua.
A divisão do círculo em 360 partes iguais aparece mais tarde e não existe
qualquer razão científica. Talvez exista uma razão histórica que justifique a
existência de tal número no contexto de estudos do povo babilônio, que viveu
entre 4000 a.C. e 3000 a.C. Este povo realizava muitos estudos no trato de
terrenos pantanosos e construções de cidades e tinha interesse pela Astronomia,
assim como pela sua relação com conceitos religiosos (eram politeístas) e, para
viabilizar tais procedimentos, criaram um sistema de numeração com base 60
(sistema sexagesimal).
Não se sabe ao certo quais as razões pelas quais foi escolhido o número
360 para se dividir a circunferência, sabe-se apenas que o número 60 é um dos
números menores do que 100 que possui uma grande quantidade de divisores
distintos, a saber: 1, 2, 3, 4, 5, 6, 10, 12, 15, 20, 30, 60, razão forte pela qual este
número tenha sido adotado.
O primeiro astrônomo grego a dividir o círculo em 360 partes foi Hipsicles
(180 a. C.), seguido pelos caldeus. Por volta de 150 a. C. encontramos uma
generalização de Hiparco para este procedimento.
Dividir um círculo em 6 partes iguais era algo muito simples para os
especialistas daquela época e é possível que se tenha usado o número 60 para
representar 1/6 do total, que passou a ser 360.
Outro fato que pode ter influenciado na escolha do número 360 é que o
movimento de translação da Terra em volta do Sol se realizava em um período
de aproximadamente 360 dias, o que era uma estimativa razoável para a época.
2.2.3 Notas históricas sobre o grau e o radiano
66
UNIDADE 1 | TRIGONOMETRIA: PARTE I
Hiparco mediu a duração do ano com grande exatidão ao obter 365,2467 dias,
sendo que atualmente esta medida corresponde a 365,2222 dias.
Nosso entendimento é que o sistema sexagesimal (base 60) tenha
influenciado a escolha da divisão do círculo em 360 partes iguais, assim como a
divisão de cada uma dessas partes em 60 partes menores e também na divisão
de cada uma dessas subpartes em 60 partes menores. Uma garantia para isto é
que os babilônios usavam frações com potências de 60 no denominador. As
frações sexagesimais babilônicas, usadas em traduções árabes de Ptolomeu, eram
traduzidas como:
“primeiras menores partes” = sexagésimos
“segundas menores partes” = sexagésimos de sexagésimos
Quando tais palavras foram traduzidas para o Latim, que foi a língua
internacional dos intelectuais por muito tempo, passamos a ter:
“primeiras menores partes” = partes minutae primae.
“segundas menores partes” = partes minutae secundae.
De onde apareceram as palavras minuto e segundo. De um modo popular,
usamos a unidade de medida de ângulo com graus, minutos e segundos.
Na verdade, a unidade de medida de ângulo do Sistema Internacional é o
radiano, que foi uma unidade alternativa criada pelo matemático Thomas Muir e o
físico James T. Thomson, de uma forma independente. Na verdade, o termo radian
apareceu pela primeira vez num trabalho de Thomson em 1873.
Em 1884, muitos cientistas ainda não usavam este termo. Outros termos
para o radiano eram: Pi-medida, circular ou medida arcual, o que mostra a forma
lenta como uma unidade é implementada ao longo do tempo.( VIANA; TOFFOLI;
SODRE, 2010).
3 CIRCUNFERÊNCIA TRIGONOMÉTRICA
Denomina-se circunferência trigonométrica (ou circunferência unitária) a
circunferência orientada cujo raio é 1 unidade de comprimento e na qual o sentido
positivo é o anti-horário.
Vamos associar à circunferência unitária de centro na origem O(0,0)
um sistema de coordenadas cartesianas ortogonais, fixando o ponto A, com
coordenadas em (0,1), como origem dos arcos, conforme a figura a seguir.
TÓPICO 4 | TRIGONOMETRIA NA CIRCUNFERÊNCIA
67
Os eixos do sistema cartesiano dividem o ciclo em quatro partes
(quadrantes), numerados de 1 a 4 a partir de OA, no sentido positivo.
Dizemos que um ponto do ciclo pertence ao primeiro quadrante se estiver
entre A e B; ao segundo se estiver entre B e A’; ao terceiro se estiver entre A’ e B’;
e ao quarto se estiver entre B’ e A.
Portanto, um arco AP do ciclo trigonométrico, de medida x, com 0° ≤ x ≤
360° ou 0 rad ≤ x ≤ 2π rad, tem a extremidade P pertencente a um dos quadrantes
segundo as desigualdades:
68
UNIDADE 1 | TRIGONOMETRIA: PARTE I
Como no ciclo trigonométrico o raio é unitário, então a = p, ou seja, a medida
a do arco ou do ângulo central corresponde, em radianos, ao comprimento p do arco.
Assim, podemos associar a cada númeroreal a um único arco
(
AP, de
origem A e extremidade P, e vice-versa.
P є 1º Quadrante se 0° < x < 90° ou 0 rad < x < π rad
2
P є 2º Quadrante se 90° < x < 180° ou π rad < x < π rad
2
P є 3º Quadrante se 180° < x < 270° ou π rad < x < 3π rad
2
P є 4º Quadrante se 270° < x < 360° ou 3π rad < x < 2π rad
2
• Os pontos A, B, A’ e B’ são pontos dos eixos e por isso não são considerados
pontos dos quadrantes.
• Para todo ponto (x, y) pertencente à circunferência unitária, temos:
-1 ≤ x ≤ 1 e -1 ≤ y ≤ 1.
NOTA
3.1 ARCOS CONGRUENTES
Dois arcos são congruentes ou côngruos quando possuem a mesma
extremidade e se diferem apenas pelo número de voltas inteiras, ou seja, em
múltiplos de 2π, que corresponde ao comprimento de cada volta.
Como exemplo, vamos representar os arcos de 45°, 405°, 765°, -315° e -675°
no ciclo trigonométrico:
TÓPICO 4 | TRIGONOMETRIA NA CIRCUNFERÊNCIA
69
Note, pelas figuras, que todos têm a mesma origem e a mesma extremidade,
ou seja, são côngruos. Perceba, também, que eles se diferem apenas pelo número
de voltas completas, pois
• 45° + 360° = 405°;
• 45° + 2 • 360° = 765°;
• 45° - 360° = -315°;
• 45° - 2 • 360° = -675°.
Podemos representar o arco de 45°, bem como todos seus arcos côngruos,
pela expressão 45° + k • 360°, com k є Z, sendo k o número de voltas completas.
Pelo exposto, podemos definir:
FONTE: A autora
QUADRO 12 - DEFINIÇÃO DE ARCOS CÔNGRUOS OU CONGRUENTES
Dois arcos são côngruos ou congruentes quando têm a mesma extremidade e
diferem apenas pelo número de voltas inteiras.
Assim:
• Se um arco mede a graus, podemos expressar todos os arcos côngruos a ele pela
expressão a + k • 360°, onde k є Z.
• Se um arco mede a radianos, podemos escrever todos os arcos côngruos a ele
pela expressão a + k • 2πrad, onde k є Z.
70
UNIDADE 1 | TRIGONOMETRIA: PARTE I
Exemplo 1:
Determine em qual quadrante situam-se as extremidades dos seguintes
arcos:
a) 72°
Resposta: 1º quadrante, pois 0° < 72° < 90°.
b) 1280°
Resolução: 1280° = 200° + 3 • 360°
Resposta: 3º quadrante, pois 180° < 200° < 270°.
c) - 300°
Resolução: Como este arco está na primeira volta negativa, basta fazer - 300° + 360° = 60°.
Resposta: 1º quadrante, pois 0° < 60° < 90°.
3.2 DETERMINAÇÃO PRINCIPAL DE UM ARCO
Se um arco mede a graus, então um arco β é chamado de determinação
principal de a ou de 1ª determinação positiva de a se:
• 0° ≤ β < 360° ou 0 rad ≤ β < 2π
• β é côngruo a a.
Exemplo 1:
Calcule a 1ª determinação positiva e escreva a expressão geral dos arcos côngruos
ao arco de 1690°.
Resolução:
1690° = 250° + 4 • 360°
Onde:
250° = 1ª determinação positiva
4 = número de voltas completas
Portanto, a 1ª determinação positiva é 250° e a expressão geral é a = 250° + k • 360°, k є Z.
Exemplo 2:
Calcular a determinação principal e escrever a expressão geral dos arcos côngruos
a 25π
4
rad.
Resolução:
Basta dividirmos 25π
4
rad por 2π rad. Assim:
TÓPICO 4 | TRIGONOMETRIA NA CIRCUNFERÊNCIA
71
Onde:
π
4
rad = 1ª determinação positiva
3 = número de voltas completas
Portanto, a 1ª determinação positiva é π
4
rad e a expressão geral é a = π
4
rad +
k • 2π, k є Z.
25π
4 ₌ 25π . 1 ₌ 25π ₌ 25 ₌ 3 + 1
2π 4 2π 8π 8 8
Portanto,
25 13 . 2
4 8
25 13 2 2
4 8
25 3 2
4 4
π
π
π
π π
π π
π
= +
= ⋅ + ⋅
= ⋅ +
3.3 SENO, COSSENO E TANGENTE NA CIRCUNFERÊNCIA
TRIGONOMÉTRICA
Até agora, operamos com os valores de sen x, cos x e tg x no triângulo
retângulo, onde x representa a medida de um ângulo agudo. Mas o que acontece
se x for a medida de um ângulo superior a 90°?
Para responder a esta questão, é preciso ampliar os conceitos estudados no
triângulo retângulo, levando-os à circunferência trigonométrica.
3.3.1 Seno
Vamos considerar na circunferência trigonométrica, o arco
(
AP cuja medida
corresponde ao ângulo central x e o segmento OP', que é a projeção do raio OP
sobre o eixo das ordenadas (eixo vertical), conforme a figura a seguir:
72
UNIDADE 1 | TRIGONOMETRIA: PARTE I
O eixo vertical, suporte de OP', é denominado eixo dos senos.
Definimos como seno do arco
(
AP ou sen x a medida de OP' e indicamos:
senx = OP'
Note que esta definição coincide com a que demonstramos anteriormente
para o triângulo retângulo.
OP' ₌ sen x
De fato, se considerarmos o triângulo OPP' da figura acima, veremos
que med(OPP') ₌ x
^
, pois OPP'^ e AÔP são ângulos alternos internos, e PP' // OA
→← →←
.
Aplicando a definição anterior, temos:
medida do cateto oposto ao ângulo sen
hipotenusa
a
a =
OP'senx
OP
OP'sen
1
senx OP'
=
=
=
TÓPICO 4 | TRIGONOMETRIA NA CIRCUNFERÊNCIA
73
Esta definição é importante, pois nos permite encontrar valores de seno
em ângulos maiores que 90° ou que 360° e até de ângulos com medidas negativas.
Valores importante de sen x
Marcando os pontos P, imagens dos números reais 0 rad, π
2
rad, π rad, 3π
2
rad e 2π rad, temos:
QUADRO 13 - VALORES IMPORTANTES DE SEN X
FONTE: A autora
Vimos, anteriormente, que
1 2 3sen30 , sen45 = e sen60 =
2 2 2
° = ° ° , e que esses
valores são chamados de notáveis, devido à sua frequente utilização nos cálculos.
Utilizando esses valores e traçando a simetria das extremidades dos arcos
em relação aos eixos e ao centro da circunferência trigonométrica, obtemos os
valores de outros ângulos, também muito utilizados.
74
UNIDADE 1 | TRIGONOMETRIA: PARTE I
Desta forma, podemos relacionar o seno de um arco de qualquer quadrante
com valores do primeiro quadrante, isto é, estaremos fazendo uma Redução ao 1º
Quadrante.
Do exposto, podemos dizer que:
• redução do segundo quadrante para o primeiro quadrante: dois arcos
suplementares x e 180° - x têm senos iguais, ou seja,
sen (180° – x) = sen x ou sen (π– x) = sen x;
• redução do terceiro quadrante para o primeiro quadrante: os arcos x e 180° + x
têm senos simétricos, ou seja,
sen (180° + x) = -sen x ou sen (π + x) = -sen x;
• redução do quarto quadrante para o primeiro quadrante: os arcos x e 360° - x têm
senos simétricos, ou seja,
sen (360° – x) = -sen x ou sen (2π – x) = -sen x.
0
3
2
−
3
2
2-
2
TÓPICO 4 | TRIGONOMETRIA NA CIRCUNFERÊNCIA
75
Vale observar que 360° – x e -x são côngruos, portanto, podemos escrever:
sen (360° – x) = sen (-x) = -sen x.
Exemplo 1:
Calcule sen 1830°.
Resolução:
Calculando a 1ª determinação positiva, temos:
1830° = 30° + 5 • 360°
Onde:
30° corresponde ao valor que falta para atingir a meia-volta;
5 é o número de voltas completas;
Então, sen 1830° = sen 30° e portanto, sen 1830° =
1_
2
.
Exemplo 2:
Calcule sen 5π.
5π = π + 2 • 2π
Onde:
π corresponde ao valor que falta para atingir a meia-volta;
2 é o número de voltas completas;
Assim, sen 5π = sen π e, portanto, sen 5π = 0.
3.3.2 Cosseno
Vamos considerar na circunferência trigonométrica, o arco
(
AP cuja medida
corresponde ao ângulo central x e o segmento OP", que é a projeção do raio OP
sobre o eixo das abscissas (eixo horizontal).
76
UNIDADE 1 | TRIGONOMETRIA: PARTE I
medida do cateto adjacente ao ângulo cos =
hipotenusa
OP''cosx
OP
OP''cosx
1
cosx OP''
a
a
=
=
=
O eixo horizontal, suporte de OP", é denominado eixo dos cossenos.Definimos como cosseno do arco
(
AP ou cos x a medida de OP e indicamos:
cos x = OP"
Note que esta definição coincide com a que demonstramos anteriormente
para o triângulo retângulo.
De fato, se considerarmos o triângulo OPP" da figura acima, veremos que
med(OPP") = x e, aplicando a definição anterior, temos:
OP" ₌ cos x
Esta definição é importante, pois nos permite encontrar valores de cosseno
em ângulos maiores que 90° ou que 360° e até de ângulos com medidas negativas.
Valores importantes de cos x
Marcando os pontos P, imagens dos números reais 0 rad, π
2
rad, π rad,
3π
2
rad e 2π rad, temos:
TÓPICO 4 | TRIGONOMETRIA NA CIRCUNFERÊNCIA
77
QUADRO 14 - VALORES IMPORTANTES DE COS X
FONTE: A autora
Vimos, anteriormente, que
3 2 1cos30 , cos45 = e cos60 =
2 2 2
° = ° ° , e que esses
valores são chamados de notáveis, devido à sua frequente utilização nos cálculos.
Utilizando esses valores e traçando a simetria das extremidades dos arcos
em relação aos eixos e ao centro da circunferência trigonométrica, obtemos os
valores de outros ângulos, também muito utilizados.
3-
2
3
2
2-
2
2
2
78
UNIDADE 1 | TRIGONOMETRIA: PARTE I
Desta forma, podemos relacionar o cosseno de um arco de qualquer
quadrante com valores do primeiro quadrante, isto é, estaremos fazendo uma
Redução ao 1º Quadrante.
Do exposto, podemos dizer que:
• redução do segundo quadrante para o primeiro quadrante: dois arcos
suplementares x e 180° - x têm cossenos simétricos, ou seja,
cos (180° – x) = -cos x ou cos (π – x) = -cos x;
• redução do terceiro quadrante para o primeiro quadrante: os arcos x e 180° + x
têm cossenos simétricos, ou seja,
cos (180° + x) = -cos x ou cos (π + x) = -cos x;
• redução do quarto quadrante para o primeiro quadrante: os arcos x e 360° - x têm
cossenos iguais, ou seja,
cos (360° – x) = cos x ou cos (2π – x) = cos x.
Vale observar que 360° – x e -x são côngruos, portanto, podemos escrever:
cos (360° – x) = cos (-x) = cos x.
Exemplo 1:
Calcule cos 13π.
Resolução:
13π = π + 6 • 2π
A 1ª determinação do ângulo é π. Portanto, cos 13π = cos π e cos 13π = -1.
Exemplo 2:
Calcule cos 120°.
1
2
1-
2
TÓPICO 4 | TRIGONOMETRIA NA CIRCUNFERÊNCIA
79
Resolução:
Como a extremidade de um arco de 120° pertence ao segundo quadrante,
usamos a redução do segundo quadrante para o primeiro:
cos x = -cos (180° – x)
cos 120° = -cos (180° - 120°)
cos 120° = -cos 60°
cos 120° = _ 1
2
Exemplo 3:
Simplifique a expressão B = sen (900° – a) + cos (1980° + a) + sen (1440° – a).
Resolução:
Sabemos que:
900° = 180° + 2 • 360°
1980° = 180° + 5 • 360°
1440° = 4 • 360° = 0° + 4 • 360°
Logo:
sen (900° – a) = sen (180° – a) = sen a
cos (1980° + a) = cos (180° + a) = -cos a
sen (1440° – a) = sen (360° – a) = -sen a
Substituindo na expressão, temos:
B = sen a – cos a - sen a
B = -cos a
Assim, pode-se simplificar a expressão escrevendo B = -cos a.
3.3.3 Tangente
Consideremos, na circunferência trigonométrica, o arco
(
AP cuja medida é
x, sendo o eixo com origem no ponto A, vertical e orientado para cima, e o ponto
T, que é a intersecção deste eixo com a reta suporte do raio OP.
80
UNIDADE 1 | TRIGONOMETRIA: PARTE I
O eixo vertical, suporte de AT, é denominado eixo das tangentes.
Definimos como tangente do arco
(
AP ou tg x a medida de AT e indicamos:
tgx = AT
Perceba que o ponto T só existe se P ≡ B e P ≡ B'. Como B e B’ são
extremidades de arcos da forma π + k . π
2
, k є Z, então a tangente de x só é definida
se x є R e x ≠ π + k . π
2
, k є Z.
Veja que esta definição coincide com a que demonstramos anteriormente
para o triângulo retângulo.
De fato, se considerarmos o triângulo OAT da figura acima, veremos que
med (AÔT) = x e, aplicando a definição anterior, temos:
Esta definição é importante, pois nos permite encontrar valores da tangente
em ângulos maiores que 90° ou que 360° e até de ângulos com medidas negativas.
Valores importantes de tg x
medida do cateto oposto ao ângulo tg
medida do cateto adjacente ao ângulo
ATtgx
OA
ATtgx
1
tgx AT
a
a =
a
=
=
=
TÓPICO 4 | TRIGONOMETRIA NA CIRCUNFERÊNCIA
81
Marcando os pontos P, imagens dos números reais 0 rad, π
2
rad, π rad, 3π
2rad e 2π rad, temos:
QUADRO 15 - VALORES IMPORTANTES DE TG X
FONTE: A autora
Vimos, anteriormente, que
3tg30 , tg45 =1 e tg60 = 3
2
° = ° ° , e que esses
valores são chamados de notáveis, devido à sua frequente utilização nos cálculos.
Utilizando esses valores e traçando a simetria das extremidades dos arcos
em relação aos eixos e ao centro da circunferência trigonométrica, obtemos os
valores de outros ângulos, também muito utilizados.
82
UNIDADE 1 | TRIGONOMETRIA: PARTE I
Desta forma, podemos relacionar a tangente de um arco de qualquer
quadrante com valores do primeiro quadrante, isto é, estaremos efetuando uma
Redução ao 1º Quadrante.
Do exposto, podemos dizer que:
• redução do segundo quadrante para o primeiro quadrante:
tg (180° – x) = -tg x ou tg (π – x) = -tg x;
• redução do terceiro quadrante para o primeiro quadrante:
tg (180° + x) = tg x ou tg (π + x) = tg x;
• redução do quarto quadrante para o primeiro quadrante:
tg (360° – x) = -tg x ou tg (2π – x) = -tg x.
Exemplo 1:
Determine o valor da tangente de um arco de 120°.
Resolução:
Fazendo a redução ao 1º Quadrante:
tg x = -tg (180° – x)
tg 120° = -tg (180° – 120°)
tg 120° = -tg 60°
tg 120° = – √3
TÓPICO 4 | TRIGONOMETRIA NA CIRCUNFERÊNCIA
83
25
25 1 25 1 24 13 . 4
2 3 2 6 6 6
π
π +
= = = = +
π π
Assim,
25 1 4 . 2
3 6
25 1 2 4 2
3 6
25 4 2
3 3
25Logo, tg tg 3.
3 3
π
π
π
π π
π π
π
π π
= +
= ⋅ + ⋅
= + ⋅
= =
LEITURA COMPLEMENTAR
COMO MEDIR DISTÂNCIAS NO ESPAÇO
José Roberto V. Costa
Hiparco e a distância da Lua
Para medir a distância da Terra à Lua, Hiparco (190-120 a.C.) não precisou
nem mesmo do diâmetro da Terra. Ele imaginou uma geometria com a qual,
durante um eclipse lunar, isto é, quando a Terra fica exatamente entre o Sol e a
Lua, seria possível calcular a distância da Terra à Lua.
Hiparco foi um dos maiores astrônomos gregos e entre suas muitas
contribuições estão os fundamentos da trigonometria. Aliás, sua construção
geométrica baseia-se justamente na medida de ângulos.
Acompanhe o diagrama a seguir. Hiparco imaginou dois triângulos
retângulos, cujas hipotenusas ligariam o centro da Terra às bordas do disco solar e
lunares, por ocasião de um eclipse da Lua.
Exemplo 2:
Determine o valor da tangente de um arco de 25π
3
rad.
Resolução:
Calculando a 1ª determinação,
84
UNIDADE 1 | TRIGONOMETRIA: PARTE I
Podemos notar que a duração de um eclipse lunar é equivalente a duas
vezes o ângulo d. Vamos escrever nossa primeira equação: 2 • d = T1. O período
orbital da Lua, ou seja, o tempo que ela gasta para completar uma volta (360°) em
torno da Terra já era conhecido.
Vamos representá-lo como T2 e escrever a segunda equação: 360 = T2. Como
podemos medir o tempo T1, a única variável é d, obtida com as duas equações
numa regra de três simples e direta.
O ângulo c é chamado semidiâmetro do Sol, ou seja, a metade do ângulo
pelo qual vemos o disco solar. O ângulo a é tão pequeno que pode ser desprezado,
ele representa a metade do ângulo pelo qual um observador no Sol veria a Terra.
Dos estudos de trigonometria básica extraímos a propriedade pela qual a +
b = c + d. Como a é muito pequeno, basta-nos escrever b = c + d.
A engenhosa geometria que Hiparco utilizoupara medir a distância
Terra-Lua é trivial para qualquer bom aluno do Ensino Médio.
Mas o que Hiparco queria mesmo era X, você concorda? Note que o seno
de b será R
X
. Se ele calculasse b obteria o seu seno, consultando as velhas tábuas
trigonométricas.
Sol, Terra e Lua não estão em escala
TÓPICO 4 | TRIGONOMETRIA NA CIRCUNFERÊNCIA
85
Sobraria R, o raio da Terra. Hiparco também poderia expressar o resultado
como uma função de R, isto é, quantos raios da Terra existem até a Lua – o que já
seria um excelente resultado.
O resultado de Hiparco foi um valor de X entre 62 e 74 vezes R. O valor real
fica entre 57 e 64, mas seu erro é justificável face à precisão requerida nas medidas
angulares. Acima de tudo, que método elegante, que conclusão arrebatadora!
COSTA, J. R. V. Hiparco e a distância da Lua. Disponível em: <http://www.zenite.nu/>. Acesso em:
26 maio 2010.
86
RESUMO DO TÓPICO 4
Neste tópico revemos alguns conceitos da geometria na circunferência,
que auxiliaram na compreensão dos conceitos de seno, cosseno e tangente,
quando ampliados à circunferência unitária.
1 O grau e seus submúltiplos (minutos e segundos):
1° = 60’
1´= 60’’
1° = 3600’’
2 Grau e radiano:
2π rad = 360° ⇔ π rad = 180°
3 Ciclo trigonométrico (raio = 1):
4 Dois arcos são côngruos ou congruentes quando têm a mesma extremidade e se
diferem apenas pelo número de voltas inteiras. Podemos expressar por: a + k •
360°, onde k є Z, ou por a + k • 2π, onde k є Z.
5 Valores notáveis de seno, cosseno e tangente:
87
FONTE: A autora
QUADRO 16 – VALORES NOTÁVEIS DE SENO, COSSENO E TANGENTE
x sen x cos x tg x x sen x cos x tg x
0 0 1 0
π
2 = 90° 1 0
Não é
definida
π
6 = 30°
1
2
√3
2
√3
3
π = 180° 0 -1 0
π
4 = 45°
√2
2
√2
2
1
3π
2 -1 0
Não é
definida
π
3 = 60°
√3
2
1
2 √3 2π = 360° 0 1 0
88
a) rad
2
11b) rad
6
5c) rad
4
8d) rad
3
π
π
π
π
Prezado(a) acadêmico(a), seguem algumas autoatividades que se destinam à
averiguação da aprendizagem deste tópico de estudos. Bom trabalho!
1 Converta em radianos:
a) 1040°
b) 156°
c) 210°
d) 15° 52’
2 Determine a medida, em graus, equivalente a:
AUTOATIVIDADE
3 Calcule, em graus, o menor ângulo formado pelos ponteiros de um relógio,
nos seguintes casos:
a) 2h 15min
b) 9h 10min
4 Determine, em radianos, a medida de um arco de circunferência cujo
comprimento mede 60 m e o diâmetro dessa circunferência, 40 m.
5 Determine os quadrantes a que pertencem as extremidades dos seguintes arcos:
a) 20°
b) 1430°
c) – 550°
d) 25 rad
4
π
e)
11 rad
4
π
−
89
6 Identifique se os seguintes arcos são congruentes:
a) 19π e 55π
b) 3645° e 5445°
7 Calcule a determinação principal dos arcos de medida:
a) 4120°
b) – 4550°
c)
47 rad
6
π
d)
67 rad
6
π
8 Dê os valores de seno e cosseno dos seguintes arcos:
a) 390°
b) 10305°
c) 3π rad
d) 15 rad
2
π
9 Simplifique a expressão , sen(180 x) cos(180 x)E
sen(360 x)
° − + ° +
=
° −
com sen(360° - x) ≠
0.
10 Determine o valor da tangente dos seguintes arcos:
a) tg 135°
b) tg 210°
c)
5tg rad
6
π
d)
4tg rad
3
π