Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
z Leucemia Seminário da disciplina Ensino Clínico em Saúde do Adulto e Idoso Docente: Mariane Dantas Discentes: Aline Torres/ Débora Sousa/ Gabrielly Santana/ Gilbert Marcone/Jaqueline dos Santos/ Jeane Franco/ João Victor/ Jucilene Damasceno/ Magali Dantas/ Vinícius Mateus. z O que é a Leucemia? ▪ A Leucemia é o câncer das células brancas do sangue, os leucócitos. Ela começa na medula óssea (parte interna dos grandes ossos) e se espalha por todo o corpo humano, prejudicando ou impedindo a produção dos glóbulos vermelhos, das plaquetas e dos glóbulos brancos. Os leucócitos possuem vários subtipos, e por isso há variação em cada caso da leucemia, esse tipo de câncer atinge mais a área infantil, mais há uma grande chance de atingir jovens, adultos e idosos, independente das diferenças, a Leucemia se desenvolve rapidamente tornando-se cada vez mais grave independente do subtipo que seja. z Conhecendo a medula óssea ▪ A medula óssea é um tecido esponjoso que ocupa o centro dos ossos, onde ocorre o desenvolvimento de células maduras que circulam o sangue. Todos os ossos apresentam medula ativa ao nascimento. Entretanto, quando a pessoa alcança a idade adulta, a medula óssea é ativa nos ossos das vértebras, quadris, ombros, costelas e crânio, sendo capaz de produzir novas células sanguíneas, processo chamado hematopoese. z Sangue ▪ O sangue é um tecido vivo que circula pelo corpo, levando oxigênio e nutrientes a todos os órgãos. Ele é produzido na medula óssea e é formado por uma parte líquida (plasma) e uma parte celular (glóbulos brancos, glóbulos vermelhos e plaquetas). z Células sanguíneas ▪ Plasma: Com uma coloração amarelo palha, é constituído por 90% de água, proteínas e sais minerais. Através deles circulam por todo o organismo as substâncias nutritivas necessárias às células. z Células sanguíneas ▪ Glóbulos vermelhos : Também conhecidos como hemácias, eles são assim chamados devido ao alto teor de hemoglobina, uma proteína avermelhada que contém ferro. A hemoglobina, por sua vez, capacita os glóbulos vermelhos a transportar oxigênio a todas as células do organismo. z Células sanguíneas ▪ Glóbulos brancos: Também conhecidos por leucócitos, essas células são responsáveis por combater as infecções, destruindo diretamente as bactérias e vírus no sangue, além de produzir globulinas que fortalecem o sistema imunológico frente às doenças. z Células sanguíneas ▪ Plaquetas : Pequenas células que tomam parte no processo de coagulação sanguínea, pois se acumulam ao redor de uma lesão e formam um "tampão" para interromper a hemorragia. z Epidemiologia ▪ Em 2013 foram estimados cerca de 351 mil casos novos e 257 mil óbitos por Leucemia no mundo; (INCA) ▪ No Brasil, no mesmo ano, foram registrados 6.316 óbitos por Leucemia, sendo 3.439 homens e 2.877 mulheres; (INCA) ▪ Segundo O Instituto Nacional do Câncer (INCA), no Brasil, são estimados 10.800 novos casos em 2018 sendo 5.940 homens e 4.860 mulheres; ▪ No Brasil, atualmente, a Leucemia é o 9º câncer mais comum entre os homens e o 11º entre as mulheres (ABRALE); z Epidemiologia ▪ O risco de desenvolver Leucemia Linfoide Aguda é maior em crianças de até 5 anos. Após essa idade, o risco declina lentamente até a faixa dos 20 anos, começando a aumentar lentamente após os 50 anos; (ABRALE) ▪ A maioria dos casos de LLA ocorre em crianças mas a maioria das mortes pela doença ocorre em adultos; (ABRALE) ▪ Cerca de 40% dos casos de Leucemia Linfoide Aguda acontecem em adultos; (ABRALE) ▪ O risco de uma pessoa desenvolver Leucemia Linfoide Aguda é inferior a 0,1%. Esse risco é ligeiramente maior em homens do que em mulheres e maior em pessoas caucasianas do que negras. (ABRALE) z Classificação da patologia ▪ As leucemias se dividem nas categorias mielóide e linfóide, de acordo com a célula envolvida. No primeiro caso, deriva da célula-tronco mielóide, e pode ser o granulócito, o eosinófilo, o basófilo, o monócito ou o eritrócito. No segundo caso, o linfócito é a célula doente. ▪ Há, ainda, uma classificação de acordo com a velocidade de divisão dessas células: leucemia crônica, quando essa divisão é mais lenta, e leucemia aguda, quando a velocidade é rápida. z Classificação da patologia Há, então, quatro tipos principais de leucemias: ▪ Leucemia mielóide aguda (LMA); ▪ Leucemia mielóide crônica (LMC); ▪ Leucemia linfóide aguda (LLA); ▪ Leucemia linfóide crônica (LLC); z Mielóide▪ Leucemia mielóide crônica: A leucemia mielóide crônica (LMC) é uma doença clonal maligna caracterizada por uma excessiva proliferação da linhagem mielóide (Fase Crônica - FC), seguida por uma perda progressiva da diferenciação celular. A doença é associada a uma anormalidade citogenética específica, o Cromossoma Philadelphia (Ph), que resulta de uma translocação recíproca entre os braços longos dos cromossomas 9 e 22, isto é, a t(9;22) e leva à formação de um novo gene leucemia-específico, o BCR-ABL, detectável. Fases Evolutivas: Fase Crônica (FC); Acelerada ou de Transformação (FA); Fase Blástica ou Aguda (FB). Apresenta-se comumente em pessoas idosas; 1-2 casos a cada 100.000 habitante/ano Idade média 45-55 anos Corresponde a 15% das leucemias em adultos (ABRALE) z Mielóide ▪ Leucemia mielóide aguda: A Leucemia Mielóide Aguda (LMA) é uma doença maligna da medula óssea, onde mieloblastos expandem-se, acumulam-se e suprimem a atividade hematopoética normal. São achados mais de 7 diagnósticos de LMA conhecidos como M1, M2, M4, M5, M6 ou M7. Ocorre pouco em crianças Começa a incidir a partir dos 40 anos É extremamente grave quando apresentada em crianças menores de 2 anos (ABRALE) z Linfóide ▪ Leucemia Linfóide crônica: É uma doença na qual ocorre aumento progressivo de linfócitos leucêmicos no sangue, que se infiltram na superfície dos gânglios linfáticos, baço e medula óssea. Ao diagnóstico, aproximadamente 90% de todos os pacientes com LLC têm mais de 50 anos, e a incidência aumenta com a idade. Excepcionalmente, ocorre em pessoas abaixo de 45 anos. Com o passar do tempo, a doença se espalha para os tecidos, levando a linfoadenomegalia (aumento dos gânglios linfáticos), hepatomegalia (aumento do fígado), esplenomegalia (aumento do baço). Tipos de LLC : ▪ Leucemia prolinfocítica ▪ Leucemia linfocítica granular ▪ Tricoleucemia z Linfóide ▪ Leucemia Linfóide crônica: ▪ Acomete indivíduos com idade mais avançada; Não ocorre em crianças e é rara abaixo dos 30 anos; É mais frequente nos países ocidentais (20% a 30% de todas as leucemias do adulto) e muito rara nos orientais; Não tem relação com radiação ionizante; Estima-se que a frequência dessa doença em parentes seja cerca de 7%, corroborando a crescente evidência de fatores hereditários. (Epidemiologia da leucemia linfocítica crônica e leucemia linfocítica crônica familiar, de Mihoko yamamoto e Vera L.P. Figueiredo) z Linfóide ▪ Leucemia Linfóide aguda: A leucemia linfóide aguda (LLA) é uma neoplasia maligna resultante da proliferação clonal e acúmulo de células que exibem marcadores celulares associados aos estágios precoces de maturação linfóide. Os blastos se acumulam na medula óssea (MO) e substituem a população normal da mesma. z Linfóide ▪ Leucemia Linfóide aguda: Síndrome de Down apresentam risco 10 a 20 vezes maior de desenvolver leucemia do que crianças normais; (Hospital do Câncer de Barreto) Outras síndromes associadas à ocorrência de LLA incluem: Síndrome de Bloom, Anemia de Fanconi, Ataxia Telangectasia eSíndrome de Klinefelter (Hospital do Câncer de Barreto) z Etiopatologia Onde tudo começa... ▪Hematopoiese: processo de geração de elementos figurados do sangue( porção celular do sangue sanguíneos) Esse processo durante a vida intrauterina Acontece majoritarimente nos hepatocitos E orgãos linfóides secundários. Em menor Expressão na medula osseos de todos os ossos. z Etiopatologia ▪ Na vida extrauterina, quando criança, medula presente na cavidade de todos os ossos leva a cabo os processos hematopoieticos. ▪ Quando adulto, somente as costelas, ossos do crânio, extremidades do ossos longos MMSS e MMII, parte esponjosa dos ossos curtos e o esterno desempenha essa função. z z Etiopatologia ▪ Células-tronco totipotente: tem a potencialidade de gerar todas as células do corpo, tanto a proveniente de tecidos embrionários, quanto de tecidos extraembrionário: Exemplo de células: Zigoto ▪ Células tronco pluripontente: Capazes de dá origiem a todas as células do corpo oriundas de tecidos embrionários(endoderme, mesoderme e ectoderme) ▪ Células tronco multi-potente: com devida restrição, elas dão origem a linhagem de células restrita ao sistema inserido: Exemplo de células: Células hematopoiéticas ▪ Células tronco unipotente: dá origem a apenas uma linhagem. z Etiopatologia ▪ Embora os fatores de risco para o desenvolvimento da leucemia sejam conhecidos, há bastante imprecisão no que diz respeito a determinação de suas causas e por conseguinte de seus mecanismo fisiopatológicos. No entanto, os desdobramentos das pesquisas genéticas, atrelado ao desenvolvimento científico, tem cada vez caminhado a passos largos em sentido de descortinar a complexidade etiopatológica. Os possíveis desencadeadores compartilhados, no geral, entre os diversos tipos de leucemia, são: tratamento quimioterápico pregresso, exposição ao raio X, Infecção virótica( LLA), contaminação por benzeno. ▪Processos fisiopatológicos da Leucemia mieloide aguda: é um dos tipos de leucemia, cujo o caráter genético, é considerado como o principal fator para o desencadeamento do doença. z Fisiopatologia ▪ Na Leucemia Mieloide Crônica, uma desordem cromossômica, chamada de translocação, ocorre entre um pequeno fragmento dos braços longos dos cromossomos 9 e 22- t(9,22). Conhecida também como cromossomo philadelfia- mais precisamente cromossomo 22. ▪Gera genes híbridos ou de fusão. ▪Expressão do proto-oncogene em ▪Uma proteína chamada de BCR- ▪-ABL (P210) intensa atividade ▪tirosinoquinase z Fisiopatologia ▪ As proteínas tirosinoquinase, em sua grande parte, são sinalizadores intercelulares, localizados em grande número no citpoplasma celular .Elas estão encarregadas de fosforilar( adição de grupo fosfato) em enzimas intermediarias inativas, que, quando ativadas atuam em diversos processos intracelulares. ▪ Elas estão indiretamente responsável pelo processo de proliferação célula, processos mitóticos e apoptóticos. ▪ O seu declínio no sistema, deprime a atividade proliferativa. ▪ O seu aumento exacerbado, muitas das vezes, geram anomalias malignas, como no caso da leucemia mieloide crônica. z Fisiopatologia ▪ O cromosso Philadelfia estar relacionado com LMC EM 90% e percentagem menores na leucemia linfoide aguda (25-30%) e leucemia mieloide aguda(2-10%). No entanto, o que se tem por consenso, entre os estudiosos, é que elas são desencadeadas por processos diversificado. z Fisiopatologia ▪ Leucemia Linfoide Crônica: Afeta em especifico os linfóticos B ▪ Ocorrência de translocação t(9;22) com a formação, no cromossomo 22 ,de um gene hibrido (cromossomo philadelfia) ▪ Mutações no gene p53 ( envolvidos nos processos de reparações de DNA e na apoptose de células anormais) ▪ A expressão da proteínas P210 bcr-abl pode resultar na má adesão do estroma medular da céula progenitora, o que as impede de receber fatores proveniente de células estromais, cujo objetivo é conduzir a diferenciação celular. z Fisiopatologia ▪ Leucemia Linfoide Crônica: Afeta em especifico os linfóticos B ▪ Ocorrência de translocação t(9;22) com a formação, no cromossomo 22 ,de um gene hibrido (cromossomo philadelfia) ▪ Mutações no gene p53 ( envolvidos nos processos de reparações de DNA e na apoptose de células anormais) ▪ A expressão da proteínas P210 bcr-abl pode resultar na má adesão do estroma medular da céula progenitora, o que as impede de receber fatores proveniente de células estromais, cujo objetivo é conduzir a diferenciação celular. z Fisiopatologia ▪ Leucemia Mieloide aguda: ▪ Mutações dos genes encarregados de expressar fatores de crescimento e de seus respectivos receptores ▪ Mutação dos genes supressores de crescimento celular. ▪ Ex: WT-1 ( gene supressor de wilms) expresso em células-tronco, associado ao mecanismo de diferenciação celular. ▪ Mutação do gene P53. ▪ Dá-se destaque também as drogas quimioterapicas utilizada outrora: agentes alquilantes e inibidores da topoisomerase. ▪ Translocações: t(15;17) ; t(8,21); t(9;22); t(11,23) ▪ Expressões alteradas nessas translocações ▪ Mutação do cromosso 21 z Fisiopatologia ▪Considerações finais: ▪Em casos de leucemia aguda, a proliferação de células imaturas muitas vezes podem suplantar, em números, a células normais. Isso é explicado, pelo prolongamento do tempo de vida dessas células, que parecem se estender em virtude da mutação do gene P53( responsáveis por processos apoptóticos) ▪Ocorrência da inibição da caspase-3 da mitocondria. z Sinais e sintomas ▪ O corpo pode dar indícios de que algo não vai bem. Porém, lembre-se: os sinais podem ser comuns a outros problemas de saúde, portanto é preciso consultar um médico e relatar qual é a frequência destes sintomas, intensidade de cada um e fazer os exames que ele solicitar para se chegar a um diagnóstico. z Sinais e sintomas Leucemia Mieloide Aguda (LMC) Os pacientes com leucemia mieloide aguda, muitas vezes, têm vários sintomas não específicos, que podem incluir: ▪ Perda de peso. Hematomas e sangramentos ▪ Febre. Dores ósseas ▪ Sudorese noturna Sangramentos nas gengivas ▪ Fadiga ▪ Perda de apetite. z Sinais e sintomas z Sinais e sintomas Leucemia Mielóide Crônica - LMC A maior parte dos sintomas é causada pelo fato das células doentes tomarem o lugar das células normais na medula óssea. São eles: ▪ - Palidez, resultante de anemia; - Cansaço e mal-estar; - Desconforto no lado esquerdo do abdômen – o baço aumenta muito de tamanho; - Suor excessivo; - Perda de peso; - Hematomas. z Sinais e sintomas z Sinais e sintomas Leucemia Linfoide Aguda - LLA ▪ Palidez, cansaço e sonolência (resultantes da diminuição de glóbulos vermelhos); ▪ Hematomas, manchas (chamadas de petéquias) e sangramentos prolongados, devido à baixa de plaquetas; ▪ Infecções constantes, pela falta de glóbulos brancos; ▪ Linfonodos e baço aumentados, já que os linfoblastos (células doentes) se acumulam no sistema linfático; ▪ Dores de cabeça e vômito, provocados por uma possível infiltração das células doentes no líquido céfalo-raquiano; ▪ Dores ósseas e nas juntas. z Sinais e sintomas z Sinais e sintomas Leucemia Linfoide Crônica - LLC Os sintomas da leucemia linfoide crônica aparecem gradualmente e podem incluir: ▪ Sensação de fraqueza. ▪ Sensação de cansaço. ▪ Perda de peso. ▪ Febre. ▪ Sudorese noturna. ▪ Aumento dos linfonodos. ▪ Sensação de saciedade. z Complicações ▪ A progressão da leucemia pode causar complicações devido aos seus sintomas. Algumas das complicações são resultado da redução de células sadias do sangue, dentre elas: - Síndromeanêmica: resultado da redução de células vermelhas, caracterizada por fadiga, palidez, queda de cabelo, dores de cabeça, palpitações; - Síndrome trombocitopênica: resultado da redução de plaquetas, que pode levar a sangramentos, petéquias, hemorragias, menstruação excessiva, sangue nas fezes; - Síndrome leucopênica: resultado da redução de células brancas sadias, que pode levar a infecções frequentes, febre, aumento do baço e fígado, aftas recorrentes. z Complicações ▪ Além dessas síndromes, as células tumorais podem se infiltrar nos órgãos e tecidos e se proliferarem, causando metástase. As células podem principalmente se alojar no cérebro, testículos, gânglios linfáticos, fígado e baço. ▪ A perda de propriedades do sangue, pela drástica mudança em sua composição, podendo causar a morte dentro de um prazo mais ou menos curto z Tratamento ▪ Tratamento para leucemia Assim como a leucemia é separada em 4 tipos, a forma de tratamento também costuma variar de acordo com a causa da doença e suas variações. Geralmente, o tratamento da leucemia linfoide crônica não precisa ser feito imediatamente após o diagnóstico, diferente da leucemia aguda, que precisa de tratamento imediato com a quimioterapia e, até mesmo, o transplante de medula. z Tratamento ▪ Quimioterapia A principal forma de tratar a leucemia é com a quimioterapia. A forma como ela é feita depende de fatores específicos de cada paciente e será o médico quem avaliará a melhor forma de realizá- la. Esse tipo de tratamento usa produtos químicos para combater as células da leucemia. Dependendo do caso, somente um medicamento é usado, ou então, uma combinação de diversos deles pode ser utilizado para que o tratamento seja feito. z Tratamento ▪ Radioterapia A radioterapia é utilizada, na maioria das vezes, por pacientes que sofrem da leucemia linfoide crônica, para que as massas linfonodais sejam diminuídas. Ainda, a radioterapia pode ser usada para preparar o paciente para o transplante de medula óssea. A radioterapia usa raios-X e outros feixes de alta intensidade para danificar células leucêmicas e inibir o crescimento. z Tratamento ▪ Terapia biológica Esse tipo de tratamento é feito com terapias que auxiliam o sistema imunológico a atacar e reconhecer células leucêmicas. z Tratamento ▪ Transplante de células tronco O procedimento é baseado na substituição da medula óssea afetada pelo câncer por uma saudável. Antes que ocorra o transplante, sessões de quimioterapia e radioterapia podem ser feitas para que a medula óssea doente seja destruída. A infusão de células tronco são indicadas para reconstruir a medula. O médico deve analisar vários fatores até decidir qual a melhor forma de tratar a doença, mas, geralmente, o tratamento é feito para destruir as células causadoras da leucemia, para que a medula óssea volte a produzir células normais. Em alguns casos específicos da doença, o transplante de medula óssea é indicado. z Tratamento ▪ Fases do tratamento O tratamento pode ser feito em algumas fases. A primeira consiste em atingir a remissão completa, ou seja, a cura que pode ser obtida através da poliquimioterapia. Isso ocorre somente após meses de tratamento e quando exames não demonstram mais anormalidades antes presentes. Nas etapas seguintes, o tratamento varia de acordo com o tipo de leucemia, podendo durar menos de um ano nas leucemias mieloides e mais de dois anos nas linfoides. Nelas, outras três fases são conhecidas: . z Tratamento ▪ Consolidação Tratamento intensivo com substâncias não utilizadas anteriormente. ▪ Reindução Repetição de medicamentos usados na fase de indução da remissão. ▪ Manutenção Tratamento mais brando e contínuo que pode durar vários meses. ▪ Em casos de poliquimioterapia pode ser necessário internamento do paciente por conta de infecções que podem ocorrer por causa da queda de glóbulos brancos que acontecem durante o tratamento. . z Tratamento ▪ Medicamentos para leucemia: ▪ Celestone Dexametasona ▪ Decadron Dipropionato de Betametasona ▪ Androcortil Fosfato Sódico de Prednisolona ▪ Betatrinta Prednisona ▪ Duoflam Diprospan ▪ Predsim z Diagnóstico de Enfermagem ▪ Dor aguda relacionado a agentes lesivos ▪ Deambulação prejudicada ▪ Risco de sangramento relacionados a coagulopatias inerentes ▪ Risco de tensão do papel do cuidador z Diagnóstico de Enfermagem ▪ Risco para infecção relacionados a doença. ▪ Alto risco para ferimentos relacionados ao perfil sanguíneo anormal e uso de agentes farmacêuticos. ▪ Integridade da pele diminuída relacionada aos efeitos tóxicos da quimioterapia. ▪ Fadiga e intolerância a atividade relacionada a anorexia e a doença. ▪ Nutrição alterada menos do que as necessidades corporais relacionadas a dor, náuseas e anorexia. ▪ Conforto prejudicado relacionado aos sintomas relativos à doença. ▪ Distúrbio no padrão do sono, relacionado as alterações sensoriais internas (estresse psicológico, dores, febre noturna e inatividade). z Diagnóstico de Enfermagem ▪ Identidade pessoal perturbada relacionada a baixa autoestima, caracterizada pela alteração na imagem corporal. ▪ Distúrbio na imagem corporal relacionado a doença. ▪ Mucosa oral alterada relacionada ás mudanças na camada interna do trato gastrintestinal da quimioterapia. ▪ Ansiedade relacionado a ameaça de morte. ▪ Medo relacionado a dor, ansiedade e enfermidade. ▪ Mobilidade física prejudicada relacionada a isolamento protetor e a flebite. ▪ Hipertermia relacionado a doença. z Diagnósticos de Enfermagem Intervenções de Enfermagem Dor aguda relacionado a agentes lesivos • Administrar analgésicos tópicos ou sistêmicos, conforme necessidade. Verificar medicações prescritas. Hipertermia relacionado a doença base • Instalar curva térmica de 4 em 4 horas. Colher hemocultura de dois sítios diferentes, periférico e central, se houver, ou de dois sítios periféricos. Administrar medicação antipirética e iniciar antibioticoterapia imediata, conforme prescrição medica. Encorajar banho morno e aplicar compressas frias em virilha e axilas, caso haja febre persistente Risco de Infecção relacionado a imunossupressão • Monitorar sinais e sintomas sistêmicos e locais de infecção. Seguir as precauções neutropênicas, quando necessário. Ensinar o paciente e aos familiares a forma de evitar infecções zDiagnósticos de Enfermagem Intervenções de Enfermagem Deambulação prejudicada Auxiliar o indivíduo sem equilíbrio na deambulação. • Identificar os pacientes com risco de queda. Risco de sangramento relacionados a coagulopatias inerentes (trombocito penia) • Monitorar sinais de sangramento. Monitorar a contagem de plaquetas, inclusive exames de coagulação. Orientar criança/familiar sobre sinais de sangramento e a importância de relatá-los a equipe de saúde. Evitar procedimentos invasivos (cateterismo vesical, sondagem nasoenteral, injeções subcutâneas e intramusculares) com contagem de plaquetas menor do que 20.000. Orientar o uso de escova de dente macia ou escova de espuma. Orientar repouso absoluto no leito com contagem de plaquetas menor do que 5.000. zDiagnósticos de Enfermagem Intervenções de Enfermagem Fadiga relacionado à anemia Evitar procedimentos de enfermagem durante o período de repouso. Limitar o estímulo ambiental (iluminação e ruídos excessivos) Encorajar per íodos alternados de repouso e atividade conforme capacidade física. Risco de tensão do papel do cuidador Determinar o nívelde conhecimento do cuidador •Encorajar a família a participar de grupos de orientação e apoio. •Encaminhar a família ao serviço de Psicologia para acompanhamento, quando necessário. zDiagnósticos de Enfermagem Intervenções de Enfermagem Alto risco para ferimentos relacionados ao perfil sanguíneo anormal e uso de agentes farmacêuticos Proteger proeminências ósseas; instalação de colchão casca de ovo; vigiar sangramentos Nutrição alterada menos do que as necessidades corporais relacionadas a dor, náuseas e anorexia Ofertar dieta e observar a aceitação Conforto prejudicado relacionado aos sintomas relativos à doença Observar o padrão do sono, atentando a queixa Mucosa oral alterada relacionada às mudanças na camada interna do trato gastrintestinal da quimioterapia Higiene oral Ansiedade relacionado a ameaça de morte. Apoio psicológico z Referências ▪ ABRALE (Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia) ▪ INCA (Instituto Nacional do Câncer) ▪ Epidemiologia da leucemia linfocítica crônica e leucemia linfocítica crônica familiar, de Mihoko yamamoto e Vera L.P. Figueiredo ▪ https://www.hcancerbarretos.com.br ▪ Lorenzi, T. F. Manual De Hematologia Propedêutica E Clínica, 4ª Edição (Guanabara Koogan)
Compartilhar