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NÚCLEOS RETENTORES INTRARADICULARES Função: Recuperar as características anatômicas da coroa clínica. Resistencia para manter a prótese em função por um período de tempo razoável. Vários autores afirmam que dentes tratados endodonticamente são mis frágeis, devido à perda de estruturas dentais por cárie, manobras de abertura no acesso aos canais, instrumentação, além da desidratação dessas estruturas. É de fundamental importância que se faça um diagnóstico correto das condições das estruturas remanescentes para gente poder daí indicar o pino ou não. Retentores intra – radiculares: Pino ideal: Formato similar ao volume dentinário perdido; Mínimo desgaste da estrutura dental; Propriedades mecânicas similares da dentina. Que que significa? O que a gente preparou para fazer o canal (alargamento para obturar o canal), não vamos alargar mais do que isso. É só a remoção da Guta persha, o dente ele já foi alargado no canal. Então a gente pressupõe que o paciente já vem tratado endodonticamente com alargamento e o comprimento de trabalho correto. Se não tiver, vai ter que retratar o canal. “Não existe consenso sobre o melhor procedimento para restaurar dentes endodonticamente tratados. ” Cada caso é um caso. Vamos avaliar individualmente cada situação. Filosofias de tratamento: Se mais da metade da estrutura coronária permanecer e houver de 2 a 3mm de dentina circundante, não há necessidade de retentores intra coronários. Não é que não posso fazer os retentores, mas não é o mais conservador. *Sempre avaliar o remanescente coronário. *Ordem de tratamento do mais ao menos conservador: Resina; INLAY/ONLAY; Pino e coroa. Isso está baseado no remanescente coronário que sobrou de dente. Tipos de retentores intra radiculares: Núcleos fundidos: Pinos/núcleos pré-fabricados: Metálicos: Ativos; Passivos; Cônicos; Paralelos. Não metálicos: Rígidos, cerâmica Flexíveis: Fibra de vidro e fibra de carbono Quando é que a gente chama de pino e quando é que a gente chama de núcleo? O pino é só um filete reto. O núcleo significaria o pino que é a parte que está dentro do canal, com porção coronária, tudo junto. Quando a gente colocar só o pino, a gente tem que fazer o núcleo de preenchimento com resina, para ele encher o dente com resina. No núcleo fundido, a gente já confecciona esse padrão tudo junto. Tanto a porção coronária quanto a porção radicular. O pino pré-fabricado, ele vem só parte do conduto, aí ele sai para fora, e ao redor dele a gente preenche para fazer essa base contendo um formato de um dente preparado em resina composta. Preparo do remanescente coronário: Remoção do cimento temporário da câmara pulpar até a embocadura do conduto. Que na maioria dos casos colocamos cotozol, civ. Remoção das áreas retentivas da câmara pulpar, preservando ao máximo a estrutura dental. Paredes da coroa preparado com 1mm de espessura: Porque as forças são dirigidas para o longo eixo do dente. Ex: Quando a gente tem o remanescente coronário de parede de 1mm de altura, aí a força do pino ela vai obliquamente. Então a gente precisa fazer o preparo interno, para ter força no sentido do longo eixo do dente. Remanescente coronário significa isso aqui: O que sobrou de dente para a partir daí eu colocar o pino. Quando a gente tem remanescente coronário o mais indicado é o Pino de fibra de vidro. Sempre. O Pino de Fibra de vidro, ele sempre é melhor em termos de dissipação de forças, de evitar fraturas do que o metálico. O metálico ele recebe o impacto e vai direto para raiz, então eles possuem o maior número de fraturas. O Fibra de vidro, por ele ser mais maleável, ele absorve mais a força. O que vai dizer qual que eu vou colocar é o remanescente coronário. Se eu tiver mais de 2mm de remanescente, o ideal é o Fibra de vidro. E o núcleo seria o mais indicado quando a gente não tem remanescente coronário. Restauração com núcleos fundidos: Preparo do remanescente coronário Pouca estrutura remanescente com menos de 1mm de espessura, forças oblíquas; Base interna para direcionamento vertical das forças; Diminuição das tensões nas paredes linguais. Quando tem um dente com duas raízes eu vou escolher o canal mais calibroso para fazer a desobstrução do pino Preparo do conduto: Comprimento; Inclinação das paredes; Diâmetro; Característica superficial. São 4 princípios que temos que ter no preparo de núcleo com relação ao comprimento: (prova) O comprimento tem que ser igual ou maior que o comprimento da coroa; 2/3 do comprimento de trabalho lá onde tem a minha porção coronária já preparada e o meu comprimento de trabalho lá no final do canal que já foi feito. Ou seja, baseado no comprimento de trabalho que foi feito já o canal. Se a gente não tem esse comprimento de trabalho, vamos ter que radiografar para ter o comprimento real e realizar o trabalho em cima dessa medida; ½ da distância da crista óssea ao ápice radicular. O pino tem que estar pelo menos na metade dessa altura óssea, porque se não fratura. Tão longo quanto possível sem interferir no selamento apical – mínimo de 4mm de guta. Comprimento correta = longevidade. O preparo do remanescente dental Radiografia periapical para confirmar o comprimento Definir o comprimento do núcleo Deixar 4mm de material obturador na região apical Se tiver um nível indesejado de obturação, a gente vai ter que observar na radiografia se tem lesão periapical, se tem muito tempo que o paciente tratou esse canal e ele não apresentou sintomatologia nenhuma, se tiver presença de lesão a gente vai ter que primeiro retratar o canal para depois fazer o pino. Inclinação paredes do conduto: -Paredes inclinadas: Menor retenção Concentração de esforços nas paredes circundantes Efeito cunha Fratura radicular -Paredes paralelas: Melhor distribuição de carga. Então internamente um preparo mais paralelo possível. Diâmetro: Até 1/3 do diâmetro total da raiz. Se passar desse diâmetro a parede do canal fica fina e pode facilitar a fratura desse dente. Pelo menos 1mm de diâmetro na extremidade apical. Porque senão não consegue moldar direito a região perto da guta Deve ser suficiente para assentar o pino deixando pequeno espaço entre este e as paredes do canal. Raízes distais de molares inferiores e palatina de superiores são anatomicamente as mais adequadas para receber um pino. São volumosas e de espessura uniforme. Confecção do núcleo fundido: Nós temos 2 técnicas. A técnica direta e a técnica indireta. Preferencialmente a gente vai usar a técnica direta em boca. Quando a gente usa a indireta? Quando são vários elementos e quando são dentes multirradiculares. Sequência para confecção do núcleo metálico fundido: Comprar o pino estético (transparente, preto, vermelho) o vermelho gruda mais o acrílico. Testar se o pino está descendo todo o comprimento Vaselinar internamente o conduto. (Pode colocar algodão preso na lima) No próprio pino eu vou acrescentar acrílico vermelho porque é o que tem menos distorção. Todo material que for fundido em laboratório deve ser feito um padrão em acrílico vermelho. Movimento de tirar e colocar Preencher a porção coronária com pó e líquido (técnica de incremento). * essa técnica é direta * a indireta é confeccionada em modelo de gesso Pré fabricados: -Fibra de vidro: Pino cilíndrico paralelo passivo Recente no mercado Boa translucidez, transmissão de luz Pino paralelo passivo com extremidade cônica. Técnica de uso: Raio-X – Diagnóstico (ver se tem lesão e confirmar CRT caso a gente não tenha em mãos) Seleção do pino Remoção da Guta Persha -Instrumento aquecido Preparo do conduto (broca de gates) movimento intermitente Conduto preparado Prova do reforpost fibra de vidro Marcação do RFV para corte Aplicação de uma camada de silano Irrigação do conduto com EDTA Antissepsia do conduto com álcool 70% Secagem do canal com cones de papel Aplicação do ácido fosfórico - 37% Aplicação de primer e bond Importante!!Após a utilização de produtos intracanal, sempre fazer remoção de excessos com cone de papel. Aplicação de cimento resinoso intracanal com broca lenttilo Cimentação e fotopolimerização Aplicação de resina para confecção do núcleo Preparo do núcleo Caso clínico: Paciente com unidade 46 tratada endoconticamete, necessitando reabilitar proteticamente, 1mm de remanescente coronário, sendo que o término na distal encontra-se subgengival. CT = 19mm CMV = 18mm CMP = 18mm Inserção óssea = 15mm Tamanho coroa clínica = 7mm Qual canal principal, deve ser desobstruído e quanto? O canal que deve ser desobstruído é o distal de 15mm. Qual retentor intrarradicular mais indicado para esse caso? Pré fabricado de fibra de vidro. Paciente necessita de alguma manobra periodontal? Qual? O paciente necessita de aumento de coroa clínica.
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