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Manejo de matrizes e reprodutores (suinocultura)

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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE 
RONDÔNIA- CAMPUS CACOAL 
 
CACOAL, 2017 
 
 
 
 
 
 
DISCIPLINA: PRODUÇÃO ANIMAL II 
PROFESSOR: MAHATMA 
DISCENTES: EDVANIA NERES 
TURMA: 2º ANO “A” TÉCNICO EM AGROPECUÁRIA 
DATA: ___/___/______ 
 
 
 
 
MANEJO DE MATRIZES E REPRODUTORES 
 O sucesso da suinocultura depende da taxa de desfrute que eles vão 
apresentam, ou seja, a relação percentual entre o número de animais abatidos no período 
de um ano, em relação ao rebanho total. No entanto, essa taxa é muito baixa no Brasil, 
devido a vários fatores como: preferência pela rusticidade e criação extensiva; baixo valor 
genético do rebanho; abate tardio; pequeno índice de partos e leitegadas pequenas e 
fracas. O crescimento do rebanho está totalmente ligado aos reprodutores e matrizes da 
granja, pois são eles que geram os futuros animais do rebanho. 
 A correta aquisição de bons reprodutores é o que mais contribui para a genética 
dos animais, já que utiliza- se um macho para cada vinte fêmeas, e está ligada à sua 
origem, libido e manejo. O que garante assim, juntamente com os manejos reprodutivos e 
sanitários, a boa produtividade dos suínos. Ao introduzir um novo reprodutor na granja ele 
deve primeiramente ficar alojado na quarentena de três a oito semanas, para que ele se 
adapte as novas condições ambientais e microbianas e seja realizado exames clínicos e 
observações três vezes ao dia, além da vacina quanto parvovirose, tudo isso para evitar 
prejuízos ao restante dos animais. 
 Os machos são alimentados duas vezes ao dia com ração de crescimento, mas 
não podem estar muito pesados para a reprodução. Eles ficam alojados em uma la 
especial, em baias com 6-8 m2/ animal ou gaiolas individuais, recomenda- se ter uma área 
livre para eles se exercitarem e evitar sedentarismo e problemas de casco. O reprodutor é 
utilizado a partir dos 7 meses de idade, sendo recomendado em coberturas de marrãs 
utilizar machos mais jovens e para matrizes os mais velhos. A cobertura deve acontecer 
nas horas mais frescas do dia na baia do macho ou em uma especial para 
acasalamentos, e primeiramente é necessário lavar o prepúcio do animal para evitar 
contaminações. 
 Ademais, é primordial que a matriz também seja de ótima qualidade, ela deve ser 
híbrida do tipo carne, boa mãe, possuir de 6-7 pares de tetas, ser dócil, apresentar uma 
reprodução regular, gerar uma média de 22 leitões ao ano, realizar 6-7 partos até os 2,5 
anos de idade. A marrã é utilizada para reprodução a parit dos 200 dias de idade e com 
mais de 120 kg. A partir dos 150 dias o macho faz passeios próximos a baia delas para 
causar o efeito macho, mas no primeiro cio não se faz a cobertura dela, no segundo cio 
se faz com um macho vasectomizado somente para adaptar a fêmea a reprodução, 
apenas no terceiro cio que se faz a cobertura com 200 dias de idade. 
 O cio tem uma duração de dois a três dias, a fêmea nessa fase apresenta o 
intumescimento da vulva, excitação, reflexo de tolerância, nervosismo e perda de apetite. 
Durante esse período ocorre três coberturas, para garantir que será fecundado a maior 
quantidade de óvulos liberados pela fêmea. A primeira é realizada 12 horas após a 
identificação do cio, a segunda ocorre 12 horas após a primeira e a terceira é 12 horas 
após a anterior. Depois de 20 dias é utilizado o detector de prenhes. 
 A gestação dura 114 dias, nesse período a matriz é agrupada com outras 
gestantes, sendo necessário oferecer proteção contra o calor e evitar que elas se 
exercitem. Quando faltar 30 dias para o parto é preciso fazer a vermifugação delas. 
Faltando sete dias, elas são levadas para o setor de maternidade, logo após uma 
sanitização. No dia do nascimento dos leitões, é dado o mínimo de ração a elas, o 
ambiente deve estar muito calmo e o manejador deve estar sempre atento. No caso de 
falta de contração, é preciso aplicar Ocitocina para induzir as dilatações, e 
consequentemente o parto. 
No final do parto, observa- se a ocorrência de retenção de placenta, pois é 
recomendado aplicar Placentina. Observar também se ela apresenta síndrome MMA 
(Síndrome Metrite Mastite Agalaxia) 12 a 72 horas após parto, pois ela causa a 
diminuição parcial ou total da produção de leite da matriz. As matrizes são alimentadas 
com 2 a 2,5 kg/dia de ração de ração flushing e no último terço da gestação a alimentação 
não pode ser reduzida, pois é o momento final de desenvolvimento dos leitões. E após o 
parto é fornecido 6 kg de ração por dia e água em abundância, porque a fêmea está 
amamentando e para essa atividade ela necessita estar bem nutrida e hidratada. 
Logo após 18 a 25 dias da cobertura, deve se observar se ela entrou no cio 
novamente, pois será um sinal de que ela não foi fecundada e a cobertura deve ser feita 
novamente. As que não empenharem serão descartadas, porque foi coberta 2 vezes e 
não ficou gestante, então, o problema de infertilidade é com ela. Assim como, as marrãs 
que repetirem o cio 3 vezes sem ficarem gestantes. Mas também descarta- se matrizes 
com ausência de cio e que já teve 5 ou 6 parições; produziu leitegadas pequenas e com 
baixo desenvolvimento; possui tetos perdidos; refugue leitões e apresenta baixa produção 
de leite. 
Para se fazer uma reposição de animais é preciso adquirir de fornecedores 
especializados e aprovados pelo MAPA, com a garantia de alta produtividade, boa 
conversão alimentar, ótimo crescimento, melhor qualidade de carcaça, maior regularidade 
na produção e uniformidade de lotes, além de segurança no negócio. Os fornecedores 
são os que adotam o sistema de produção piramidal: Rebanho núcleo 1%, Rebanho 
multiplicador 6% e Rebanho comercial 93%. 
As instalações têm que ser funcionais, de baixo custo, higiênicas e com orientação 
correta. As fêmeas reprodutoras ficam alojadas em gaiolas individuais ou em baias 
coletivas com 6-8 m2/ animal. Esse ambiente é totalmente coberto com pé direito alto, 
bem tranquilo e calmo e não se pode misturar gemas gestantes com vazias. A água deve 
ser fresca a vontade tratada e analisada. Com 1 bebedouro para cada 3 animais, em 
média eles bebem 3 litros de água/ 1 kg de ração. 
A granja deve ser bem administrada e ter controle de tudo. Utilizar um excelente 
recurso administrativo e assim por meio de um computador controlar todos os processos 
da granja. Também se faz a utilização de um calendário técnico, pois é possível 
acompanhar melhor o período de gestação em dias. É recomendável ter uma área de 
recepção para controlar as visitas e ter condições para os visitantes e funcionários 
tomarem banho e vestir as roupas adequadas de serviço. 
O manejo de dejetos deve ser feito para garantir a sanidade, eles são coletados 
nas valas e canaletas. Os leitões produzem aproximadamente 1,5 litros de dejetos por 
dia, as matrizes gestantes em média 16 litros por dia, os varrões 9 litros por dia. Esses 
dejetos são 260 vezes mais poluidores do que os dejetos de outros animais e humanos, 
por isso se faz o tratamento para evitar a degradação do meio ambiente e também para 
utilizar como adubo. 
Um programa sanitário pode fazer aumentar a produtividade, diminuir gastos com 
medicamentos e ocorrência de parasitoses. É obrigatório limpar todas as partes e retirar 
as que são removíveis para limpeza, o vazio sanitário será de 24 a 48 Horas. No sistema 
"all in - all out" os grupos de animais são transferidos de uma instalação para outra dentro 
da granja ao mesmo tempo. Dessa forma, pode-se promover a limpeza e desinfecção 
completa de todo ambiente do galpão ou sala. É necessário ter um pedilúvio e até um 
rodolúvio nas granjas suinícolas para desinfetar calçados e rodas de automóveis.

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