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UNIVERSIDADE PAULISTA-UNIP ALVENARIA ESTRUTURAL GOIANIA 2016 NOMENOME - Ra: OOOPP-2 NOMENOME - Ra: OOOPP-2 NOMENOME - Ra: OOOPP-2 NOMENOME - Ra: OOOPP-2 ALVENARIA ESTRUTURAL Trabalho apresentado à disciplina APS, do Curso de Engenharia Civil, da Universidade Paulista. Goiânia-GO 2016 RESUMO O Sistema Construtivo de Alvenaria Estrutural é muito utilizado, atualmente, comparado ao de estrutura convencional de concreto armado com alvenaria de vedação como o sistema de vigas e pilares em concreto préfabricado e a estrutura de madeira, estrutura metálica etc. Este sistema é muito interessante quanto ao ponto de vista econômico quando bem projetado e bem executado. Para isso, deve- se dispor de um bom gerenciamento de obra a fim de conseguir bons resultados. Materiais, equipamentos e aplicativos devem ser usados para uma boa prática de execução do sistema construtivo por causa de todas suas particularidades e técnicas exigidas. Muitos empreendedores adotam o sistema, visando uma obra prática, rápida e principalmente econômica, com bom resultado final, custo baixo e boa qualidade do produto. SUMÁRIO 1- INTRODUÇÃO 2- CARACTERIZAÇÃO DA ALVENARIA 3- CARACTERIZAÇÃO DOS MATERIAS 4- PLANEJAMENTO NA CONSTRUÇÃO DE EDIFÍCIOS 5- EXECUÇÃO DA OBRA 6- MATERIAS 7- CONSIDERAÇÕES GERAIS PARA PROGNOSTICOS DE CUSTO 8- VISITA TÉCNICA 9- REFERENCIAS 10- CONCLUSÃO 1. INTRODUÇÃO A alvenaria foi o principal material utilizado na construção civil até o século 19, em uma época em que os métodos empregados eram empíricos e fundamentados em experiências anteriores. (ARAÚJO, 2014) O desenvolvimento de estruturas em alvenaria foi limitado pela disponibilidade de materiais, pelo grau de desenvolvimento das tecnologias e pelo custo. Estruturas de alvenaria eram utilizadas somente em construções de pequeno porte, tornando-se mais um elemento de fechamento, do que estrutural. (OLIVEIRA, 2014) Com a evolução dos estudos e pesquisas a alvenaria estrutural se tornou uma solução eficiente para as edificações modernas, por meio de melhorias nos materiais, avanço na produção de blocos, no método de cálculos, nas técnicas construtivas, tornando a alvenaria estrutural uma solução economicamente eficiente na construção de edifícios. (KATO, 2013) Quanto mais altas as construções maiores os níveis de compressão provenientes de carregamentos verticais e sua composição, ações do vento e desaprumo, e devem ser compensados pela alvenaria estrutural armada, tornando as edificações seguras. (ARAÚJO, 2014). 2. CARACTERIZAÇÃO DA ALVENARIA O termo alvenaria é diferente de alvenaria estrutural. A Alvenaria engloba três quesitos para poder ser considerada estrutural. Primeiramente é necessário que aja dimensionamento: cálculo da estrutura e dos esforços que irá suportar. É preciso também que haja racionalização através de projeto modular compatibilizado e detalhado. E o terceiro quesito é o controle da construção com a caracterização prévia dos materiais, do recebimento dos blocos, controle argamassa, graute e prisma, controle da produção da alvenaria. (BARBOSA, 2011) No Brasil, a primeira norma surgiu em 1988 com a “Norma de Projeto e Execução AE de blocos de concreto”, usadas para blocos cerâmicos. No ano de 2010 foi instaurado comitê para rever as normas de blocos de concreto, com o trabalho renovado sobre blocos cerâmicos em 2011. Esse comitê resultou na publicação das normas ABNT NBR 15961: 2011 - Alvenaria estrutural — Blocos de concreto — Parte 1: Projetos e ABNT NBR 15961: 2011 - Alvenaria estrutural — Blocos de concreto — Parte 2: Execução e controle de obras. A norma NBR 15961 (partes 1 e 2) contém: Termos e definições; Requisitos do sistema de controle; Materiais; Recebimento; Produção da argamassa de assentamento e do graute; Controle da resistência dos materiais e das alvenarias à compressão axial; Produção da alvenaria; Aceitação da alvenaria. (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2014) Segundo TAUIL (2010) a alvenaria é o conjunto de componentes (blocos) justapostos ligados em sua interface por uma argamassa adequada formando um elemento. Esse elemento tem diversas funções: Vedar espaços; Resistir ao peso próprio; Resistir impactos; À ação do fogo; Isolar e proteger acusticamente os ambientes; Contribuir para conforto térmico; Impedir a entrada de intempéries nos ambiente. Quando se refere à alvenaria de blocos de concreto, realizada de forma adequada, gera vantagens significativas no processo racionalizado que envolve a execução de edificações se comparados com outros sistemas mais tradicionais utilizados (TAUIL, 2010; apud BARBOSA, 2011). A correta execução e controle da alvenaria são fatores importantes para que se atinja o máximo de eficiência do sistema construtivo e também maior segurança no processo. Certos princípios devem ser seguidos, entre eles, resistência à compressão do bloco, espessura da junta de assentamento, composição da argamassa, prumo das paredes, entre outros. (ANDOLFATO, 2013) 3. CARACTERIZAÇÃO DOS MATERIAIS Para o adequado controle da obra são necessários, segundo norma NBR 15961- 2, alguns quesitos entre o plano de controle da qualidade, o projeto executivo e o procedimento de plano de controle. (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2014) O plano de controle da qualidade deve explicitar os responsáveis pela execução do controle e circulação de informações, os responsáveis pelo tratamento e resolução das não conformidades, a forma de registro e arquivamento das informações. (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2014) O projeto executivo é a base para a realização da alvenaria, sendo o projeto estrutural compatibilizado com os demais projetos complementares. (BARBOSA, 2011) O ultimo quesito do sistema de controle são os procedimentos do plano de controle, no qual devem constar procedimentos específicos para: Bloco de concreto; Argamassa de assentamento; Graute; Prisma; Recebimento e armazenamento dos materiais; Controle de produção da argamassa e do graute; Controle sistemático da resistência do bloco, da argamassa e do graute; Controle dos demais materiais; Controle da locação das paredes; Controle de elevação das paredes; Controle de execução dos grauteamentos; Controle de aceitação da alvenaria. (BARBOSA, 2011) Em relação à execução da alvenaria a NBR 15961-2 recomenda alguns procedimentos. Para inicio da elevação da alvenaria devem ser verificados: Locação dos esquadros e nivelamento da base de assentamento que deve seguir tolerância máxima; Limpeza da base para não haver prejuízo na aderência dos materiais; Posicionamento das armaduras e tubulações conforme projeto; Blocos assentados não serem posteriormente removidos de sua posição original para que a aderência entre o bloco e a base seja prejudicada; As elevações devem sem executadas apenas com blocos inteiros e suas variações. (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2014) Qualquer variação a isso deve ser prevista em projeto de produção em condições controladas; Paredes estruturais não terem amarração direta com paredes não estruturais. (BARBOSA, 2011) Para a ideal locação das paredes é necessário eixos de referência, determinados em projeto. A normatambém recomenda que a variação do nível da superfície do pavimento não ultrapasse ± 10 mm em relação ao plano especificado. (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2014) Outra especificação prescrita na norma é em relação à espessura da junta horizontal da primeira fiada. O valor mínimo e de 5 mm e o valor máximo não deve ultrapassar 20 mm. Existe uma exceção para paredes de comprimentos inferiores a 50 cm onde a espessura pode chegar a 30 mm. Locais que ultrapassem essa espessura máxima deverá ser feito um nivelamento com material de mesma resistência da laje. (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2014) Além disso, para o desempenho da parede seja adequado é necessário verificar: Cumprimento da tolerância do prumo; Cumprimento da tolerância do nível; Execução correta das espessuras das juntas de argamassa; Argamassas de assentamento dos blocos e dos reforços na alvenaria especificados. (OLIVEIRA, 2014) As recomendações, normatizadas, em relação ao assentamento dos blocos é que os mesmos devem ser assentados e alinhados segundo projeto, posicionados enquanto a argamassa estiver trabalhável e plástica. As juntas horizontais, exceto da primeira fiada, devem ter espessura de 10 mm com variação de ± 3 mm. (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2014) Para que todos esses quesitos prescritos pela norma NBR 15961-2, segundo Barbosa (2011), a especialização da mão de obra, juntamente com o treinamento, necessita ser tratado como uma etapa da construção, devido à racionalização estar entre as mais importantes vantagens desse sistema construtivo. A execução da alvenaria requer um controle com um extenso monitoramento em campo. Em seu trabalho Medeiros (1993) apud Barbosa (2011) relata alguns fatores relacionados à mão de obra que influenciam no desempenho da estrutura alvenaria. Dentre eles estão: Traço da argamassa; Execução incorreta das untas de argamassa; Deslocamentos das unidades (blocos) após o assentamento; Prumo, alinhamento e nível incorreto das paredes; Proteção incorreta da alvenaria recém-construída. O autor cita que os principais problemas construtivos estão relacionados com o projeto, que não especifica de forma eficaz os detalhes construtivos a mão de obra executora da alvenaria. São três os problemas destacados: Pobreza no detalhamento; Alterações nos desenhos; Erros de interpretação do projeto. Caracterizarei alguns materiais, tais como: Bloco; Graute; Argamassa. Quanto ao Bloco: Os ensaios de blocos são especificados de acordo com NBR 6136 - Bloco vazado de concreto simples para alvenaria estrutural e o projetista. E todos os ensaios são de acordo com NBR 12118. Quanto à estocagem do bloco: Os blocos devem ser descarregados em uma superfície plana e nivelada, que garanta a estabilidade da pilha; Devem ser empregados preferencialmente na ordem do recebimento; Deve haver indicação das resistências, identificando o número do lote de obra e o local de sua aplicação; Devem ser armazenados sobre lajes devidamente cimbradas ou sobre o solo, desde que seja evitada a contaminação direta ou indireta por ação da capilaridade da água; Devem ser protegidos da chuva e outros elementos que venham a prejudicar o desempenho da alvenaria. (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 1994) Quanto ao Graute: Resistência a compressão deve ser aquela que permita ao prisma atingir a resistência especificada no projeto. E os ensaios devem estar de acordo com NBR 5739. Os requisitos de graute são: Pode ter até 10% de cal; Agregado de até 10 mm (cobrimento de 15mm); Agregado de até 20mm (cobrimento de 25 mm); Diâmetro máximo de 1/3 do vazado; Várias recomendações sobre dosagem; Proibida mistura manual; Verificar tempo de mistura, especialmente se tiver aditivos. (BARBOSA, 2011) No estado fresco deve ser fluido e não provocar retração que provoque descolamento do bloco. Deve haver dosagem prévia, especialmente se o graute for produzido na obra. O traço deve ser pedido com antecedência ao projetista. Se especificado pelo projetista, é possível o preenchimento de furos com argamassa, desde que não haja armadura porem a eficiência é baixa. (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2007) Quanto a argamassa, é necessária definição prévia da argamassa de assentamento. Através de ensaios com antecedência adequada com os materiais dos mesmos fornecedores selecionados para a obra. Os requisitos de argamassa são: Boa trabalhabilidade, para permitir assentamento; Argamassadeira estanque ( metal ou plástico); Uso em até 2h 30; Pode retemperar até duas vezes; Recomenda-se cobrir com pano úmido, especialmente dias quentes e com vento; Várias recomendações sobre dosagem; Proibida mistura manual; Verificar tempo de mistura, especialmente se tiver aditivos; Permitida variação de até 20% na resistência obtida nos ensaios de controle, caso contrário deve-se rever procedimentos de obra (alvenaria pode ser aceita em função do prisma). (BARBOSA, 2011) Com a ABNT NBR 13279 é possível se caracterizar a argamassa e seu controle para ensaios de argamassa são utilizados CP cúbicos de 4 cm. É necessário executar ensaios para argamassas não tradicionais, que não sejam de cimento, cal e areia, sem aditivos ou adições. (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 1995) Tabela 1: Referências para especificação. (Parsekian, 2011, apud Barbosa 2011) No momento do recebimento dos materiais, o executor deve tomar as seguintes medidas, para graute e argamassa não industrializados: Verificar na embalagem se o cimento e a cal têm selo de conformidade com as Normas Brasileiras, se estão dentro do prazo de validade e acondicionados em sacos secos e íntegros. Caso contrário, deve solicitar ensaios do fornecedor ou devolver o produto; Armazenar o cimento e a cal em espaços cobertos, de preferência com piso argamassado ou de concreto; Os produtos devem ser mantidos secos e protegidos da umidade do solo e não podem estar em contato com paredes, tetos e outros agentes nocivos às suas qualidades; Devem ser armazenados sobre superfícies impermeáveis e protegidos da ação do tempo. Devem obrigatoriamente ser descartados se estiverem úmidos; Evitar o empilhamento de mais de 10 sacos de cimento ou de cal; No caso específico de tempo de estocagem de até 15 dias, as pilhas podem ser de até 15 sacos; Armazenar os agregados sobre superfície dura, provida de drenagem e que evite contato com o solo; As baias devem ser individualizadas de acordo com seu tipo, sem que haja possibilidade de contaminação; Misturas de areia e cal devem estar dispostas sobre superfícies firmes, sem contato com o solo e protegidas da ação da chuva; Caso seja usada cal hidratada em pasta, esta deve ser mantida saturada até o seu uso. (BARBOSA, 2011) Para argamassas e grautes industrializados é preciso: Verificar na embalagem se a argamassa e o graute recebidos estão dentro do prazo de validade e em sacos secos e íntegros; Armazenar a argamassa e o graute em espaços cobertos, de preferência em piso argamassado ou de concreto; Os produtos devem ser mantidos secos e protegidos da umidade do solo e não podem estar em contato com paredes, tetos e outros agentes nocivos às suas qualidades; Devem ser armazenados sobre superfícies impermeáveis e protegidos da ação do tempo; Devem obrigatoriamente ser descartados se estiverem úmidos; Em qualquer caso, produtos diferentes devem ser armazenados separadamente por lote e por tipo, impedindo misturas acidentais. A sequência de uso deve ser a mesma do recebimento, ou seja, produtos mais antigos devem ser utilizados em primeiro lugar; Pilhas de sacos de argamassa industrializada devem ter a alturarecomendada pelo fabricante, desde que não ultrapassem 10 sacos. (BARBOSA, 2011) Segundo Parsekian (2011) apud Barbosa (2011), as novidades da norma a respeito de execução e controle incluem a necessidade de caracterização anterior dos materiais a serem utilizados na obra. Dentre o matérias estão: bloco, argamassa, graute e prisma. A NBR 15961-2 unifica e revisa os procedimentos de ensaios essenciais para caracterização da alvenaria e, principalmente, inclusão de procedimento inédito para controle da resistência a compressão dos elementos em alvenaria utilizados na obra, com parâmetros e requisitos variáveis em função da relação entre a resistência necessária / especificada no projeto, da variabilidade dos resultados de ensaios, do número de unidades repetidas, entre outros. (BARBOSA 2011) 4. PLANEJAMENTO NA CONSTRUÇÃO DE EDIFÍCIOS A alvenaria estrutural deverá ser realizada apenas quando houver um projeto estrutural compatibilizado adequadamente com os demais projetos complementares e, além disso, o engenheiro responsável pela execução deverá fazer um plano de controle. No qual devem constar os responsáveis pela: Execução do controle; Circulação das informações; Tratamento e resolução de não conformidades; De registro e arquivamento das informações. (BARBOSA 2011) Devem ter procedimentos específicos no plano de controle citado acima: Bloco de concreto; Argamassa de assentamento; Graute; Prisma; Recebimento e armazenamento dos materiais; Controle de produção da argamassa e do graute; Controle sistemático da resistência do bloco, da argamassa e do graute; Controle sistemático da resistência do prisma quando for o caso; Controle dos demais materiais; Controle da locação das paredes; Controle de elevação das paredes; Controle de execução dos grauteamentos; Controle de aceitação da alvenaria. (BARBOSA 2011) Um bom sistema construtivo, junto com bons projetistas e bons construtores, não são suficientes se não houver uma boa gestão da obra. O papel do gerenciador da obra é fazer com que cada pessoa, seja operacional ou projetista, saiba dos intuitos e objetivos de tal obra, compartilhando sempre informações com cada elemento produtivo. Se não há informação ou alguma peça da obra o sistema se complica. Por exemplo, se um projetista de instalações elétricas não tiver em mãos o projeto arquitetônico e estrutural, ele não conseguirá produzir seu projeto de instalações elétricas. Se ele não fizer reuniões para definir cargas, equipamentos e tudo o que ele precisa saber sobre o segmento dele, esta obra certamente não terá sucesso. Existem 5 fatores que são essenciais para o bom andamento da execução da obra, e eles têm que estar muito bem planejados e integrados entre si: Projetos; Tecnologia; Suprimentos; Organização da Produção; Gestão da Mão-de-obra. É para isso que cada obra precisa ter o gerenciador da mesma, para unir cada peça da obra e fazer com que “falem a mesma língua”. O Engenheiro, gerente de obra, geralmente não é especialista em algum segmento da construção, mas ele precisa entender um pouco de cada assunto, para saber etapas certas, uniões certas, contratações certas etc. Compete a ele também vistoriar serviços prestados por empresas terceiras, analisar e testar qualidade de materiais, unir serviços como produção de alvenaria com instalações elétricas e hidráulicas e outras instalações, conhecer fornecedores e seus produtos etc. Por tudo isso é tão importante o gerenciador em obras de alvenaria estrutural, pois pelo sistema ser tão atraente no ponto de racionalização e economia consequentemente o sistema é delicado e com bastantes cuidados a serem tomados, e isso cabe ao gerente da obra. 5. EXECUÇÃO DE OBRA Depois da fundação pronta seja qual for, radier, vigas baldrame, sapatas corrida etc. deve-se demarcar a obra com a primeira fiada de blocos. Toda a alvenaria tem que estar em seu devido eixo, e principalmente esquadro e nível nesta etapa, pois este esquadro e nível contribuem bastante com a qualidade do prisma. Todos os blocos devem ser dispostos exatamente como se encontra no projeto de modulação. A primeira fiada de blocos é exatamente a base do graute, por isso tem- se que tomar um cuidado especial com a superfície onde receberá o ponto de graute, pois é um ponto muito propício a acumular massa de assentamento conforme Figura 12. Figura 12 – Assentamento de bloco, ABCP, 2003. Por este motivo precisa-se abrir um nicho com aproximadamente 5cm no bloco onde será feito o graute e limpar a superfície, retirando excesso de argamassa de assentamento e aplicando água para uma boa aderência do graute, conforme Figura13. Sabe-se, logicamente, que na alvenaria estrutural não se pode, de forma alguma, danificar ou abrir buracos nos blocos, mas este é um ponto especial onde o próprio graute enrijece no ponto onde foi cortada a alvenaria. Figura 13 – Nicho no bloco, ABCP, 2003. Nas demais fiadas deve-se tomar sempre o cuidado com nível, esquadros e principalmente prumo, para que se mantenha rígido e na sua forma projetada. Assim, tem-se que contar com a ajuda de réguas e níveis, podendo ser nível de bolha, mangueira de nível, nível a laser, não importa, o importante é garantir a integridade da qualidade dos serviços (Figura 14). Os cantos e encontros de paredes também merecem atenção especial, pois são pontos onde são grauteados e são lugares onde se encontram duas, três ou quatro rumos de parede, e com isso elas têm que se encontrar e encaixar uma na outra, de acordo com a modulação proposta. O mais recomendado é usar o escantilhão para a garantia de prumo, alinhamento e nível da alvenaria a ser executada (Figura 15). Figura 14 – Assentamento de bloco, ABCP, 2003. Figura 15 – Escantilhão, ABCP, 2003. A argamassa de assentamento pode ser aplicada de duas formas, uma apenas no sentido longitudinal do bloco e a outra no sentido longitudinal e transversal do bloco. Segundo fontes da ABCP, estudos feitos anteriormente indicam que existe uma redução de 20% na resistência à compressão de uma parede assentada apenas com argamassa no sentido longitudinal comparado a uma parede assentada com argamassa nos dois sentidos, longitudinal e transversal. Um elemento que faz parte da responsabilidade de manter o prisma rígido e com estabilidade além do graute são as canaletas “U” (Figura 18) que servem de cintas geralmente nos respaldos e servem de vergas e contravergas para portas e janelas. Quando usadas como vergas e contra-vergas elas têm a função de, além de evitar as trincas diagonais em volta das esquadrias, a de enrijecer a estrutura do prisma, pois onde há esquadrias não há área de alvenaria, ficando um ponto sem estrutura. Existe, também, a canaleta “J” (Figura 19) que serve para ancorar a cinta de respaldo da parede com a laje. Figura 18 – Canaleta, ABCP, 2003. Figura 19 – Canaleta “J”, http://www.geocities.com/valepavi/blocos.htm - S/D Para executar o grauteamento deve-se tomar alguns cuidados, como dito anteriormente, isto é, deve-se abrir um nicho no bloco da primeira fiada para limpeza da área aderente, e, também, um cuidado especial com a argamassa de assentamento para que esta não se misture com dois tipos de material diferentes. A célula onde será grauteada tem que estar limpa e livre de qualquer coisa que possa ocupar o lugar do graute (Figura 20). Esta limpeza é recomendada a ser feita no máximo a cada 6 fiadas, para conseguir ter acessoà sujeira. Figura 20 – Excesso de argamassa, ABCP, 2003. Feita a limpeza, o graute é colocado no interior da célula com a ajuda de um funil para evitar desperdícios e que algum material externo se misture (Figura 21). Figura 21 – Graute, ABCP, 2003. Para todos os procedimentos de execução e controle de obras em alvenaria estrutural de blocos vazados de concreto existe a norma brasileira NBR 8798, Rio de Janeiro, 1985. Não são suficientes ótimos projetos, materiais excelentes, equipamentos e tecnologias de ultima geração se não haver mão de obra especializada. Por isso há um cuidado especial à ser tomado com relação à mão de obra, por exemplo uma equipe que está acostumada à construir obras no sistema convencional com vigas e pilares, certamente não é a equipe ideal para fazer alvenaria estrutural, a não ser que ela passe por um treinamento que deixe-a preparada e com toda experiência necessária para execução de alvenaria estrutural com seus detalhes e particularidades. Geralmente as equipes que se especializam em alvenaria estrutural são as equipes que sempre trabalharam com alvenaria seja estrutural ou vedação, os tradicionais “bloqueiros”, eles tem mais facilidade no aprendizado do sistema, pois o ritmo de trabalho é familiar. 5. MATERIAIS 5.1 Blocos Alvenaria estrutural é um assunto muito amplo, pois qualquer objeto que for usado com argamassa de assentamento, fazendo a ligação entre mais peças seja qual for o material e formando uma estrutura prismática, pode-se dizer que é uma alvenaria estrutural. Portanto existem diversos tipos de materiais para ser usado em formato de bloco como o bloco cerâmico, o bloco de sílico-calcário, bloco de concreto celular e o de cimento que é o foco deste trabalho. Segue, assim, algumas informações sobre o bloco de cimento. Os materiais empregados para a fabricação dos blocos de cimento consistem em cimento Portland, agregados e água. As proporções e traços são em função da resistência esperada. Absorção de água é outro fator considerável, pois o bloco não pode absorver muita água tomando a água da argamassa de assentamento. Ao mesmo tempo não pode ser impermeável por motivo de aderência da argamassa ao bloco, portanto tem que existir um bom equilíbrio na absorção de água. As medidas dos blocos devem, usualmente, ser múltiplas para facilidade de modulação; por isso, os blocos de concreto são divididos em duas famílias, a família 39 e a família 29. A família 39 possui dimensão em módulo de 20cm diferente da largura que é de 15cm, por isso precisa-se de blocos com a finalidade de modular estas medidas, o de 14x19x34 (Figura 22) usado nos cantos e o 14x19x54 (figura 23) usado nos encontros de parede em “T”. Tem-se o 14x19x39 (figura 24) que é o mais utilizado nos comprimentos das paredes e o meio bloco desta medida que é o 14x19x19 (Figura 25), muito usado em vãos de portas e janelas, onde a armação da alvenaria precisa terminar em prumo. Figura 22 – Bloco 14x19x34, ABCP, 2003 Figura 24 – Bloco 14x19x39, ABCP, 2003 Conforme ABCP (2003), a família 29 ainda não apresenta dimensões padronizadas de norma de blocos estruturais, consta apenas como vedação, por isso existe no mercado na forma de bloco de vedação, e possui dimensão em módulo de 15 cm o que facilita, pois é a mesma medida de sua largura. Existe o bloco de 14x19x29 (Figura 26) que é o mais utilizado nos comprimentos das paredes, o meio bloco desta medida é o 14x19x19 (Figura 27), muito usado em vãos de portas e janelas, onde a amarração da alvenaria precisa terminar em prumo, e o 14x19x44 (Figura 28) usado nos encontros de parede em “T”. Figura 26 – Bloco 14x19x29, ABCP, 2003. Figura 27 – Bloco 14x19x19, ABCP, 2003. Figura 28 – Bloco 14x19x44, ABCP, 2003. As características como resistência à compressão, dimensões dos blocos, espessura mínima das paredes estão especificadas na norma brasileira NBR 6136 (ABNT, 1994) e NBR 7184 (ABNT, 1992). 5.2 Argamassa de assentamento Um item muito importante do sistema é a argamassa de assentamento, pois ela tem a responsabilidade de distribuir toda a carga para os blocos que nela estão ligados, ou seja, pode-se assimilar a ela uma solda de uma estrutura metálica, pois há um componente estrutural (bloco) em cima e outro embaixo. Por isso, ela se torna a emenda entre os componentes, tendo, assim, que suportar a carga solicitada e unir os componentes do prisma. A resistência da argamassa geralmente é de 70% a 100% da resistência do próprio bloco. Se a resistência da argamassa é aumentada, não se aumenta a resistência da parede em geral, portanto ela pode ser usada nesse percentual de resistência. O que deve ser muito bem observado são as espessuras das juntas, a medida ideal para ela é de 1cm, podendo se ter problemas com juntas menores e juntas maiores. Se a junta for menor que 1cm corre-se o risco da face de um bloco encostar na outra, concentrando tensões que prejudicam a resistência da parede, e se a junta passar de 1cm, a resistência da parede diminui. Portanto deve-se controlar essa junta horizontal com 1cm, e respeitar sempre a resistência da argamassa de assentamento exigida pelo calculista da estrutura. A norma americana classifica 4 tipos de argamassa mista, M, S, N e O: Argamassa tipo M: usada em alvenaria em contato com o solo, como fundações, muros de arrimo etc. Possui alta resistência à compressão e excelente durabilidade. Argamassa tipo S: usada em alvenaria sujeita a esforços de flexão. Tem boa resistência à compressão e à tração quando confinada entre as unidades. Argamassa tipo N: usada para uso geral em alvenarias expostas, sem contato com o solo. Tem média resistência à compressão e boa durabilidade. Argamassa tipo O: pode ser usada em alvenaria de unidades maciças onde a tensão de compressão não ultrapasse 0.70 MPa e não esteja exposta em meio agressivo. Apresenta baixa resistência à compressão e conveniente para o uso em paredes de interior em geral. 5.3 Graute O graute é um concreto com agregados miúdos e alta plasticidade e com o slump necessário para preencher os vazios e se acomodar nos vãos, designados no sistema de alvenaria estrutural. Eles são usados no interior da célula dos blocos, aumentando, assim, a área da seção do bloco dando mais resistência para o ponto da alvenaria que está grauteado, aumentando a resistência de sobrecarga em tal ponto. Para que isso aconteça, é necessário um concreto com uma boa trabalhabilidade, pois quase sempre as condições de lançamento não são boas e as armaduras internas também não ajudam, por isso o cuidado tem que se redobrado. Com isso o resultado pretendido é de uma peça integra e com os quatro itens muito bem integrados, o bloco, a argamassa de assentamento, o aço e o graute, para se obter uma peça uniforme e com boa resistência. 5.4 Armaduras Apesar do sistema não ser em concreto armado, existem pontos na alvenaria estrutural onde necessita aço, como, por exemplo, nas vergas e contra-vergas. Elas são nada mais que peças como vigas que sofrem solicitações de cargas de compressão e de tração. Com isso, o aço tem boas características para suprir tração e é usado para este fim. Usa-se aço também no graute para estruturar e dar características mais resistentes ao ponto em vigor. Logicamente, casos especiais precisam ser estudados mais profundamente, como um longo vãoou uma parede onde terá esforço lateral como um muro de arrimo de alvenaria estrutural. Estes são casos à parte onde com certeza é necessária a armação desta estrutura. 5.5 Tela Metálica e Grampo Em algumas situações de projeto ou mesmo de alteração do próprio projeto, não se consegue ter amarração na alvenaria com a modulação e suas medidas múltiplas perfeitas. Há ocasiões, também, onde se precisa unir alvenaria de vedação com alvenaria estrutural. Nestes casos, usa-se a tela metálica ou grampo. Muito importante ressaltar que quando se adota estes procedimentos fica totalmente descartada a possibilidade de aproveitar o efeito de uniformização de distribuição de cargas verticais ou horizontais, usando a tela ou o grampo como união de alvenarias. O grampo também é muito utilizado em paredes duplas onde existem grandes cargas atuando lateralmente na parede, fazendo, desta forma, com que as duas peças de alvenaria se integrem tentando formar uma seção maior, o mais uniforme possível (Figura 37). 6. CONSIDERAÇÕES GERAIS PARA PROGNÓSTICOS DE CUSTO Após a realização dos projetos, é possível elaborar o orçamento da obra, indicando os quantitativos e os custos de todos os serviços que a compõem. Tais quantidades serão verificadas durante a obra, gerando informações que retroalimentem o planejamento de custos de um novo empreendimento. (Kato, 2013) Atualmente, taxas de atratividade de investimento estão cada vez mais justas, sendo assim, qualquer redução de custo ajuda no aumento da taxa de retorno. Através da análise do orçamento, é possível afirmar que em obras de padrão mais baixo, nos quais os custos com acabamentos e esquadrias são menores, o percentual de economia da alvenaria estrutural em relação ao concreto armado será ainda maior. 7. VISITA TÉCNICA Foi realizado no condomínio “Reserva do Buriti” localizado na Avenida Vitória no setor Jardim Atlântico, Goiânia-GO, a obra esta sendo realizado pela Construtora Vega e é constituído por duas torres de 10 pavimentos sendo 8 (oito) apartamentos por andar, salão de festa, quadra e academia dentre outros. O método construtivo utilizado foi misto (Alvenaria Estrutural e Concreto Armado) sendo concreto armado subsolo e térreo, e alvenaria estrutural a partir do 1ª andar. No projeto de alvenaria estrutural a mão-de-obra precisa ser qualificada aumentando o custo, pois o projeto é diferenciado do projeto comum. Nesta foi necessário a ajuda do SENAI para o treinamento dos funcionários devido a falta de mão-de-obra qualificado no setor. No projeto e apresentado cores diferentes, identificando a família de blocos, neste projeto foi utilizado 4 (quatro) famílias de blocos, dentre elas podemos citar: 14x4x19, 14x14x19, 14x19x19, 14x29x19, 14x34x19, 14x39x19, 14x54x19. A montagem desses blocos devem seguir exatamente os vãos dos blocos, pois nestes vãos são colocados as ferragens e o graut (esse procedimento é feito ate 1,4m de parede, depois finaliza a parede e refaz o procedimento), que são feitos nos cantos e ao lado de janelas e portas. Por ser uma estrutura muito rígida a necessidade de construir junta de dilatação (de 2 cm) de um apartamento para o outro, preenchendo com silicone estrutural. Algumas dos benefícios desse tipo de obra e a redução de mão-de-obra, tempo, maior qualidade da construção, redução de resíduos e redução de matéria prima (cimento). Na construção a resistência dos blocos são superiores ao convencional, sendo que o convencional é de 2,5 à 3 MPA, e bloco estrutural varia de 10 à 25 MPA. A alvenaria estrutural não cruza com a alvenaria de vedação é necessário o uso de telas ou grampos. Em relação a sustentabilidade na alvenaria estrutural pode reutilizar os materiais bons diminuindo os desperdiço e o acumulo de lixo, é reutilizado para construção de blocos de vedação. 8. REFERÊNCIAS 1- ANDOLFATO, R.P. Estudo teórico e experimental da interação de paredes em edifícios de alvenaria estrutural. Dissertação (mestrado) – Escola de Engenharia de São Carlos, Universidade de São Paulo, 2006. 2- ARAÙJO, J.M de. Projeto estrutural de edifício de concreto armado. Dunas, 3ª Ed. 306 p., 2014. 3- ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR-6118: Projeto de Estruturas de concreto. Rio de Janeiro, 2014. 4- ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR-15961: Alvenaria estrutural - blocos de concreto parte 1 e 2. Rio de Janeiro, 2014. 5- ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR-6136: Bloco vazado de concreto simples para alvenaria estrutural. Rio de Janeiro, 1994 6- ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR-5739: Ensaio de compressão de corpos de prova cilíndricos. Rio de Janeiro, 2007. 7- ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR-12118: Bloco vazado de concreto simples para alvenaria estrutural. Rio de Janeiro, 2010. 8- ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR-13279: Argamassa para assentamento de paredes e revestimento de paredes e tetos determinação da resistência a compressão. Rio de Janeiro, 1995. 9- BARBOSA, A.K.S. Execução e controle de alvenaria estrutural em blocos de concreto segundo nova normalização brasileira. Trabalho de conclusão de curso – UFSC, São Carlos, 2011. 10- BUTLLER, A.M. Uso de Agregados Reciclados de Concreto em blocos de Alvenaria Estrutural. Tese (doutorado em Engenharia de Estruturas) – escola de Engenharia de São Carlos, Universidade de São Paulo, 2007. 11- GIONGO, J.S. Concreto armado: Projeto Estrutural de Edifícios. Trabalho de Conclusão de Curso - Escola de Engenharia de São Carlos, Universidade de São Paulo, 2007. 12- GOIANIA. PREFEITURA MUNICIPAL DE GOIANIA. CÓDIGO DE OBRAS E EDIFICAÇÕES. 2008. 13- IZQUIERDO, O.S. Estudo da interface bloco/graute em elementos de alvenaria estrutural. Tese (doutorado em Engenharia de Estruturas) – Escola de Engenharia de São Carlos, Universidade de São Paulo, 2015. 14- KATO, C.S. Método para estimar custos diretos da execução de edifícios: aplicação a alvenaria estrutural. Dissertação (mestrado) – Escola Politécnica, Universidade de São Paulo, 2013. 15- MAMEDE, F.C. Utilização de pré-moldados em edifícios de alvenaria estrutural. Dissertação (mestrado) – Escola de Engenharia de São Carlos, Universidade de São Paulo, 2001. 16- OLIVEIRA, L.M.F. Estudo Teórico e experimental do comportamento das interfaces verticais de paredes interconectadas de alvenaria estrutural. Tese (doutorado em Engenharia de Estruturas) – escola de Engenharia de São Carlos, Universidade de São Paulo, 2014. 17- SILVA, F.B. Planejamento de processos de construção para a produção industrializada de edifícios habitacionais: proposta de um modelo. Dissertação (mestrado) – Escola Politécnica, Universidade de São Paulo, 2012. CONCLUSÃO O Sistema Construtivo de Alvenaria Estrutural é muito utilizado, atualmente, comparado ao de estrutura convencional de concreto armado com alvenaria de vedação como o sistema de vigas e pilares em concreto préfabricado e a estrutura de madeira, estrutura metálica etc. Este sistema é muito interessante quanto ao ponto de vista econômico quando bem projetado e bem executado. Para isso, estive visitando o canteiro de obras da Construtora Veja, com 25 anos de experiência, o nome da obra é Reserva do Buriti, serão duas torres de 10 pavimentos, oito apartamentospor andar. Muitos empreendedores adotam o sistema, visando uma obra prática, rápida e principalmente econômica, com bom resultado final, custo baixo e boa qualidade do produto. Através da pesquisa realizada e visita ao canteiro de obra da Construtora Vega, na cidade de Aparecida de Goiânia, do empreendimento Reserva Buriti, pode-se dizer que o sistema de alvenaria estrutural é um sistema de simples execução, porém para um empreendimento bem sucedido O fruto de um empreendimento onde são respeitados estes itens será, sem dúvida, uma obra racionalizada com menos perdas de materiais e mãode-obra e, consequentemente, menos custo. Esse sistema apresenta alguns obstáculos e pequenas limitações, mas que são supridos com bons profissionais, atuando com projetos inteligentes e estratégicos. Por ser um sistema racionalizado e de alto nível de industrialização, respeitando os projetos na obra não haverá desperdício de materiais, por exemplo, os blocos não podem ser quebrados, a argamassa geralmente vem pronta não havendo desperdício e sobras de areia, cimento, etc. a quantidade à ser usada de argamassa e graute é limitada, o graute deve ser colocado com funil e deve ficar confinado dentro da célula do bloco não havendo por onde vazar ou perder material. A consequência disso é uma obra econômica e que reduz bastante o custo para o empreendedor. Com isso, pose-se concluir que a metodologia da alvenaria estrutural, quando usada de forma correta com integração total entre as partes envolvidas e, respeitando suas restrições é um método bastante ágil, limpo e lucrativo de se construir.
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