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Alvenaria Estrutural PD

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UNIVERSIDADE PAULISTA-UNIP 
 
 
 
 
 
 
 
ALVENARIA ESTRUTURAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
GOIANIA 
2016 
NOMENOME - Ra: OOOPP-2 
NOMENOME - Ra: OOOPP-2 
NOMENOME - Ra: OOOPP-2 
NOMENOME - Ra: OOOPP-2 
 
 
 
 
ALVENARIA ESTRUTURAL 
 
 
Trabalho apresentado à 
disciplina APS, do Curso de 
 Engenharia Civil, da 
Universidade Paulista. 
 
 
Goiânia-GO 
2016 
RESUMO 
 
O Sistema Construtivo de Alvenaria Estrutural é muito utilizado, atualmente, 
comparado ao de estrutura convencional de concreto armado com alvenaria de vedação 
como o sistema de vigas e pilares em concreto préfabricado e a estrutura de madeira, 
estrutura metálica etc. Este sistema é muito interessante quanto ao ponto de vista 
econômico quando bem projetado e bem executado. Para isso, deve- se dispor de um 
bom gerenciamento de obra a fim de conseguir bons resultados. Materiais, 
equipamentos e aplicativos devem ser usados para uma boa prática de execução do 
sistema construtivo por causa de todas suas particularidades e técnicas exigidas. Muitos 
empreendedores adotam o sistema, visando uma obra prática, rápida e principalmente 
econômica, com bom resultado final, custo baixo e boa qualidade do produto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1- INTRODUÇÃO 
2- CARACTERIZAÇÃO DA ALVENARIA 
3- CARACTERIZAÇÃO DOS MATERIAS 
4- PLANEJAMENTO NA CONSTRUÇÃO DE EDIFÍCIOS 
5- EXECUÇÃO DA OBRA 
6- MATERIAS 
7- CONSIDERAÇÕES GERAIS PARA PROGNOSTICOS DE CUSTO 
8- VISITA TÉCNICA 
9- REFERENCIAS 
10- CONCLUSÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
A alvenaria foi o principal material utilizado na construção civil até o século 19, 
em uma época em que os métodos empregados eram empíricos e fundamentados em 
experiências anteriores. (ARAÚJO, 2014) 
O desenvolvimento de estruturas em alvenaria foi limitado pela disponibilidade 
de materiais, pelo grau de desenvolvimento das tecnologias e pelo custo. Estruturas de 
alvenaria eram utilizadas somente em construções de pequeno porte, tornando-se mais um 
elemento de fechamento, do que estrutural. (OLIVEIRA, 2014) 
Com a evolução dos estudos e pesquisas a alvenaria estrutural se tornou uma 
solução eficiente para as edificações modernas, por meio de melhorias nos materiais, 
avanço na produção de blocos, no método de cálculos, nas técnicas construtivas, tornando 
a alvenaria estrutural uma solução economicamente eficiente na construção de edifícios. 
(KATO, 2013) 
Quanto mais altas as construções maiores os níveis de compressão provenientes 
de carregamentos verticais e sua composição, ações do vento e desaprumo, e devem ser 
compensados pela alvenaria estrutural armada, tornando as edificações seguras. 
(ARAÚJO, 2014). 
 
 
 
 
2. CARACTERIZAÇÃO DA ALVENARIA 
 
O termo alvenaria é diferente de alvenaria estrutural. A Alvenaria engloba três 
quesitos para poder ser considerada estrutural. Primeiramente é necessário que aja 
dimensionamento: cálculo da estrutura e dos esforços que irá suportar. É preciso também 
que haja racionalização através de projeto modular compatibilizado e detalhado. E o 
terceiro quesito é o controle da construção com a caracterização prévia dos materiais, do 
recebimento dos blocos, controle argamassa, graute e prisma, controle da produção da 
alvenaria. (BARBOSA, 2011) 
No Brasil, a primeira norma surgiu em 1988 com a “Norma de Projeto e 
Execução AE de blocos de concreto”, usadas para blocos cerâmicos. No ano de 2010 foi 
instaurado comitê para rever as normas de blocos de concreto, com o trabalho renovado 
sobre blocos cerâmicos em 2011. Esse comitê resultou na publicação das normas ABNT 
NBR 15961: 2011 - Alvenaria estrutural — Blocos de concreto — Parte 1: Projetos e 
ABNT NBR 15961: 2011 - Alvenaria estrutural — Blocos de concreto — Parte 2: 
Execução e controle de obras. 
A norma NBR 15961 (partes 1 e 2) contém: Termos e definições; Requisitos do 
sistema de controle; Materiais; Recebimento; Produção da argamassa de assentamento e 
do graute; Controle da resistência dos materiais e das alvenarias à compressão axial; 
Produção da alvenaria; Aceitação da alvenaria. (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE 
NORMAS TÉCNICAS, 2014) 
Segundo TAUIL (2010) a alvenaria é o conjunto de componentes 
(blocos) justapostos ligados em sua interface por uma argamassa adequada formando um 
elemento. Esse elemento tem diversas funções: Vedar espaços; Resistir ao peso próprio; 
Resistir impactos; À ação do fogo; Isolar e proteger acusticamente os ambientes; 
Contribuir para conforto térmico; Impedir a entrada de intempéries nos ambiente. 
Quando se refere à alvenaria de blocos de concreto, realizada de forma adequada, 
gera vantagens significativas no processo racionalizado que envolve a execução de 
edificações se comparados com outros sistemas mais tradicionais utilizados (TAUIL, 
2010; apud BARBOSA, 2011). 
A correta execução e controle da alvenaria são fatores importantes para que se 
atinja o máximo de eficiência do sistema construtivo e também maior segurança no 
processo. Certos princípios devem ser seguidos, entre eles, resistência à compressão do 
bloco, espessura da junta de assentamento, composição da argamassa, prumo das paredes, 
entre outros. (ANDOLFATO, 
2013) 
 
 
 
 
 
 
 
3. CARACTERIZAÇÃO DOS MATERIAIS 
 
Para o adequado controle da obra são necessários, segundo norma NBR 15961-
2, alguns quesitos entre o plano de controle da qualidade, o projeto executivo e o 
procedimento de plano de controle. (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS 
TÉCNICAS, 2014) 
O plano de controle da qualidade deve explicitar os responsáveis pela execução 
do controle e circulação de informações, os responsáveis pelo tratamento e resolução das 
não conformidades, a forma de registro e arquivamento das informações. (ASSOCIAÇÃO 
BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2014) 
O projeto executivo é a base para a realização da alvenaria, sendo o projeto 
estrutural compatibilizado com os demais projetos complementares. (BARBOSA, 2011) 
O ultimo quesito do sistema de controle são os procedimentos do plano de 
controle, no qual devem constar procedimentos específicos para: Bloco de concreto; 
Argamassa de assentamento; Graute; Prisma; Recebimento e armazenamento dos 
materiais; Controle de produção da argamassa e do graute; Controle sistemático da 
resistência do bloco, da argamassa e do graute; Controle dos demais materiais; Controle 
da locação das paredes; Controle de elevação das paredes; Controle de execução dos 
grauteamentos; Controle de aceitação da alvenaria. (BARBOSA, 2011) 
Em relação à execução da alvenaria a NBR 15961-2 recomenda alguns 
procedimentos. Para inicio da elevação da alvenaria devem ser verificados: 
Locação dos esquadros e nivelamento da base de assentamento que deve seguir tolerância 
máxima; Limpeza da base para não haver prejuízo na aderência dos materiais; 
Posicionamento das armaduras e tubulações conforme projeto; Blocos assentados não 
serem posteriormente removidos de sua posição original para que a aderência entre o 
bloco e a base seja prejudicada; As elevações devem sem executadas apenas com blocos 
inteiros e suas variações. (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 
2014) 
Qualquer variação a isso deve ser prevista em projeto de produção em condições 
controladas; Paredes estruturais não terem amarração direta com paredes não estruturais. 
(BARBOSA, 2011) 
Para a ideal locação das paredes é necessário eixos de referência, determinados 
em projeto. A normatambém recomenda que a variação do nível da superfície do 
pavimento não ultrapasse ± 10 mm em relação ao plano especificado. (ASSOCIAÇÃO 
BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2014) 
Outra especificação prescrita na norma é em relação à espessura da junta 
horizontal da primeira fiada. O valor mínimo e de 5 mm e o valor máximo não deve 
ultrapassar 20 mm. Existe uma exceção para paredes de 
comprimentos inferiores a 50 cm onde a espessura pode chegar a 30 mm. Locais que 
ultrapassem essa espessura máxima deverá ser feito um nivelamento com material de 
mesma resistência da laje. (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 
2014) 
Além disso, para o desempenho da parede seja adequado é necessário verificar: 
Cumprimento da tolerância do prumo; Cumprimento da tolerância do nível; Execução 
correta das espessuras das juntas de argamassa; Argamassas de assentamento dos blocos 
e dos reforços na alvenaria especificados. (OLIVEIRA, 2014) 
As recomendações, normatizadas, em relação ao assentamento dos blocos é que 
os mesmos devem ser assentados e alinhados segundo projeto, posicionados enquanto a 
argamassa estiver trabalhável e plástica. As juntas horizontais, exceto da primeira fiada, 
devem ter espessura de 10 mm com variação de ± 3 mm. (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA 
DE NORMAS TÉCNICAS, 2014) 
Para que todos esses quesitos prescritos pela norma NBR 15961-2, segundo 
Barbosa (2011), a especialização da mão de obra, juntamente com o treinamento, 
necessita ser tratado como uma etapa da construção, devido à racionalização estar entre 
as mais importantes vantagens desse sistema 
construtivo. 
A execução da alvenaria requer um controle com um extenso monitoramento em 
campo. Em seu trabalho Medeiros (1993) apud Barbosa (2011) relata alguns fatores 
relacionados à mão de obra que influenciam no desempenho da estrutura alvenaria. Dentre 
eles estão: Traço da argamassa; Execução incorreta das untas de argamassa; 
Deslocamentos das unidades (blocos) após o assentamento; Prumo, alinhamento e nível 
incorreto das paredes; Proteção incorreta da alvenaria recém-construída. 
O autor cita que os principais problemas construtivos estão relacionados com o projeto, 
que não especifica de forma eficaz os detalhes construtivos a mão de obra executora da 
alvenaria. São três os problemas destacados: Pobreza no detalhamento; Alterações nos 
desenhos; Erros de interpretação do projeto. 
Caracterizarei alguns materiais, tais como: Bloco; Graute; Argamassa. 
Quanto ao Bloco: Os ensaios de blocos são especificados de acordo com NBR 
6136 - Bloco vazado de concreto simples para alvenaria estrutural e o projetista. E todos 
os ensaios são de acordo com NBR 12118. 
Quanto à estocagem do bloco: Os blocos devem ser descarregados em uma 
superfície plana e nivelada, que garanta a estabilidade da pilha; Devem ser empregados 
preferencialmente na ordem do recebimento; Deve haver indicação das resistências, 
identificando o número do lote de obra e o local de sua aplicação; Devem ser armazenados 
sobre lajes devidamente cimbradas ou sobre o solo, desde que seja evitada a contaminação 
direta ou indireta por ação da capilaridade da água; Devem ser protegidos da chuva e 
outros elementos que venham a prejudicar o desempenho da alvenaria. (ASSOCIAÇÃO 
BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 1994) 
Quanto ao Graute: Resistência a compressão deve ser aquela que permita ao 
prisma atingir a resistência especificada no projeto. E os ensaios devem estar de acordo 
com NBR 5739. 
Os requisitos de graute são: Pode ter até 10% de cal; Agregado de até 
10 mm (cobrimento de 15mm); Agregado de até 20mm (cobrimento de 25 mm); Diâmetro 
máximo de 1/3 do vazado; Várias recomendações sobre dosagem; Proibida mistura 
manual; Verificar tempo de mistura, especialmente se tiver aditivos. (BARBOSA, 2011) 
No estado fresco deve ser fluido e não provocar retração que provoque 
descolamento do bloco. Deve haver dosagem prévia, especialmente se o graute for 
produzido na obra. 
O traço deve ser pedido com antecedência ao projetista. Se especificado pelo 
projetista, é possível o preenchimento de furos com argamassa, desde que não haja 
armadura porem a eficiência é baixa. (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS 
TÉCNICAS, 2007) 
Quanto a argamassa, é necessária definição prévia da argamassa de 
assentamento. Através de ensaios com antecedência adequada com os materiais dos 
mesmos fornecedores selecionados para a obra. 
Os requisitos de argamassa são: Boa trabalhabilidade, para permitir 
assentamento; Argamassadeira estanque ( metal ou plástico); Uso em até 2h 30; Pode 
retemperar até duas vezes; Recomenda-se cobrir com pano úmido, especialmente dias 
quentes e com vento; Várias recomendações sobre dosagem; Proibida mistura manual; 
Verificar tempo de mistura, especialmente se tiver aditivos; Permitida variação de até 
20% na resistência obtida nos ensaios de controle, caso contrário deve-se rever 
procedimentos de obra (alvenaria pode ser aceita em função do prisma). (BARBOSA, 
2011) 
Com a ABNT NBR 13279 é possível se caracterizar a argamassa e seu controle 
para ensaios de argamassa são utilizados CP cúbicos de 4 cm. 
É necessário executar ensaios para argamassas não tradicionais, que não sejam 
de cimento, cal e areia, sem aditivos ou adições. (ASSOCIAÇÃO 
BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 1995) 
Tabela 1: Referências para especificação. (Parsekian, 2011, apud Barbosa 2011) 
 
No momento do recebimento dos materiais, o executor deve tomar as seguintes 
medidas, para graute e argamassa não industrializados: Verificar na embalagem se o 
cimento e a cal têm selo de conformidade com as Normas Brasileiras, se estão dentro do 
prazo de validade e acondicionados em sacos secos e íntegros. Caso contrário, deve 
solicitar ensaios do fornecedor ou devolver o produto; Armazenar o cimento e a cal em 
espaços cobertos, de preferência com piso argamassado ou de concreto; Os produtos 
devem ser mantidos secos e protegidos da umidade do solo e não podem estar em contato 
com paredes, tetos e outros agentes nocivos às suas qualidades; Devem ser armazenados 
sobre superfícies impermeáveis e protegidos da ação do tempo. Devem obrigatoriamente 
ser descartados se estiverem úmidos; Evitar o empilhamento de mais de 10 sacos de 
cimento ou de cal; No caso específico de tempo de estocagem de até 15 dias, as pilhas 
podem ser de até 15 sacos; Armazenar os agregados sobre superfície dura, provida de 
drenagem e que evite contato com o solo; As baias devem ser individualizadas de acordo 
com seu tipo, sem que haja possibilidade de contaminação; Misturas de areia e cal devem 
estar dispostas sobre superfícies firmes, sem contato com o solo e protegidas da ação da 
chuva; Caso seja usada cal hidratada em pasta, esta deve ser mantida saturada até o seu 
uso. (BARBOSA, 2011) 
Para argamassas e grautes industrializados é preciso: Verificar na embalagem se 
a argamassa e o graute recebidos estão dentro do prazo de validade e em sacos secos e 
íntegros; Armazenar a argamassa e o graute em espaços cobertos, de preferência em piso 
argamassado ou de concreto; Os produtos devem ser mantidos secos e protegidos da 
umidade do solo e não podem estar em contato com paredes, tetos e outros agentes 
nocivos às suas qualidades; Devem ser armazenados sobre superfícies impermeáveis e 
protegidos da ação do tempo; Devem obrigatoriamente ser descartados se estiverem 
úmidos; Em qualquer caso, produtos diferentes devem ser armazenados separadamente 
por lote e por tipo, impedindo misturas acidentais. A sequência de uso deve ser a mesma 
do recebimento, ou seja, produtos mais antigos devem ser utilizados em primeiro lugar; 
Pilhas de sacos de argamassa industrializada devem ter a alturarecomendada pelo 
fabricante, desde que não ultrapassem 10 sacos. (BARBOSA, 2011) 
Segundo Parsekian (2011) apud Barbosa (2011), as novidades da norma a 
respeito de execução e controle incluem a necessidade de caracterização anterior dos 
materiais a serem utilizados na obra. Dentre o matérias estão: bloco, argamassa, graute e 
prisma. 
A NBR 15961-2 unifica e revisa os procedimentos de ensaios essenciais para 
caracterização da alvenaria e, principalmente, inclusão de procedimento inédito para 
controle da resistência a compressão dos elementos em alvenaria utilizados na obra, com 
parâmetros e requisitos variáveis em função da relação entre a resistência necessária / 
especificada no projeto, da variabilidade dos resultados de ensaios, do número de 
unidades repetidas, entre outros. 
(BARBOSA 2011) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4. PLANEJAMENTO NA CONSTRUÇÃO DE EDIFÍCIOS 
 
A alvenaria estrutural deverá ser realizada apenas quando houver um projeto 
estrutural compatibilizado adequadamente com os demais projetos complementares e, 
além disso, o engenheiro responsável pela execução deverá fazer um plano de controle. 
No qual devem constar os responsáveis pela: Execução do controle; Circulação das 
informações; Tratamento e resolução de não conformidades; De registro e arquivamento 
das informações. (BARBOSA 2011) 
Devem ter procedimentos específicos no plano de controle citado acima: Bloco 
de concreto; Argamassa de assentamento; Graute; Prisma; Recebimento e armazenamento 
dos materiais; Controle de produção da argamassa e do graute; Controle sistemático da 
resistência do bloco, da argamassa e do graute; Controle sistemático da resistência do 
prisma quando for o caso; Controle dos demais materiais; Controle da locação das 
paredes; Controle de elevação das paredes; Controle de execução dos grauteamentos; 
Controle de aceitação da alvenaria. (BARBOSA 2011) 
Um bom sistema construtivo, junto com bons projetistas e bons construtores, 
não são suficientes se não houver uma boa gestão da obra. 
 
O papel do gerenciador da obra é fazer com que cada pessoa, seja operacional 
ou projetista, saiba dos intuitos e objetivos de tal obra, compartilhando sempre 
informações com cada elemento produtivo. 
 
Se não há informação ou alguma peça da obra o sistema se complica. Por 
exemplo, se um projetista de instalações elétricas não tiver em mãos o projeto 
arquitetônico e estrutural, ele não conseguirá produzir seu projeto de instalações 
elétricas. Se ele não fizer reuniões para definir cargas, equipamentos e tudo o que ele 
precisa saber sobre o segmento dele, esta obra certamente não terá sucesso. 
 
Existem 5 fatores que são essenciais para o bom andamento da execução da 
obra, e eles têm que estar muito bem planejados e integrados 
entre si: 
Projetos; Tecnologia; Suprimentos; 
Organização da Produção; Gestão da Mão-de-obra. 
É para isso que cada obra precisa ter o gerenciador da mesma, para unir cada 
peça da obra e fazer com que “falem a mesma língua”. 
 
 
O Engenheiro, gerente de obra, geralmente não é especialista em algum 
segmento da construção, mas ele precisa entender um pouco de cada assunto, para saber 
etapas certas, uniões certas, contratações certas etc. Compete a ele também vistoriar 
serviços prestados por empresas terceiras, analisar e testar qualidade de materiais, unir 
serviços como produção de alvenaria com instalações elétricas e hidráulicas e outras 
instalações, conhecer fornecedores e seus produtos etc. 
Por tudo isso é tão importante o gerenciador em obras de alvenaria estrutural, 
pois pelo sistema ser tão atraente no ponto de racionalização e economia 
consequentemente o sistema é delicado e com bastantes cuidados a serem tomados, e 
isso cabe ao gerente da obra. 
5. EXECUÇÃO DE OBRA 
 
Depois da fundação pronta seja qual for, radier, vigas baldrame, sapatas corrida 
etc. deve-se demarcar a obra com a primeira fiada de blocos. Toda a alvenaria tem que 
estar em seu devido eixo, e principalmente esquadro e nível nesta etapa, pois este 
esquadro e nível contribuem bastante com a qualidade do prisma. 
Todos os blocos devem ser dispostos exatamente como se encontra no projeto 
de modulação. A primeira fiada de blocos é exatamente a base do graute, por isso tem-
se que tomar um cuidado especial com a superfície onde receberá o ponto de graute, 
pois é um ponto muito propício a acumular massa de assentamento conforme Figura 
12. 
 
 
Figura 12 – Assentamento de bloco, ABCP, 2003. 
Por este motivo precisa-se abrir um nicho com aproximadamente 5cm no bloco 
onde será feito o graute e limpar a superfície, retirando excesso de argamassa de 
assentamento e aplicando água para uma boa aderência do graute, conforme Figura13. 
Sabe-se, logicamente, que na alvenaria estrutural não se pode, de forma 
alguma, danificar ou abrir buracos nos blocos, mas este é um ponto especial onde o 
próprio graute enrijece no ponto onde foi cortada a alvenaria. 
 
Figura 13 – Nicho no bloco, ABCP, 2003. 
Nas demais fiadas deve-se tomar sempre o cuidado com nível, esquadros e 
principalmente prumo, para que se mantenha rígido e na sua forma projetada. Assim, 
tem-se que contar com a ajuda de réguas e níveis, podendo ser nível de bolha, mangueira 
de nível, nível a laser, não importa, o importante é garantir a integridade da qualidade 
dos serviços (Figura 14). 
Os cantos e encontros de paredes também merecem atenção especial, pois são 
pontos onde são grauteados e são lugares onde se encontram duas, três ou quatro rumos 
de parede, e com isso elas têm que se encontrar e encaixar uma na outra, de acordo com 
a modulação proposta. O mais recomendado é usar o escantilhão para a garantia de 
prumo, alinhamento e nível da alvenaria a ser executada (Figura 15). 
 
 
Figura 14 – Assentamento de bloco, ABCP, 2003. 
 
Figura 15 – Escantilhão, ABCP, 2003. 
A argamassa de assentamento pode ser aplicada de duas formas, uma apenas 
no sentido longitudinal do bloco e a outra no sentido longitudinal e transversal do bloco. 
Segundo fontes da ABCP, estudos feitos anteriormente indicam que existe uma redução 
de 20% na resistência à compressão de uma parede assentada apenas com argamassa 
no sentido longitudinal comparado a uma parede assentada com argamassa nos dois 
sentidos, longitudinal e transversal. 
Um elemento que faz parte da responsabilidade de manter o prisma rígido e 
com estabilidade além do graute são as canaletas “U” (Figura 18) que servem de cintas 
geralmente nos respaldos e servem de vergas e contravergas para portas e janelas. 
Quando usadas como vergas e contra-vergas elas têm a função de, além de evitar as 
trincas diagonais em volta das esquadrias, a de enrijecer a estrutura do prisma, pois onde 
há esquadrias não há área de alvenaria, ficando um ponto sem estrutura. 
Existe, também, a canaleta “J” (Figura 19) que serve para ancorar a cinta de 
respaldo da parede com a laje. 
 
 
Figura 18 – Canaleta, ABCP, 2003. 
 
Figura 19 – Canaleta “J”, http://www.geocities.com/valepavi/blocos.htm - S/D 
Para executar o grauteamento deve-se tomar alguns cuidados, como dito 
anteriormente, isto é, deve-se abrir um nicho no bloco da primeira fiada para limpeza 
da área aderente, e, também, um cuidado especial com a argamassa de assentamento 
para que esta não se misture com dois tipos de material diferentes. A célula onde será 
grauteada tem que estar limpa e livre de qualquer coisa que possa ocupar o lugar do 
graute (Figura 20). Esta limpeza é recomendada a ser feita no máximo a cada 6 fiadas, 
para conseguir ter acessoà sujeira. 
 
 
Figura 20 – Excesso de argamassa, ABCP, 2003. 
Feita a limpeza, o graute é colocado no interior da célula com a ajuda de um 
funil para evitar desperdícios e que algum material externo se misture (Figura 21). 
 
 
 
 
 
Figura 21 – 
Graute, ABCP, 2003. 
Para todos os procedimentos de execução e controle de obras em alvenaria 
estrutural de blocos vazados de concreto existe a norma brasileira NBR 8798, Rio de 
Janeiro, 1985. 
Não são suficientes ótimos projetos, materiais 
 excelentes, equipamentos e tecnologias de ultima geração se não haver mão de 
obra especializada. 
Por isso há um cuidado especial à ser tomado com relação à mão de obra, por 
exemplo uma equipe que está acostumada à construir obras no sistema convencional 
com vigas e pilares, certamente não é a equipe ideal para fazer alvenaria estrutural, a 
não ser que ela passe por um treinamento que deixe-a preparada e com toda experiência 
necessária para execução de alvenaria estrutural com seus detalhes e particularidades. 
Geralmente as equipes que se especializam em alvenaria estrutural são as 
equipes que sempre trabalharam com alvenaria seja estrutural ou vedação, os 
tradicionais “bloqueiros”, eles tem mais facilidade no aprendizado do sistema, pois o 
ritmo de trabalho é familiar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5. MATERIAIS 
 
5.1 Blocos 
Alvenaria estrutural é um assunto muito amplo, pois qualquer objeto que for 
usado com argamassa de assentamento, fazendo a ligação entre mais peças seja qual for 
o material e formando uma estrutura prismática, pode-se dizer que é uma alvenaria 
estrutural. 
Portanto existem diversos tipos de materiais para ser usado em formato de 
bloco como o bloco cerâmico, o bloco de sílico-calcário, bloco de concreto celular e o 
de cimento que é o foco deste trabalho. Segue, assim, algumas informações sobre o 
bloco de cimento. 
Os materiais empregados para a fabricação dos blocos de cimento consistem 
em cimento Portland, agregados e água. As proporções e traços são em função da 
resistência esperada. 
Absorção de água é outro fator considerável, pois o bloco não pode absorver 
muita água tomando a água da argamassa de assentamento. Ao mesmo tempo não pode 
ser impermeável por motivo de aderência da 
argamassa ao bloco, portanto tem que existir um bom equilíbrio na absorção de água. 
As medidas dos blocos devem, usualmente, ser múltiplas para facilidade de 
modulação; por isso, os blocos de concreto são divididos em duas famílias, a família 39 e 
a família 29. 
A família 39 possui dimensão em módulo de 20cm diferente da largura que é de 
15cm, por isso precisa-se de blocos com a finalidade de modular estas medidas, o de 
14x19x34 (Figura 22) usado nos cantos e o 14x19x54 
(figura 23) usado nos encontros de parede em “T”. Tem-se o 14x19x39 (figura 24) que é 
o mais utilizado nos comprimentos das paredes e o meio bloco desta medida que é o 
14x19x19 (Figura 25), muito usado em vãos de portas e janelas, onde a armação da 
alvenaria precisa terminar em prumo. 
 
 
Figura 22 – Bloco 14x19x34, ABCP, 2003 
 
 
Figura 24 – Bloco 14x19x39, ABCP, 2003 
Conforme ABCP (2003), a família 29 ainda não apresenta dimensões 
padronizadas de norma de blocos estruturais, consta apenas como vedação, por isso 
existe no mercado na forma de bloco de vedação, e possui dimensão em módulo de 15 
cm o que facilita, pois é a mesma medida de sua largura. 
Existe o bloco de 14x19x29 (Figura 26) que é o mais utilizado nos 
comprimentos das paredes, o meio bloco desta medida é o 14x19x19 (Figura 27), muito 
usado em vãos de portas e janelas, onde a amarração da alvenaria precisa terminar em 
prumo, e o 14x19x44 (Figura 28) usado nos encontros de parede em “T”. 
 
 
Figura 26 – Bloco 14x19x29, ABCP, 2003. Figura 27 – Bloco 14x19x19, 
ABCP, 2003. 
 
 
Figura 28 – Bloco 14x19x44, ABCP, 2003. 
As características como resistência à compressão, dimensões dos blocos, 
espessura mínima das paredes estão especificadas na norma brasileira NBR 6136 
(ABNT, 1994) e NBR 7184 (ABNT, 1992). 
5.2 Argamassa de assentamento 
Um item muito importante do sistema é a argamassa de assentamento, pois ela 
tem a responsabilidade de distribuir toda a carga para os blocos que nela estão ligados, 
ou seja, pode-se assimilar a ela uma solda de uma estrutura metálica, pois há um 
componente estrutural (bloco) em cima e outro embaixo. Por isso, ela se torna a emenda 
entre os componentes, tendo, assim, que suportar a carga solicitada e unir os 
componentes do prisma. 
A resistência da argamassa geralmente é de 70% a 100% da resistência do 
próprio bloco. Se a resistência da argamassa é aumentada, não se aumenta a 
resistência da parede em geral, portanto ela pode ser usada nesse percentual de 
resistência. 
O que deve ser muito bem observado são as espessuras das juntas, a medida 
ideal para ela é de 1cm, podendo se ter problemas com juntas menores e juntas maiores. 
Se a junta for menor que 1cm corre-se o risco da face de um bloco encostar na outra, 
concentrando tensões que prejudicam a resistência da parede, e se a junta passar de 1cm, 
a resistência da parede diminui. Portanto deve-se controlar essa junta horizontal com 
1cm, e respeitar sempre a resistência da argamassa de assentamento exigida pelo 
calculista da estrutura. 
A norma americana classifica 4 tipos de argamassa mista, M, S, N e O: 
Argamassa tipo M: usada em alvenaria em contato com o solo, como fundações, 
muros de arrimo etc. Possui alta resistência à compressão e excelente durabilidade. 
Argamassa tipo S: usada em alvenaria sujeita a esforços de flexão. Tem boa 
resistência à compressão e à tração quando confinada entre as unidades. 
Argamassa tipo N: usada para uso geral em alvenarias expostas, sem contato com 
o solo. Tem média resistência à compressão e boa durabilidade. 
Argamassa tipo O: pode ser usada em alvenaria de unidades maciças onde a 
tensão de compressão não ultrapasse 0.70 MPa e não esteja exposta em meio agressivo. 
Apresenta baixa resistência à compressão e conveniente para o uso em paredes de interior 
em geral. 
5.3 Graute 
O graute é um concreto com agregados miúdos e alta plasticidade e com o 
slump necessário para preencher os vazios e se acomodar nos vãos, designados no 
sistema de alvenaria estrutural. 
Eles são usados no interior da célula dos blocos, aumentando, assim, a área da 
seção do bloco dando mais resistência para o ponto da alvenaria que está 
grauteado, aumentando a resistência de sobrecarga em tal ponto. 
Para que isso aconteça, é necessário um concreto com uma boa 
trabalhabilidade, pois quase sempre as condições de lançamento não são boas e as 
armaduras internas também não ajudam, por isso o cuidado tem que se redobrado. 
Com isso o resultado pretendido é de uma peça integra e com os quatro itens 
muito bem integrados, o bloco, a argamassa de assentamento, o aço e o graute, para se 
obter uma peça uniforme e com boa resistência. 
5.4 Armaduras 
Apesar do sistema não ser em concreto armado, existem pontos na alvenaria 
estrutural onde necessita aço, como, por exemplo, nas vergas e contra-vergas. Elas são 
nada mais que peças como vigas que sofrem solicitações de cargas de compressão e de 
tração. Com isso, o aço tem boas características para suprir tração e é usado para este 
fim. 
Usa-se aço também no graute para estruturar e dar características mais 
resistentes ao ponto em vigor. 
Logicamente, casos especiais precisam ser estudados mais profundamente, 
como um longo vãoou uma parede onde terá esforço lateral como um muro de arrimo 
de alvenaria estrutural. Estes são casos à parte onde com certeza é necessária a armação 
desta estrutura. 
5.5 Tela Metálica e Grampo 
Em algumas situações de projeto ou mesmo de alteração do próprio projeto, 
não se consegue ter amarração na alvenaria com a modulação e suas medidas múltiplas 
perfeitas. Há ocasiões, também, onde se precisa unir alvenaria de vedação com 
alvenaria estrutural. Nestes casos, usa-se a tela metálica ou grampo. 
Muito importante ressaltar que quando se adota estes procedimentos fica 
totalmente descartada a possibilidade de aproveitar o efeito de uniformização de 
distribuição de cargas verticais ou horizontais, usando a tela ou o grampo como união 
de alvenarias. 
O grampo também é muito utilizado em paredes duplas onde existem grandes 
cargas atuando lateralmente na parede, fazendo, desta forma, com que as duas peças de 
alvenaria se integrem tentando formar uma seção maior, o mais uniforme possível 
(Figura 37). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6. CONSIDERAÇÕES GERAIS PARA PROGNÓSTICOS DE CUSTO 
 
Após a realização dos projetos, é possível elaborar o orçamento da obra, 
indicando os quantitativos e os custos de todos os serviços que a compõem. Tais 
quantidades serão verificadas durante a obra, gerando informações que retroalimentem o 
planejamento de custos de um novo empreendimento. (Kato, 2013) 
Atualmente, taxas de atratividade de investimento estão cada vez mais justas, 
sendo assim, qualquer redução de custo ajuda no aumento da taxa de retorno. Através da 
análise do orçamento, é possível afirmar que em obras de padrão mais baixo, nos quais os 
custos com acabamentos e esquadrias são menores, o percentual de economia da alvenaria 
estrutural em relação ao concreto armado será ainda maior. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7. VISITA TÉCNICA 
 
Foi realizado no condomínio “Reserva do Buriti” localizado na Avenida 
Vitória no setor Jardim Atlântico, Goiânia-GO, a obra esta sendo realizado pela 
Construtora Vega e é constituído por duas torres de 10 pavimentos sendo 8 (oito) 
apartamentos por andar, salão de festa, quadra e academia dentre outros. 
 
 
O método construtivo utilizado foi misto (Alvenaria Estrutural e Concreto 
Armado) sendo concreto armado subsolo e térreo, e alvenaria estrutural a partir do 1ª 
andar. 
No projeto de alvenaria estrutural a mão-de-obra precisa ser qualificada 
aumentando o custo, pois o projeto é diferenciado do projeto comum. Nesta foi necessário 
a ajuda do SENAI para o treinamento dos funcionários devido a falta de mão-de-obra 
qualificado no setor. No projeto e apresentado cores diferentes, identificando a família de 
blocos, neste projeto foi utilizado 4 (quatro) famílias de blocos, dentre elas podemos citar: 
14x4x19, 14x14x19, 14x19x19, 14x29x19, 14x34x19, 14x39x19, 14x54x19. 
 
 
 
 
A montagem desses blocos devem seguir exatamente os vãos dos blocos, pois 
nestes vãos são colocados as ferragens e o graut (esse procedimento é feito ate 1,4m de 
parede, depois finaliza a parede e refaz o procedimento), que são feitos nos cantos e ao 
lado de janelas e portas. 
Por ser uma estrutura muito rígida a necessidade de construir junta de dilatação 
(de 2 cm) de um apartamento para o outro, preenchendo com silicone estrutural. 
 
 
 
 
 
Algumas dos benefícios desse tipo de obra e a redução de mão-de-obra, tempo, 
maior qualidade da construção, redução de resíduos e redução de matéria prima (cimento). 
Na construção a resistência dos blocos são superiores ao convencional, sendo que o 
convencional é de 2,5 à 3 MPA, e bloco estrutural varia de 10 à 25 MPA. 
A alvenaria estrutural não cruza com a alvenaria de vedação é necessário o uso 
de telas ou grampos. 
 
 
 
 
 
Em relação a sustentabilidade na alvenaria estrutural pode reutilizar os materiais 
bons diminuindo os desperdiço e o acumulo de lixo, é reutilizado para construção de 
blocos de vedação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8. REFERÊNCIAS 
 
1- ANDOLFATO, R.P. Estudo teórico e experimental da interação de 
paredes em edifícios de alvenaria estrutural. Dissertação (mestrado) – Escola de 
Engenharia de São Carlos, Universidade de São Paulo, 2006. 
2- ARAÙJO, J.M de. Projeto estrutural de edifício de concreto armado. 
Dunas, 3ª Ed. 306 p., 2014. 
3- ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR-6118: 
Projeto de Estruturas de concreto. Rio de Janeiro, 2014. 
4- ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR-15961: 
Alvenaria estrutural - blocos de concreto parte 1 e 2. Rio de Janeiro, 2014. 
5- ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR-6136: Bloco 
vazado de concreto simples para alvenaria estrutural. Rio de Janeiro, 1994 
6- ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR-5739: 
Ensaio de compressão de corpos de prova cilíndricos. Rio de Janeiro, 2007. 
7- ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR-12118: 
Bloco vazado de concreto simples para alvenaria estrutural. Rio de Janeiro, 2010. 
8- ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR-13279: 
Argamassa para assentamento de paredes e revestimento de paredes e tetos determinação 
da resistência a compressão. Rio de Janeiro, 1995. 
9- BARBOSA, A.K.S. Execução e controle de alvenaria estrutural em blocos de 
concreto segundo nova normalização brasileira. Trabalho de conclusão de curso – 
UFSC, São Carlos, 2011. 
 
10- BUTLLER, A.M. Uso de Agregados Reciclados de Concreto em blocos de 
Alvenaria Estrutural. Tese (doutorado em Engenharia de Estruturas) – escola de 
Engenharia de São Carlos, Universidade de São Paulo, 2007. 
11- GIONGO, J.S. Concreto armado: Projeto Estrutural de Edifícios. Trabalho de 
Conclusão de Curso - Escola de Engenharia de São Carlos, Universidade de São 
Paulo, 2007. 
12- GOIANIA. PREFEITURA MUNICIPAL DE GOIANIA. CÓDIGO DE OBRAS 
E EDIFICAÇÕES. 2008. 
13- IZQUIERDO, O.S. Estudo da interface bloco/graute em elementos de alvenaria 
estrutural. Tese (doutorado em Engenharia de Estruturas) – Escola de Engenharia 
de São Carlos, Universidade de São Paulo, 2015. 
14- KATO, C.S. Método para estimar custos diretos da execução de edifícios: 
aplicação a alvenaria estrutural. Dissertação (mestrado) – Escola Politécnica, 
Universidade de São Paulo, 2013. 
15- MAMEDE, F.C. Utilização de pré-moldados em edifícios de alvenaria estrutural. 
Dissertação (mestrado) – Escola de Engenharia de São Carlos, Universidade de 
São Paulo, 2001. 
16- OLIVEIRA, L.M.F. Estudo Teórico e experimental do comportamento das 
interfaces verticais de paredes interconectadas de alvenaria estrutural. Tese 
(doutorado em Engenharia de Estruturas) – escola de Engenharia de São Carlos, 
Universidade de São Paulo, 2014. 
17- SILVA, F.B. Planejamento de processos de construção para a produção 
industrializada de edifícios habitacionais: proposta de um modelo. Dissertação 
(mestrado) – Escola Politécnica, Universidade de São Paulo, 2012. 
 
CONCLUSÃO 
O Sistema Construtivo de Alvenaria Estrutural é muito utilizado, atualmente, 
comparado ao de estrutura convencional de concreto armado com alvenaria de vedação 
como o sistema de vigas e pilares em concreto préfabricado e a estrutura de madeira, 
estrutura metálica etc. Este sistema é muito interessante quanto ao ponto de vista 
econômico quando bem projetado e bem executado. Para isso, estive visitando o 
canteiro de obras da 
Construtora Veja, com 25 anos de experiência, o nome da obra é Reserva do 
Buriti, serão duas torres de 10 pavimentos, oito apartamentospor andar. Muitos 
empreendedores adotam o sistema, visando uma obra prática, rápida e principalmente 
econômica, com bom resultado final, custo baixo e boa qualidade do produto. 
Através da pesquisa realizada e visita ao canteiro de obra da 
Construtora Vega, na cidade de Aparecida de Goiânia, do empreendimento Reserva 
Buriti, pode-se dizer que o sistema de alvenaria estrutural é um sistema de simples 
execução, porém para um empreendimento bem sucedido 
O fruto de um empreendimento onde são respeitados estes itens será, sem 
dúvida, uma obra racionalizada com menos perdas de materiais e mãode-obra e, 
consequentemente, menos custo. 
Esse sistema apresenta alguns obstáculos e pequenas limitações, mas que são 
supridos com bons profissionais, atuando com projetos inteligentes e estratégicos. 
Por ser um sistema racionalizado e de alto nível de industrialização, respeitando 
os projetos na obra não haverá desperdício de materiais, por exemplo, os blocos não 
podem ser quebrados, a argamassa geralmente vem pronta não havendo desperdício e 
sobras de areia, cimento, etc. a quantidade à ser usada de argamassa e graute é limitada, 
o graute deve ser colocado com funil e deve ficar confinado dentro da célula do bloco 
não havendo por onde vazar ou perder material. 
A consequência disso é uma obra econômica e que reduz bastante o custo para 
o empreendedor. 
Com isso, pose-se concluir que a metodologia da alvenaria estrutural, quando 
usada de forma correta com integração total entre as partes envolvidas e, respeitando 
suas restrições é um método bastante ágil, limpo e lucrativo de se construir.

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