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1 1 Marcha Elcimar Reis 2 Marcha: • Caminhar é mover-se de um lugar para outro com os pés, e marcha é o estilo ou a maneira de caminhar. Cada pessoa tem um estilo único e este estilo pode mudar ligeiramente com a disposição. • Algumas pessoas têm um padrão de caminhar tão único que podem ser identificadas de longe antes mesmo que se possa ver seus rostos claramente. Apesar dos numerosos e diferentes estilos, os componentes da marcha normal são os mesmos. 3 Fases da Marcha: Apoio 1.Calcâneo no solo; 2.Aplanamento do pé; 3.Impulsão do calcâneo; 4.Impulso. 4 Fases da Marcha: Oscilação 1.Fase inicial (aceleração); 2.Fase média (oscilação intermediária); 3.Fase final (desaceleração). 5 Marcha Normal: 6 Análise da Marcha: Padrão Normal – Vista Lateral • Membro Inferior Direito 1.MSD adiante da linha média do corpo c/ o cotovelo parcialmente fletido, MSE p/ trás e c/ o cotovelo estendido; 2.Pelve em rotação anterior; 3.Joelho ligeiramente fletido; 4.Tornozelo em flexão plantar; 5.Artelhos em hiperextensão ao nível da Art. Metatarsofalangeana. 7 Análise da Marcha: Padrão Normal – Vista Lateral • Membro Inferior Direito 1.MMSS perto da linha média do corpo; 2.Pelve em rotação anterior muito ligeira; 3.Quadril e joelho fletidos; 4.Pé em ângulo reto com a perna. 8 Análise da Marcha: 2 Padrão Normal – Vista Lateral • Membro Inferior Direito 1. Cabeça e tronco verticais – (O MSD fica atrás da linha média do corpo e c/ o cotovelo estendido; o MSE fica adiante, c/ o cotovelo parcialmente fletido); 2. Pelve em ligeira rotação anterior; 3. Joelho direito estendido; 4. Pé direito aproximadamente em ângulo reto c/ a perna. 9 Análise da Marcha: Padrão Normal – Vista Lateral • Membro Inferior Direito 1.Cabeça e tronco verticais - (MMSS perto da linha média. Cotovelos parcialmente fletidos); 2.Pelve em rotação anterior muito ligeira; 3.Joelho direito em ligeira flexão. 4.Tornozelo direito em ligeira dorsiflexão. 10 Vista Lateral da Marcha Normal: 11 Vista Posterior da Marcha Normal: 12 Vista Lateral da Marcha Normal – Subindo Escada: 13 Vistas das Fases da Marcha: 14 Antropometria: 15 Análise da Marcha: Considerações 1.Extensão da Base – não deve exceder de 5 a 10 cm de um calcâneo a outro. Se o pcte deambula ampliando a base suspeita-se de patologia. Em geral, os pctes ampliam a base de sustentação quando se sentem tontos ou inseguros. Talvez por cerebelopatias ou por diminuição da sensibilidade plantar. 2.Centro de Gravidade – situa-se cerca de 5 cm à frente da 2a vértebra sacra. Na deambulação normal. O centro de gravidade não varia além de 5 cm em direção vertical. 16 O controle da oscilação vertical mantém o padrão uniforme da marcha enquanto o corpo avança. O aumento da movimentação vertical pode ser indicativo de patologia. 3. Joelho deverá permanecer fletido durante todos os componentes da fase de acomodação de posição. Exceto durante o componente de apoio do calcâneo. Com isso impede o excessivo deslocamento vertical do centro de gravidade. (ex., ao ser dado o impulso p/ o próximo passo, o tornozelo, c/ 200 de flexão, tende a elevar o centro de gravidade e neste instante, o joelho flete cerca de 400 p/ contrabalançar). Os indivíduos cujos joelhos estejam fixos em extensão poderão ser 3 17 incapazes de contrabalançar o excesso de movimentação do tornozelo, perdendo a iniformidade da marcha. 4. A pelve e o tronco desviam-se lateralmente cerca de 2 cm do lado que sustentará o peso do corpo durante aquele passo, de modo a centralizar o peso do quadril. Na presença de hipotonia do músculo glúteo médio, este desvio lateral do tronco esta consideravelmente acentuado. 5. Comprimento de um passo – é de aproximadamente 40 cm. Em presença de dor, na idade avançada, fadiga ou nas patologias intrínsecas do membro inferior, o comprimento do passo poderá diminuir. 18 6. A média dos adultos deambularem em um ritmo normal, é de aproximadamente 90-120 passos por minuto – sendo que o dispêndio de energia é de cerca de 100 calorias por 1,5 km. As alterações na uniformidade de coordenação da marcha reduzem a eficácia e aumentam o consumo de energia. Na velhice, na fadiga ou em estados dolorosos, o número de passos por minuto diminui. Se a superfície por onde o indivíduo estiver andando for escorregadia e a marcha insegura, o número de passos por minuto também diminui. 19 7. Durante a fase de oscilação, a pelve roda 400 a frente – enquanto que a articulação do quadril da extremidade oposta (que se mantém em posição de acomodação), atua como o fulcro da rotação da articulação do quadril quando a mesma se encontra rígida ou dolorosa. 20 Plataforma de Força: • É capaz de avaliar o passo de cada pé através da força nela aplicada, indicando se há ou não algum tipo de compensação na passada. 21 Esquema Anátomo-Funcional da Marcha Normal: 22 Análise da Marcha: Músculos • 1. Dorsiflexores: (Músculos Tibial Anterior, Extensor Longo do Hállux e Extensor Longo dos Dedos) - Demonstram pequena atividade durante a fase da oscilação, impedindo que a parte frontal do pé raspe no solo. Após a fase calcâneo-solo, é necessário uma ativação importante p/ evitar que a parte frontal do pé caia bruscamente. 23 2.Plantiflexores: (Músculos Tríceps Sural, Fibular Longo,Fibular Curto, Flexor Longo do Hállux, Flexor Longo dos Dedos e Tibial Posterior) – Tem função importante na fase de impulsão. Simultaneamente ocorre uma semi-flexão de joelho e quadril. 3. Quadríceps: (Vastos Lateral, Intermédio e Medial e, Reto Femoral) - Atua na 4 fase de contato do calcâneo e coincide com a sustentação de peso sobre o joelho levemente fletido durante a dupla ação do joelho. 24 4. Isquiotibiais: (Semitendíneo, Semimembranáceo e Bíceps Femoral) - Tem importante função no final da fase de oscilação, por ser o grupamento responsável pela desaceleração da perna para que ocorra a fase de apoio. Obs.: o quadríceps e os ísquios agem como sinergistas em sua tarefa de controlar o joelho e estender o quadril, respectivamente. 5. Glúteo Máximo: Demonstra um pico de atividade no início da fase de apoio, uma vez em que o peso corpóreo transfere-se para o pé que está a frente. 25 6. Abdutores do Quadril: (músculos Glúteo Máximo, Glúteo Médio, Glúteo Mínimo e Tensor da Fáscia Lata) - Estabilizam a pelve, intensificando sua função após o contato do calcâneo, demonstrando um pico de atividade durante o início da fase de apoio, no momento em que o impacto do peso corporal deve ser impedido de abaixar a pelve do lado oposto. 7. Adutores do Quadril: (músculos Pectíneo, Adutor Curto, Adutor Longo, Adutor Magno e Grácil) - Apresentam, dois picos de atividade, um no inicio e outro no final da fase de apoio 26 8. Eretores da Coluna: (Músculos Espinha, Longo do Tórax e Íliocostal) - Após o contato do calcâneo do lado direito, os eretores da coluna do lado direito apresentam seu primeiro pico de atividade, após o contato do calcâneo do lado esquerdo, os eretores da coluna do lado direito apresentam seu segundo pico. Os músculos dos dois lados suportam a coluna vertebral após o calcâneo-solo, quando o movimento anterior excessivo do tronco deve ser impedido. 27 Eletromiografia: • Exame que de forma similar ao isocinético, indica o grau de força de uma determinada musculatura ou grupamento. 28 Marcha Normal: • Pode ser definida como um movimento para frente do corpo ereto, utilizando as extremidades dos MMII para propulsão, havendo um mínimo gasto energético, não apresentando também nenhum tipo de compensação. • isto é traduzido mecanicamente pelos deslocamentos verticais mínimos do centro de gravidade, associados a um equilíbrio estável do metabolismo oxidativo muscular. 29 5 • A velocidade da marcha espontaneamente escolhida representa uma característica fisiológicade cada indivíduo. • Ela corresponde ao equilíbrio ideal entre os processos dinâmicos musculares e os componentes de resistência ou inerciais do movimento. 30 Marcha Senil: • O gasto energético diminui com o envelhecimento, em razão da diminuição da velocidade. A natureza do solo interfere igualmente, por exemplo, com um gasto energético que pode ser mais do que o dobro durante a marcha sobre um terreno arenoso. • A marcha sobre um terreno elevado acarreta igualmente um aumento de gasto energético, acontecendo o mesmo para a marcha sobre um solo móvel. 31 Marcha Patológica: Algum dos sentidos (audição, visão e propriocepção) apresenta algum déficit, portanto pode-se afirmar que havendo um comprometimento de qualquer um desses sentidos, automaticamente comprometer-se-ão as fases da marcha. Sem contar que o gasto energético será aumentado. 32 Marcha Cerebelar: • É observada com mais freqüência em pacientes com esclerose múltipla e tumores cerebelares, principalmente aqueles que afetam desproporcionalmente o SNC, causando assim um AVC. Muitos pacientes com marcha cerebelar em particular do tipo agudo, mostram reflexos patelares pendulares de hipotonia dos membros inferiores. 33 Marcha da Ataxia Sensorial: • A ataxia é um comprometimento da posição articular ou senso cinestésico muscular devido à interrupção de fibras nervosas aferentes nos nervos periféricos. • O movimento brusco das pernas e o posicionamento dos pés são característicos nessa marcha • O corpo é ligeiramente fletido, a maioria dos pacientes com ataxia grave faz o uso de bengala. 34 Marcha Eqüina ou de Passos Altos: • Provocada pela paralisia dos músculos tibiais e fibulares, não permitindo assim a dorsiflexão e a eversão do pé. 35 Marcha Hemiplégica: • È aquela em que apenas um hemicorpo é afetado, acometendo principalmente um dos MMII. 6 36 Marcha Paraplégica: • A marcha paraparética ou paraplégica espástica é, na verdade, uma marcha bilateral, restrita apenas aos membros inferiores, com rigidez dos mesmos, apresentando uma rigidez em nível de quadril e joelho. • È conhecida também como “a marcha em tesoura”. 37 Marcha Festinada: • Nesta marcha o paciente parece estar “tombando” a todo instante, é onde mais freqüentemente acomete os Parkinsonianos. O indivíduo “corre” atrás do seu centro de equilíbrio corpóreo.
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