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Marcha Humana
 A marcha é considerada um dos tipos de locomoção bípede com uma atividade alternada dos membros inferiores, mantendo um equilíbrio dinâmico.
Para analisarmos um padrão de marcha, ou seja, o deambular (andar), e diagnosticar possíveis alterações patológicas é essencial que entendamos como o ser humano executa os movimentos.
Um dos principais objetivos do fisioterapeuta é ajudar os pacientes a atingirem o máximo de independência funcional, respeitando sempre os limites das incapacidades específicas de cada um. É por isso que a meta de muitos tratamentos fisioterapêuticos consiste em restaurar ou melhorar a marcha do paciente.
Mas o que é de fato caracterizado como marcha humana?
Fonte: A marcha é considerada uma sequência de movimentos repetitivos dos membros inferiores, que se deslocam para a frente enquanto, ao mesmo tempo, mantêm a estabilidade no apoio e o equilíbrio do corpo.
A marcha depende de uma interação dinâmica entre as forças externas e o sistema motor, ou seja, os movimentos ocorrem de forma coordenada e interagem com as forças externas, como a inércia e a gravidade.
 Análise do padrão da marcha:
Como já vimos, a análise da marcha tem fundamental relevância não só no tratamento de algumas patologias que podem comprometer o aparelho locomotor como também no estudo científico, fornecendo registros que poderão contribuir para:
1
Compreendermos a fisiopatologia do paciente;
2
Direcionarmos o paciente para o tratamento fisioterapêutico mais adequado;
3
Auxiliar na prescrição adequada do uso de próteses, órteses ou dispositivos auxiliares da marcha, como as muletas;
4
Fornece métodos comparativos antes e após o tratamento fisioterapêutico;
5
Auxiliar na orientação para um melhor rendimento físico de atletas;
6
Executarmos a melhor abordagem fisioterapêutica tanto no pré quanto no pós-cirúrgico.
A análise da marcha é feita pela observação qualitativa, sendo possível verificar o padrão da marcha de cada indivíduo. Dessa forma, o fisioterapeuta será capaz de estudar melhor:
1. Velocidade do Pandar ou cadência:
 Corresponde ao número de passos dados por minuto em uma determinada distância percorrida;
2. Comprimento do passo:
a distância entre o toque do calcanhar de uma perna e o toque da perna 
contralateral;
3. Comprimento da passada:
Corresponde à distância entre o toque do calcanhar de um membro e o toque subsequente, ou seja, uma passada corresponde a dois passos (equivale a um ciclo da marcha);
4. Largura do passo:
É determinada pela distância entre a linha média de um pé e a linha média do outro pé.
5. Período de suporte simples:
Ocorre quando apenas um pé está em contato com o solo. Existem dois períodos de suporte simples, um ocorre quando apenas um dos pés está no chão e o outro ocorre quando o outro pé já estão suportando o peso no solo;
6. Período de suporte duplo:
Acontece entre a retirada do calcanhar e a retirada do hálux de um membro, ou seja, quando ambos os pés estão em contato com o solo. Podemos considerar o período de suporte duplo como aquele que se refere aos dois intervalos num ciclo da marcha, em que o peso do corpo está sendo transferido de um pé para o outro e tanto o pé direito quanto o esquerdo estão em apoio no solo ao mesmo tempo
· Recursos são utilizados para analisar de forma mais precisa a marcha humana:
Podograma
é a impressão gráfica da planta dos pés sobre um papel que irá permitir conhecermos o comprimento do passo, da passada e a largura do passo, tanto de forma estática quanto dinâmica, auxiliando no diagnóstico cinético-funcional do paciente.
Eletrogoniômetros
são eletrodos acoplados às articulações para verificar a amplitude articular durante os movimentos realizados na marcha.
 Ciclo da marcha:
Cada marcha humana possui um ciclo que pode ser compreendido como a movimentação que ocorre entre o período do toque do calcanhar de um dos pés no chão até o toque do mesmo calcanhar mais adiante. Para ser mais bem compreendido, o ciclo da marcha humana foi dividido em duas fases distintas: Fase de Apoio, com os pés no chão; e Fase de Balanço, em que um dos pés está fora do chão.
Fase de apoio
O pé está em contato com o solo. Começa com o toque de um calcâneo de um pé e termina quando esse mesmo pé deixa o chão, o que corresponde a 60% do ciclo da marcha, permitindo que o membro inferior suporte o peso de todo o corpo.
Fase do balanço ou oscilação
É a fase da marcha em que um dos pés não se encontra em contato com o solo. Começa tão logo o pé deixe o chão e termina quando o calcanhar toca o chão. Essa fase constitui 40% da marcha e pode ser dividida em três subfases.
Marcha normal:
Para que ocorra uma marcha normal é necessário que tenhamos:
1
Alinhamento
Todos nós devemos andar com os ombros e a pelve niveladas, com o andar sempre para a frente e nunca para o chão;
2
Movimentos grosseiros
Ao andarmos, os membros superiores devem oscilar de forma recíproca com a mesma velocidade e amplitude. É necessário dissociar a cintura pélvica da escapular, sendo necessário que os membros superiores estejam fazendo um movimento contrário ao dos membros inferiores.
 OBS: O tipo de calçado usado na nossa marcha é considerado importante em relação ao alinhamento postural do pé nos oferecendo proteção e suporte. Precisamos de um sapato confortável, que se ajuste bem ao nosso pé, que possua um bom amortecimento de impactos, e que proporcione estabilidade para proteger os membros de traumas devido às repetidas batidas do calcanhar no solo. Os calçados precisam estar em bom estado e qualquer tipo de desgaste lateralmente ou medialmente no salto ou na sola deverá ser reparado para manter a estabilidade e devolver assim o alinhamento corporal ideal
Marcha patológica:
Marcha parkinsoniana – chamada de marcha petit pass (passos pequenos), faz uma leve flexão de ombro e de tronco, arrasta os pés e, quanto mais fletido o tronco, mais rápido irá andar parecendo que corre atrás do próprio centro de gravidade. O paciente anda em bloco, de forma rígida e sem movimentos automáticos dos braços. 
Marcha parética ou escarvante (marcha do soldado) – é uma marcha que surge a partir de lesões de nervos periféricos, polineurites e poliomielites (paralisia infantil). Desenvolve pé caído, ou seja, uma fraqueza para realizar o movimento de dorso flexão do tornozelo, havendo tendência de o pé prender ou arrastar no chão. Com isso, o paciente tenta compensar o movimento elevando os joelhos.
Marcha ceifante, helicoidal ou hemiplégica (espástica) – ao andar o paciente mantém um dos membros superiores fletido em 90° no cotovelo e em adução, e a mão fechada em leve pronação. O membro inferior do mesmo lado é espástico e o joelho não flexiona. Devido a isso, a perna tem de ser arrastada pelo chão, descrevendo um semicírculo quando o paciente troca o passo. Ocorre como sequela de AVC, em que o paciente usa o músculo quadrado lombar para elevar a pelve, podendo assim oscilar a perna, com a presença de um pé equino.
Marcha tabética – característica da patologia Tabes Dorsalis, em que ocorre uma perda das informações sensoriais dos membros inferiores causada por alteração no corno posterior da medula, prejudicando principalmente a propriocepção. O paciente não tem sensibilidade e nem noção de profundidade do chão, andando com os calcanhares e com a base de apoio aumentada. Essa marcha foi descrita primeiramente em pacientes com neurossífilis.
Marcha vestibular – comum em pessoas que têm lesão no sistema vestibular ou no nível do labirinto. O paciente não consegue andar em uma linha reta e acaba caindo para o lado da lesão.
Marcha cerebelar ou ebriosa – ocorre em pacientes que sofrem de lesão no cerebelo. Ao caminhar, estes ziguezagueiam como um bêbado. Esse tipo de marcha possui uma incoordenação de movimentos em decorrência de lesões no cerebelo.
Marcha de Trendelemburg – fraqueza de glúteo médio ao ponto de não dar estabilidade à pelve, ou seja, ocorre a queda do quadril em flexão lateral homolateral à fase de apoio.
Marchade pato ou anserina – comum em crianças portadoras de Distrofia Muscular Progressiva tipo Duchene, em que há um aumento da lordose lombar e uma retropulsão dos ombros.

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