TRAJETÓRIA HIPOTÉTICA DE APRENDIZAGEM

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INTRODUÇÃO
Os professores na atualidade se deparam com diversas dificuldades para fazer com que os alunos atinjam o nível de conhecimento esperado pela idade e série frequentada e isso se torna preocupante, fazendo com que esses docentes busquem formas, diferentes maneiras, de que o aprendizado chegue até os educandos.
	A desmotivação pelos conteúdos é muitas vezes visível nos alunos, eles realmente se interessam e focam na aprendizagem quando a metodologia utilizada e o conteúdo ensino de alguma maneira os chamam a atenção, ou quando são desafiados e instigados a pensar.
	Nessa perspectiva torna-se necessário a importância dos profissionais da educação desenvolver métodos para que os alunos consigam atingir o conhecimentos científicos necessários. Esses métodos chamados de Trajetória Hipotética da Aprendizagem (THA) tornam-se o aliado dos educandos, e nesta troca de experiência e busca de diferentes metodologias é fundamental para cativar os educandos e melhorar o desempenho deles. 
	A THA desenvolvida juntamente com o uso da tecnologia digital atinge excelente êxito, pois a sociedade atual está interligada com o uso da informática, não tem nada que chame mais a atenção dos nossos alunos do que os aparelhos tecnológicos. E o professor deve fazer uso da tecnologia para trazer o foco do aluno para sua aula, e assim aumentar o nível do aprendizado ou até mesmo diminuir as dificuldades apresentadas por muitos, principalmente na área da matemática. 
O QUE É TRAJETÓRIA HIPOTÉTICA DE APRENDIZAGEM?
A Trajetória Hipotética de Aprendizagem (THA) foi concebida por Simon (1995), é a oportunidade dos professores produzirem projetos com metodologias diferenciadas, com base nas suas próprias ideias e intervenção de como o aprendizado pode ser alcançado atingindo os educandos. De acordo com Simon:
Eu uso o termo “trajetória hipotética de aprendizagem” para me referir a previsão do professor como um caminho pelo qual a aprendizagem pode ocorrer. É hipotético porque a trajetória real de aprendizagem não é conhecida previamente. Ela caracteriza uma tendência esperada. 
A aprendizagem individual dos estudantes ocorre de forma idiossincrática, embora frequentemente em caminhos similares. É assumido que uma aprendizagem individual tem alguma regularidade, que a sala de aula limita a atividade matemática frequentemente de formas previsíveis, e que muitos estudantes na mesma sala podem se beneficiar da mesma tarefa matemática. Uma trajetória hipotética de aprendizagem fornece ao professor uma análise racional para escolher um projeto instrucional particular; assim, eu tomo as minhas decisões baseado nas minhas melhores suposições de como a aprendizagem pode acontecer (SIMON, 1995, p. 135, tradução nossa).
	Diante da explicação do autor, percebe-se que a THA é a maneira pela qual o professor decide ensinar um determinado conteúdo a sua turma, buscando superar as dificuldade diagnosticadas por ele através de avaliações, dessa forma busca por atividades diferenciadas sanar a complexidade dos alunos em entender e aprender determinados conteúdos.
	Nesta Trajetória Hipotética de Aprendizagem há a necessidade de o professor ter um objetivo a ser alcançado perante seus alunos, criar um plano, projeto, de atividades a serem desenvolvidas, podendo incluir como, por exemplo, o uso das tecnologias digitais, e ter em mente a hipótese de como os alunos irão pensar e aprender diante da trajetória apresentada. 
	É necessário também que o docente inclua na THA alunos surdos, ou com outra deficiência presente em sala, o que já deve ser pensado no momento da elaboração, de forma que inclua a todos os alunos da classe. De acordo com o autor:
Os signos da língua dos sujeitos Surdos - Mudos possuem um caráter visual, independentemente da escrita e da oralidade. Esses possuem um “outro” modo de olhar, com percepções do mundo pautadas nesse caráter visual que difere do caráter da fala tendo a palavra como signo. O registro por e com a escrita do português pode ser realizada de forma mecânica sem “nada dizer” ao aluno Surdo-Mudo, mesmo que as anotações sejam feitas por ele. É sabido que muitos alunos não surdos mudos são exímios copistas sem que compreendam nada do que escrevem. As palavras para eles não possuem valor de signo. (Campello 2008, p. 135)
Diante disso o docente deve buscar meios de acordo com as necessidades dos alunos, e trabalhar com as características de aprendizagem de cada um, não deve também se conter em apenas uma Trajetória Hipotética de Aprendizagem para toda a classe e sim podendo desenvolver várias.
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TRAJETÓRIA HIPOTÉTICA DE APRENDIZAGEM NA MATEMÁTICA COM USO DAS TECNOLOGIAS DIGITAIS
A Trajetória Hipotética de Aprendizagem será para aplicar na disciplina de matemática, o conteúdo abordado é fração, para o 4º ano do ensino fundamental. A THA utilizará de tecnologias digitais, especificamente laboratório de informática. 
Diante do crescente uso da informática, é necessário o professor se adaptar e inserir o uso dessa tecnologia nas aulas, utilizando softwares educacionais.
	Na matemática a tecnologia permite uma compreensão do ensino de forma inovadora, chamando atenção dos alunos, e desmistificando que a matemática é difícil de ser aprendida, o uso de jogos é um ótimo aliado para o professor, de forma descontraída os educandos passam a gostar da aula, atingindo o aprendizado com mais facilidade e dinamismo.
	Então para maior êxito, essa Trajetória Hipotética de Aprendizagem será desenvolvida através de um jogo. Como dito anteriormente será destinado para o 4º ano, tendo como titilo o jogo “Menor, igual ou maior que um”. Podendo colaborar para a fixação da idéia de quanto uma fração é menor, igual ou maior que o número um. 
	No jogo proposto, que na realidade é uma atividade de aprendizagem através de uma aula descontraída, os alunos devem arrastar as frações para o quadro correspondente, e podem verificar eles mesmos os próprios acertos e erros. Exemplificado na figura abaixo:
Este é apenas uma sugestão de jogo, porém tem uma infinidade que cada professor pode selecionar de acordo com as características de cada turma. 
Nesta THA o objetivo é abordar o conteúdo das frações após serem ensinadas em sala de aula, para que possam fixar melhor, sabemos da grande dificuldade que os alunos apresentam quando se trata de frações.
Porém no momento que os educandos passam a imaginar que naquele momento da aula eles estarão brincando, facilmente o professor consegue introduzir o conteúdo para que a criança alcance êxito no jogo. É perceptível como aumenta o interesse e o esforço em aprender naquele momento.
Na atualidade temos muito alunos inclusos, com alguma deficiência freqüentando a escola regular, na produção da atividade devemos estar sempre pensando nesses alunos, se eles conseguirão desenvolver a atividade sugerida aos demais. 
Na proposta para essa THA temos a necessidade de incluir um aluno surdo, sabendo que os surdos aprendem com mias facilidade através da visão, o jogo “maior, menor ou igual a um” também desenvolverá com facilidade a aprendizagem desse aluno. Porém para a comunicação o docente deve ter o auxilio de um intérprete de Libras, ou o próprio docente ter esse conhecimento, sendo o surdo amparado por lei para ter um profissional com formação adequada para auxiliar o professor.
Trabalhar com jogos na matemática é muito significativo para a aprendizagem, mostra um avanço. Segundo o autor:
"A criança desfrutará plenamente do jogo e das diversões, que deverão estar orientados para finalidades perseguidas pela educação; a sociedade e as autoridades públicas se esforçarão para promover o cumprimento desse direito" (Ortiz, J. P. Aprendizagem através do jogo).
O objetivo do jogo é ensinar, alcançar êxito em cima de determinado conteúdo, não deixando de mostrar esse objetivo para os alunos. Conforme as palavras do autor na diversão a finalidade será a educação.TEORIA DE APRENDIZAGEM 
Teorias de aprendizagem são os estudos que procuram investigar, sistematizar e propor soluções relacionadas ao campo do aprendizado humano.
	A teoria de aprendizagem abordada na Trajetória Hipotética de Aprendizagem acima foi à teoria cognitivista de Piaget, através do saber prévio do aluno, conhecer os numerais na matemática, já possuir um determinado saber, para depois introduzir o conteúdo de fração. 
	Primeiramente investigar os saberes do alunos, para sistematizar, organizar e introduzir novos conhecimentos, através de associações com os conhecimentos prévios dos educandos. 
	A idéia principal é que os alunos sejam capaz de inovar, e não ficar no mesmo sistema repetitivo.
“O segundo objetivo da educação é formar mentes que possam ser críticas, que possam verificar, e não aceitar, tudo que lhes é oferecido. O grande perigo de hoje são os lemas, opiniões coletivas, as tendências já formadas de pensamento. Temos que ser capazes de nos opor de forma individual, para criticar, para distinguir entre o que está certo e o que não está”. (Jean Piaget).
	No momento que o professor instiga o aluno a falar dos conhecimentos prévios, está dando voz aos alunos, e não apenas repassando conceitos prontos, acrescentar conhecimento a partir do diálogo do aluno, de maneira que ele possa relacionar o saber, podendo tornar seres pensantes e críticos. 
 	
CONCLUSÃO
O tempo é de mudança nas escolas, os alunos chegam inseridos num mundo digital, e aprendem tudo com muita facilidade, e podemos nos perguntar. Por que apresentam tanta dificuldade com os conteúdos escolares? 
Esse é o momento da escola se inovar, inserir o mundo da tecnologia nas escolas, nas atividades, trazer interesse para o aluno. Vemos que a escola continua igual durante anos, giz e quadro, porém a sociedade jovem já não se sente atraída por isso.
Os professores devem se atualizar, buscar formação fazendo uso das tecnologias digitais, só que além dos profissionais da educação é necessário também um amparo maior por parte das nossas políticas públicas, manterem as escolas mais equipadas para que os professores possam ter amparo para trabalhar.
Entende-se que não é suficiente o docente preparar uma Trajetória Hipotética de Aprendizagem fazendo uso da tecnologia, inovando para o aluno e se deparar com equipamentos sucateados.
Porém cada vez mais vemos estratégias diferenciadas por parte dos profissionais em nossas escolas para atingir a aprendizagem dos educandos, e a principal intenção é formar seres críticos, pensantes e atuantes na sociedade.
REFERÊNCIAS
TEÓFILO, Flavia Roberta. Elaboração de uma trajetória hipotética de aprendizagem: um instrumento para a compreensão dos conhecimentos mobilizados por uma professora bilíngüe. Disponível em: <http://www.sbembrasil.org.br/enem2016/anais/pdf/6379_4003_ID.pdf>. Acesso em: 10/05/2018.
CAROLINO PIRES, Célia Maria. Perspectiva construtivas e organizações curriculares: um encontro com as formulações de Martin Simon. Disponível em:
<http://www.sbembrasil.org.br/enem2016/anais/pdf/6379_4003_ID.pdf>. Acesso em: 10/05/2018.
FERNANDES, Renata Caroline. Uma trajetória hipotética de aprendizagem: construindo o pensamento algébrico nos anos iniciais. Disponível em: <http://sbem.web1471.kinghost.net/anais/XIENEM/pdf/1544_1142_ID.pdf>>. Acesso em: 10/05/2018.
Sistema de Ensino a distância Conectado
segunda licenciatura em pedagogia
clediane procópio da silva
tRAJETÓRIA HIPOTÉTICA DE APRENDIZAGEM
Braganey
2018
clediane procópio da silva
TRAJETÓRIA HIPOTÉTICA DE APRENDIAGEM
Trabalho de Produção Textual Interdisciplinar com a temática Trajetória Hipotética de Aprendizagem, apresentado à Universidade Pitágoras Unopar, como requisito parcial para a obtenção de média semestral na disciplina de Atividades Interdisciplinares.
Orientadora: Prof. Poliana Pulici
Braganey
2018