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Administração pública

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Administração pública: É a manifestação concreta e organizada do Estado.
Conceito de Intervenção na Propriedade: Toda ação do Estado que, compulsoriamente, restringe ou retira direitos dominiais do proprietário. Nas seguintes modalidades:
a.    Limitação administrativa: limitações administrativas são constituídas por normas gerais e abstratas, com fundamento no poder de polícia, atingindo proprietários indeterminados, principalmente em seu direito de construir. A limitação administrativa representa uma restrição ao caráter absoluto da propriedade.
b.    Ocupação temporária: Restrição ao caráter exclusivo da propriedade.
c.    Requisição administrativa: Intervenção na propriedade quando existir iminente perigo. Exemplo: requisição de galpão para acomodar desabrigados de enchente. Não há alteração da titularidade, mas se atinge o caráter exclusivo.
d.    Tombamento: O tombamento é todo regulamentado pelo Decreto- lei nº 25/37 e consiste na conservação da identidade de um povo. Há quatro tipos de tombamento: patrimônio histórico, cultural, artístico e paisagístico, que representam limitações perpétuas à propriedade, em seu aspecto absoluto.
e.    Servidão administrativa: Servidão administrativa é um direito real sobre coisa alheia, atingindo o caráter exclusivo da propriedade. Apesar de “direito real” implicar perpetuidade, a servidão administrativa é relativamente perpétuo, dependendo do interesse público.
f.      Desapropriação:  É a intervenção na propriedade em que o Estado toma seu bem. Aquisição originária ou derivada (advém de negociação) da propriedade? Assim, desapropriação é forma de aquisição originária, porque independe da vontade do proprietário.
- COMPETÊNCIA:
(i)             LEGISLATIVA. Apenas a União, conforme previsto na  CF/88: 22, II, pode legislar sobre desapropriação.
(ii)            MATERIAL. Apenas a administração direta? Não, podem autarquias e concessionárias (DELEGADOS, pela linguagem da época do Decreto lei nº 3.365/41) fazê-lo, desde que não em totalidade, devendo haver participação na fase declaratória da administração direta. A autarquia e concessionária ocupam-se da fase executória.
Bens públicos: É toda coisa, cuja titularidade dos direitos reais de propriedade pertença a uma pessoa jurídica de direito público ou que se encontre submetido ao regime jurídico de direito público. Os bens públicos se dividem em federais, estaduais, distritais, territoriais ou municipais, de acordo com o nível federativo da pessoa jurídica a que pertençam. Suas características são: inalienabilidade, imprescritibilidade, impenhorabilidade, não onerosidade
Espécies de bens públicos: Previsto no Art. 99 CC 
Bens de uso comum do povo: ou bens do domínio público são aqueles abertos a uma utilização universal, por toda a população, como logradouros públicos, praças, mares, rua
Bem de uso especial: são também chamados de bens do patrimônio administrativo, são aqueles afetados a uma destinação específica. Fazem parte do aparelhamento administrativo sendo considerados instrumentos para execução de serviços públicos. São exemplos: edifícios de repartições públicas, mercados municipais, cemitérios públicos, etc.
Bens dominicais: também chamados bens do patrimônio público disponível ou bens do patrimônio fiscal, são todos aqueles sem utilidade específica, podendo ser “utilizados em qualquer fim ou, mesmo, alienados pela Administração Pública. São exemplos: terras devolutas, viaturas sucateadas, terrenos baldios, carteiras escolares danificadas etc.
Administração pública DIRETA: Policiais, agentes de segurança, arrecadação pública, legislativo, Judiciário.
Administração pública INDIRETA: Pessoas jurídicas (Autarquias, sociedade de econ. Mista, fundações públicas, agências reguladoras e executivas, empresas públicas, serviços públicos)
Serviços Públicos: Atividades ou serviços ligados à administração estatal através de seus agentes e representantes, mas também exercitada por outras entidades, mesmo que particulares, sempre visando promover o bem estar à disposição da população
Serviços Públicos Compulsórios: São serviços públicos cuja execução é praticamente “imposta” pela Administração Pública aos administrados, na medida em que estes últimos são obrigados a aderir à sistemática de prestação do serviço existente. Nesse sentido, são serviços compulsórios, por exemplo, os serviços de tratamento e distribuição de água e esgoto. O seu caráter compulsório se verifica pelo fato de que os administrados não podem recusar-se à adesão à sistemática estabelecida para a prestação de tais serviços.
Desapropriação: A desapropriação é a transferência compulsória de propriedade de determinado bem, móvel ou imóvel, para o patrimônio da Administração Pública, motivada por ato unilateral desta, mediante indenização realizada na forma da lei e sob os fundamentos nela expressos. A Constituição Federal, em seu art. 5º, XXIV, define os fundamentos para a desapropriação no Brasil.
Características da desapropriação: A competência para legislar sobre desapropriação é exclusiva da União, nos termos do disposto no art. 22, II, da Constituição Federal, podendo, entretanto, os Estados-membros e o Distrito Federal, uma vez autorizados por lei complementar, legislar sobre questão específica ligada à desapropriação, como previsto no parágrafo único de referido dispositivo constitucional, podendo ainda os Estados-membros e o Distrito Federal, nos termos do disposto no art. 24, XI, da Constituição Federal, legislar sobre procedimento em matéria processual.
Espécies da desapropriação
Comum ou ordinária: Compreende a chamada desapropriação por necessidade ou utilidade pública e tem por finalidade adquirir para o patrimônio público bens alheios necessários ou úteis ao cumprimento das funções constitucionais e legais atribuídas à Administração Pública. Nessa espécie de desapropriação, a indenização deve ser justa, prévia e em dinheiro.
Especial ou extraordinária: A chamada desapropriação por interesse social tem por finalidade a promoção da reforma agrária ou ainda a adequação do imóvel aos parâmetros de desenvolvimento urbano municipal, justificando-se a desapropriação, nesse caso, pela ausência do atendimento à função social da propriedade pelo bem expropriado. Na hipótese de desapropriação para fins de promoção da reforma agrária, a competência expropriatória é exclusiva da União e o pagamento da indenização é efetuado em títulos da dívida agrária com prazo de resgate de até vinte anos, e as benfeitorias necessárias e úteis devem ser indenizadas em dinheiro.
Indireta: Por oportuno, convém observar que parte da doutrina administrativista, bem como da jurisprudência, tem utilizado a expressão desapropriação indireta como uma espécie de desapropriação, relacionando-a a duas práticas jurídicas que em nada se assemelham à desapropriação: o confisco e o apossamento administrativo. O confisco caracteriza-se como medida punitiva prevista no art. 243 da Constituição Federal, dispondo que as glebas de terras de qualquer região do País, em que forem localizadas culturas ilegais de plantas psicotrópicas, serão imediatamente expropriadas e especificamente destinadas ao assentamento de colonos, para o cultivo de produtos alimentícios e medicamentosos, sem qualquer indenização ao proprietário e sem prejuízo de outras sanções previstas em lei.
Tombamento: é uma das formas de intervenção do estado na propriedade e tem por finalidade a preservação da propriedade de bens móveis e imóveis, públicos ou privados, que tenham valor histórico, artístico, arqueológico cultural, turístico ou paisagístico
Concessão: É um ato administrativo de sentido genérico, produzido de forma vinculada, que pode compreender diversas espécies de conteúdo administrativo. Consiste, basicamente, na atribuição a um ente privado de um direito que até então não possui. Por exemplo, a concessão de uso de bem público a um particular, que deve ser precedida de licitação.

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