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DIAGRAMAÇÃO AULA 01 01 A diagramação é a arte ou técnica de distribuir os elementos gráficos no espaço delimitado de uma página impressa ou digital. A finalidade do trabalho do diagramador ao distribuir os elementos gráficos na página é encontrar o equilíbrio da forma para propiciar o maior índice de conforto visual para o leitor. O trabalho de diagramação consiste em distribuir os elementos gráficos no espaço da página de acordo com uma hierarquia de informações estabelecidas pelos editores e diretores de arte da publicação. FORMATO É a forma e o tamanho do produto final, seja ele um livro, uma revista, uma brochura, uma embalagem ou mesmo um site. A seleção do formato é uma combinação de visão do designer e de considerações práPcas. Essas considerações podem incluir qual é o público-alvo, onde o design será visto ou uPlizado, a natureza da informação a ser apresentada e o orçamento disponível. Uma abordagem criaPva para a seleção do formato pode produzir resultados que melhoram a mensagem geral apresentada. A seleção do formato inclui materiais, escala de produção e uso de técnicas de acabamento de impressão, que podem incrementar o design e etc. De todas as considerações práPcas, estas duas devem ser consideradas extremamente importantes: A) a experiência de leitura e B) o custo de produção. A experiência de uma publicação muito pequena pode ser interessante pela portabilidade, por isso pode estar sempre junto do leitor, porém, pelo espaço reduzido pode ser sacrificada a liberdade de diagramação. Já um formato maior possibilita o uso de grades mais complexas, de maior liberdade de diagramação, do uso extensivo de imagens e ilustrações, mas pode ser mais di[cil de usar. O tamanho do formato no custo de produção parece ser mais óbvio, ou seja, quanto maior, mais caro. Mas além disso é importante prestar atenção no aproveitamento de papel, que é o planejamento da distribuição do que vai ser impresso dentro da folha de impressão, lembrando que na impressão em larga escala as folhas tem formatos grandes e comportam mais de uma página. A B STANDART É o maior formato desse Ppo de publicação, e em outros idiomas recebe, geralmente, o nome inglês de broadsheet. É uma medida muito uPlizada pelos jornais de maior circulação nacional, em função do aproveitamento máximo da área de chapa offset . Nesse formato, a mancha gráfica da página mede 29,7 x52,5cm. Para a confecção, é necessário equipamento de impressão rotaPvo , disponível em grandes editoras e parques gráficos de grande circulação. Esse formato é usado em vários diários como: O Estado de S. Paulo, O Globo, Folha de S. Paulo, The New York Times (EUA), The Washington Post (EUA), etc. BERLINER Berliner, Berlinês ou midi, é um formato de jornal com páginas que normalmente medem 27,5 × 41 milímetros, ou seja, ligeiramente maior do que o formato tabloide. O jornal berlinês é aquele cujo processo de produção se assemelha ao standard, mas possui formato sensivelmente menor, diferente do tabloide, que tem processo de produção próprio e não apresenta dobra central caracterísPca do standard. Esse formato é usado em vários diários europeus, incluindo o Le Monde (França), o La Repubblica (Itália) e o jornal The Guardian (Reino Unido), o Lance!, e etc. TABLÓIDE Este formato é resultado da divisão do formato standard em duas partes, ou seja é a metade do formato. Cada página possui uma mancha gráfica de 26,5 x 29,7cm. A área total de duas páginas impressas é de 56x 32cm, o mesmo que uma única página standard impressa. O formato assume um aspecto cômodo, inclusive para encartes especiais ou cadernos suplementares de um formato standard, pelo encaixe perfeito entre os cadernos principais do jornal. Esse formato é usado em vários diários como: Zero Hora, Meia Hora, Correio do Povo, El País (Espanha), El Clarín (ArgenPna). FORMATO MAGAZINE Uma das formas de publicação mais comuns quando se trata de revistas. No Brasil, o formato magazine sofre pequenas variações em seu formato dependendo da editora, como a revista Veja (20,2 cm x 26,6cm) ou a revista Caras (22,5 cm x 31 cm). Mas em essência, ainda podemos considerá-las no formato magazine. Esse formato é usado em várias publicações como: Caras, Veja, Época, Revista Manchete, MAD (EUA) e etc. FORMATO AMERICANO Uma das formas de publicação dos comics são os comic book (conhecidos no Brasil como ou "revistas de histórias em quadrinhos"), geralmente pequenas revistas que desde 1975 Pveram seu formato padronizado no tamanho 17 x 26 cm (chamados no Brasil de "formato americano" pois as dimensões das revistas mais populares nesse país eram menores, devido a isso chamadas de "formaPnho"). FORMATO FRANCÊS, DIGEST OU GIBI Na França, os formaPnhos são chamados de "pePts formats". O formato é conhecido nos Estados Unidos como "digest size" e foi adotado pelas revistas pulp de ficção cienwfica, após o fim da Segunda Guerra Mundial, quando houve aumento no preço do papel uPlizado (a polpa de celulose) nessas revistas. Assim como na Itália, como o próprio nome indica, o "digest size" também teve a revista Reader's Digest como modelo. Quando usado para quadrinho, esse formato é chamado de "digest comics". FORMATO ITALIANO Na Itália, existe também o formato "bonelli" ou "bonellide" (16 x 21 cm), criado pela Sergio Bonelli Editore. O termo "bonellide" é usado para descrever revistas impressas neste formato e publicadas por outras editoras. Títulos italianos como Tex e Zagor, entre outros, são lançados pela Mythos Editora no Brasil em formaPnho (13,4 x 18,4 cm),lombada quadrada, pouco mais de 100 páginas, preto e branco, impressos em papel-jornal, o formato original italiano é usado apenas em edições especiais. FORMATOS COMPARADOS Embora um designer tenha a liberdade de optar por qualquer formato de página, há considerações práPcas e econômicas que influenciarão essa escolha, como o desperdício de papel e o custo de cortar formatos não padronizados. TAMANHOS DE PAPEL ISO A existências dos formatos ISO (InternaPonal OrganizaPon for StandadizaPon) proporciona uma variedade de tamanhos de papel que, apesar de ser pouco original, funciona e está disponível. Os tamanhos de papel padrão fornecem aos designers, Ppógrafos e outros envolvidos na impressão e editoração um meio conveniente e eficiente de comunicar especificações de produtos e controlar custos. A origem desse padrão remonta o século XIV em Bolonha, Itália, quando foram criados quatro formatos de papel para orientar os fabricantes locais. Georg Christoph Lichtenberg O sistema moderno de formato de papel ISO baseia-se em uma observação feita pelo professor de [sica alemão Georg Christoph Lichtenberg que, em 1786, percebeu as vantagens de os tamanhos de papel terem uma razão entre altura e largura. Um papel com a razão de Lichtenberg manterá sua proporção quando cortado pela metade. A França foi o primeiro país a adotar tamanhos de papel equivalentes ao formatos modernos ISO, com uma lei publicada em 1794. Hoje, o Canadá e os Estados Unidos são os únicos países industrializados que não uPlizam o Sistema ISO. AMBROSE, Gavin; HARRIS, Paul. Fundamentos de Design CriaPvo.Bookman, 2012.
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