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CIVIL IV

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CLÁUDIA – CIVIL IV
27/07/2017
Aula 01 – Direito das Coisas 
Posse para o direito civil não é um direito real; a obrigação é um direito pessoal; os direitos reais são ERGA OMNES; 
Conceito –
	O direito das coisas regula o poder dos homens sobre os bens e os modos de sua utilização econômica. O Bem consiste em uma coisa útil, suscetível de apropriação pelo homem. 
Características –
Oponibilidade ERGA OMNES: é um direito que todos têm que obedecer
Direito de SEQUELA; é o direito de reaver a coisa; Ao invés de se contentar com apenas perdas e danos; JUS PERQUENDI; art. 1.228 do CC;
Exclusividade; não podem existir dois direitos reais sobre a mesma coisa e de igual conteúdo e de pessoas distintas;
Preferência; consiste no privilégio de obter o pagamento de seu crédito afastando os outros credores que tenham apenas o direito pessoal em face do devedor.
Princípio 
Princípio da aderência; liga a pessoa à coisa; é aquele que estabelece o vínculo entre a pessoa e a coisa, independente da colaboração do sujeito passivo;
Princípio do absolutismo; decorre da oponibilidade ERGA OMNES, onde devem ser respeitados por todos;
Princípio da publicidade ou visibilidade; a propriedade só é transferida com o RGI, a fim de dar publicidade; é o ato pelo qual os direitos reais só se adquirem após o registro, no caso de imóvel, ou pela tradição, no caso de móvel;
Princípio da taxatividade; o número de direitos reais é limitado pela lei federal; é taxativo porque é limitado pela lei; 
Princípio da tipificação; são os tipos que existem na lei; os direitos reais devem respeitar os tipos existentes em lei;
Princípio da perpetuidade; os direitos reais não se perdem pelo decurso de tempo, salvo exceções legais;
Princípio da exclusividade; 
Princípio do desmembramento; permite o desdobramento do direito matriz (propriedade), constituindo-se direitos reais sobre coisas alheias.
Classificação
Quanto à propriedade do bem;
Direitos reais sobre coisa própria: a propriedade
Direitos reais coisa alheia: hipoteca, penhor, servidão etc.
Quanto aos poderes do titular do Direito real;
Direitos reais limitados
Direitos reais ilimitados
JUS IN RE PROPRIA – a propriedade
JUS IN RE ALIENA – os demais direitos
Distinção entre direito real e pessoal;
	DIREITO PESSOAL
	DIREITO REAL
	Eficácia INTER PARTIS; 
	Eficácia ERGA OMINIS;
	Vincula a pessoa do credor à pessoa do devedor; 
	Vincula a pessoa à coisa;
	Possui sujeito passivo determinado: devedor;
	Possui direito passivo indeterminado;
	A coisa é objeto mediato da relação;
	A coisa é o objeto imediato da relação;
	O exercício se dá pelo intermédio de outro sujeito;
	O exercício se dá sem intermediário;
	Relação transitória;
	Relação permanente;
	Atipicidade.
	Tipicidade.
Objeto dos direitos reais – coisas corpóreas, incorpóreas, móveis ou imóveis
Sujeito ativo – titular do direito subjetivo absoluto sobre o bem;
Sujeito passivo – indeterminado; dever de direito geral ao exercício do sujeito ativo.
Obrigações PROPTER REM; são próprias da coisa; e a acompanham. Decorrem da lei, do direito real e não da vontade das partes.
Ônus reais – são limitações impostas ao exercício de um direito real;
Obrigações com eficácia real – são relações obrigacionais que produzem eficácia ERGA OMINIS; ex. compromisso de compra e venda.
03/08/2017
Aula 2 – Posse
Conceito de posse – art. 1196
Posse é apenas um efeito da propriedade; é o exercício pleno ou não de alguns poderes inerentes à propriedade; o locatário só de usar e reaver a coisa; a posse é elástica por aceitar desdobramentos como ocorre na sublocação;
Pluralidade semântica do vocábulo posse:
Posse como propriedade:
Posse como instituto do Direito Público: os EUA tem a posse da base de manta no Equador.
Posse como exercício do Direito de família: posse dos filhos.
Posse como elemento de tipo penal: posse sexual mediante fraude;
A posse no direito das coisas: NEUSOM NERY – a posse é situação jurídica de fato apta a, atendidas certas exigências legais, transformar o possuidor em proprietário. 
Imissão na posse é usada quando o proprietário nunca teve a posse. 
Objeto da posse – bens corpóreos, incorpóreos; posse de direitos; 
Sujeito da posse – pessoas naturais ou jurídicas de direito público ou privado
Teorias sobre a posse
Teoria subjetiva de SAVIGNY – antigamente – somente usado no usucapião; entende que a posse só se configura se houver apreensão física da coisa (CORPUS), mais a vontade de tê-la como própria (ANIMUS DOMINI); desejo de propriedade + domínio da coisa.
Tratado da posse 1803
Teoria objetiva de IHERING - atualmente – a posse se configura como mera conduta de dono, pouco importando a apreensão física da coisa e a vontade de ser dono dela. A posse é a exteriorização da propriedade, e por isto para caracterizar a posse basta o exercício em nome próprio do poder de fato sobre a coisa. É necessário somente o CORPUS. O código 2002 adotou este conceito.
Teoria da posse e o código civil de 2002 – o código de 2002 consagra a teoria objetiva de IHERING, mas ainda prevê exceções a teoria subjetiva de SAVIGNY como no caso da usucapião, onde se verifica a presença do ANIMUS DOMINI.
Controvérsias sobre a natureza jurídica da posse - 
CLOVIS BEVILÁQUA – posse é um estado de fato;
CAIO MARIO – posse é um direito real;
LUIZ GUILHERME LOUREIRO E DOUT. COMTEMPORÂNEA – posse é um direito pessoal
Distinção entre propriedade e detenção 
Propriedade: art. 1.228 – usar, fluir, 
Posse: art. 1.196
Detenção art. 1.198 – existe o vínculo de subordinação; é a situação em que alguém conserva a posse em nome de outro e em cumprimento as suas ordens e instruções. É o exercício do poder de fato sobre a coisa em nome alheio.
Classificação da posse:
Posse direta e indireta quanto ao seu campo de exercício e desdobramento
Direta (imediata) – é aquela exercida por quem recebeu o bem temporariamente para usa-lo ou goza-lo; é o exercício direto e imediato do poder sobre a coisa 
Indireta (mediata) – é exercida por quem cedeu temporariamente o uso ou gozo a outra pessoa; exercício limitado da posse.
Posse justa e injusta (quanto aos vícios) – art. 1200
Posse justa – é a posse não adquirida pela força física ou moral, não estabelecida as ocultas e não originada no abuso de confiança. É mansa, pacífica, pública e não adquirida com violência ou clandestinidade.
Posse injusta – é aquela que é originária do esbulho; é a maculada por pelo menos um dos vícios da posse (violência, clandestinidade e precariedade).
Violenta – adquirida através do emprego de violência contra a pessoa. 
Clandestina – adquirida as escondida; 
Precária – decorrente da violação da obrigação de restituir. 
A violência e clandestinidade são vícios relativos, em quanto a precariedade é vício absoluto.
Posse de boa-fé e má-fé – quanto à existência de vícios subjetivos 
Posse de boa-fé; é aquela que o possuidor ignora o vício ou o obstáculo que impede a aquisição da coisa; acredita que adquiriu legitimamente.
Posse de má-fé; é aquela que o possuidor tem ciência do vício ou o obstáculo que impede a aquisição da coisa.
Justo título – é aquele hábil para transferir a propriedade.
Posse individual e composse – quanto à simultaneidade do seu exercício.
Posse individual – é aquela exercida individualmente 
Composse – é a posse exercida por duas ou mais pessoas simultaneamente sobre coisa indivisa.
10/08/2017
Aula – 03 – efeitos da posse
Efeitos da posse 
Percepção dos frutos (direito aos frutos) – é o fruto que sai da coisa; 
Espécies de frutos quanto a sua natureza – frutos: é a utilidade da coisa que se reproduz. Diferentes dos produtos, que são a utilidade da coisa que não se reproduz.
Frutos civis; ex. aluguel e juros da poupança; reputa-se colhidos todos os dias; art. 1215
Frutos naturais; ex. frutos que nascem de arvores; frutas de um pomar;
Frutos industriais; ex. que nasce da industria; utilidades fabricadas por uma máquina;
Espéciesde frutos quanto ao seu estado 
Pendentes – são os unidos a coisa que os produziu;
Percebidos ou colhidos; são os já separados da coisa que o produziu;
Percebidos por antecipação; são os separados antes do momento certo;
Percipiendos; passa do tempo de colheita; são os que deveriam ser colhidos e não o foram;
Estantes; são os já separados e armazenados para fins de venda; 
Consumidos; não mais existem;
Direitos do possuidor de boa-fé; art. 1.214
Inexistência de direitos do possuidor de boa-fé
Dos frutos pendentes quanto cessar sua boa-fé
Os frutos percebidos antecipadamente, já estando de má-fé no momento que deveriam ser colhidos.
Aos produtos, pois a lei não confere esse direito.
	POSSE / FRUTOS
	COLHIDOS
	PENDENTES
	PERCIPIENDOS
	BOA-FÉ
	Direito do possuidor
	Restituição com direito à dedução das despesas
	
	MÁ-FÉ
	Indenização ao possuidor legítimo, com direito à dedução das despesas; art. 1221
	Só lhe assiste o direito às despesas
	Indenização ao possuidor legítimo 
Direito às benfeitorias
Conceito
	São os melhoramentos construídos em uma casa pronta, feitos em coisas já existentes; são bens acessórios. Diferem a acessão que é a criação de coisa nova
Classificação
Benfeitoria necessária: se destinam a conservação da coisa; 
Benfeitoria útil: são as que aumentam ou facilitam o uso da coisa;
Benfeitoria voluptuária: são as de mero deleite ou recreio
Direitos do possuidor de boa-fé (Art. 1.219 a 1.222)
Benfeitorias necessárias e úteis, podendo levantar as voluptuárias, desde que não deteriore a coisa. A indenização se dará pelo valor atual da coisa. O direito de retenção será até a efetiva indenização.
Direitos do possuidor de má-fé 
	Apenas o ressarcimento das benfeitorias necessárias, não retirar as voluptuárias nem tem direito a retenção
	POSSE / BENFEITORIA
	NECESSÁRIA
	ÚTIL
	VOLUPTUÁRIA 
	BOA-FÉ
	Indenização + retenção 
	Indenização + retenção
	Jus tollendi, sem direito de retenção
	MÁ-FÉ
	Apenas restituição do valor pago
	
	
Interditos possessórios art. 1210 CC
Interdito possessório – violência à posse
Esbulho – é a agressão que culmina na perda da posse. Interdito adequado – ação de reintegração de posse: efeito restaurado; tem caráter repressivo;
Turbação – agressão que embaraça o exercício normal da posse. Interdito adequado – ação de manutenção de posse. Efeito normalizador. Tem caráter repressivo;
Ameaça (violência iminente) – risco de esbulho ou turbação. Interdito adequado – interdito proibitório; tem caráter preventivo. 
Condições das ações possessórias
Possibilidade jurídica do pedido;
Legitimidade;
Cumulação de pedidos;
Execução de domínio;
Da tutela antecipada – possibilidade;
Prova da posse;
Caracterização detalhada da agressão à posse inclusive com indicação da data do esbulho ou turbação 
Desforço possessório – defesa da posse
Desforço imediato – ocorre nos casos de esbulho em que o possuidor recupera o bem perdido. Perdeu o bem e com isso o recupera.
Legítima defesa da posse – ocorre nos casos de turbação em que o possuidor normaliza o uso da coisa. 
AULA 04 - AQUISIÇÃO E PERADA DA POSSE
Conceito - art.1204 cc a 1209
Espécies - a posse ė adquirida por qualquer ato através do qual seja possível a visibilidade e o uso econômico da propriedade; todos os meios juridicamente válidos para aquisição de direitos (Art 104) são aplicados para aquisição da Posse 
Daí, a posse se adquiri pela simples aparência de ter para si a revelação do estado de proprietário. 
Formas de aquisição da posse.
Originária - é aquela que não guarda vínculos com a posse anterior; a Causa da Posse não é negocial 
Tipos:
Apreensão - apropriação unilateral da coisa sem dono ( res nullius), ou da coisa abandonada ( res derelicta ) ; ou na retirada da coisa de outrem sem sua permissão 
Exercício do direito - ocorre no caso da servidão constituída de passagem em terreno alheio 
Derivada - é aquela que guarda vínculo negocial com a posse anterior; há um ato de transferência , é bi lateral e decorre de um negócio jurídico em regra; pode ocorrer pela tradição e pela sucessão inter vivos e mortes causa;
Tradição 
Conceito - consiste na transferência da Posse de uma pessoa para outra , pressupondo acordo de vontades
Tipos
Real - há a efetiva entrega material da coisa. Exige os seguintes requisitos: corpus; a intenção; e a justa causa.
Simbólica - é representada por ato que traduz a entrega da coisa, atitudes ou gestos. EX: chaves de imóveis 
Consensual ou ficta - é a decorrente de contrato ou de acordo de vontades 
traditio brevimanu - é a situação em que o possuidor em nome alheio passa a possuir a coisa em nome próprio. EX: locatário que adquiriu o bem
Constituto possessorio - é a situação em que o possuidor em nome próprio passa a possui la em nome de outro. EX: dono que vende a coisa e passa a ficar nela como locatário 
Obs: não se presume, deve está escrita em contrato 
POSSE AD INTERDICTA e AR USUCAPIONEM
ad interdicta - é a posse que pode ser protegida pelos interditos possessórios 
ad usucapionem - posse que pode ser pressuposto de usucapião 
Acessão de posses
inter vivos - pode se dar a título singular, quando alguém, compra um imóvel, mas também pode ocorrer a título universal, quando alguém adquiri uma universalidade 
mortis causa - transmissão da posse pela sucessão art 1206 e 1207
Extinção da Posse - tem que perder o CORPUS ou o ANIMUS 
Perda da coisa - 
Perecimento da coisa
Acontecimento natural ou fortuito; pode ser por caso fortuito ou força maior;
Fato do próprio possuidor; 
Fato de terceiro; quando o terceiro furta um celular;
Abandono (derrelição); 
Transmissão da Posse para outrem; como doação;
Tomada da Posse por outrem; art. 1.224
Classificação da coisa como bem fora do comércio; coisa fora do comércio; 
31/08/2017
Aula 05 – propriedade 
Propriedade em geral
Conceito – O direito de propriedade é o poder jurídico atribuído a uma pessoa de usar, gozar e dispor de um bem, corpóreo ou incorpóreo em sua plenitude e dentro dos limites estabelecidos na lei, bem como de reivindica-lo de quem injustamente o detenha. 
Art. 1.228; descreve a propriedade; pose usar, gozar, dispor, reivindicar;
Poder de reivindicação – O poder de reaver a coisa é realizado através da ação reivindicatória, tutela específica da propriedade e possui fundamento no direito de sequela (direito de reaver a coisa). 
Pressupostos 
Ação reivindicatória; tem como pedido a imissão na posse; 
	Titularidade do domínio: provar que é proprietária do imóvel; Pelo autor, devidamente comprovada. O documento hábil é o RGI;
	Individuação da coisa: Descrição atualizada do bem, seus limites e confrontações; 
	Posse ilegítima do réu: provar a ilegitimidade do réu, com compra e venda; não há necessidade que a posse ou detenção tenha sido obtida através de violência, clandestinidade ou precariedade. 
Imprescritível
	O direito real é perpetuo, não há prazo para propor a ação reivindicatória e ação que versa sobre o direito real; 
	É imprescritível uma vez que a pretensão versa sobre domínio, que é perpétuo. Todavia a ação reivindicatória poderá esbarrar na alegação de usucapião em defesa, o que afastará a pretensão do reivindicante.
Legitimação 
	Legitimada ativo – somente o titular do domínio pode propor ação reivindicatória; proprietário.
	Legitimidade passiva – quem detém a posse ou a coisa; a boa fé do possuidor não impede a propositura da ação; pode a ação ser proposta contra aquele que deixou de possuir a coisa com dolo, no intuito de dificultar a reivindicação.
Função social da propriedade – o direito da coletividade em detrimento ao direito privado; 
Art. 1.228, §1º
Significados da palavra propriedade;
	Propriedade enquanto bem; móvel ou imóvel
	Propriedade enquanto direito; que recai sobre um bem corpóreo ou incorpóreo;
	Propriedade enquanto instituição; como matéria do direito civil; 
Função social e funcionalização do direito
	Função social– está relacionada à utilidade conferida ao bem, que se dá através do exercício da posse; também pode ser considerado como um direito de propriedade assegurado constitucionalmente; por fim a função social que impõe um série de limitações que devem ser respeitadas pelo proprietário. 
	Funcionalização do direito – é o Estado intervindo na relação jurídica; Está baseado nos princípios da solidariedade, da justiça social e na dignidade da pessoa humana. Advém da necessidade do Estado em intervir nas relações e participar ativamente da vida social, garantindo o equilíbrio sobretudo na tentativa de harmonizar interesses meramente individuais e das necessidades coletivas e sociais. 
Função social da legislação
Carta de 1934: primeiros contornos suprindo a deficiência do código civil de 1916;
Constituição de 1967: a expressão foi textualmente consolidada;
Constituição de 1988: considerada como direito fundamental;
Código civil de 2001: consolida a expressão textualmente através do art. 1228 e parágrafos;
Estatuto da terra Lei 8.629/93: tratando da propriedade rural;
Estatuto da cidade Lei 10.257/01:
Características da propriedade 
Plena; quando se encontrarem nas mãos do proprietário todas as faculdades que lhe são inerentes;
Limitada; se caracteriza quando estiver sujeita a algum ônus real ou quando o proprietário não possuir todas as faculdades que lhe são inerentes;
Exclusiva; significa que a mesma coisa não pode pertencer a duas pessoas ao mesmo tempo;
Perpetuidade; não se extingue pelo não uso, a não ser pela alienação ou quando ocorrer alguns dos modos de perda previstos em lei; usucapião, desapropriação, perecimento e etc; 
Elasticidade; quando o locador estica seu direito de gozo ao locatário; que é diferente de retração; decorre da possibilidade de serem transferidos os poderes a terceiros; o fenômeno inverso chama-se retração;
Oponibilidade ERGA OMNES; todos tem que respeitar;
Extensão do direito de propriedade
Propriedade móvel; recai sobre a coisa por inteiro, delimitada espacialmente pelos próprios limites materiais da coisa.
Propriedade imóvel; art. 1229 e 1230; solo e subsolo e altura em profundidades úteis ao proprietário; não incluem jazidas, minas, recursos minerais, energia hidráulicas, monumentos arqueológicos (propriedade da união).
Restrições legais de interesse particular e público;
Particular; cláusulas de limitação; incomunicabilidade; inalienabilidade; São limitações que decorrem de cláusulas impostas voluntariamente (inalienabilidade, impenhorabilidade e incomunicabilidade) bem como as que decorrem do direito de vizinhança.
Publico; decorrem do interesse público; ex. tombamento, florestas, servidão administrativas, jazidas e recursos e etc.
Direitos de vizinhança
Controle vedação do uso anormal da propriedade; art. 1277 a 1281;
Propriedade das arvores limítrofes e seus frutos; art. 1282 a 1284;
Criação de passagem forçada art. 1285;
Servidão para passagem de cabos e tubulações; art. 1286 e 1287;
Águas art. 1288 a 1296;
Estabelecer limites entre prédios e regular direito de tapagem art. 1297 e 1298;
Regulamentar direito de construir art. 1299 a 1313;
14/09/2017
Aula 6 – modos de aquisição da propriedade imobiliária
Modos de aquisição
Registro do título – art. 1245 a 1247;
Conceito 
	O registro tem natureza aquisitiva do domínio, forma de aquisição derivada da propriedade. Sem o registro o direito da adquirente não é direito real mas sim direito pessoal com eficácia relativa somente entre os negociantes não produzindo efeitos contra terceiros.
L.R.P nº 6.015/73
Acepções da palavra registro 
	Segundo a LRP a palavra é utilizada em 2 acepções: 
	Referente ao ofício público que dá publicidade aos direitos reais; 
	O ato ou assento praticado em livro desse ofício para um referido fim; 
Finalidade do registro
	Conferir publicidade ao estado dos imóveis para que tal estado adquira eficácia perante terceiros.
Atributos
	Publicidade;
	Fé publica;
	Legalidade;
	Obrigatoriedade;
	Continuidade; 
	Força probante;
	Prioridade;
	Especialidade;
Efeitos
	Aquisição de direitos reais 
Atos do registro 
Matricula – registro inicial; LRP, art. 227 a 335; 
	A matricula é o registro inaugural do imóvel, consistindo na especificação do seu estado, seus aspectos físicos (localização, dimensões e etc.) e jurídicos (proprietário forma de aquisição e etc.). a matricula somente poderá ser cancelada pelo desdobro ou pela fusão, também por determinação judicial.
Desdobro
	Subdivisão de lotes; 
Fusão
	União de diversos lotes; 
Registro
	Art. 167, I da lei 6015/17 devem ser registrados todos os atos que influenciem no uso gozo e disposição do imóvel, ou seja, sempre que houver alteração na titularidade ou limitação da propriedade pela formação de direitos reais limitados. (ex. hipoteca, instituição de bem de família, servidões, usufruto, permuta e etc.)
Averbação 
	Art. 167, II da lei 6015/73, serão averbados, ou seja, alterados atos como mudança de denominação, de numeração, de construção, de divórcio, de casamento e etc.
Procedimento registral (síntese)
Prenotação – quando protocolar o recebimento é denominado como prenotação; É o protocolo de apresentação do título para registro. Uma vez efetuado o registro, este retroagirá a data da prenotação.
Registro – feita a prenotação do título instruído com todos os documentos necessários e o pagamento do emolumentos o registro deve ser efetuado em 30 dias; 
Acessões imobiliárias – coisas que vão aderindo a propriedade; 
Formação de ilhas – art. 1249
Códigos de águas (decreto 24.643/34)
Águas comuns – art. 8º, caput
Águas particulares – art. 8º, caput
Aluvião – 
Art. 1250
Art. 16, caput
Própria
Imprópria
Avulsão 
Art. 1251
Art. 19, caput
Álveo Abandonado – art. 1252
Construções e plantações art. 1253 à 1259
Hipóteses
Solo própria/matéria prima alheia
Boa-fé
Má-fé
Matéria prima própria/ solo alheio 
Boa-fé
Má-fé
Matéria prima alheia/ imóvel alheio
Boa-fé
Má-fé
Parte imóvel próprio/ parte alheia
21/09/2017
Aula 07 – aquisição da propriedade imóvel – usucapião 
Usucapião 
Conceito 
	A usucapião é entendida como aquisição de direito real através do exercício da posse mansa, pacífica, continuada e duradoura. Dessa forma, a usucapião transforma um estado de fato em um estado de direito (propriedade, servidão). A usucapião forma originário de aquisição da propriedade. 
Fundamento 
Corrente subjetivista
	O fundamento da usucapião é a presunção de que o proprietário abandonou o bem, renunciando-o tacitamente. 
Corrente objetivista 
	A aquisição da propriedade repousa na utilidade social do bem em questão, tem assim como fundamento a consolidação da propriedade dando juridicidade a uma situação de fato: posse unida ao tempo. 
Requisitos gerais e específicos 
Pessoais – referem-se as características pessoais bem como as atitudes do adquirente e do proprietário. Assim, para usucapir, é necessário que o adquirente tenha capacidade jurídica, na forma da lei. Por outro lado não corre o prazo da usucapião contra os absolutamente incapazes. 
Reais – referem-se ao objeto do usucapião, isto é, os bens e direitos suscetíveis de usucapião. Assim estão excluídos os bens fora do comércio, os bens públicos e bens que, pela natureza da relação jurídica que autoriza a posse do possuidor, não podem ser usucapidos como, por exemplo, a área condominial ser usucapida pelo condômino.
Formais – os requisitos formais referem-se a posse que deve ser exercida com animus domini, ao prazo e a sentença judicial (declaratória). A posse deve ser justa não sendo condição essencial à boa fé. A de ser mansa, pacífica, pública, continua e duradoura.
Espécies e prazos 
	Espécies
	Fundamentos
	Prazo
	Usucapião extraordinário;
	1.238, caput
1.238, P.U
	15 anos
10 anos
	Usucapião ordinário;
	1.242, caput
1.242, P.Ú
	10 anos
5 anos
	Usucapião especial rural;
	1.239 c/c 191 CRFB
Lei 8.629/93
	5 anos
	Usucapião especial urbano;1.240 c/c 183 CRFB
Lei 10.257/2001
	5 anos
	Usucapião matrimonial;
	1.240-A
	2 anos
Alegação em defesa

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