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PSICOLOGIA NA SAÚDE

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PSICOLOGIA NA SAÚDE
AULA 1
Há mais de dois mil anos, a atenção dos filósofos se voltou para o funcionamento do psiquismo, quando se impuseram a buscar revelar os processos subjetivos, a memória, a aprendizagem e a razão.
Podemos revisitar o século V a.C. para acompanharmos por um breve momento como a Filosofia Clássica já se preocupava em entender a natureza humana, nosso próprio comportamento, a natureza e os atos humanos.
 São justamente os filósofos gregos como Platão e Aristóteles que tratam das primeiras tentativas de sistematizar o “estudo da alma", da psyché, que em grego significa “alma”.
Sócrates, por exemplo, buscava traçar o limite entre os instintos e a razão.Assim, aparece neste lugar descontínuo do pensamento grego a razão como a própria essência do homem, a consciência.
Platão, por sua vez, procurou definir um lugar para a razão. Descrevia então o corpo como sede da alma.
ARISTÓTELES A noção de uma continuidade entre corpo e alma toma um lugar importante na Filosofia Clássica com Aristóteles. De forma inovadora, esse filósofo já antecipava o olhar holístico postulando que alma e corpo estão associados.
Teoria: Teorias, por sua vez, são formações discursivas, não são traduções literais dos fatos. São as teorias, entretanto, que nos ajudam a orientar nossa prática.
Uma teoria é um conjunto de convenções. São hipóteses a respeito de uma realidade não predeterminada pela natureza ou pelos dados empíricos. Trata-se de uma construção explicativa sobre a estrutura de um dado fenômeno.
A observação dos dados empíricos por si nada dizem a respeito de sua natureza e podem ser utilizados de forma diferente por diferentes esquemas teóricos. Nessa perspectiva, uma teoria é uma escolha convencional; e não algo necessário, inevitável ou preestabelecido pelas relações empíricas.
Segundo Myers (2006), uma boa teoria ajuda-nos a organizar observações. Como o campo da Psicologia, sobretudo o da Psicologia Clínica, é o que mais nos concerne na prática do cuidar, faz-se necessário abordar, de passagem, o que é uma teoria. Uma teoria útil organiza eficazmente uma série de observações e relatos e faz pressuposições claras para inferir aplicações práticas.No decorrer de seu aparecimento no mundo, a Psicologia estabeleceu parcerias e mantém um vinculo constante com a prática.
Myers define as boas teorias como “a capacidade de organizar e estabelecer relações, de implicar hipóteses que oferecem predições testáveis e aplicações práticas”.
Psicologia Clinica
O que, na interdisciplinaridade entre Psicologia e disciplinas da área da saúde, pode auxiliar no entendimento do sofrimento? Uma das contribuições relevantes é a afirmação de que os atos do sujeito não são um simples comportamento, mas têm uma significação.O sujeito com o qual a Psicologia lida não é um ser estático e acabado, mas está em permanente estado de construção.
O processo do cuidar
A clínica é toda uma inteira atividade de serviços organizada para atender aos sujeitos que a procuram, seja com sofrimento físico ou mental.Nesta perspectiva, o campo da clínica é aquele que se ocupa do sofrimento considerado individualmente. Em outras palavras, trata-se de dispensar aos sujeitos atenção terapêutica ao sofrimento, que muitas vezes ultrapassa a dimensão do puramente somático.
Como as psicoterapias entendem, por exemplo, o sintoma?
 As psicoterapias tomam o sintoma como o que é da ordem da narrativa, como o sujeito fala de suas doenças, como ele a sente.É justamente nesta perspectiva que os sintomas podem ser interpretados. Eles não são somente o indício de que algo não vai bem, mas sim, que têm um sentido que pode ser traduzido e conscientizado.
As várias abordagens clínicas, haverá sempre uma possibilidade de reorganização do aparente caos e da desestruturação do sofrimento mental – seja na vertente da ressignificação para a Psicanálise e para a Terapia Humanista Existencial, seja na vertente de um reaprendizado para a Terapia Cognitivo-Comportamental.
A clínica autoriza, portanto, o saber sobre o individual. A clínica surge quando o saber tem como objeto o sujeito. 
A clínica das diferentes abordagens é, portanto, o ponto de partida de um trabalho terapêutico.
 
Em outras palavras, a clínica é a possibilidade de considerar-se que, entre a doença e o sintoma, há um sujeito. Esta perspectiva clínica abre também a possibilidade da elaboração de teorias sobre as causas do sofrimento mental e o desenvolvimento de uma prática que permita maior autonomia e uma nova possibilidade de encarar a existência e modificar a forma do sujeito interpretá-la.
TEORIAS
 O centro do homem como a criação divina, a Terra como o centro do universo
e a consciência como o centro da razão sofreram um deslocamento.

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