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Psicologia na Saúde/Clínica Aula VII - Parte I Sistema Unico de Saude 1978 – Conferência Alma Ata -Conferência Internacional sobre a Atenção Primária à Saúde, realizada em Alma-ata (atual Cazaquistão) 1-) Discussão sobre a elitização da prática médica - inacessibilidade dos serviços médicos às grandes massas populacionais. 2-) Reafirma a saúde como um dos direitos fundamentais do homem, - responsabilidade política dos governos. 3-) Reconhecimento da determinação intersetorial da saúde. 8ª Conferência Nacional de Saúde – março de 1986 – Brasília -Princípios da Reforma Sanitária ↳movimento da reforma sanitária que elabora e executa o SUS -Ampliação do conceito de saúde “resultante das condições de alimentação, habitação, educação, renda, meio ambiente, trabalho, transporte, emprego, lazer, liberdade, acesso e posse da terra e acesso a serviços de saúde”. ↳o conceito de saúde que era proposto na época foi ampliado com o passar do tempo, passando a incluir todos esses acessos -Criação do Sistema Unificado e Descentralizado de Saúde – julho de 1987 – Brasília ↳sistema ÚNICO de saúde, com essa enorme ênfase -Princípios básicos: universalização, equidade, descentralização, regionalização, hierarquização e participação comunitária. ↳essas propostas são sim muito idealizadas, romantizadas, e não nos aproximamos suficientemente desses parâmetros, abrindo espaço para críticas como: porque propõe algo que não podem de fato ofertar? o SUS tem demanda infinita para recursos finitos, etc… -Recursos do INAMPS para os estados, mediante convênios. -Os estados coordenam o processo de municipalização. ↳a coordenação dos estados é “um nó”, com muitas dificuldades de organização e coordenação Assembleia nacional Constituinte - 1988 -Constituição Federal de 1988 aprovou a criação do Sistema Único de Saúde -Reconhece a saúde como um direito a ser assegurado pelo Estado -Pautado pelos princípios de universalidade, equidade, integralidade e organizado de maneira descentralizada, hierarquizada e com participação da população. -SUS - É constituído pelo conjunto das ações e de serviços de saúde sob gestão pública. ↳ações que regem toda a prática de saúde que é de responsabilidade do Estado, sendo gigantesco em sua responsabilidade, ligado a SAMU, vacinação, etc -Está organizado em redes regionalizadas e hierarquizadas e atua em todo o território nacional, ↳todo local do brasil tem SUS, com acesso às policlínicas, samu, UBSs, etc -Com direção única em cada esfera de governo. -Insere-se no contexto das políticas públicas de seguridade social, que abrangem, além da Saúde, a Previdência e a Assistência Social. Responsabilidades na gestão e nas ações em saúde Três esferas de governo ↳hierarquia -Ministério da saúde ↳fica no governo federal ↳sede em Brasília -Secretarias de Saúde dos Estados ↳ficam nas capitais -Secretarias ou órgão equivalente nos Municípios ↳ficam nos municípios ↳muitas vezes os cargos sao dados a incompetentes, como arquitetos e outros profissionais Artigo 196 – da Constituição Federal de 1988 -“A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação”. -Com esse artigo fica definida a universalidade da cobertura do -Sistema Único de Saúde. ↳toda lei, antes de tudo, tem de ser constitucional Lei 8.08019 - Lei Orgânica da Saúde – 19 de setembro de 1990 -Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes. -Regula em todo o território nacional as ações e os serviços de saúde, executados isolada ou conjuntamente, em caráter permanente ou eventual, por pessoas naturais ou jurídicas de direito público ou privado. ↳isolda ou conjuntamente: saúde é intersetorial ↳isolada: tendo só saúde na ação ou há consonância com outras políticas públicas ↳caráter permanente ou eventual: na construção de um hospital, subentende-se que ele não virá a ser modificado de lugar. Entretanto, há criação eventual de hospitais de campanha, como houve com a Covid-19, e ações em terras indígenas, como as que ocorreram com os yanomamis ↳público ou privado: a PUC não é pública, é confencional, mas tem serviços exclusivamente do SUS, por isso estar previsto na legislação do SUS, levando a liberação de verba pública para o hospital da universidade ↳não são serviços de oferta exclusivamente públicas que tem ala SUS, o que ocorre por convênios, já que o sistema público não dá conta sozinho e precisa “terceirizar” parte do cuidado em saúde ↳Cândido Ferreira, por exemplo, também é privado, mas tem convênio com a prefeitura, recebendo uma verba para além do que eles próprios obtém pelos trabalhos realizados lá dentro (horta e produção de artesanatos) -Institui o Sistema Único de Saúde, constituído pelo conjunto de ações e serviços de saúde, prestados por órgãos e instituições públicas federais, estaduais e municipais, da administração direta e indireta e das fundações mantidas pelo poder público. -Iniciativa privada poderá participar do Sistema Único de Saúde em caráter complementar. ↳isso ameaça o funcionamento do SUS e, muitas vezes, é proposto por grupos evangélicos que compõe parte da política brasileira Doutrinas do SUS Universalidade -Garantia de atenção à saúde por parte do sistema, a todo e qualquer cidadão. Com a universalidade, o indivíduo passa a ter direito de acesso a todos os serviços públicos de saúde, assim como àqueles contratados pelo poder público. ↳o acesso à saúde não pode fazer distinção de raça, classe, cor, religião, sexualidade, etc Equidade -Assegurar ações e serviços de todos os níveis de acordo com a complexidade que cada caso requer, more o cidadão onde morar, sem privilégios e sem barreiras. Todo cidadão é igual perante o SUS e será atendido conforme suas necessidades até o limite do que o sistema puder oferecer para todos. ↳cada indivíduo possui uma situação de vida, situação socioeconômica, situação geográfica, entre outras, distintas, sendo preciso que o sistema faça esforços para atender o que cada um demanda ↳um exemplo seria ao pensar nos indivíduos com mobilidade física reduzida, que demandam de visitas domiciliares mais frequentes dos profissionais de suas UBS para os medicar e tratar, de forma muito mais recorrente do que as visitas realizadas para a maioria do restante da população (ressalto que isso foi um exemplo da equidade pela questão de equilibrar o acesso à saúde aos sujeitos em todas as condições, mas faço o lembrete que as UBSs fazem visitas a todos seus usuários, com caráter diferente, liderados principalmente pelos agentes de saúde para cadastros, verificação se estão todos bem, reconhecimento dos sujeitos e territórios, etc *caso tenham dúvida e queiram melhores explicações, podem me contatar*) Integralidade -Cada pessoa é um todo indivisível e integrante de uma comunidade; -Ações de promoção, proteção e recuperação da saúde formam também um todo indivisível e não podem ser compartimentalizadas; ↳as ações têm que se voltar para os sujeitos de forma personalizada e atendendo integralmente suas demandas -Unidades prestadoras de serviço, com diversos graus de complexidade, formam também um todo indivisível configurando um sistema integral. ↳o SUS é um grande sistema que opera integralmente nas necessidades de cada paciente -Conceito - “O homem é um ser integral, bio-psico-social, e deverá ser atendido com esta visão integral por um sistema de saúde também integral, voltado a promover, proteger e recuperar sua saúde.” ↳o ser humano demanda de uma série de coisas para sua saúde, a fim de que seja visto e tratado como biopsicossocial ↳dentro disso, pode-se pensar nas necessidades básicas de alimentação, saúde, lazer, saneamento básico, entre outros
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