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Relatorio de bioquimica 2


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FACULDADE METROPOLITANA DE ANÁPOLIS 
CURSO SUPERIOR DE ENFERMAGEM
ATIVIDADE ENZIMÁTICA
 Discente: VALÉRIA KAROLINE DE SOUSA
 Docente: NATHAN CARVALHO SILVA
ANÁPOLIS-GO
2018
 
INTRODUÇÃO
Uma enzima é uma proteína que é sintetizada em uma célula e catalisa ou acelera uma reação de modo que a velocidade da reação seja compatível com o processo bioquímico essencial para a manutenção de uma célula. Ela não modifica a constante de equilíbrio ou o ΔG da reação. Como a enzima é uma proteína se submetida à agentes como calor, ácidos ou bases fortes, solvente orgânicos ou outro material que desnature, ela pode perder suas propriedades catalíticas. (CONN E STUMPF).
Muitas enzimas são nomeadas pela adição do sufixo “ase” ao nome do seu substrato. A catalise enzimática é importante para o sistema dos seres vivos. A função de um catalisador é aumentar a velocidade de uma reação, onde ele não afeta o equilíbrio da reação. A característica que distingue uma reação catalisada por enzima é que ela se realiza dentro de um confinamento da enzima, que é conhecido com sitio ativo. A molécula que se liga a esse sitio e age sobre a enzima é chamado de substrato. A superfície do sitio ativo é revestida de aminoácidos com grupos que ligam o substrato e catalisam sua transformação química. (NELSON E COX)
As enzimas possuem um pH no qual sua atividade é máxima; em pH maiores ou menores a atividade da enzima diminui. As cadeias laterais dos aminoácidos no sitio ativo podem atuar como ácidos e bases fortes ou fracas em função da manutenção do estado de ionização. A remoção de um próton por exemplo pode eliminar uma interação essencial para estabilizar a conformação ativa da enzima. (NELSON E COX) 
A atividade enzimática depende de cofatores, que são moléculas menores de natureza não proteica que são subdivididas em metais e coenzimas. (COELHO E SALGADO)
Algumas substâncias podem inibir a atividade enzimática, são esse chamados de inibidores, onde a duas grandes classes: reversíveis e irreversíveis. A inibição reversível tem várias formas de ocorrer, inibidor competitivo onde ele compete com o substrato pelo o sitio ativo; inibidor incompetitivo liga-se a um sítio distinto do sítio ativo do substrato; inibidor misto se liga em qualquer um dos sítios. Inibidor irreversível é aquele que se liga de forma covalente ou destroem o grupo funcional de uma enzima que é essencial para a atividade enzimática. Esse tipo de inibidor se divide em inibidor suicidas. (NELSON E COX)
Segundo o modelo da “chave-fechadura” proposto por Emil Fischer em 1894, uma enzima e seu substrato são complementares. As enzimas apresentam um sítio ativo onde o substrato se encaixa. Esse encaixe ocorre em razão da ligação formada entre o substrato e as cadeias laterais dos aminoácidos no sitio ativo. É como se cada substrato se encaixasse perfeitamente em uma única enzima, assim como uma chave abre determinada fechadura. Tanto a enzima como o substrato são fatores rígidos, ou seja, não apresentam flexibilidade, e por isso, que as reações enzimáticas apresentam alta especificidade. (SANTOS)
OBJETIVO
Correlacione os aspectos com os achados laboratoriais e verifique a atividade enzimática, e suas particularidades. 
MATERIAS E MÉTODOS 
MÉTODO 01:
Estante para tubo de ensaio 
Tubos de ensaio 
Pipeta Pasteur 
REAGENTES 
Solução de Amilase 10%
Solução de Amido 1%
Água (H2O)
PROCEDIMENTOS-1 
Enumere três tubos de ensaio;
Transferir 2mL da solução água no tubo de ensaio 1;
Transferir 2mL da solução amido 1% no tubo de ensaio 2 e 3;
Adicionar 1mL de solução de amilase para os tubos 1 e 2 e observar, o tubo 3 não leva solução de amilase e sim 1mL de água; 
Encaminhe todos os tubos de ensaio ao banho Maria a 37ºC por 5 minutos; 
Retire os tubos de ensaio do banho Maria e adicione 2 gotas de lugol aos tubos. 
RESULTADOS 
No tubo 01, apresentou uma cor mais amarelada, pois não tinha presença de amido na solução. 
No tubo 02, apresenta uma coloração mais intensa do que as outras por que mostra que a amilase quebrou o lugol. Uma cor roxa, pois o lugol serve para achar o amido na solução. No tubo 2 o Lugol não interagiu com o amido presente na solução porque com a adição da saliva, as enzimas amilases romperam as estruturas do amido originando carboidratos menores.
No tubo 03, por conter só água, adquiriu a coloração do lugol resultando numa solução de Lugol diluída. Meio que amarelada.
LAUDO
Após a adição de lugol nas soluções apresentou-se colorações que iam de mais intensa para menos intensa. Motivo onde a amilase salivar quebrava as moléculas de amido na presença de lugol, pois o lugol é um agente químico que serve para encontrar amido em determinados ambientes. 
O soluto de lugol é um indicador para testar a presença de amido. O corante irá colorir o amido à medida que interage com a estrutura enrolada (forma helicoidal) do polissacarídeo, produzindo uma cor azul escura. Não reage com monossacarídeo (glicose), nem com dissacarídeo (sacarose).
A saliva é um líquido neutro ou ligeiramente alcalino, que contém água, muco e enzimas (amilase salivar ou ptialina). As glândulas submandibulares e sublinguais segregam uma saliva mais grossa que contém a enzima mucina. A outra enzima da saliva é a ptialina, que digere parcialmente os amidos e converte-os em maltose (um tipo de açúcar).
A coloração das soluções ficam geralmente entre azul, roxo intenso até uma cor mais amarelada, por não ter presença de amido ou amilase salivar na solução, então se mantem a cor do lugol.
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Conclui-se então que, através dos métodos utilizados os objetivos propostos foram alcançados. O amido é um polissacarídeo de origem vegetal que tem como função o armazenamento da energia coletada pela fotossíntese. Ele é formado por dois polissacarídeos, amilase e amilopectina, que são constituídos de moléculas de α-glicose. Estão presente em raízes, frutos, tubérculos e sementes. A amilase está presente na boca, onde se tem parcialmente a quebra dos amidos, transformando-os em pequenas moléculas de carboidratos. A água utilizada nos procedimentos é para apenas ter um controle sobre as soluções. O lugol ou solução de Lugol é uma solução de I2 (1%) em equilíbrio com KI (2%) em água destilada. E o amido tratado com o lugol à modificação de sua coloração. 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
NELSON, DAVID L., COX, MICHAEL M., Princípios de bioquímica. 4ª edição. São Paulo: Sarvier, 2006. 
CONN E STUMPF, ERIC E., P. K., Introdução à bioquímica. 4ª edição. São Paulo: Blucher, 1980. 
COELHO E SALGADO, MARIA ALICE Z., ANDRÉA M., Tecnologia enzimática. Rio de Janeiro: EPUB, 2008.
SANTOS, Vanessa Sardinha dos. "Teoria do encaixe induzido"; Brasil Escola. Disponível em https://brasilescola.uol.com.br/biologia/teoria-encaixe-induzido.htm. Acesso em 04 abr. 2018.