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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO INSTITUTO DE CIÊNCIAS AMBIENTAIS, QUÍMICAS, FARMACÊUTICAS E ENGENHARIA QUÍMICA Isabela Ribeiro Mayhara Trindade Nathália Keller EXPERIMENTO DE QUÍMICA DAS TRANSFORMAÇÕES EXPERIMENTAL Técnicas Básicas de Laboratório, Observações e Medidas em Laboratório Diadema - São Paulo 2018 Isabela Ribeiro Mayhara Trindade Nathália Keller EXPERIMENTO DE QUÍMICA DAS TRANSFORMAÇÕES EXPERIMENTAL Técnicas Básicas de Laboratório, Observações e Medidas em Laboratório Relatório final, apresentado a Universidade Federal de São Paulo como parte das exigências para a obtenção do título da UC Química das Transformações Experimental. São Paulo, 29 de Março de 2018. Diadema - São Paulo 2018 � SUMÁRIO OBJETIVOS ...........................................................................................................4 RESUMO ................................................................................................................5 INTRODUÇÃO........................................................................................................6 METODOLOGIA.....................................................................................................7 3.1 Materiais e reagentes utilizados 3.2 Métodos RESULTADOS E DISCUSSÕES...........................................................................10 CONCLUSÃO.........................................................................................................17 BIBLIOGRAFIA......................................................................................................18 OBJETIVOS Com base no experimento realizado em laboratório, tivemos como objetivo: Propiciar contato com técnicas e procedimentos básicos de laboratório aos alunos; Exprimir corretamente os resultados de uma medida e de uma combinação de medidas; Determinar o teor de álcool na gasolina e densidade (fazendo uma simulação com mistura hexano + etanol). RESUMO O experimento consistiu na aprendizagem de técnicas, como: manipulação do tubo de ensaio, pesagem em balança semi-analítica, acerto do menisco, utilização da pera de borracha. E de técnicas realizou-se processos de observações e medidas, como: determinação da densidade da gasolina e o teor de álcool na mesma, medida de volume dos líquidos. Palavras-chaves: balança, menisco, pera de borracha, densidade, gasolina, teor de álcool. INTRODUÇÃO Para dar início a experimentos laboratoriais são necessárias técnicas básicas para alcançar o experimento com êxito. Foram usadas inúmeras técnicas para conhecimento métodos que serão utilizados em aulas experimentais como: Manipulação do tubo de ensaio; Os tubos de ensaio, são clássicos em um laboratório e também são utilizados em biologia e bioquímica para a coleta e manipulação de amostras. São eficientes para testar reagentes líquidos ou sólidos em pouca quantidade Pesagem em balança semi analítica; Balança é um equipamento de laboratório que mede a massa de um corpo. Existem diversos tipos de balanças de laboratório. Acerto do menisco; O menisco é a curva vista na parte superior de um líquido em resposta ao seu recipiente, e pode ser côncavo ou convexo. Utilização da pera de borracha; Geralmente feito de borracha, serve para sugar produtos químicos e biológicos em outros instrumentos (geralmente usa-se pipeta graduada ou pipeta volumétrica). Determinação de massa. Importante para associar a diferença de valores em determinados objetivos de medição. Além dessas técnicas realizou-se processos de observações e medidas, como: Determinação da densidade da gasolina e o teor de álcool na mesma, e; Medida de volume dos líquidos. METODOLOGIA 3.1 Materiais Utilizados: Béquer; Pera de borracha; Vidro de relógio; Balanças: analítica e semi-analítica; Tubos de ensaio; Proveta; Termômetro; Pipeta volumétrica; Corpo metálico; Pipeta pasteur; Erlenmeyer. Reagentes Utilizados: Água de torneira; Água destilada; Gasolina; Solução de sacarose; Solução de NaCl (Cloreto de Sódio); Ácido Acético. 3.2 MÉTODOS: EXPERIMENTOS: 1) Manipulação de tubo de ensaio; Adicionou-se 1 mL de ácido acético 0,5 mol/L ao tubo de ensaio. Agitou-se o tubo conforme instruções do professor. Anotou-se as observações; Ao segundo tubo, adicionou-se uma pequena quantidade de NaCl no tubo e em seguida adicionou-se 1 mL de água de torneira e solubilize o sal corretamente conforme orientação do professor; 2) Pesagem em balança semi analítica; Determinou-se a massa de um composto para preparar uma solução 0,3 mol.L-1, para um volume de 100 mL. A massa molecular do composto é 180 g.mol-1. Pesou-se a massa determinada em um béquer do reagente A em balança semi analítica. Solicite auxílio para o professor ou técnico do laboratório. 3) Acertar o menisco; Encheu-se ¾ do béquer com água de torneira. Mediu-se 50, 75 e 100 mL de água comum em uma proveta acertando o menisco. Orientação: fazer o ajuste do volume utilizando a pipeta Pasteur se necessário 4) Utilização da pera de borracha; Encheu-se 1/2 do béquer com água de torneira. Conectou-se a pera de borracha na pipeta volumétrica de 10 mL e pipetar o volume acertando o menisco e transferir para o erlenmeyer. 5) Determinação de massa; Foram utilizados dois tipos de balança, com legibilidade 0,01 g ou 0,0001 g. Pesou-se, nas duas balanças, o corpo metálico fornecido. Compare os valores obtidos nas duas pesagens. 6) Medida de volume dos líquidos; Foi medida a temperatura da água com auxílio de um termômetro. Para comparar o desempenho de pipetas e provetas para medir volumes, utilizou-se água destilada e efetuar pesagens, usando sempre a mesma balança. Mediu-se a temperatura da água que será utilizada e procurado na tabela o valor da densidade. Pesou-se em uma balança semi analítica um béquer de 250 mL. Com o auxílio de uma pipeta volumétrica, transferiu-se 10,0 mL de água para o béquer. Pesou-se o conjunto béquer mais água. Sem esvaziar o béquer, utilizou-se uma proveta para transferir para o mesmo 30,0 mL de água. Pesou-se o novo conjunto béquer e água. Completou-se o volume no béquer até 100 mL, com base na “graduação” que ele apresenta. Foi pesado o béquer com a água. 7) Determinação da densidade da gasolina e o teor de álcool na gasolina (simulação com mistura de hexano+etanol); Pesou-se em uma balança semi analítica, uma proveta de VIDRO com a tampa com capacidade para 50 mL. Foi adicionado 25 mL de gasolina. Pesou-se novamente a massa da proveta e em seguida complete com água destilada até a marca de 50 mL, homogeneizado e pesou-se a massa final do conjunto e anote todas as observações. RESULTADOS E DISCUSSÕES: EXPERIMENTO 1 – MANIPULAÇAO DO TUBO DE ENSAIO; Após adicionar 1mL de ácido acético 0,5 mol/L ao tubo de ensaio e agitou-se corretamente dando batidas com os dedos ao tubo conforme a instrução do professor. Ao segundo tubo, após adicionar uma ponta de espátula com Cloreto de Sódio (NaCl) a 1mL de água de torneira, foi feita a solubilização do sal obtendo como resultado uma solução homogeneizada e incolor. EXPERIMENTO 2 – PESAGEM NA BALANÇA SEMI ANALITICA; Para determinação de massa de um composto para preparação de uma solução a 0,3mol.L-1 , para um volume de 100mL tendo como MM 180g.mol foi utilizada uma regra de três: 0,3 mol ----------- 1 L 180 g ------- 1 molx -------- 0,1 L x ------- 0,03 mol x = 0,03 mols x = 5,4 g - Serão necessários 0,03 mol - Para obter a concentração necessária, de sacarose. deve-se adicionar 5,4 g de sacarose a 100mL de água. Para pesar a quantidade desejada de sacarose utilizamos a balança semi-analítica. Foi colocado o béquer sob a balança, taramos o peso do recipiente, e adicionamos a sacarose aos poucos e com cuidado. EXPERIMENTO 3 – ACERTAR MENISCO Menisco é a curva observada na superfície de um líquido, quando colocado em um recipiente. O acerto do menisco ocorre quando a parte mais baixa da curva está perfeitamente alinhada com a linha da graduação do recipiente na quantidade desejada. Para medir 50, 75 e 100 ml de água em uma proveta, foi utilizada a pipeta de Pasteur para acertar o menisco. Erro de medida: Geralmente esse erro vem especificado no recipiente. Mas quando não está escrito, considera-se que o erro é ½ a escala do recipiente, por exemplo, se a graduação for de 1 em 1 mL, o erro de medida é 0,5mL para mais ou para menos. EXPERIMENTO 4 – UTILIZAÇÃO DE PERA DE BORRACHA: Encheu-se metade do béquer com água da torneira, e após conectar a pera de borracha na pipeta volumétrica de 10 mL, foi pipetado 10mL de água, e transferiu-se a solução para o Erlenmeyer. Experimento realizado com êxito com todos os integrantes do grupo. A pêra de borracha funciona gerando uma pressão dentro do tubo diferente da atmosférica, facilitando a subida do líquido. Para encaixá-la, ela deve estar desinflada, para isso deve-se apertar o A. Para sugar o líquido e depois esvaziar a pipeta deve-se pressionar as marcações de S e E da pêra. EXPERIMENTO 5 – DETERMINAÇÃO DE MASSA Foi escolhido um corpo metálico e pesado logo em seguida em duas balanças, o peso obtido foi de: Balança analítica: m = 29,9690 g Balança semi-analítica: m = 29,954 g Os valores obtidos são distintos, porém muito próximos. A balança analítica é um equipamento para laboratório de uso mais restrito, diferentemente da balança semi-analítica, essa balança para laboratório possui alto grau de precisão. É utilizada principalmente em determinação de massas em análises químicas, determinação de quantidade absoluta ou relativa de um ou mais constituintes de uma amostra. A balança analítica possui um dispositivo tipo capela com três portas para proteger de correntes de ar podem alterar o valor absoluto da pesagem (no caso da semi analítica). Por esse motivo, o ambiente onde ficará a balança deve ser específico e ter condições ambientais controladas. EXPERIMENTO 6 – MEDIDA DE VOLUME DE LIQUIDOS A)Temperatura da água destilada = 22°C B)Densidade da água em 22°C = 0,99780 g/mL C)Massa do béquer de 250mL = 97,4790 g Utilizando uma pipeta volumétrica, transferiu-se 10mL de água destilada para o béquer. D) Massa do béquer + 10,0 mL de água (pipeta) = 107,70 g Ou seja: massa 10 mL de água = total do béquer com a água - massa do béquer massa 10 ml de água = 107,70 g - 97,4790 g massa 10 ml de água = 10, 221 g Para conferir o volume pipetado: Densidade da água a 22°C (g/mL)= massa da água (g) : volume da água (mL), ou seja, d=m/v 0,99780 = 10, 221 / V V = 10,221 / 0,99780 V = 10,2435 mL G) Volume contido na pipeta = 10,2435 mL Sem esvaziar o béquer, utilizou-se uma proveta, transferiu-se 30 mL de água para o recipiente. E) Massa do béquer + 10,0 mL de água + 30,0 mL de água (proveta) = 137,1501g Ou seja: massa 40,0 mL de água = (massa medida - massa do béquer seco) massa 40,0 mL de água = 137,1501 g - 97,4790 g massa 40,0 mL de água = 39, 6711 g massa 30,0 mL = (massa 40,0 ml - massa 10,0 ml) que já estavam no béquer massa 30,0 mL = 39,6711 g - 10,221 g massa 30,0 mL = 29,4501 g Para conferir o volume na proveta: Densidade da água a 22°C (g/mL) = massa da água (g) : volume da água (mL), ou seja, d=m/v 0,99780 = 29,4501 / V V = 29,4501 / 0,99780 V = 29,5150 ml H) Volume de água contido na proveta = 29,5150 ml Sem esvaziar o béquer, completou-se o volume no béquer até 100mL, com base na graduação que ele apresenta. F) Massa do béquer + 10,0 mL de água + 30,0 mL de água + água até completar a marca de 100 mL do béquer = 207,0787 g massa 100,0 mL de água = (massa medida - massa do béquer seco) massa 100,0 mL de água = 207,0787 g - 97,4790 g massa 100,0 mL de água = 109,5997 g massa dos 60,0 mL adicionado = (massa 100,0 mL - massa dos 40,0 mL) que já estavam no béquer (pesado no passo anterior) massa dos 60,0 mL adicionado = (109,5997 g - 39, 6711 g) massa dos 60,0 mL adicionado = 69,9286 g Para conferir o volume no béquer: Densidade da água a 22°C (g/mL) =massa da água (g) : volume da água (mL), ou seja, d=m/v 0,99780 = 69,9286 / V V = 69,9286 / 0,99780 V = 70,0827 mL de água I) Volume de água gasto para completar até a marca de 100 mL do béquer = 70,0827 mL J) Com base nos resultados obtidos, organize os aparatos de vidro utilizados, em ordem decrescente de exatidão? Pipeta - Proveta - Béquer Justificativa: A pipeta é o instrumento analisado mais preciso por ter um volume fixo estipulado manualmente no seu processo de fabricação, permitindo maior exatidão nas medidas. Já a proveta é mais graduada, o que facilita a medição, porém por não apresentar um volume fixo fornece uma margem de erro um pouco maior que a da pipeta. O Béquer por não possuir muitas graduações, ou seja, os intervalos entre uma marca e outra serem grandes, fornecem um valor aproximado de volume, por isso não é um instrumento que indica muita precisão para medidas. EXPERIMENTO 7 – DETERMINAÇÃO DA DENSIDADE DA GASOLINA E O TEOR DE ÁLCOOL NA GASOLINA (SIMULAÇÃO DE MISTURA COM HEXANO + ETANOL) a) Massa da proveta vazia: 50,587g b) Massa da proveta + gasolina: 68,115g c) Massa da proveta + gasolina + água: 93,156g Depois da mistura da gasolina com água foi observada uma separação de fases na mesma, formando assim uma solução bifásica, com uma leve linha separando-as. A fase superior, um pouco mais turva que a de baixo, corresponde ao hexano, que não reage com água por ser um hidrocarboneto apolar. A fase inferior seria a combinação de água+etanol, ambos polares, por isso a reação ocorre. A água com o etanol fica na parte de baixo do frasco por ser mais densa que o hexano. Sendo que: d) Volume da gasolina: 21mL Volume de água + etanol: 29 mL Para calcular a densidade da gasolina: massa da gasolina = massa da proveta com gasolina - massa da proveta massa da gasolina = 68,115 g - 50,587g massa da gasolina = 17,528g Densidade da gasolina (g/mL) = massa (g) : volume (mL) ou seja, d=m/v densidade da gasolina = 17,528g / 25 mL densidade da gasolina = 0,70112 g/mL A densidade da gasolina permitida pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) não tem um valor fixo, já que esta varia de acordo com a temperatura. Entretanto, a variação não é grande e normalmente fica situada entre 0,73 e 0,77 à 20-24°C. Para calcular o teor de álcool contido da gasolina: Precisamos saber o quanto de etanol tinha na mistura hexano+etanol. volume do etanol = volume de água com etanol - volume de água adicionado volume do etanol = 29ml - 25ml volume do etanol = 4 mL Para então, fazermos uma regra de 3 em que 25mL equivale a 100%, ou seja, o volume total de gasolina adicionado na proveta.25 mL - 100% 4 mL - teor de álcool contido da gasolina Teor de álcool contido na gasolina= 16% Segundo a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), a porcentagem obrigatória de etanol anidro combustível que deve estar misturado à gasolina é de aproximadamente 27%. CONCLUSÃO Com a realização dos experimentos 1, 3 e 4 conhecemos e aprendemos a utilizar algumas vidrarias e materiais de laboratório, dentre elas o tubo de ensaio, béquer, proveta, pipeta de Pasteur, a pipeta volumétrica, pera de sucção. Utilizando-as percebemos que devemos ter cautela ao manuseá-las para não as danificar. Percebemos também que cada objeto tem sua função e que deve ser usada de acordo. Já com o experimento 6 pudemos confirmar que vidraçarias diferentes possuem diferentes gradações, as quais podem alterar os resultados, sendo assim é necessária atenção as medidas. E se caso necessário, fazer a calibragem. Dentre as vidraçarias avaliadas concluímos que a pipeta volumétrica era a vidraria com maior precisão. Já os experimentos 2 e 5 estavam relacionados às massas de alguns materiais, portanto para realizá-los tínhamos que utilizar uma balança analítica e uma semi analítica. Primeiramente, antes de fazer qualquer medição, notamos que é crucial saber sobre as unidades de medidas envolvidas e suas relações, já que em muitos casos para a finalização correta do experimento e necessário o uso de formulas e conversões. Ao utilizar as balanças foi visto que há diferenças entre suas precisões, então é necessária uma avaliação prévia levando em conta a quantidade de produtos ou reagentes que está sendo usado e o quão preciso esses valores precisam ser, para escolher a melhor opção. Por fim, no ultimo experimento, fizemos uma solução com 25 ml gasolina (simulação com hexano + etanol) e 25 ml de agua destilada. Com ele pudemos concluir que a parte polar do etanol interage com a água, que forma uma mistura homogenia (agua + etanol), causando a diminuição do volume da gasolina. Sendo esse mesmo experimento usado para saber se a gasolina está adulterada, descobrimos que o valor do teor alcoólico presente na mistura estava aceitável e não adulterado, quando comparado ao valor permitido segunda legislação federal em vigor, que segundo a ANP é de 25%. BIBLIOGRAFIA “Experimentos de Química de Transformações 2018”, UNIFESP, Campus Diadema, 2018”. Teor de etanol na gasolina: www.brasil.gov.br/economia-e-emprego/2015/03/adicao-de-27-de-etanol-na-gasolina-e-estabelecida-pelo-governo Acesso: Março, 2018 Densidade da gasolina: www.sindipetroleo.com.br/portal/storage/tabelas-de-densidade-2017.pdf Acesso: Março, 2018
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