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Aula 03
Gestão Pública p/ TRT-RS (Técnico - Área Administrativa)
Professor: Rodrigo Rennó
Noções de Gestão Pública p/ Técnico do TRT-RS 
Teoria e exercícios comentados 
Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 03 
 
 
Prof. Rodrigo Rennó 
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Aula 3: Orçamento Público 
 
Olá pessoal, tudo bem? 
Na aula de hoje iremos cobrir os seguintes itens: 
¾ Orçamento Público: Conceito. Princípios orçamentários. 
Receitas e despesas extraorçamentárias. Orçamento-
programa: conceitos e objetivos. Orçamento na Constituição 
Federal. 
Irei trabalhar com muitas questões da FCC, mas incluirei algumas 
questões de outras bancas quando não tiverem questões da FCC do tema 
trabalhado, ok? Espero que gostem da aula! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Noções de Gestão Pública p/ Técnico do TRT-RS 
Teoria e exercícios comentados 
Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 03 
 
 
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Sumário 
Orçamento Público ................................................................................ 3 
Conceito ......................................................................................... 3 
Orçamento Tradicional ...................................................................... 3 
Orçamento de Desempenho ................................................................. 3 
Orçamento Base-Zero ........................................................................ 5 
Orçamento Programa ........................................................................ 9 
Princípios Orçamentários ..................................................................... 14 
Princípio da Unidade ou Totalidade ....................................................... 14 
Princípio da Universalidade ............................................................... 14 
Princípio da Anualidade ................................................................... 14 
Princípio da Exclusividade ................................................................ 15 
Princípio do Orçamento Bruto ............................................................. 15 
Princípio da Legalidade .................................................................... 16 
Princípio da Publicidade ................................................................... 16 
Princípio da Não-Vinculação da Receita de Impostos ................................... 16 
Princípio do Equilíbrio ..................................................................... 17 
Princípio da Discriminação ................................................................ 17 
Orçamento na Constituição Federal, de 1988. ............................................... 25 
O Ciclo de Gestão .......................................................................... 29 
Ciclo Orçamentário ........................................................................ 32 
O Plano Plurianual - PPA..................................................................... 44 
Lei de Diretrizes Orçamentárias ± LDO ..................................................... 50 
Lei Orçamentária Anual ± LOA .............................................................. 58 
Receitas e Despesas extraorçamentárias. .................................................... 63 
Receitas orçamentárias e Ingressos Extraorçamentários ................................. 63 
Despesas Orçamentárias e Dispêndios Extraorçamentários ............................. 65 
Lista de Questões Trabalhadas na Aula. ........................................................ 80 
Gabarito .......................................................................................... 99 
Bibliografia ...................................................................................... 99 
 
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Noções de Gestão Pública p/ Técnico do TRT-RS 
Teoria e exercícios comentados 
Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 03 
 
 
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Orçamento Público 
 
Conceito 
 
Para conceituar orçamento público faz-se necessário o conhecimento 
prévio de sua evolução, com a análise de suas funções precípuas ao longo 
do tempo. 
Dessa forma, vamos conhecer um pouco a evolução do orçamento, 
que, resumidamente, se dá em nas seguintes fases: Orçamento 
Tradicional, Orçamento de Desempenho, Orçamento Base-Zero, 
Orçamento Programa. 
 
Orçamento Tradicional 
 
7DPEpP�FRQKHFLGR� FRPR� ³/HL� GRV�0HLRV´�� R� RUoamento tradicional 
tinha a função principal de exercer um controle político das receitas e 
despesas públicas. Segundo Mendes1��³é uma peça meramente contábil ± 
financeira -, sem nenhuma espécie de planejamento. Portanto, somente 
um documento de previsão de receita e de autorização de despesa´� 
Dessa forma, o orçamento tradicional preocupava-se, anualmente, 
em fixar as despesas e estimar as receitas (com base no orçamento do 
exercício anterior), confrontando-as, sem planejar a ações do governo. 
 
Orçamento de Desempenho 
 
7DPEpP� FRQKHFLGR� SRU� ³Orçamento de Realizações´ ou 
³Orçamento Funcional´, o orçamento de desempenho preocupa-se mais 
com a qualidade dos gastos, isto é, busca correlacionar o objeto do 
gasto com um programa de trabalho. 
Vale salientar que o programa de trabalho citado no parágrafo 
anterior não é o que conhecemos atualmente com o planejamento central 
do governo, logo, neste tipo de orçamento, não há ligação entre o 
orçamento e o planejamento, ok? Dessa forma, pode-se afirmar que o 
orçamento de desempenho não possui a vinculação direta com o 
planejamento governamental. 
 
1 (Mendes, 2010) 
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Noções de Gestão Pública p/ Técnico do TRT-RS 
Teoria e exercícios comentados 
Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 03 
 
 
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Vejamos como esse tema já foi cobrado? 
1 ± (FUNIVERSA - SEAP-DF ± ACI ± 2014) Suponha que, em 
determinado país, o orçamento público seja elaborado tendo como 
preocupação principal o resultado do gasto, sem vinculação com o 
instrumento central de planejamento do governo. Nesse caso, 
assinale a alternativa que apresenta o tipo correto de orçamento 
utilizado. 
a) orçamento tradicional ou clássico 
b) orçamento-programa 
c) orçamento de desempenho 
d) orçamento de base-zero 
e) orçamento de investimento 
 
Mais uma vez, citarei a STN2 quanto aos conceitos de orçamentos, 
senão vejamos: 
³Orçamento de Desempenho decorre de um processo 
orçamentário que se caracteriza por apresentar duas dimensões do 
orçamento: o objeto de gasto e um programa de trabalho, contendo 
as ações desenvolvidas. Toda a ênfase reside no desempenho 
organizacional, sendo também conhecido como orçamento funcional´. 
Dessa forma, o orçamento que se preocupa com o objeto do gasto é 
o orçamento de desempenho. Gabarito, portanto, letra C. 
 
2 ± (CESGRANRIO ± EPEP ± ANALISTA ± 2014) Sob o ponto de vista 
objetivo, o orçamento público abrange um conjunto de normas 
relativas à sua preparação, aprovação legislativa, execução e 
controle. Desde o seu surgimento, o orçamento público apresentou 
diferentes características que retratam o seu processo evolutivo. 
A elaboração com foco nos resultados e sem vinculação direta com 
o planejamento governamental é a principal característica do 
orçamento: 
a) base-zero 
b) por desempenho 
c) programa 
d) participativo 
e) tradicional 
 
2 (Secretaria do Tesouro Nacional) 
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Teoria e exercícios comentados 
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De acordo com Mendes3��³o orçamento de desempenho ainda se 
encontra desvinculado de um planejamento central das ações do governo, 
ou seja, nesse modelo orçamentário inexiste um instrumento central de 
planejamento das ações do governo vinculado à peça orçamentária. 
Apresenta, assim, uma deficiência, que é a desvinculação entre o 
planejamento e o orçamento´� 
Dessa forma, o orçamento que foca nos resultados e é desvinculado 
diretamente do planejamento governamental é o orçamento por 
desempenho. Dessa forma, o gabarito é letra B. 
 
Orçamento Base-Zero 
 
Refere-se a uma abordagem orçamentária desenvolvida nos Estados 
Unidos da América, pela Texas Instruments Inc., no ano de 19694. 
7DPEpP� FRQKHFLGR� FRPR� ³2UoDPHQWR� SRU� (VWUDWpJLD´�� apresenta 
como características principais5: 
¾ Análise, revisão e avaliação de todas as despesas propostas e 
não apenas das solicitações que ultrapassam o nível de gasto 
já existente; 
¾ Todos os programas devem ser justificados cada vez que se 
inicia um novo ciclo orçamentário. 
Como todos os programas devem ser justificados a cada ciclo 
orçamentário, é yEYLR�TXH�QmR�VH�SRGH�IDOD�HP�³GLUHLWRV�DGTXLULGRV´�VREUH�
as verbas alocadas no ciclo anterior, não é verdade? 
Para Giacomoni6, Peter Pyhrr foi o principal idealizador da técnica do 
orçamento base-zero. O autor relata que Pyhrr apontou problemas na 
implementação desse tipo de orçamento. Para ele, deve-se avaliar a 
resistência imposta pela burocracia quanto à eficácia de seus programas. 
'HVVH�PRGR��³o alcance da plena eficácia das melhorias no plano gerencial 
e orçamentário poderá necessitar de vários anos´� 
Nesse sentido, recomendou-se que a técnica base-zero seja aplicada 
de modo intensivo apenas nos níveis superiores de gerência de 
programas. 
 
3 (Mendes, 2010) 
4 (Secretaria do Tesouro Nacional) 
5 Idem 
6 (Giacomoni, 2010) 
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Por fim, apenas se justifica a aplicação do orçamento base-zero 
quando se tratar do curto prazo. Isso se dá porque a cada ciclo 
orçamentário, deve-se analisar, revisar e avaliar todas as despesas 
propostas e não apenas as solicitações que ultrapassam o nível de gasto já 
existente. 
Dessa forma, a adoção do orçamento base-zero prejudica a adequada 
vinculação ao planejamento de médio e longo prazo. 
Vejamos como esse tema já foi cobrado? 
3 ± (FGV ± TJ ± ANALISTA ± 2015) A prática de elaboração de um 
orçamento para as atividades governamentais tem origem na 
Inglaterra e apresentou diversas características que marcam sua 
evolução ao longo do tempo. O método de elaboração de orçamento 
em que a cada novo exercício deve haver justificativa detalhada dos 
recursos solicitados é o orçamento: 
a) programa 
b) por desempenho 
c) participativo 
d) base zero 
e) operacional 
 
De acordo com a STN7, o Orçamento Base-Zero é uma abordagem 
orçamentária desenvolvida nos Estados Unidos da América, pela Texas 
Instruments Inc., durante o ano de 1969. 
Suas principais características são: análise, revisão e avaliação de 
todas as despesas propostas e não apenas das solicitações que ultrapassam 
o nível de gasto já existente. Por fim, é ressaltado que todos os 
programas devem ser justificados cada vez que se inicia um novo 
ciclo orçamentário. Dessa forma, o gabarito é letra D. 
 
4 ± (FCC ± MPU ± ANALISTA ± 2007) É característica do orçamento 
base-zero: 
a) ênfase no acréscimo de gastos em relação ao orçamento 
anterior. 
b) decisões considerando as necessidades financeiras das unidades 
operacionais. 
c) justificativa, em cada ano, de todas as atividades a serem 
desenvolvidas. 
 
7 (Secretaria do Tesouro Nacional) 
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d) dissociação do conceito de planejamento e alocação de recursos. 
e) inexistência de mensuração dos resultados das atividades 
desenvolvidas. 
 
O comando da questão pede uma característica do orçamento base-
zero. Vejamos as características citadas por Jund8 desse tipo de orçamento: 
¾ ³Todos os programas devem ser justificados a cada início 
de um novo ciclo orçamentário, não existindo direitos 
adquiridos sobre verbas anteriormente outorgadas; 
¾ As solicitações de recursos não obedecem a nenhuma 
prioridade; 
¾ Revisão crítica dos gastos tradicionais de cada área, e 
estimativa dos custos para o exercício seguinte, partindo-se de 
uma nova base, ou seja, base zero; 
¾ Criação de alternativas para facilitar a escala de prioridades ou 
relevância na alocação dos recursos, que serão levadas para 
decisão superior´� 
Dessa forma, o gabarito é letra C, pois o orçamento base-zero, dentre 
outras características, deve justificar, em cada ano todas as atividades a 
serem desenvolvidas. 
 
5 ± (FGV ± PROCEMPA ± ANALISTA ± 2014) Assinale a opção que 
apresenta uma característica do orçamento de base zero. 
a) O fato de toda despesa ser considerada despesa nova, sendo que 
a cada ano é necessário provar as necessidades de orçamento. 
b) A modernidade, estreitamente relacionada ao planejamento, 
como o maior nível de classificação das ações do governo, integrada 
ao orçamento com objetivos e metas a serem alcançadas. 
c) A ênfase no desempenho organizacional, avaliando os resultados 
em termos de eficácia do orçamento, sendo um importante 
instrumento para o gerenciamento da Administração Pública. 
d) Um processo orçamentário com apenas uma dimensão do 
orçamento, ou seja, o objeto de gasto, sendo uma forma de controle 
do Legislativo sobre o Executivo. 
e) O fato de ser uma técnica orçamentária em que a alocação de 
alguns recursos contidos no orçamento público ser decidida com a 
 
8 (Jund, 2008) 
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participação direta da população por meio das organizações da 
sociedade civil. 
 
Percebam que as questões são um pouco repetitivas, quanto à 
cobrança de orçamento base-zero. Nesta, a letra A está correta, pois 
conforme foi visto, no orçamento base-zero, todos os programas devem 
ser justificados cada vez que se inicia um novo ciclo orçamentário. 
Gabarito, portanto, letra A. 
 
6 ± CESPE ± ICMBIO ± ANALISTA ± 2014) As dificuldades de se 
implementar a técnica de orçamento de base-zero incluem a 
resistência imposta pela burocracia quando a eficácia de seus 
programas é avaliada. 
 
Para Giacomoni9, de acordo com Peter Pyhrr, o principal idealizador 
da técnica do orçamento base-zero, há problemas importantes na 
implementação da base-zero, como a resistência interposta pela 
burocracia quando a eficácia de seus programas é avaliada. 
O autor ainda conclui afirmando a plena eficácia das melhorias no 
plano gerencial e orçamentário poderá necessitar de vários anos para ser 
atingida. Gabarito, portanto, questão correta. 
 
7 ± (CESPE - TC-DF ± TÉCNICO ± 2014) A proposta orçamentária 
elaborada peloPoder Executivo federal embasa-se no conceito de 
orçamento base-zero, segundo o qual a existência de determinada 
dotação na lei orçamentária do exercício anterior não constitui 
garantia para a sua inclusão no exercício seguinte. 
 
Pessoal, a proposta orçamentária elaborada pelo Poder Executivo 
Federal embasa-se no conceito de orçamento programa, e não orçamento 
base-zero, como afirmou a banca. 
No orçamento programa, observa-se como características 
principais10: integração, planejamento, orçamento; quantificação de 
objetivos e fixação de metas; relações insumo-produto; alternativas 
programáticas; acompanhamento físico-financeiro; avaliação de 
resultados; e gerência por objetivos. Dessa forma, o gabarito é questão 
errada. 
 
9 (Giacomoni, 2010) 
10 (Secretaria do Tesouro Nacional) 
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8 ± (CESPE ± ANTAQ ± TÉCNICO ± 2014) O orçamento base-zero é 
utilizado como um método que define objetivos com vistas à 
otimização do custo-benefício, entretanto a sua adoção prejudica a 
adequada vinculação do orçamento ao planejamento de longo 
prazo. 
 
Se no orçamento base-zero, todos os programas devem ser 
justificados cada vez que se inicia um novo ciclo orçamentário, devendo 
haver análise, revisão e avaliação de todas as despesas propostas e não 
apenas das solicitações que ultrapassam o nível de gasto já existente, sua 
adoção, portanto, prejudica a adequada vinculação ao planejamento de 
longo prazo. 
Logo, esse tipo de orçamento não comporta planejamento de médio 
ou longo prazo, focando, apenas o curto prazo. Gabarito, portanto questão 
correta. 
 
Orçamento Programa 
 
Também conhecido como orçamento funcional, o orçamento 
programa ³é uma técnica orçamentária vinculada ao planejamento 
econômico e social que surgiu como uma necessidade de levar à prática, 
com programas anuais, os planos governamentais de desenvolvimento a 
longo prazo11´� 
Dessa forma, um dos principais objetivos do orçamento programa é 
a formalização de programas, planejados, com objetivo e metas, previsões 
de custos. 
Dessa forma, busca-se obter maior controle das contas públicas, pois 
estabeleceria a eficiência e transparência no planejamento governamental. 
Pessoal, normalmente as questões vêm cobrando diferenças entre os 
orçamentos: tradicional e programa. Vamos relacionar as principais 
diferenças entre eles no quadro abaixo, de acordo com Giacomoni12. 
 
 
11 (Jund, 2008) 
12 (Giacomoni, 2010) 
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Figura 1. Orçamento Tradicional. 
Orçamento Tradicional
ͻ O processo orçamentário é dissociado dos processos de 
planejamento e programação;
ͻ A alocação de recursos visa à aquisição de meios;
ͻ As decisões orçamentárias são tomadas tendo em vista 
as necessidades das unidades organizacionais;
ͻ Na elaboração do orçamento são consideradas as 
necessidades financeiras das unidades organizacionais;
ͻ A estrutura do orçamento dá ênfase aos aspectos 
contábeis de gestão;
ͻ Principais critérios classificatórios: unidades 
administrativas e elementos;
ͻ Inexistem sistemas de acompanhamento e medição de 
trabalho, assim como dos resultados;
ͻ Controle visa avaliar a honestidade dos agentes 
governamentais e legalidade no cumprimento do 
orçamento.
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Figura 2. Orçamento Programa. 
 
Vamos resolver algumas questões sobre o tema? 
9 ± (CESGRANRIO - CEFET-RJ ± ADMINISTRADOR ± 2014) O 
orçamento-programa tem ênfase nos instrumentos de integração 
dos esforços governamentais no sentido de concretização dos 
objetivos e é considerado como uma evolução do orçamento 
tradicional. NÃO está associado ao conceito de orçamento-
programa o fato de: 
a) a estrutura do orçamento destacar os aspectos administrativos 
e de planejamento. 
b) as decisões orçamentárias considerarem os custos dos projetos 
e programas. 
c) as decisões orçamentárias serem tomadas com base em 
avaliações e análises técnicas. 
Orçamento Programa
ͻ o orçamento é o elo entre o planejamento e o orçamento;
ͻ a alocação de recursos visa à consecução de objetivos e
metas;
ͻ as decisões orçamentárias são tomadas com base em
avaliações e análises técnicas de alternativas possíveis;
ͻ na elaboração do orçamento são considerados todos os
custos dos programas, inclusive os que extrapolam o
exercício;
ͻ a estrutura do orçamento está voltada para os aspectos
administrativos e de planejamento;
ͻ o principal critério de classificação é o funcional-
programático;
ͻ utilização sistemática de indicadores e padrões de
medição do trabalho e de resultados;
ͻ o controle visa avaliar a eficiência, a eficácia e a
efetividade das ações governamentais.
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d) as necessidades financeiras das unidades organizacionais serem 
priorizadas na elaboração do orçamento. 
e) os mecanismos de controle objetivarem avaliar a eficácia das 
ações. 
 
De acordo com Giacomoni13, são características do orçamento-
programa: 
¾ o orçamento é o elo entre o planejamento e o orçamento; 
¾ a alocação de recursos visa à consecução de objetivos e metas; 
¾ as decisões orçamentárias são tomadas com base em avaliações 
e análises técnicas de alternativas possíveis; 
¾ na elaboração do orçamento são considerados todos os custos dos 
programas, inclusive os que extrapolam o exercício; 
¾ a estrutura do orçamento está voltada para os aspectos 
administrativos e de planejamento; 
¾ o principal critério de classificação é o funcional-programático; 
¾ utilização sistemática de indicadores e padrões de medição do 
trabalho e de resultados; 
¾ o controle visa avaliar a eficiência, a eficácia e a efetividade das 
ações governamentais. 
 
Percebam que dentre as alternativas, a única que não consta nas 
características citadas pelo autor no referido orçamento é a letra D, sendo 
o gabarito da questão. 
 
10 ± (IADES - TRE-PA ± ANALISTA ± 2014) Em relação aos conceitos 
do orçamento/programa, assinale a alternativa incorreta. 
a) O orçamento é o elo entre o planejamento e as funções 
executivas da organização. 
b) A alocação de recursos visa à consecução de objetivos e metas. 
c) O controle visa avaliar a eficiência, a eficácia e a efetividade das 
ações governamentais. 
d) Os principais critérios classificatórios são unidades 
administrativas e elementos, e o controle visa avaliar a honestidade 
dos agentes governamentais e a legalidade no cumprimento do 
orçamento. 
 
13 (Giacomoni, 2010) 
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e) As decisões orçamentárias são tomadas com base em avaliaçõese análises técnicas das alternativas possíveis. 
 
A letra D caracteriza o orçamento tradicional, segundo Giacomoni14, 
as principais características desse tipo de orçamento são: 
¾ O processo orçamentário é dissociado dos processos de planejamento 
e programação; 
¾ A alocação de recursos visa à aquisição de meios; 
¾ As decisões orçamentárias são tomadas tendo em vista as 
necessidades das unidades organizacionais; 
¾ Na elaboração do orçamento são consideradas as necessidades 
financeiras das unidades organizacionais; 
¾ A estrutura do orçamento dá ênfase aos aspectos contábeis de 
gestão; 
¾ Principais critérios classificatórios: unidades administrativas e 
elementos; 
¾ Inexistem sistemas de acompanhamento e medição de trabalho, 
assim como dos resultados; 
¾ Controle visa avaliar a honestidade dos agentes 
governamentais e legalidade no cumprimento do orçamento. 
 
A banca pede que assinale a alternativa errada. Dessa forma, apenas 
a letra D não se refere ao orçamento-programa, e sim ao orçamento 
tradicional. Gabarito, portanto, letra D. 
 
11 ± (CESPE ± MDIC ± AGENTE ADMINISTRATIVO ± 2014) O 
orçamento público é um documento contábil e financeiro 
desvinculado do planejamento governamental. 
 
'H�DFRUGR�FRP�D�671��R�³RUoDPHQWR�Súblico é uma lei de iniciativa 
do Poder Executivo que estima a receita e fixa a despesa da administração 
pública. É elaborada em um exercício para depois de aprovada pelo Poder 
Legislativo, vigorar no exercício seguinte´. 
O orçamento tradicional é que era considerado um documento 
contábil e financeiro desvinculado do planejamento governamental. 
Gabarito, portanto, questão errada. 
 
14 (Giacomoni, 2010) 
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Princípios Orçamentários 
 
Os princípios orçamentários visam estabelecer regras norteadoras 
básicas, a fim de conferir racionalidade, eficiência e transparência aos 
processos de elaboração, execução e controle do orçamento público15. 
Vejamos os principais princípios orçamentários: 
Princípio da Unidade ou Totalidade 
 
O artigo 2º da Lei nº 4.320/64 expressamente previu esse princípio. 
De acordo com ele, todas as receitas previstas e despesas fixadas devem 
constar num único documento legal, a Lei Orçamentária Anual (LOA), em 
cada exercício financeiro. 
Dessa forma, garante-se que não existam vários orçamentos 
distintos dentro de um mesmo ente federado. 
 
Princípio da Universalidade 
 
Esse princípio também consta expressamente no caput do art. 2º da 
Lei nº 4.320/1964. Segundo o princípio da universalidade, a LOA de cada 
ente federado deverá conter todas as receitas e despesas de todos os 
Poderes, órgãos, entidades, fundos e fundações instituídas e mantidas pelo 
Poder Público. 
 
Princípio da Anualidade 
 
Também conhecido como Princípio da Periodicidade, é o terceiro 
previsto de forma expressa no artigo 2º da Lei nº 4.320/64. 
Esse princípio estipula que o exercício financeiro orçamentário 
corresponderá ao período de tempo ao qual a previsão das receitas e a 
fixação das despesas serão estabelecidas. Por fim, o artigo 34 da mesma 
Lei dispõe que o exercício financeiro coincidirá com o ano civil. 
 
 
15 (Secretaria de Orçamento Federal, 2015) 
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Princípio da Exclusividade 
 
Este princípio foi previsto no parágrafo 8º do artigo 165 da CF/88, 
senão vejamos: 
³$UW�� ����� /HLV� GH� LQLFLDWLYD� GR� 3RGHU� ([HFXWLYR�
estabelecerão: 
I - o plano plurianual; 
II - as diretrizes orçamentárias; 
III - os orçamentos anuais. 
(...) 
 § 8º - A lei orçamentária anual não conterá 
dispositivo estranho à previsão da receita e à 
fixação da despesa, não se incluindo na proibição 
a autorização para abertura de créditos 
suplementares e contratação de operações de 
crédito, ainda que por antecipação de receita, nos 
termos da lei´. 
 
Dessa forma, esse princípio preza que a LOA deva referir-se apenas 
à previsão de receita e à fixação de despesa. Entretanto, há uma ressalva 
que é a abertura de créditos suplementares e contratação de operações de 
crédito, ainda que por antecipação de receita, ok? Isso normalmente é 
pegadinha de prova! 
 
Princípio do Orçamento Bruto 
 
Esse princípio está previsto no artigo 6º da Lei n] 4.320/64, senão 
vejamos: 
³$UW���ž�7RGDV�DV�UHFHLWDV�H�GHVSHVDV�FRQVWDUmR�GD�
Lei de Orçamento pelos seus totais, vedadas 
TXDLVTXHU�GHGXo}HV´� 
 
Dessa forma, as despesas fixadas e as receitas previstas na LOA 
deverão constar pelos valores totais e brutos, sendo proibidas as deduções. 
 
 
 
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Princípio da Legalidade 
 
(VVH�p�XP�SULQFtSLR�³EiVLFR´�QmR�p�YHUGDGH"�$�SDUWLU�GHOH�H[WUDL-se 
que cabe ao Poder Público fazer ou deixar de fazer somente aquilo que a 
lei expressamente autorizar. 
Dessa forma, leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão o 
PPA, a LDO e a LOA. 
 
Princípio da Publicidade 
 
0DLV� XP� SULQFtSLR� FRQVLGHUDGR� ³EiVLFR´�� estipulado para toda a 
administração pública. Segundo esse princípio, após o orçamento ser 
estabelecido por meio de lei, ele deverá sofrer publicidade, buscando a 
transparência dos atos da administração. 
 
Princípio da Não-Vinculação da Receita de Impostos 
 
Também conhecido como Princípio da Não-Afetação da Receita de 
Impostos, ele está previsto na CF/99, senão vejamos: 
³$UW�������São vedados: 
(...) 
IV - a vinculação de receita de impostos a 
órgão, fundo ou despesa, ressalvadas a repartição 
do produto da arrecadação dos impostos a que se 
referem os arts. 158 e 159, a destinação de 
recursos para as ações e serviços públicos de 
saúde, para manutenção e desenvolvimento do 
ensino e para realização de atividades da 
administração tributária, como determinado, 
respectivamente, pelos arts. 198, §2º, 212 e 37, 
XXII, e a prestação de garantias às operações de 
crédito por antecipação de receita, previstas no art. 
165, §8º, bem como o disposto no §4º deste artigo; 
(...) 
§4º É permitida a vinculação de receitas próprias 
geradas pelos impostos a que se referem os arts. 
155 e 156, e dos recursos de que tratam os arts. 
157, 158 e 159, I, a e b, e II, para a prestação de 
garantia ou contragarantia à União e para 
SDJDPHQWR�GH�GpELWRV�SDUD�FRP�HVWD´� 
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Dessa forma, de acordo com esse princípio, não se pode vincular a 
receita proveniente dos impostos. No entanto, são permitidas algumas 
exceções, como as relacionadas: à repartição do produto da arrecadação 
dos impostos relativas aos Fundos de Participação dos Estados (FPE), 
Fundos de Participação dos Municípios (FPM) e Fundos de Desenvolvimento 
das Regiões Norte (FNO), Nordeste (FNE) e Centro-Oeste (FCO). 
Do mesmo modo, é ressalvada a vinculação no caso de destinação de 
recursos para as áreas de saúde e educação e do oferecimentode garantias 
às operações de crédito por antecipação de receitas. 
Apenas uma observação quanto ao tema. O princípio da não 
vinculação da receita de impostos não está totalmente previsto na CF/88. 
O que fora previsto na Carta Maior foram as suas ressalvas, que já citamos 
acima, ok? 
 
Princípio do Equilíbrio 
 
De acordo com Sanches, o princípio do equilíbrio16 p� ³princípio 
orçamentário, de natureza complementar, segundo o qual, no orçamento 
público, deve haver equilíbrio financeiro entre receita e despesa´� 
Na mesma linha, Jund17 refere-se ao princípio do equilíbrio 
orçamentário afirmando que seria um instrumento necessário ao 
desenvolvimento da nação, devendo ser perseguido pelo gestor, pois parte 
do pressuposto da boa economia doméstica, segundo o qual não se deve 
gastar mais do que se arrecada, premissa reforçada com a publicação da 
Lei de Responsabilidade Fiscal. 
 
Princípio da Discriminação 
 
Também conhecido como princípio da especialização, ou da 
especificação, ele possui como principal finalidade um maior 
acompanhamento e, portanto, controle, do gasto público. 
Isso se dá devido à regra presente nos artigos 5º e 15º da Lei nº 
4.320/64 que dispõe o seguinte: 
³Art. 5º A Lei de Orçamento não consignará 
dotações globais destinadas a atender 
 
16 (Sanches, 2004) 
17 (Jund, 2008) 
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indiferentemente a despesas de pessoal, material, 
serviços de terceiros, transferências ou quaisquer 
outras, ressalvado o disposto no artigo 20 e seu 
parágrafo único. 
(...) 
Art. 15. Na Lei de Orçamento, a discriminação da 
despesa far-se-á no mínimo por elementos´. 
 
Com isso, evita que não sejam concedidas autorizações 
genéricas (e inclusão de dotações globais na LOA), já que tanto as 
despesas, quanto as receitas devem ser discriminadas de modo a identificar 
as origens dos recursos, assim como as suas destinações. 
Vejamos algumas questões sobre o tema: 
12 ± (FUNRIO ± UFRB ± ASSISTENTE DE ADMINISTRAÇÃO ± 2015) 
São princípios do orçamento público: 
a) licitação, empenho e pagamento. 
b) estimativa, execução e avaliação. 
c) procedimento formal, adjudicação e publicidade. 
d) exclusividade, equilíbrio e unidade. 
e) licitação, pagamento e publicidade. 
 
Dentre os princípios orçamentários, temos: 
¾ Princípio da unidade; 
¾ Princípio da universalidade; 
¾ Princípio do orçamento bruto; 
¾ Princípio da anualidade ou periodicidade; 
¾ Princípio da não-afetação das receitas; 
¾ Princípio da discriminação ou especialização; 
¾ Princípio da exclusividade; 
¾ Princípio do equilíbrio. 
Dessa forma, o gabarito é letra D. 
 
13 ± (FCC - TRT - 2ª REGIÃO - ANALISTA - 2014) A inclusão de 
dispositivos que autorizam a criação de cargos públicos na Lei 
Orçamentária Anual é vedada porque fere o princípio orçamentário: 
a) da exclusividade. 
b) da unidade. 
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c) da universalidade. 
d) do orçamento bruto. 
e) da publicidade. 
 
O princípio da exclusividade, disposto no §8º do artigo 165 da CF/88, 
preza que a LOA não conterá dispositivo estranho à previsão da receita 
e à fixação da despesa, não se incluindo na proibição a autorização para 
abertura de créditos suplementares e contratação de operações de crédito, 
ainda que por antecipação de receita, nos termos da lei. 
Percebam que há exceção, no entanto, ela se refere à abertura de 
créditos suplementares e contratação de operações de crédito. 
Mais à frente, no §1º do artigo 169, a Carta Maior é bem clara ao 
dispor sobre a criação de cargos, empregos e funções ou alteração de 
estrutura de carreiras. Isso só pode ser feito se houver prévia dotação 
orçamentária suficiente para atender às projeções de despesa de pessoal 
e aos acréscimos dela decorrentes, além de autorização específica na 
LDO, ok? 
Dessa forma, o gabarito é letra A. 
 
14 ± (CESPE - TJ-CE ± TÉCNICO ± 2014) Com relação ao orçamento 
público e aos princípios orçamentários, assinale a opção correta. 
a) Em que pese a previsão constitucional do princípio da 
exclusividade orçamentária, é permitido que a LOA autorize 
previamente a abertura de operações de crédito. 
b) O princípio orçamentário da não vinculação da receita é 
integralmente previsto pela literalidade da Constituição Federal. 
c) De acordo com o princípio orçamentário da totalidade, deve-se 
evitar que dotações globais sejam inseridas na LOA. 
d) O princípio da equidade ressalta a função social do orçamento 
público, em que todos são igualmente responsáveis pelo 
financiamento dos gastos orçamentários. 
e) A lei orçamentária anual (LOA) não contém dispositivo estranho 
à previsão da receita e à fixação da despesa, em face do princípio 
da especificação. 
 
De acordo com o §8º do artigo 165 da CF/88, a LOA não conterá 
dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despesa, não se 
incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos 
suplementares e contratação de operações de crédito, ainda que por 
antecipação de receita. 
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Esse é o princípio da exclusividade. Percebam que nele é autorizado 
que a LOA contrate operações de crédito, ainda que por antecipação de 
receita. Dessa forma, a letra A está correta. 
Pessoal, quanto à letra B, o princípio da não vinculação não está 
integralmente previsto pela literalidade da CF/88. O que a Carta Magna 
dispõe sobre o referido princípio é que, salvo exceções estabelecidas pela 
própria CF/88, é proibida a vinculação da receita de impostos a órgãos, 
fundo ou despesa. 
Dessa forma, as ressalvas é que estão previstas na CF/88 e conforme 
o seu artigo 167, elas têm ligação com18: a repartição do produto da 
arrecadação dos impostos: Fundos de Participação dos Estados (FPE) e 
Fundos de Participação dos Municípios (FPM) e Fundos de Desenvolvimento 
das Regiões Norte (FNO), Nordeste (FNE) e Centro-Oeste (FCO) à 
destinação de recursos para as áreas de saúde e educação, além do 
oferecimento de garantias às operações de crédito por antecipação de 
receitas. 
Analisemos, agora, a letra C. De acordo com o princípio orçamentário 
da totalidade, também conhecido como princípio da unidade, todas as 
receitas previstas e despesas fixadas, em cada exercício financeiro, devem 
integrar um único documento legal dentro de cada esfera federativa: a Lei 
Orçamentária Anual (LOA)19. 
O princípio que a letra C refere-se é o da discriminação ou 
especialização, presente no artigo 5º da Lei nº 4.320/64. 
A letra D está errada, pois não existe o princípio orçamentário da 
equidade. 
A letra E, por fim, está errada, pois o princípio que dispõe que na LOA 
não contenha dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da 
despesa é o da Exclusividade, e não da Especificidade. Dessa forma, o 
gabarito é letra A. 
 
15 ± (FCC - TRT - 16ª REGIÃO ± ANALISTA ± 2014) Na elaboração 
de seus orçamentos, os entes públicos deverão atender às regras 
norteadoras básicas estabelecidas pelos princípios orçamentários. 
O princípio orçamentário da exclusividade: 
a) obriga registrarem-se receitas e despesas na Lei Orçamentária 
Anual -LOA pelo valor total e bruto, vedadas quaisquer deduções. 
 
18 (Secretaria do Tesouro Nacional, 2015) 
19 (Secretaria do Tesouro Nacional, 2015) 
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b) veda vinculação da receita de impostos a órgão, fundo ou 
despesa, salvo exceções estabelecidas pela própria Constituição 
Federal. 
c) delimita o exercício financeiro orçamentário: período de tempo 
ao qual a previsão das receitas e a fixação das despesas registradas 
na LOA irão se referir. 
d) estabelece que a LOA não conterá dispositivo estranho à 
previsão da receita e à fixação da despesa. Ressalvam-se dessa 
proibição a autorização para abertura de crédito suplementar e a 
contratação de operações de crédito, nos termos da lei. 
e) determina que a LOA de cada ente federado deverá conter todas 
as receitas e despesas de todos os poderes, órgãos, entidades, 
fundos e fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público. 
 
A letra A refere-se ao princípio do orçamento bruto. A letra B refere-
se ao princípio da não vinculação. Já a letra C refere-se ao princípio da 
anualidade ou periodicidade e a letra E, ao princípio da universalidade. 
A única letra que se refere ao princípio da exclusividade é a letra D, 
sendo o gabarito da questão. 
 
16 ± (FCC - TRT - 19ª REGIÃO ± ANALISTA ± 2014) Os débitos de 
tesouraria compõem a dívida flutuante e são resultantes de 
operações de crédito por antecipação da receita orçamentária 
(ARO). A previsão desse tipo de operação de crédito na Lei 
Orçamentária Anual - LOA configura exceção ao princípio 
orçamentário da 
a) Unidade. 
b) Universalidade. 
c) Anualidade. 
d) Exclusividade. 
e) Discriminação. 
 
'H� DFRUGR� FRP� R� SDUiJUDIR� �ž� GR� DUWLJR� ���� GD� &)���� ³a lei 
orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da 
receita e à fixação da despesa, não se incluindo na proibição a 
autorização para abertura de créditos suplementares e contratação de 
operações de crédito, ainda que por antecipação de receita, nos termos da 
lei´� 
Esse dispositivo refere-se ao princípio orçamentário da 
exclusividade. Percebam que há ressalva ao comando legal. Logo, há 
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exceção a esse princípio quanto à autorização para abertura de 
créditos suplementares e contratação de operações de crédito, 
ainda que por antecipação de receita (ARO). Gabarito, portanto, letra D. 
 
17 ± (CESPE ± PF ± AGENTE ± 2014) Segundo o princípio 
orçamentário da universalidade, ao Poder Executivo é permitido 
realizar quaisquer operações de receita ou de despesa sem prévia 
autorização parlamentar. 
 
O princípio da universalidade dispõe que na LOA de cada ente 
federado deverá conter todas as receitas e despesas de todos os Poderes, 
órgãos, entidades, fundos e fundações instituídas e mantidas pelo Poder 
Público. 
Logo, o comando da questão não trata do princípio da universalidade, 
sendo, portanto, gabarito questão errada. 
 
18 ± CESPE ± ANTAQ ± ANALISTA ± 2014) O princípio da anualidade 
orçamentária determina que o orçamento de cada um dos entes da 
Federação deve ser elaborado e encaminhado ao Poder Legislativo 
no ano anterior ao da sua execução. 
 
O princípio da anualidade dispões que o orçamento deve valer para o 
período de um ano, que é o tempo ao qual a previsão das receitas e a 
fixação das despesas serão estabelecidas. Dessa forma, o gabarito é 
questão errada. 
 
19 ± (CESPE - TC-DF ± TÉCNICO ± 2014) Suponha que determinado 
município tenha instituído contribuição de melhoria sobre imóveis 
localizados próximos de obra pública concluída. Nessa situação, em 
respeito ao princípio da não vinculação, o município estará proibido 
de determinar a destinação do produto da arrecadação da referida 
contribuição ao atendimento de despesa pública específica. 
 
Conforme o princípio da não vinculação, não se pode vincular a 
receita proveniente dos impostos. No entanto, são permitidas algumas 
exceções, como as relacionadas: 
¾ Aos Fundos de Participação dos Estados (FPE); 
¾ Aos Fundos de Participação dos Municípios (FPM) e 
¾ Aos Fundos de Desenvolvimento das Regiões Norte (FNO), 
Nordeste (FNE) e Centro-Oeste (FCO). 
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¾ À destinação de recursos para as áreas de saúde e educação e 
do oferecimento de garantias às operações de crédito por 
antecipação de receitas. 
Contribuição de melhoria sobre imóveis localizados próximos de obra 
pública concluída, como todos sabem é um tipo de tributo, assim como 
imposto. E o princípio refere-se apenas aos impostos. Dessa forma, o 
gabarito é questão errada. 
 
20 ± (FCC - SEFAZ-PE ± AFTE ± 2014) Com respeito ao Orçamento 
Público, é correto afirmar: 
a) A gerência por objetivos, a fixação de metas e o 
acompanhamento físico-financeiro dos programas não são 
características presentes no Orçamento Programa. 
b) A estimativa de receitas e fixação das despesas poderá ser feita 
para o período de março de um ano até fevereiro do ano seguinte, 
sem desrespeito ao Princípio da Anualidade do Orçamento. 
c) No Orçamento de Base-Zero deve ser feita a análise, revisão e 
avaliação apenas das despesas que ultrapassam o nível de gasto já 
existente. 
d) Para que o Orçamento Público seja considerado encerrado, é 
necessário que ele tenha percorrido suas três fases: elaboração, 
aprovação e execução. 
e) De acordo com o Princípio da Universalidade, todos os entes 
públicos devem possuir orçamento, ainda que seja elaborado um 
orçamento para custeio e outro para investimentos. 
 
De acordo com o artigo 2º da Lei nº 4.320, de 1964, que estatui 
normas gerais de direito financeiro para elaboração e controle dos 
orçamentos e balanços da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito 
)HGHUDO��³D�/HL�GR�2UoDPHQWR�FRQWHUi�D�GLVFULPLQDomR�GD�UHFHLWD�H�GHVSHVD�
de forma a evidenciar a política econômica financeira e o programa de 
trabalho do Governo, obedecidos os princípios de unidade 
universalidade e anualidade´� 
As principais características do orçamento programa são20: 
¾ integração, planejamento, orçamento; 
¾ quantificação de objetivos e fixação de metas; 
¾ relações insumo-produto; 
¾ alternativas programáticas; 
 
20 (Secretaria do Tesouro Nacional) 
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¾ acompanhamento físico-financeiro; 
¾ avaliação de resultados; 
¾ gerência por objetivos. 
Logo, a letra A está errada. 
Para a doutrina, a anualidade corresponde ao exercício financeiro, no 
período de 12 meses, e não ao ano civil. Dessa forma, a letra B está correta. 
Dentre as principais características do orçamento base-zero, têm-
se21: análise, revisão e avaliação de todas as despesas propostas e 
não apenas das solicitações que ultrapassam o nível de gasto já 
existente. Dessa forma, a letra C também está errada. 
As fases do processo orçamentário são22: Elaboração da proposta 
orçamentária; Discussão,votação e aprovação da lei orçamentária; 
Execução orçamentária; Controle de avaliação da execução orçamentária. 
Na letra C, ficou faltando a fase de controle de avaliação da execução 
orçamentária, logo, também está errada. 
O princípio da universalidade pode ser retirado dos artigos 3º e 4º da 
Lei nº 4.320, de 1964, senão vejamos: 
³$UW���ž�$�/HL�GH�2UoDPHQWRV�Fompreenderá todas 
as receitas, inclusive as de operações de crédito 
autorizadas em lei. 
(...) 
Art. 4º A Lei de Orçamento compreenderá todas as 
despesas próprias dos órgãos do Governo e da 
administração centralizada, ou que, por intermédio 
deles se devam reDOL]DU´� 
Logo, o princípio da universalidade preza que a Lei dos orçamentos 
deve conter todas as receitas e despesas de todos os Poderes da União. 
Logo, a letra E está errada, pois não dispõe corretamente do conceito do 
princípio analisado. Gabarito, portanto, letra B. 
 
21 ± (CESGRANRIO ± FINEP ± ANALISTA ± 2014) A Constituição 
Federal em vigor, com relação ao orçamento público, NÃO 
preconiza o seguinte: 
a) o orçamento público revela as prioridades e programas de ação 
da Administração Pública, conjugando as necessidades e os 
interesses dos três poderes. 
 
21 Idem 
22 (Giacomoni, 2010) 
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b) o orçamento público é lei em sentido formal que prevê as 
receitas públicas e autoriza os gastos públicos, sem criar direitos 
subjetivos e sem modificar as leis financeiras e tributárias. 
c) o orçamento público é considerado essencialmente por seu 
conteúdo contábil e técnico, materializando-se em um documento 
de ordem financeira, adequando-se, em segundo plano, aos 
interesses da população. 
d) o orçamento público atual tem duas funções precípuas: a política 
e a econômica, sendo a primeira forma de controle da 
Administração Pública quanto à execução de despesas no período e 
limites estabelecidos em lei, e a segunda traduz-se na necessidade 
do equilíbrio econômico do orçamento, evitando-se o excesso de 
endividamento público. 
e) o orçamento público, sob o aspecto jurídico, se materializa 
através da lei orçamentária anual; da lei de diretrizes 
orçamentárias e da lei do plano plurianual. 
 
Mais uma vez é questionado em prova de concurso sobre o conteúdo 
do orçamento público. Atualmente, o orçamento moderno dispõe realmente 
o que está descrito nos itens da questão, exceto a letra C. 
O conceito de que o orçamento público é um documento contábil e 
financeiro desvinculado do planejamento governamental é do 
orçamento tradicional e não o moderno. Dessa forma, a letra C está 
errada, sendo o gabarito da questão. 
 
Orçamento na Constituição Federal, de 1988. 
 
A CF/88 tratou dos orçamentos a partir do artigo 165 até o artigo 169 
da CF/88. Inicialmente, foi disposto que leis de iniciativa do Poder Executivo 
estabelecerão: 
 
Mais à IUHQWH�� ILFRX� HVWDEHOHFLGR� TXH� HVVDV� OHLV� VHULDP� ³OHLV�
FRPSOHPHQWDUHV´�H�TXH�GHYHULD�dispor sobre: 
Plano plurianual (PPA);
Diretrizes orçamentárias (LDO);
Orçamentos anuais (LOA).
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Além disso, caberia ainda, por meio dessas leis, estabelecer normas 
de gestão financeira e patrimonial da administração direta e indireta 
bem como condições para a instituição e funcionamento de fundos. 
Para Paludo23, a CF/88 apresenta duas modalidades de planos. A 
primeira relaciona-se com os planos de desenvolvimento econômico 
e social em atendimento à concepção do Estado intervencionista. A 
segunda seria o PPA, direcionado a ser um guia plurianual para os 
orçamentos anuais. 
1D�&)�����D�/'2�YHLR�SDUD�ID]HU�XPD�³SRQWH´�HQWUH�R�33$�H�D�/2$��
pois destaca das prioridades e metas advindas do PPA para orientar a 
confecção dos orçamentos. 
Quanto à sua natureza jurídica, o orçamento é caracterizado pela 
maioria doutrinária como lei formal. Isso já foi confirmado em diversas 
situações pelo Supremo Tribunal Federal ± STF. De acordo com Jund24, o 
orçamento, como lei formal, apresentaria as seguintes características: 
¾ Formal��PHVPR� VHQGR� XP� LQVWUXPHQWR� ³DXWRUL]DWLYR´� H� QmR�
³LPSRVLWLYR´� 
¾ Temporário: Vigência limitada a um ano; 
¾ Especial: Processo legislativo de iniciativa do Executivo, que 
trata de fixação de despesas e previsão de receitas, necessárias 
à execução anual da política governamental; 
¾ Ordinária: Sua aprovação, pelo Legislativo, se dá por maioria 
simples, sem necessidade de quórum qualificado. 
 
Quantos aos tipos de orçamento, de acordo com Mendes25, os tipos 
de orçamento acompanharam a evolução política no Brasil, sendo: 
 
23 (Paludo A. , 2013) 
24 (Jund, 2008) 
25 (Mendes, 2010) 
O exercício financeiro; 
A vigência, os prazos; 
A elaboração e
A organização do PPA, da LDO e da LOA.
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¾ Orçamento Legislativo: a elaboração, a votação e o controle 
do orçamento são competências do Poder Legislativo. 
Normalmente ocorre em países parlamentaristas. Ao Executivo 
cabe apenas a execução. Exemplo: Constituição Federal, de 
1891. 
¾ Orçamento Executivo: a elaboração, a votação, o controle e 
a execução são competências do Poder Executivo. É típico de 
regimes autoritários. Exemplo: Constituição Federal, de 1937. 
¾ Orçamento Misto: a elaboração e a execução são de 
competência do Executivo, cabendo, ao Legislativo, a 
votação e o controle. Exemplo: Constituição Federal, de 
1988. 
 
22 ± (CESPE - TC-DF ± ANALISTA ± 2014) Denomina-se orçamento 
misto o orçamento público elaborado pelo Poder Executivo e que 
preveja que parte dos recursos seja executada por empresas do 
setor privado. 
 
Os tipos de orçamento acompanharam a evolução política no Brasil. 
De acordo com Mendes26, os tipos de orçamento seriam: 
¾ Orçamento Legislativo: a elaboração, a votação e o controle 
do orçamento são competências do Poder Legislativo. 
Normalmente ocorre em países parlamentaristas. Ao Executivo 
cabe apenas a execução. Exemplo: Constituição Federal, de 
1891. 
¾ Orçamento Executivo: a elaboração, a votação, o controle e 
a execução são competências do Poder Executivo. É típico de 
regimes autoritários. Exemplo: Constituição Federal, de 1937. 
¾ Orçamento Misto: a elaboração e a execução são de 
competência do Executivo, cabendo ao Legislativo a votação e 
o controle. Exemplo: Constituição Federal, de 1988. 
Dessa forma, o orçamento misto não prevê que parte dos recursos 
seja executada por empresas do setor privado. O conceito está totalmente 
trocado, conforme vimos acima. O gabarito, portanto, é questão errada. 
 
 
26 (Mendes, 2010) 
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23 ± (FEPESE - MPE-SC ± ANALISTA ± 2014) Assinale a alternativa 
que apresenta as peças do Orçamento Público no Brasil (Orçamento 
Geral da União): 
a) Plano Plurianual, Lei de Diretrizes Orçamentárias e Lei 
OrçamentáriaAnual. 
b) Orçamento Receitas, Orçamento das Despesas e Orçamento 
Total. 
c) Orçamento Fiscal, Orçamento da Seguridade Social e Orçamento 
de Investimento das Empresas. 
d) Orçamento da União, Orçamento Estadual e Distrital e 
Orçamento Municipal. 
e) Orçamento de Investimento das Empresas; Orçamento Fiscal e 
Controle Matricial. 
 
Questão bem direta, pois de acordo com o § 5º do artigo 165 da 
CF/88: 
³$UW�� ����� /HLV� GH� LQLFLDWLYD� GR� 3RGHU� ([HFXWLYR�
estabelecerão: 
I - o plano plurianual; 
II - as diretrizes orçamentárias; 
III - os orçamentos anuais. 
(...) 
§ 5º A lei orçamentária anual compreenderá: 
I - o orçamento fiscal referente aos Poderes da 
União, seus fundos, órgãos e entidades da 
administração direta e indireta, inclusive fundações 
instituídas e mantidas pelo poder público; 
II - o orçamento de investimento das 
empresas em que a União, direta ou 
indiretamente, detenha a maioria do capital social 
com direito a voto; 
III - o orçamento da seguridade social, 
abrangendo todas as entidades e órgãos a ela 
vinculados, da administração direta ou indireta, 
bem como os fundos e fundações instituídos e 
PDQWLGRV�SHOR�SRGHU�S~EOLFR´� 
Dessa forma, o gabarito é letra C. 
 
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O Ciclo de Gestão 
 
O ciclo de gestão (também chamado de ciclo de planejamento e 
orçamento) é um processo formado por três instrumentos principais, 
estipulados pela Constituição Federal, de 1988, e já citados: o Plano 
Plurianual (PPA), a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e a Lei 
Orçamentária Anual (LOA). 
Este processo foi instaurado pela CF/88 com a criação do PPA e da 
LDO. Assim, o Estado brasileiro buscou aliar os objetivos de longo prazo 
com as ações de curto prazo. 
Desta forma, com estes instrumentos, passou a existir uma 
integração entre a figura do planejamento governamental e o orçamento27. 
Antes da CF/88, cada ente definia seus instrumentos de planejamento. 
Portanto, não existia uma obrigação de que os entes se planejassem 
a médio e longo prazo. Esta obrigatoriedade do planejamento nas diversas 
esferas de poder público somente aconteceu com a nova Constituição 
Federal28. 
Vamos ver uma questão que toca neste tema? 
24 - (FCC ± MPE-RS ± ADMINISTRADOR ± 2008) Assinale a 
alternativa que define corretamente uma das mudanças 
introduzidas no processo orçamentário pela Constituição Federal de 
1988. 
a) Recuperou a figura do planejamento na administração pública 
brasileira, mediante a integração entre plano e orçamento por meio 
da criação do Plano Plurianual (PPA) e da Lei de Diretrizes 
Orçamentárias (LDO). 
b) Concluiu o processo de modernização orçamentária, criando, 
além do Orçamento Monetário, o Orçamento Fiscal e o Orçamento 
da Seguridade Social. 
c) Restaurou a prerrogativa do Congresso Nacional de iniciativa de 
proposição de lei em matéria orçamentária ao longo de todo o ciclo 
orçamentário. 
d) Unificou o processo orçamentário, desde a definição de diretrizes 
para o exercício financeiro subsequente no PPA, até a aprovação da 
Lei Orçamentária Anual (LOA). 
e) Eliminou a multiplicidade de peças orçamentárias, unificando-as 
no Orçamento Fiscal 
 
27 (Mendes, 2010) 
28 (Giacomoni, 2010) 
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Como vimos acima, uma das preocupações dos constituintes em 1988 
foi restaurar a ligação entre o planejamento e o orçamento. Para isto, foi 
criado o PPA e a LDO. 
Desta forma, nosso gabarito é a letra A. Como ainda não trabalhei os 
pontos relativos às demais alternativas, comentarei mais a fundo esta 
questão posteriormente. 
 
Continuando com nossa aula, o processo orçamentário, apesar de 
conter etapas diferenciadas, deve ser coordenado e integrado para que 
possa funcionar. Veja que a própria CF/88 menciona em seu artigo n° 165 
estes instrumentos de forma conjunta: 
³Art. 165. 
Leis de iniciativa do Poder Executivo 
estabelecerão: 
I - o plano plurianual; 
II - as diretrizes orçamentárias; 
III - os orçamentos anuais.´ 
Desta forma, cabe ao Poder Executivo dos entes (União, Estados 
e Municípios) a iniciativa de propor as leis orçamentárias. Assim 
sendo, vamos ver em detalhes cada um destes instrumentos abaixo. 
Os instrumentos de planejamento e orçamento definidos no art. 165 
da CF/88, referem-se ao planejamento, orçamento, gestão e controle, 
constantes no Ciclo de Gestão do Governo Federal29. 
Por último, Paludo30 afirma que o ciclo de planejamento e orçamento 
federal corresponde a um período maior do que quatro anos. Seu início 
se dá com a elaboração, discussão, votação e aprovação do PPA, depois 
haveria a elaboração, discussão, votação e aprovação da LDO, e, por fim, 
a elaboração, discussão, votação e aprovação, execução, controle e 
avaliação da LOA. Sem deixar de lado as etapas de monitoramento, 
avaliação e revisão do PPA. 
Para a banca Cespe, o ciclo GH� JHVWmR� IRUPD� R� ³tripé de 
planejamento e execução do plano orçamentário´��SRU�LQFOXLU�R� PPA, 
LDO e LOA. 
 
29 (Paludo A. , 2013) 
30 (Paludo A. , 2013) 
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Vejamos, no quadro abaixo, o processo integrado de planejamento e 
orçamento31: 
 
Figura 3. Processo integrado de planejamento e orçamento. 
 
Vejamos uma questão sobre o tema? 
25 ± (CESPE ± POLÍCIA FEDERAL ± AGENTE ± 2014) Dada a 
importância da integração entre planejamento e orçamento para o 
bom funcionamento da administração pública, é previsto na CF um 
ciclo de planejamento e execução do plano orçamentário 
integralmente constituído pelo PPA e pela LDO. 
 
3HVVRDO��GH�DFRUGR�FRP�D�EDQFD��³o ciclo previsto na CF inclui PPA, 
LDO e LOA, que formam o tripé de planejamento e execução do plano 
orçamentário´� 
 
31 Idem 
Elaboração e revisão 
do PPA
Elaboração e revisão de 
planos e programas 
nacionais, regionais e 
setoriais
Elaboração e 
aprovação de LDO
Elaboração da 
proposta de LOA
Discussão, votação e 
aprovação da LOA
Execução 
orçamentária
Controle e avaliação 
da execução 
orçamentária
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Dessa forma, o gabarito é questão correta, pois o ciclo de gestão não 
se constitui apenas pelo PPA e pela LDO. 
 
26 ± (FCC - TCE-AP ± ACE ± 2012) Conforme o artigo 165 da 
&RQVWLWXLomR� )HGHUDO� ³D� OHL� >���@� HVWDEHOHFHUi�� GH� IRUPD�
regionalizada, [...] objetivos e metas da administração pública 
federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e 
SDUD� DV� UHODWLYDV� DRV� SURJUDPDV� GH� GXUDomR� FRQWLQXDGD´�� FXMRV�
princípios básicos devem incluir a identificação clara dos objetivos 
e das prioridades do governo, garantia de transparência e gestão 
orientada para resultados. No ciclo orçamentário, tal lei será a: 
a) de Diretrizes Orçamentárias. 
b) do Orçamento Anual 
c) do PlanoPlurianual. 
d) do Plano de Desenvolvimento Nacional. 
e) do Plano de Aceleração do Crescimento. 
 
A banca copiou e colou a letra do §1º do artigo 165 da CF/88, senão 
vejamos: 
³$UW�� ����� /HLV� GH� LQLFLDWLYD� GR� 3RGHU� ([HFXWLYR�
estabelecerão: 
I - o plano plurianual; 
II - as diretrizes orçamentárias; 
III - os orçamentos anuais. 
§ 1º - A lei que instituir o plano plurianual 
estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes, 
objetivos e metas da administração pública federal 
para as despesas de capital e outras delas 
decorrentes e para as relativas aos programas de 
duração continXDGD´� 
 
Dessa forma, o gabarito só pode ser a letra C. 
 
Ciclo Orçamentário 
 
$QWHV�GH�LQLFLDUPRV�R�DVVXQWR�³FLFOR�RUoDPHQWiULR´��TXHUR�TXH�VDLEDP�
que a maioria doutrinária o diferencia do ciclo de gestão. Este se daria em 
um prazo maior do que quatro anos, pois incluiria tanto o PPA, quanto a 
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LDO e a LOA. Aquele se daria em um prazo maior que o exercício financeiro, 
como veremos a seguir. 
2� FLFOR� GH� JHVWmR� WDPEpP� SRGH� VHU� GHQRPLQDGR� GH� ³FLFOR�
RUoDPHQWiULR� DPSOR´�� Mi� R� FLFOR� RUoDPHQWiULR� SRGH� VHU� GHQRPLQDGR� Ge 
³FLFOR�RUoDPHQWiULR�HVWULWR´�RX�³FLFOR�GD�/2$´��GLIHUHQFLDQGR-se do primeiro. 
Entretanto, em várias questões de concurso, eles confundem as 
denominações, podendo chamar de ciclo orçamentário o que seria ciclo de 
gestão. Vale a pena atentar para o que diz o comando da questão para não 
cair em pegadinha, ok? 
Então, vamos continuar nossa aula, considerando o ciclo 
orçamentário estrito. 
O ciclo orçamentário tem como características, por exemplo: ser um 
processo flexível, dinâmico e contínuo. É por meio do ciclo que os 
programas do setor público são avaliados, pois, inicia-se com sua 
elaboração e vai até o acompanhamento, controle e avaliação, período de 
sua vigência. 
O exercício financeiro do orçamento tem o prazo de doze meses e 
ocorre de 1° de janeiro a 31 de dezembro de cada ano, de acordo com o 
artigo n° 35 da Lei nº 4.320/64. Entretanto, o ciclo orçamentário ultrapassa 
em muito este prazo. 
Antes de poder ser executado, o orçamento passa por diversas 
etapas. Inicia-se com a elaboração do projeto de lei orçamentária, passa 
pela apreciação do Poder Legislativo, a proposição de emendas e a votação 
da lei pelo congresso, a execução do orçamento e seu acompanhamento e 
sua avaliação posterior. 
 
 
Elaboração 
 
A elaboração do projeto de lei inicia-se com a proposta de cada 
Unidade Orçamentária (OU). Assim, estas encaminham suas propostas 
ao órgão setorial que então encaminha uma proposta consolidada ao órgão 
central do sistema de orçamento e gestão (Secretaria de Orçamento 
Federal ± SOF do MPOG). 
De acordo com o MTO/201532, a UO desempenha o papel de 
coordenação do processo de elaboração da proposta orçamentária no seu 
âmbito de atuação, integrando e articulando o trabalho das suas unidades 
administrativas, tendo em vista a consistência da programação do órgão. 
 
32 (Secretaria de Orçamento Federal, 2015) 
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Dessa forma, as UOs são responsáveis pela apresentação da 
programação orçamentária detalhada da despesa por programa, ação e 
subtítulo, dentro da estrutura programática da despesa, por meio de 
programas de trabalho, projetos, atividades e operação especial. 
O órgão central consolida as propostas de todos os órgãos e poderes 
para elaborar a proposta de lei orçamentária, que deve estar de acordo 
com a LDO. 
Os demais poderes tem autonomia funcional e administrativa para 
elaborar suas respectivas propostas. Mas, se estas não estiverem de acordo 
com a LDO, o Poder Executivo fará os ajustes necessários antes de 
consolidar o projeto de lei orçamentária33. 
Se estes órgãos não apresentarem estas propostas no tempo 
estabelecido na LDO, o Poder Executivo levará em consideração a proposta 
do ano anterior. 
 
Aprovação 
 
Após a elaboração, o a proposta orçamentária deverá ser 
encaminhada para a Comissão Mista Permanente de Orçamento do 
Congresso Nacional. 
De acordo com o artigo n° 166 da CF/88, o projeto de lei relativo à 
lei orçamentária será apreciado pelas duas casas do Congresso Nacional. 
Assim, o legislativo examinará o projeto, efetuará emendas e deverá 
aprovar a LOA. 
 
Execução 
 
 Após a aprovação da LOA, o Poder Executivo publicará o quadro de 
detalhamento da despesa ± QDD, com o detalhamento dos créditos 
orçamentários relacionados com cada órgão. 
Assim, cada órgão poderá executar o orçamento aprovado, desde os 
empenhos necessários, as liquidações etc. 
 
 
 
 
33 (Gama, 2009) 
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Acompanhamento e Avaliação 
 
Durante e após a execução orçamentária ocorre o necessário 
acompanhamento e a avaliação das despesas e receitas orçamentárias. 
O ideal é que este controle seja feito antes ou durante a execução, 
mas o mais comum é que este controle seja feito somente após a execução 
ter acontecido. 
Vamos ver algumas questões agora? 
27 ± (FCC - SEFAZ-PI ± ANALISTA ± 2015) O orçamento é uma das 
principais peças de planejamento de políticas públicas. A sequência 
das etapas para a elaboração e execução do orçamento é 
denominada: 
a) ciclo orçamentário. 
b) desenvolvimento orçamentário. 
c) orçamento programa. 
d) técnica orçamentária. 
e) contabilidade orçamentária. 
 
O ciclo orçamentário tem como fases: 
¾ Elaboração; 
¾ Aprovação; 
¾ Execução; 
¾ Controle e avaliação 
Dessa forma, o gabarito é letra A. 
 
28 ± (FCC - TJ-PE ± ANALISTA ± 2012) No ciclo orçamentário, a 
apresentação das propostas orçamentárias dentro da estrutura 
programática da despesa, por meio de programas de trabalho, 
projetos, atividades e operação especial, é competência: 
a) da Secretaria do orçamento federal. 
b) do órgão setorial. 
c) do ministério do planejamento, orçamento e gestão. 
d) da presidência da República. 
e) da unidade orçamentária. 
 
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Pessoal, já vimos que as UOs são responsáveis pela apresentação das 
propostas orçamentárias, que as encaminha para os órgãos setoriais e daí 
para o órgão central. Dessa forma, o gabarito é letra E. 
 
29 ± (CESPE ± MDIC ± AGENTE ADMINISTRATIVO ± 2014) A 
duração do ciclo orçamentário é superior a um exercício financeiro, 
ou seja, o ciclo orçamentário não coincide com o ano civil. 
 
Realmente, a duração do ciclo orçamentário é superior a do ciclo 
financeiro, pois aquele envolve desde a elaboração do orçamento (antes do 
início do ano civil) até o encerramento com o controle e a avaliação (após 
o ano civil). Dessa forma, o gabarito é questão correta. 
 
30 ± (CESPE ± POLÍCIA FEDERAL ± AGENTE ± 2014) No Brasil, o 
ciclo orçamentário é definido como processo contínuo, dinâmico e 
flexível, em que são avaliadosos aspectos físicos e financeiros dos 
programas do setor público. 
 
'H�DFRUGR�FRP�D�EDQFD�� ³o MTO/2013 define o ciclo orçamentário 
como um processo contínuo, dinâmico e flexível em que se avaliam os 
programas do setor público. Tal ciclo se dá desde a concepção do 
orçamento até o final de seu período de vigência´�� 
Dessa forma, o gabarito é questão correta. 
 
31 - (ESAF ± MPU ± TÉCNICO ± 2004) Afirma-se que a sequência 
das etapas desenvolvidas pelo processo orçamentário é intitulada: 
a) avaliação orçamentária 
b) ciclo orçamentário 
c) aprovação orçamentária 
d) execução orçamentária 
e) elaboração orçamentária 
 
Questão bem tranquila esta, não é mesmo? Como vimos, o ciclo 
orçamentário se consiste das fases de elaboração da proposta, apreciação 
e aprovação, execução e avaliação e acompanhamento. O gabarito é a letra 
B. 
 
32 ± (FCC - TRE-CE ± ANALISTA ± 2012) Os procedimentos a serem 
realizados para elaboração, aprovação, execução e controle dos 
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instrumentos orçamentários, cujas regras estão no artigo 35, 
parágrafo 2o do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias 
(ADCT) da Constituição Federal de 1988, referem-se ao ciclo: 
a) orçamentário. 
b) de gestão do PPA - Plano Plurianual 
c) da LOA - Lei do Orçamento Anual. 
d) de gestão do orçamento. 
e) PDCA - Planejamento, Direção, Controle e Ação. 
 
3HUFHEHUDP�TXH�D�EDQFD�XVRX�R�WHUPR�³FLFOR�RUoDPHQWiULR´�QR�TXH�D�
doutrinD�FKDPDULD�GH�³FLFOR�GH�JHVWmR´�RX�³FLFOR�RUoDPHQWiULR�DPSOR´"�1R�
entanto, ela dá a dica do que realmente se refere quando se reporta ao 
artigo 35, §2º do ADCT da CF/88. Lá, todos os instrumentos orçamentários 
estão listados. 
O ciclo orçamentário, resumidamente se daria com a elaboração da 
proposta de lei, a apreciação e votação pelo Poder Legislativo, execução da 
lei aprovada pelo Executivo e, finalmente, controle, que também pode ser 
realizado no mesmo momento da execução. Dessa forma, o único item que 
estaria correto seria a letra A. 
 
33 - (ESAF ± MTE - AUDITOR ± 2010) Sobre o ciclo de gestão do 
governo federal, é correto afirmar: 
a) por razões de interesse público, é facultada ao Congresso 
Nacional a inclusão, no projeto de Lei Orçamentária Anual, de 
programação de despesa incompatível com o Plano Plurianual. 
b) a iniciativa das leis de orçamento anual do Legislativo e do 
Judiciário é competência privativa dos chefes dos respectivos 
Poderes. 
c) nos casos em que houver reeleição de Presidente da República, 
presume-se prorrogada por mais quatro anos a vigência do Plano 
Plurianual. 
d) a execução da Lei Orçamentária Anual possui caráter impositivo 
para as áreas de defesa, diplomacia e fiscalização. 
e) a despeito de sua importância, o Plano Plurianual, a Lei de 
Diretrizes Orçamentárias e a Lei Orçamentária Anual são meras leis 
ordinárias. 
 
A letra A está errada, pois as emendas só podem ser aprovadas se 
compatíveis com o PPA. A opção B está errada, pois a LOA é de competência 
privativa do chefe do poder executivo. 
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A letra C está também incorreta, pois o PPA não será prorrogado no 
caso de reeleição. Mesmo que a pessoa ocupante do cargo não mude, outro 
PPA deverá ser feito nos mesmos prazos previstos (início no segundo ano 
do mandato e vigência até o primeiro ano do próximo mandato). 
No caso da letra D, o orçamento no Brasil é autorizativo, não 
impositivo. Ou seja, os recursos não são executados de modo obrigatório, 
podendo ser contingenciados e/ou cancelados. 
Já a letra E está perfeita. Todas estas leis são leis ordinárias, e não 
complementares. O gabarito é, portanto, a letra E. 
 
34 - (ESAF ± RFB - AUDITOR ± 2009) A compreensão adequada do 
ciclo de gestão do governo federal implica saber que: 
a) no último ano de um mandato presidencial qualquer, à lei de 
diretrizes orçamentárias compete balizar a elaboração do projeto 
de lei do plano plurianual subsequente. 
b) a função controle precede à execução orçamentária. 
c) a não-aprovação do projeto de lei de diretrizes orçamentárias 
impede o recesso parlamentar. 
d) a votação do plano plurianual segue o rito de lei complementar. 
e) com o lançamento do Programa de Aceleração do Crescimento 
(PAC), o orçamento de investimento das empresas estatais passou 
a integrar o plano plurianual. 
 
A letra A está tranquila, pois a LDO baliza a LOA, e não o PPA. Questão 
incorreta. A letra B também está errada, pois o controle normalmente é 
executado após a execução orçamentária (apesar do controle também 
poder ser prévio e concomitante). 
A letra C está correta. A não aprovação da LDO impede o início do 
recesso parlamentar. Já a letra D está errada. Todas as leis do ciclo de 
gestão (PPA, LDO e LOA) são leis ordinárias, e não complementares. 
No caso da letra E, o orçamento de investimento das empresas estatais 
faz parte da LOA. E, obviamente, não foi o PAC que levou este orçamento 
a existir. Os investimentos das empresas estão refletidos no PPA, mas não 
em forma de um orçamento detalhado. Assim, o gabarito é mesmo a letra 
C. 
 
35 - (ESAF ± MPOG - APO ± 2008) O Plano Plurianual, a Lei de 
Diretrizes Orçamentárias e a Lei do Orçamento Anual são 
componentes básicos do planejamento governamental. Identifique 
a única opção incorreta no que diz respeito ao planejamento 
governamental. 
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a) O planejamento governamental estratégico tem como 
documento básico o Plano Plurianual. 
b) A Lei Orçamentária Anual compreende o orçamento fiscal e, 
ainda, o orçamento das autoridades monetárias e das empresas 
financeiras de economia mista. 
c) O planejamento governamental operacional tem como 
instrumentos a Lei de Diretrizes Orçamentárias e a Lei do 
Orçamento. 
d) A Lei de Diretrizes Orçamentárias compreende o conjunto de 
metas e prioridades da Administração Pública Federal, incluindo as 
despesas de capital para o exercício financeiro subsequente. 
e) A Lei Orçamentária Anual (LOA) é o orçamento propriamente dito 
e possui a denominação de LOA por ser a consignada pela 
Constituição Federal. 
 
A primeira frase foi polêmica na época da prova, pois está escrito na 
mensagem presidencial do PPA 2008-2011, 
³o PPA é um instrumento de planejamento mediador 
entre o planejamento de longo prazo e os 
orçamentos anuais que consolidam a alocação dos 
recursos públicos a cada H[HUFtFLR�´ 
Como o planejamento estratégico é relacionado com o planejamento 
de ORQJR� SUD]R�� ILFRX� HVWD� ³FRQIXVmR´� HQWUH� DV� GHILQLo}HV�� ([LVWHP�
planejamentos governamentais de prazo mais longo do que o PPA, que 
HVWDULDP�HQWmR�³DFLPD´�GR�SUySULR�33$�QD�JHVWmR�HVWUDWpJLFD��(QWUHWDQWR��
a banca considerou mesmo o PPA como o documento básico do 
planejamento estratégico governamental. 
Já a letra B está bem fácil! De acordo com a CF/88: 
³³†��ž�- A lei orçamentária anual compreenderá: 
I - o orçamento fiscal referente aos Poderes da 
União, seus fundos, órgãos e entidades da 
administração direta e indireta, inclusive fundações 
instituídas e mantidas pelo Poder Público; 
II - o orçamento de investimento das 
empresas em que a União, direta ou 
indiretamente,

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