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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE- CCS DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM SEMIOLOGIA PARA ENFERMAGEM METODOLOGIA DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM Isquemia cerebral – estudo de caso INTRODUÇÃO OBJETIVO: Esquematizar uma assistência de enfermagem voltada a um paciente acometido por isquemia cerebral, conforme as necessidades específicas e particularidades do caso clínico acompanhado. Isquemia cerebral A isquemia é a perda do suprimento sanguíneo em um tecido por causa do impedimento do fluxo arterial ou da redução da drenagem venosa (KUMAR, et al, 2008) Isquemia cerebral Falha em diversos sistemas, como bombas de íons; Tumefação celular; Influxo de cálcio; Depleção dos estoques de glicogênio e acumulação de ácido lático, pH (provocando acidose) Redução da síntese de proteínas Isquemia cerebral Farmacologia Farmacologia Farmacologia Exames 27/10/16. Cultura de Secreção Traqueal. Resultado: Pseudomonas aeruginosa. Sensível a Amicacina, Ciprofloxacina, Gentamicina, Polimixina e Tobramicina. 07/11/16. Hemograma e Eletrólitos. Anemia e leucopenia 11/11/16. Hemograma e Eletrólitos. Anemia e leucopenia Histórico de enfermagem E.C.F., 55 anos, sexo masculino, branco, casado, uma filha adulta. É natural de Bacabal – MA, possui ensino médio completo e é comerciante na cidade de Teresina – PI. Admitido no Hospital Getúlio Vargas em 04/09/16 (?), vindo do Hospital de Caxias – MA, onde havia ficado por 19 dias, após acidente ocorrido na cidade de Timon – MA. Em 12/08/16, o paciente engasgou-se com um pedaço de alimento, o que provocou obstrução das vias aéreas superiores por grande período de tempo, que evoluiu para anóxia, vindo a sofrer parada cardiorrespiratória logo em seguida. Como sequela do acidente, ficou com baixo nível de consciência. A tomografia computadorizada evidenciou extensas áreas de isquemia cerebral. Acompanhante nega que o paciente tenha tido qualquer doença anteriormente ou que possua alguma alergia, mas afirma seu etilismo. À época do acidente foi realizada traqueostomia, que foi retirada em 1º/11/16, após infecção respiratória por Pseudomonas aeruginosa. Atualmente respira espontaneamente, sem aporte de O2. À época também foi realizada gastrostomia. Ao ser admitido no HGV, vindo do Hospital de Caxias, possuía lesão por pressão na região occipital, que regrediu. Em 09/11/16, foi submetido a extração da dentição superior, que estava causando lesão na mucosa oral inferior. Ao exame físico, apresentou lesão por pressão na região occipital, higiene oral prejudicada devido à recente extração dentária, lesão na mucosa oral, AVP em MSD apresentando edema. Tórax normoexpansível, com percussão claro pulmonar e presença de roncos à ausculta, eupnéico, R 18 rpm, taquisfígmico, P 117 bpm, normotenso, PA 120/70 mm/Hg, AC BNF RR em 2T, afebril, T 36,7ºC. Abdome plano depressível, percussão timpânica, RH hipoativos, dieta tolerada por GTT. Lesão por pressão de estágio 3 na região sacral em regressão. Diurese espontânea por DU, coloração amarelo claro, presença de pequena lesão no sacro escrotal devido ao DU. Acompanhante relata constipação. Evoluções Evoluções Evoluções Diagnósticos de enfermagem, intervenções e resultados Diagnósticos de enfermagem Intervenções de enfermagem Resultado esperado Constipação, relacionada commudança nos hábitos alimentares, caracterizada porredução na frequência dasfezes Monitorar o aparecimento de sinais e sintomas de constipação; Monitorar os movimentos intestinais, incluindo frequência, consistência, formato, volume e cor, conforme apropriado,bem como ruídos hidroaéreos; Comunicar o médico sobre redução/aumento de ruídos hidroaéreos; Intervir na dieta alimentar prescrita. Eliminações intestinais fisiológicas. Facilidade na passagem das fezes: de 3 para 5 Constipação: de 3 para 5 Desobstrução ineficaz dasvias aéreas,relaciona-dacom muco excessivo, caracterizadapor ruídos adventíciosrespiratórios Aspirar as vias aéreas, conforme a necessidade; Observar o surgimento de sinais de obstrução das vias aéreas; Monitorar os sinais vitais, em especial a respiração. Vias aéreas desobstruídas. Sons respiratórios adventícios: de 2 para 5 Diarreia, relacionada com regimede tratamento, caracterizadapor mais que três evacuações líquidas pordia Determinar o histórico da diarreia; Avaliar o conteúdo nutricional da dieta prescrita; Intervir na dieta alimentar prescrita; Monitorar a ocorrência de sinais e sintomas da diarreia; Monitorar a pele na região perianal quanto à irritação e formação de úlceras. Eliminações intestinais fisiológicas. Padrão de eliminação: de 3 para 5 Diarreia: de 3 para 5. Diagnósticos de enfermagem, intervenções e resultados Diagnósticos de enfermagem Intervenções de enfermagem Resultado esperado Integridade da pele prejudicada, relacionada comfator mecânico, caracterizadapor alteração na integridade da pele Monitorar cor, temperatura, edema, umidade e aparência da pele ao redor; Manter úmida a lesão sacral para ajudar a cicatrização; Aplicar curativos; Monitorar o aparecimento de sinais e sintomas de infecção nos ferimentos; Promover mudança de decúbito a cada duas horas para evitar pressão prolongada. Pele íntegra. Perfusão tissular: de 4 para 5 Lesões de pele: de 3 para 5 Mucosa oral prejudicada, relacionada comhigiene oralinadequada, caracterizadapor lesão oral Estabelecer uma rotina de cuidados orais; Monitorar lábios, língua, mucosas, fossas das amídalas e gengivas, quanto à hidratação, cor, textura e infecção utilizando uma lanternae abaixador de língua; Monitoraro paciente em relação ao ressecamento da mucosa oral. Mucosa oral íntegra e cicatrizada. Lesões na mucosa oral: de 3 para 5 Risco de desequilíbrio eletrolítico, relacionado à diarreia Monitorar a ocorrência de manifestações de desequilíbrio eletrolítico; Administrar líquidos conforme a prescrição; Monitorara ocorrência de perda de líquidos ricos em eletrólitos (no caso, diarreia); Equilíbrio eletrolítico. Diagnósticos de enfermagem, intervenções e resultados Diagnósticos de enfermagem Intervenções de enfermagem Resultado esperado Risco defunção cardiovascular prejudicada, caracterizado por hipertensão arterial Realizar uma avaliação abrangente da circulação periférica; Monitorar os sinais vitais com frequência; Monitorara ocorrência de arritmias cardíacas, inclusive distúrbios no ritmo e na condução; Reconhecera presença de alterações na pressão sanguínea. Pressão arterial normal. Pressão arterial: de 4 para 5 Risco de infecção, relacionadoà procedimento invasivo Orientar acompanhante e visitas a lavar as mãos ao entrar no quartodo paciente e ao sair dele; Higienizar as mãos antes e após cada atividade de cuidado ao paciente; Usar luvas, conforme exigência dosprotocolosde precauções universais,bem comoroupas de proteção ou aventais ao lidar commaterial infeccioso; Trocar os acessos endovenosos e periféricos, bem como curativos, conforme orientações atuais da ANVISA; Assegurar o manuseio asséptico de todas as linhas endovenosas; Assegurar o emprego da técnica adequada no cuidado das feridas; Monitorar a colocação correta da sonda GTT; Oferecer cuidados à pele em torno do local de inserção da sonda GTT. Ausência de infecção Diagnósticos de enfermagem, intervenções e resultados Diagnósticos de enfermagem Intervenções de enfermagem Resultado esperado Risco de síndrome do desuso, relacionada a nível de consciência alterado Colaborar com o fisioterapeuta para desenvolver um plano depromoçãoda mecânica corporal; Auxiliar a família a identificar exercícios de postura apropriados; Orientar a família sobre a frequência e o número de repetições de cada exercício; Monitorar a melhora na mecânica corporal do paciente. Diminuição da rigidez muscular. Articulações contraídas: de 3 para4 Tônus muscular: de 2 para 3 Risco de lesão por pressão, relacionado com pelecom descamaçãoe períodode imobilidade prolongado Evitar o uso de roupa de cama com textura áspera; Evitar uso de sabonete alcalino na pele; Manter limpas, secas e sem vincos as roupas de cama; Virar o paciente imobilizado, no mínimo, a cadaduas horas; Documentar o grau de degradação da pele; Examinar diariamente a pele; Aplicar protetores nos calcanhares; Massagear ao redor da área afetada; Aplicar emolientes à área afetada. Pele íntegra. Descamação da pele: de 3 para 5. Considerações finais
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