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História Geral A Idade Moderna Expansão Marítima O quê? Período em que nações europeias iniciaram um processo de exploração e conquistas em novos territórios. Onde?/ Quem? Nações europeias Quando? Séc. XV e XVI Contexto Histórico Séculos XV e XVI; Tradição mitológica medieval que favorecia o surgimento de fantasias referentes ao descobrimento de novas terras, nas quais haveria a possibilidade de se encontrar riquezas e “monstros”. As grandes navegações só foram possíveis a partir do século XV, graças ao avanço da cartografia e da tecnologia marítima, com a invenção da caravela e o aperfeiçoamento de mapas e de instrumentos como a bússola e o astrolábio. Fatores/Motivos Tomada de Constantinopla pelos turcos Bloqueio da passagem dos europeus para o Oriente, quebrando o comércio das especiarias; Alto preço das especiarias Monopólio comercial da Itália Escassez de metais preciosos Objetivos Busca por especiarias Busca por metais preciosos Expansão do cristianismo Desejo de agradar a Deus com a conversão dos pagãos do Novo Mundo, por meio da catequese; Fatores para o pioneirismo Lusitano No início do século XV, os portugueses iniciaram seus grandes empreendimentos marítimos em direção a Ásia, navegando pelo Oceano Atlântico. Localização Geográfica; Técnicas de Navegação: Escola de Sagres: reunião de estudiosos que falavam sobre navegação. (Bússola, astrolábio, vela latina, cartografia...); Paz relativa Europa em guerra; Burguesia forte Apoio financeiro para interesses na exploração de outras terras e no alargamento do comércio; Centralização política em função da Revolução de Avis A burguesia mercantil ampliou seu espaço político ao mesmo tempo em que o Estado impôs um controle mais rígido sobre a nobreza, fazendo com que o estímulo às atividades comerciais fosse prioridade política do Estado – e apenas ele seria capaz de mobilizar os recursos financeiros e materiais para um empreendimento de tal porte; Apoio da Igreja Desejo de conquistar novos fieis e empreender seu trabalho de catequese em territórios virgens; Principais viagens Consequências Formação dos Estados Nacionais na Europa (Inicio ao Antigo Regime) A “descoberta” do novo mundo: América; Choque cultural; Aumento do comércio: “alta de preços”; Quebra do monopólio italiano; Fortalecimento da península ibérica; Deslocamento do eixo econômico do Mediterrâneo para o Atlântico: “revolução comercial”; Colonização: Europeus introduziram na América uma série de animais e plantas; Doenças; Acumulação primitiva do capital (metalismo) na Europa, acelerando a transição do feudalismo para o capitalismo; Tráfico de escravos da África para a América; Extermínio de centenas de povos americanos e suas culturas; Europeização de boa parte do planeta, em especial a América; Expansionismo espanhol: “el levante por el poniente” O casamento de Fernando de Aragão com Isabel de Castela possibilitou a formação da Espanha, concretizada com a vitória da guerra de reconquista na tomada de Granada em 1492. A unificação dos reinos espanhóis, sob liderança de Castela, viabilizou o projeto expansionista. No caso espanhol, a conversão pacífica ou forçada dos infiéis (todos que não eram católicos) era entendida como um dever abençoado por Deus. Esse processo deve ser entendido como o resultado da convergência entre interesses religiosos, políticos, e, principalmente, econômicos, já que os burgueses financiavam tudo, interessados nas possibilidades do comércio com o Oriente. Obs.; A globalização, nome dado ao crescente intercâmbio de produtos, capitais e culturas de todo o mundo, acompanhado por um constante aprimoramento técnico e científico e pela reorganização da geopolítica do mundo não é um processo recente. Muitos estudiosos afirmam que ele foi deflagrado pelas grandes navegações, cerca de cinco séculos atrás, e intensificou-se nas ultimas décadas. O Antigo Regime → Sistema de governo que vigorou na Europa, principalmente, entre os séculos XVI e XVIII; Estados Nacionais Modernos; Mercantilismo; (Economia) Absolutismo Monárquico; (Política) A Formação dos Estados Nacionais Europa do século XVI; Surgimento da Burguesia; Oposição Burguesia x Nobreza Feudal; Apoio financeiro da Burguesia ao Rei (ainda simbólico); O Rei organiza exércitos que enfrentam a Nobreza, garantindo a expansão das atividades comerciais burguesas; O Rei e a Burguesia conquistam monopólio do poder e transformam reinos politicamente fragmentados em nações unificadas, que assumiram a forma política de monarquias nacionais; Características Sociedade estamental; Clero (1º Estado): Privilégios + Monopólio do saber, do conhecimento cientifico e filosófico; Nobreza (2º Estado): Privilégios + Donos de terras Obs.: “Parasitas do Estado”: O Rei os sustentava, evitando conflitos; Obs.2: Habitavam o Palácio de Versailles; Burguesia (3º Estado): Comerciantes + Pagavam impostos para sustentar a pirâmide; Obs.: Não há mobilidade vertical, somente horizontal. Absolutismo Monárquico → Formação política na qual o Rei detinha poderes absolutos: Vencida a nobreza feudal, quebrada a resistência dos camponeses e subjugada a Igreja, o rei continuou a acumular poderes cada vez mais amplos e de maior alcance. Tais processos atingiram seu apogeu na França, no decorrer do século XVII, sob o governo de Luís XIV, que se tornou o maior exemplo de monarca absolutista (“O Estado sou eu.”); Os teóricos da época defendiam o absolutismo por meio de argumentos que iam desde “o poder dos monarcas era dado por Deus” até “os fins justificam os meios”. Os principais teóricos foram: Thomas Hobbes, Jacques Bossuet e Nicolau Maquiavel; Características Poder concentrado dos Reis; Legislativo Executivo Judiciário Militar Religioso Unificação da moeda, de pesos e medidas Exército regular Uso da repressão Corpo burocrático (Funcionarios do Rei) O Mercantilismo → Conjunto de práticas econômicas adotadas pelos Estados Nacionais Modernos; Objetivo Enriquecimento e fortalecimento do Estado diante das outras potências; Características Intervenção do Estado na economia; Extrativismo de ouro nas colônias; Metalismo / Bulionismo; A riqueza de uma nação era medida pelo acumulo de metais preciosos em seu território; Acumulação Primitiva De Capital: origem ao sistema capitalista; Balança comercial favorável / Colbertismo; Adotado primeiramente por países retardatários na expansão ultramarina, principalmente Inglaterra e França, que se dedicaram a uma nova forma de obtenção de riquezas; O país deixaria de ser intermediário na circulação de mercadorias estrangeiras e passaria a produzir internamente manufaturados para exportação, diminuindo sua dependência dos suprimentos estrangeiros, com o desenvolvimento industrial. Assim, exportaria mais e importaria menos, mantendo favorável a balança comercial; Exclusivo comercial; Criação de monopólios estatais, por meio dos quais todas as decisões ficavam subordinadas ao rei, que procurava evitar a concorrência de outras potencias; O monopólio podia ser concedido a uma empresa, que adquiria exclusividade econômica para o desenvolvimento da produção ou do comércio de um determinado produto; Ex.: A Coroa portuguesa tinha o monopólio do pau-brasil. Em 1502, ela arrendou esse monopólio a Fernando de Noronha, que, durante 3 anos, teve exclusividade sobre a venda da mercadoria, mediante pagamento de taxa em dinheiro ao governo português; Pacto Colonial Relação de dominação imposta por uma potência europeia (a metrópole) sobre povos de outros continentes, cujos territórios tornavam-se colônia dessa potência; A economia da colônia deveria ser complementar a da metrópole, produzindo matérias primas para exportação; Era vedada a colônia a produção de artigos manufaturados ou de gêneros agrícolas cultivados na metrópole; A colônia deveria manter relações comerciais exclusivas com a metrópole; Protecionismo alfandegário; Política de proteção a indústria nacional;Cobrança de altas taxas alfandegárias sobre produtos importados e redução de taxas sobre produtos de exportação; Estímulo ao desenvolvimento da indústria manufatureira; Investimento Naval; Evitar gastos com o transporte de mercadorias; Resguardar as áreas coloniais e evitar o contrabando; Trabalho escravo; A Europa Mercantilista → Espanha; Imobilizou-se na etapa metalista; → Portugal; Economia estruturada em função das colônias; O capital controlado pelo Estado não se destinou a estimular a produção interna; A balança comercial tornou-se deficitária, pois os lucros provenientes da exploração colonial não cobriam os gastos com a importação; → França; Optou pelo industrialismo, desenvolvendo a produção interna de artigos de luxo (Colbertismo); → Inglaterra; Procurou manter a balança comercial favorável, combinando o comercialismo e o industrialismo: Promoveu o enriquecimento nacional pelo volume de transações comerciais lucrativas e pelo desenvolvimento manufatureiro; Para os ingleses, não era primordial a retenção de metais preciosos em seu território, desde que sua saída fosse compensada com a entrada de outros, adquiridos com a exportação de mercadorias; Durante aproximadamente três séculos, o Mercantilismo foi a pratica econômica principal adotada pelos países europeus, o que só seria quebrado com o questionamento sobre a interferência do Estado na economia e consequente advento das ideias liberais. A Colonização da América Para expandir-se, a Revolução Comercial requeria mercados cada vez mais amplos, além de grandes reservas de capitais, que incentivassem a produção de mercadorias. Isso foi conseguido, num primeiro momento, com a expansão ultramarina. Contudo, as disputas por mercados, principalmente pelo Oriente, tornaram-se cada vez mais acirradas, diminuindo as margens de lucro do comércio de especiarias. Assim, os países europeus que haviam se apropriado de novos territórios da América, trataram de consolidar a conquista por meio da ocupação e da criação de colônias, transformando-as em centros produtores e exportadores de produtos primários. A América Pré-Colombiana Quando Colombo chegou à América, em 1492, o continente já era habitado de longa data. Vários povos e sociedades, com características culturais muito diferentes entre si, ocupavam a vasta extensão de terras. Desses povos surgiram formações sociais que podem ser classificadas em sociedades de caçadores e coletores e sociedades agrárias. Caçadores e Coletores Fonte de subsistência: Caça, pesca, coleta de frutos e agricultura rudimentar do milho, batata doce e mandioca; Hábitos nômades; Utensílios de pedra e madeira (Desconhecimento dos metais); Organização em tribos; Ex.: Aruaques e tupis-guaranis do Brasil, entre outros; Sociedades Agrárias Materialmente desenvolvidas; Rigidamente desenvolvidas em camadas sociais; Complexo sistema de exploração agrícola; Inexistência de propriedade privada (As terras pertenciam às comunidades); A mita: trabalho coletivo obrigatório; Ex.: Maias, Astecas e Incas; América Portuguesa (Resumo completo em: História do Brasil – Período Colonial) Por volta de 1530, com a perda do monopólio do comércio de especiarias, Portugal voltou-se para a colonização de seus domínios na América do Sul. Motivos Ameaça estrangeira; Amenizar conflito entre pequena e grande nobreza; Declínio do comércio com as Índias; Características Monocultura: Engenhos de cana de açúcar; Mão de obra escrava; Pacto colonial; Capitanias hereditárias; Monopólio do refino e da distribuição do açúcar para os holandeses, em troca de empréstimos; Invasões holandesas no período da União Ibérica devido ao bloqueio dos holandeses no comércio do açúcar; A expansão territorial: Pecuária e drogas do sertão, entradas e bandeiras, missões jesuíticas; A Mineração; América Espanhola Os Nativos Maias Localização: América Central (Guatemala) Monarquia religiosa; Escrita hierográfica; O calendário maia – até 2012; Avanço na matemática – o nº 0; Pirâmide maia; Teorias da decadência; Astecas Localização: México; O imperador como representante divino; Politeísmo; Agricultura, comércio, cacau... Escolas, bibliotecas; Terras comuns; Incas Localização: peru e Bolívia; Irrigação, Agricultura; Expansão através da guerra; Politeísmo; Machu Pichu e Cuzco; Fatores para a conquista Armas de fogo; Armaduras de ferro e cavalos; Doenças; Alianças com tribos; Crença de que os europeus eram deuses; Administração Colonial Conselho das Índias Função militar, jurídica e econômica; Casas de Contratação Função de fiscalizar o comércio colonial; Audiência Instiuição presedida pelo próprio rei. Autoridade máxima; Vice-reinos e capitanias gerais Os vice-reinos eram grandes unidades administrativas. As capitanias-gerais eram unidades menores, dependentes dos vice-reinos. Cabildos Câmaras municipais que exerciam o poder local; Economia Extração de metais preciosos; Atividade criatória; Produção de subsistência; Produção do açúcar e do fumo; Tipos de trabalho: Servil/Indígena; Mita: Trabalho servil indígena utilizado na mineração e assalariado; Encomienda: Trabalho servil indígena utilizado na agricultura; Trabalho escravo: Utilizado na América Central, no sistema de plantation, na substituição de mdo indígena (Negros da América Central); América Inglesa Fatores Perseguições religiosas (Reforma Protestante); Guerras; Falta de terras; Características Autonomia política; Liberdade religiosa; Comércio triangular O norte e o centro de povoamento Pequenas e médias propriedades; Trabalho livre e assalariado; Policultura; Voltado para o mercado interno; Negligência salutar; O Sul de exploração Sistema de plantation: M onocultura E scravidão / Exportação L atifúndio América Francesa Canadá Foi uma colônia de povoamento que vivia da pesca, da caça, do comércio de pele e da extração de madeira. Com a guerra dos 7 anos, a Inglaterra derrotou a França e, com isso, passou a dominar o Canadá; Haiti Foi uma colônia de exploração de cana de açúcar que rendeu muito lucro à França. Em 1791, uma revolução feita por escravos tomou o poder e acabou com a colonização, libertando os escravos; Considerações finais A colonização do continente americano só poderá ser compreendida se levarmos em conta o quadro internacional de expansão ultramarina, numa época em que a grande preocupação dos Estados europeus era manter a balança comercial favorável. Assim, as colônias surgiram como um desdobramento do processo expansionista, funcionando como economias complementares em relação às suas respectivas metrópoles, por meio das matérias primas exportáveis.