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Empregado doméstico empregado domicílio

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UNAMA – Faculdade da Amazônia
Bacharelandos em Ciência Contábeis e Administração
EMPREGADO DOMESTICO E EMPREGADO DOMICILIO
SANTARÉM-PA
2017
UNAMA – Faculdade da Amazônia
Curso: Ciências contábeis e Administração
Turma: 1° e 2° semestre noturno
Disciplina: Direito do trabalho e da previdência 
Docente:
Acadêmicos: Caio Rafael Azevedo Castro
 Max Marllon Silva Andrade 
 Arleson Silva da Silva
 Victor Patatiba Bispo
 Elizamara Bentes Sousa
 Ilcilene Farias de Miranda 
 Luciana de Oliveira 
 Rodrigo José Del Vecchio Paiva 
Empregado Doméstico e Empregado em Domicílio
Santarém-PA
2017
INTRODUÇÃO
 Viemos através desse contexto fala um pouco sobre o trabalho doméstico e trabalho em domicílio, que envolve seus direitos, deveres e obrigações. O trabalho doméstico, suas relações, direitos, deveres e a legislação aplicada são assunto principal. A ideia é esclarecer as dúvidas mais frequentes dos Empregadores e dos (as) Trabalhadores (as) domésticos (as), conforme prevê a Constituição Federal.
 No Brasil são milhões de trabalhadores (as) domésticos (as). Este fato, por si só, demonstra a necessidade da regularização da atividade. No entanto, o trabalho doméstico ainda tem uma relação pouco profissional, na qual direitos são muitas vezes desrespeitados
 
CONCEITO, DIREITO E DEVERES DO (A) EMPREGADO (A) DOMÉSTICO (A)
CONCEITO
A Lei 5.859/72 conceitua o Empregado Doméstico como sendo “aquele que presta serviços de natureza continua e de finalidade não lucrativa a pessoa ou família, no âmbito residencial destas”. Logo, tal conceito prende-se a dois elementos essenciais: serviço prestado à pessoa ou à família e finalidade não lucrativa, aos quais se pode juntar um terceiro: a não eventualidade merece também relevância destacar que o âmbito residencial engloba não só o lar como também suas imediações – o jardim, o quintal, bem como automóveis, lanchas e aviões particulares de lazer ou passeio, guarda de quarteirão e enfermeiro.
Por fim, o primeiro conceito legal da atividade veio com o Decreto Lei n° 3078, de 27 de fevereiro de 1941, cujo art. 1° prescrevia que “são empregados domésticos todos aqueles que, de qualquer profissão ou mister, mediante remuneração, prestam serviços em residências particulares ou em beneficio destas”.
Vale aqui concluir que a pessoa jurídica não pode ser empregada doméstica.
EVOLUÇÃO HISTÓRICA: CLT, LEI 5859/72, CF/88 (artigo 7°)
No Brasil, o primeiro diploma legal a cuidar do assunto foi o Decreto n° 16.107, de 30 de julho de 1923, do antigo Distrito Federal, ainda quando as relações de trabalho achavam reguladas pelo Código Civil. O decreto cuidava do regulamento de locação de serviço doméstico; relacionava as atividades tidas como domésticas e não fazia qualquer distinção entre os serviços prestados às casas particulares e a hotéis, restaurantes ou casas de pasto, bares, pensões, escritórios ou consultórios, todos mencionados expressamente.
Também o Decreto Lei n° 3.078, baixado em 27 de fevereiro de 1941, dispunha sobre a locação de serviço dos empregados domésticos, cujo texto não integrou a Consolidação.
Contudo a CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS DO TRABALHO, ao ser adotada, excluiu de sua proteção os trabalhadores domésticos, assim dispondo em seu artigo 7°.
Art. 7° Os preceitos constantes da presente Consolidação, salvo quando for, em cada caso, expressamente determinado em contrário, não se aplicam:
a. aos empregados domésticos, assim considerados, de um modo geral, aqueles que prestam serviços de natureza não econômica a pessoa ou à família no âmbito residencial destas.
DIREITOS
 Carteira de Trabalho e Previdência Social, Devidamente Anotada
Devidamente anotada, especificando-se as condições do contrato de trabalho (data de admissão, salário ajustado e condições especiais, se houver).
As anotações devem ser efetuadas no prazo de 48 horas, após entregue a Carteira de Trabalho pelo (a) empregado (a), quando da sua admissão.
A data de admissão a ser anotada corresponde à do primeiro dia de trabalho, mesmo em contrato de experiência. (Art. 5° do Decreto n° 71.885, de 9 de março de 1973, e art. 29, § 1° da CLT).
 Salário-Mínimo Fixado em Lei
Fixado em lei (Art. 7°, parágrafo único, da Constituição Federal).
Parágrafo único. São assegurados à categoria dos trabalhadores domésticos os direitos previstos nos incisos IV, VI, VII, VIII, X, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XXI, XXII, XXIV, XXVI, XXX, XXXI e XXXIII e, atendidas as condições estabelecidas em lei e observada a simplificação do cumprimento das obrigações tributárias, principais e acessórias, decorrentes da relação de trabalho e suas peculiaridades, os previstos nos incisos I, II, III, IX, XII, XXV e XXVIII, bem como a sua integração à previdência social.                          (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 72, de 2013). 
Feriados Civis e Religiosos
Com a publicação da Lei n° 11.324, de 19 de julho de 2006, que revogou a alínea a do art. 5° da Lei n° 605, de 5 de janeiro de 1949, os trabalhadores domésticos passaram a ter direito aos feriados civis e religiosos. Portanto, a partir de 20 de Julho de 2006, data da publicação da Lei n° 11.324/06, caso haja trabalho em feriado civil ou religioso o empregador deve proceder com o pagamento do dia em dobro ou conceder uma folga compensatória em outro dia de semana (art. 9° da Lei n° 605/49).
Irredutibilidade Salarial
(Art. 7°, parágrafo único, da Constituição Federal).
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social:
VI - Irredutibilidade do salário, salvo o disposto em convenção ou acordo coletivo;
 Décimo Terceiro Salário
Esta gratificação é concedida anualmente, em duas parcelas. A primeira, entre os meses de fevereiro e novembro, no valor correspondente à metade do salário do mês anterior, e a segunda, até o dia 20 de dezembro, no valor da remuneração de dezembro, descontado o adiantamento feito. Se o (a) empregado (a) quiser receber o adiantamento, por ocasião das férias, deverá requerer no mês de janeiro do ano correspondente (Art. 7°, parágrafo único, da Constituição Federal, Lei n° 4.090, de 13 de julho de 1962, e regulamentada pelo Decreto n° 57.155, de 3 de novembro de 1965).
 Repouso Semanal Remunerado, preferencialmente aos Domingos
Preferencialmente aos domingos (Art. 7°, parágrafo único, da Constituição Federal).
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social:
XV - Repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos;
 Férias de 30 (trinta) Dias
Remunerada com, pelo menos, 1/3 a mais que o salário normal, após cada período de 12 meses de serviço prestado à mesma pessoa ou família, contando da data da admissão. Tal período, fixado a critério do (a) empregador (a), deverá ser concedido nos 12 meses subsequentes à data em que o (a) empregado (a) tiver adquirido o direito. O (a) empregado (a) poderá requerer a conversão de 1/3 do valor das férias em abono pecuniário (transformar em dinheiro 1/3 das férias), desde que requeira até 15 dias antes do término do período aquisitivo (Art. 7°, parágrafo único, da Constituição Federal). O pagamento da remuneração das férias será efetuado até 2 dias antes do início do respectivo período de gozo (art. 145, CLT).
 Férias Proporcionais, no Termino do Contrato de Trabalho
No termino do contrato de trabalho. Em razão da convenção n° 132 da OIT, promulgada pelo Decreto Presidencial n° 3.197, de 5 de outubro de 1999, a qual tem força de lei e assegurou a todos os (as) empregados (as), inclusive os (as) domésticos (as), o direito a férias proporcionais, independentemente da forma de desligamento (artigos.146 a 148, CLT), mesmo que incompleto o período aquisitivo de 12 meses. Assim, o (a) empregado (a) que pede demissão antes de completar 12 meses de serviço, tem direito a férias proporcionais.
 Estabilidade no Emprego em Razão da Gravidez
Por força de Lei n° 11.324, de 19 de julho de 2006, foi estendida às trabalhadoras domésticas a estabilidade da gestante desde a confirmação da gravidez até 5 (cinco) meses após o parto.
 Licença à Gestante, sem Prejuízo do Emprego e do Salário
Sem prejuízo do emprego e do salário, com duração de 120 dias (art. 7°, parágrafo único, da Constituição Federal). O art. 73, I, da Lei n° 8.213, de 24 de julho de 1991, dispõe que o salário-maternidade será pago diretamente pela Previdência Social à empregada doméstica em valor correspondente ao do seu último salário-de-contribuição, que não será inferior ao salário-mínimo e nem superior ao limite máximo de salário-de-contribuição para a Previdência Social.
O salário-maternidade é devido à empregada doméstica, independentemente de carência (art. 30, II, do Decreto n° 3.048/99), isto é, com qualquer tempo de serviço.
O início do afastamento do trabalho é determinado por atestado médico fornecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS) ou por médico particular. Poderá ser requerido no período entre 28 dias antes do parto e a data de sua ocorrência.
Em caso de parto antecipado, a segurada terá direito aos 120 dias.
A licença-gestante também será dividida à segurada que adotar ou obtiver guarda judicial para fins de adoção, nos seguintes termos: criança até 1 ano (120 dias); de 1 a 4 anos (60 dias); e de 4 a 8 anos (30 dias), de acordo com o art. 93-A, do mencionado Decreto.
No período de salário-maternidade da segurada empregada doméstica, caberá ao (a) empregador (a) recolher apenas a parcela da contribuição a seu encargo, sendo que a parcela devida pela empregada doméstica será descontada pelo INSS no benefício.
Licença-Paternidade de 5 Dias Corridos
De 5 dias corridos, para o (a), empregado (a), a contar da data do nascimento do filho (Art. 7°, parágrafo único, da Constituição Federal, e art. 10, § 1°, das Disposições Constitucionais Transitórias).
 Auxílio-Doença Pago Pelo INSS
Será pago pelo INSS a partir do primeiro dia de afastamento. Este benefício deverá ser requerido, no máximo, até 30 dias do início da incapacidade. Caso o requerimento seja feito após o 30° dia do afastamento da atividade, o auxílio-doença só será concedido a contar da data de entrada do requerimento, conforme art. 72 do Decreto n° 3.048, de 6 de maio de 1999.
 Aviso-Prévio de, no Mínimo, 30 dias
De, no mínimo, 30 dias. (Art. 7°, parágrafo único, da Constituição Federal).
Quando uma das partes quiser rescindir o contrato de trabalho deverá comunicar à outra sua decisão, com antecedência mínima de 30 dias.
No caso de dispensa imediata, o (a) empregador (a) deverá efetuar o pagamento relativo aos 30 dias do aviso-prévio, computando-o como tempo de serviço para efeito de férias e 13° salário (art. 487, § 1°, CLT).
A falta de aviso-prévio por parte do (a) empregado (a) dá ao empregador (a) o direito de descontar os salários correspondentes ao respectivo prazo (art. 487, § 2°, CLT).
Quando o (a) empregador (a) dispensar o (a) empregado (a) do cumprimento do aviso-prévio, deverá fazer constar, expressamente, do texto do aviso, indenizando o período de 30 dias. O período do aviso-prévio indenizado será computado para fins de cálculo das parcelas de 13° salário e férias.
 Aposentadoria
(Art. 7°, parágrafo único, da Constituição Federal).
A aposentadoria por invalidez (carência 12 contribuições mensais) dependerá da verificação da condição de incapacidade mediante exame médico-pericial a cargo do INSS e será devida a contar da data do início da incapacidade ou da data da entrada do requerimento, se entre essas datas decorrerem mais de 30 dias. Será automaticamente cancelada quando o (a) aposentado (a) retornar ao trabalho (arts. 29, I, 43, 44, § 1°, II, § 2°, 45, 46, 47 e 48 do Decreto n° 3.048, de 6 de maio de 1999).
A aposentadoria por idade será devida ao segurado que completar 65 anos e á segurada com 60 anos, uma vez cumprida a carência de 180 contribuições mensais (Arts. 29, II, 51, 52, I, do referido Decreto).
Integração à Previdência Social
(Art. 7°, parágrafo único, da Constituição Federal).
 Vale-Transporte
Instituído pela Lei n° 7.418, de 16 de dezembro de 1985, e regulamentado pelo Decreto n° 95.247, de 17 de novembro de 1987, é devido ao (à) empregado (a) doméstico (a) quando da utilização de meios de transporte coletivo urbano, intermunicipal ou interestadual com características semelhantes ao urbano, para deslocamento residência/trabalho e vice-versa. Para tanto, o (a) empregado (a) deverá declarar a quantidade de vales necessária para o efetivo deslocamento.
 Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), Benefício Opcional
Benefício opcional, instituído pelo art. 1°, da Lei n° 10.208, de 23 de março de 2001, resultante de negociação entre empregado (a) e empregador (a). A despeito da inclusão do (a) trabalhador (a) doméstico (a) no sistema do FGTS ser facultativa, se efetivada, reveste-se de caráter irretratável em relação ao respectivo vínculo empregatício.
O (a) empregado (a) doméstico (a) será identificado (a) no Sistema do FGTS pelo número de inscrição no PIS – PASEP ou pelo número de inscrição do trabalhador no INSS (NIT).
O recolhimento, no valor de 8% do salário pago ou devido mensalmente, será feito até o dia 7 do mês seguinte, mas, se no dia 7 não houver expediente bancário, o recolhimento deverá ser antecipado para o dia útil anterior ao dia 7.
Ocorrendo rescisão do contrato de trabalho, deverão ser observadas as hipóteses de desligamento para recolhimento do percentual incidente sobre o montante de todos os depósitos realizados durante a vigência do contrato, devidamente atualizados, na conta vinculada do (a) empregado (a);
a) despedida pelo (a) empregador (a) sem justa causa 40%; b) despedida cor culpa recíproca ou força maior 20% (art. 18, §§ 1° e 2°, da Lei n° 8.036, de 11 de maio de 1990).
Este recolhimento deverá ser efetuado por meio da Guia de Recolhimento Rescisório do FGTS e da Constituição Social (GRFC). O empregador também poderá solicitar ou no site da GRFC pré-impressa junto a uma agência da CAIXA.
Atente-se que o (a) empregador (a) doméstico (a) está isento da Contribuição Social de que trata a Lei Complementar n° 110, de 29 de junho de 2001 (art. 1°, parágrafo único, e art. 2°, § 1°, II).
 Seguro-Desemprego
Concedido, exclusivamente, ao (à) empregado (a) inscrito (a) no FGTS, por um período mínimo de 15 meses nos últimos 24 meses contados da dispensa sem justa causa, que não está em gozo de qualquer benéfico previdenciário de prestação continuada, excetuados auxílio-acidente e pensão por morte, e, ainda, que não possui renda própria de qualquer natureza.
As hipóteses de justa causa são as constantes do art. 482 da CLT, à exceção das alíneas c e g.
Para cálculo do período do benefício, serão considerados os meses de depósitos feitos ao FGTS, em nome do (a) empregado (a) doméstico (a), por um (a) ou mais empregadores (as).
O benefício do seguro-desemprego ao (a) doméstico (a) consiste no pagamento, no valor de 1 salário-mínimo, por um período máximo de 3 meses, de forma contínua ou alternada, a cada período aquisitivo de 16 meses.
Para se habilitar ao benefício do seguro-desemprego, o (a) empregado (a) deverá se apresentar às unidades descentralizadas do Ministério do Trabalho e Emprego ou aos órgãos autorizados, do 7° ao 90° dia subsequente à data de sua dispensa, portando os seguintes documentos:
Carteira de Trabalho: Na qual deverá constar a anotação do contrato de trabalho doméstico e a data de dispensa, comprovando a duração do vínculo empregatício, durante, pelo menos, 15 meses nos últimos 24 meses.
Termo de Rescisão Atestando a dispensa sem justa causa.
Documento comprobatório de recolhimento das contribuições previdenciárias e do FGTS Referente ao vínculo empregatício,como doméstico (a). – Declarações Firmadas no documento de Requerimento do Seguro-Desemprego do Empregado Doméstico (RSDED), de que não está em gozo de nenhum benefício de prestação continuada, e de que não possui renda própria suficiente a sua manutenção e à de sua família.
São dispensadas a assistência e a homologação à rescisão contratual do empregado (a) doméstico (a), mesmo no caso do optante, para fins de recolhimento do FGTS e do seguro-desemprego.
DEVERES
Ao ser admitido (a) no emprego, o (a) empregado (a) doméstico (a) deverá apresentar os documentos:
*Carteira de Trabalho e Previdência Social.
*Comprovante de inscrição no INSS.
*Atestado de saúde fornecido por médico. (Caso o (a) empregador (a) julgue necessário).
Obrigações
Ser assíduo (a) ao trabalho e desempenhar suas tarefas conforme instruções do empregador (a).
Ao receber o salário, assinar recibo, dando quitação do valor percebido.
Quando for desligado (a) do emprego, por demissão ou pedido de dispensa, o (a) empregado (a) deverá apresentar sua Carteira de Trabalho a fim de que o (a) empregador (a) proceda às devidas anotações.
Quando pedir dispensa, o empregado (a) deverá comunicar ao (à) empregador (a) sua intenção, com a antecedência mínima de 30 dias.
Dos Descontos
O (a) empregador (a) poderá descontar dos salários do (a) empregado (a):
Faltas ao serviço, não justificadas ou que não foram previamente autorizadas;
Até 6% do salário contratado, limitado ao montante de vales-transporte recebidos;
Os adiantamentos concedidos mediante recibo;
Contribuição previdenciária, de acordo com o salário recebido.
Observação:
O uniforme e outros acessórios concedidos pelo (a) empregador (a) e usados no local de trabalho não poderão ser descontados.
“Assim como, é vedado ao empregador doméstico efetuar descontos no salário do empregado por fornecimento de alimentação, vestuário, higiene ou moradia, conforme esclareceu a novel Lei n° 11.324, de 19 de julho de 2006. A nova lei teve o cuidado de desconsiderar as despesas acima como de natureza salarial, para não impactar nos demais direitos trabalhistas (13°, férias e repouso semanal remunerado) e encargos sociais (INSS e caso opte pelo FGTS). Para moradia, o desconto somente será permitido caso seja fornecida em local diverso da residência em que ocorre a prestação de serviço, além de exigir que seja acordada expressamente entre as partes. ”
Situações Específicas
 Caseiro (a)
O (a) empregado (a) que trabalha em sítios ou casas de campo utilizados especificamente para fins de lazer, sem nenhuma finalidade lucrativa, e onde não se vende nenhum produto, seja ele hortifrutigranjeiro ou de qualquer outra espécie, será, para todos os efeitos legais, considerado (a) empregado (a) doméstico (a).
 Empregado (a) em Condomínio Residencial
O (a) empregado (a) que presta seus serviços em condomínios residenciais porteiro (a), zelador (a), vigia etc. não é empregado (a) doméstico (a).
 Empregado (a) doméstico (a) menor de 18 Anos
A idade mínima para ingresso em qualquer atividade profissional é de 16 anos, sendo assegurados todos os direitos legalmente estabelecidos, podendo, inclusive, o (a) trabalhador (a) menor de 18 anos assinar recibos de pagamento de salário, férias, 13° salário. Tratando-se de rescisão do contrato de trabalho, não pode o (a) empregado (a) menor de 18 anos, sem a assistência do responsável legal, dar quitação aos valores que lhe são devidos na rescisão de contrato. Recomenda-se que menor de 18 anos somente exerça atividades que não comprometam seu desenvolvimento, saúde e segurança.
 Dupla Atividade
Caso o (a) trabalhador (a) preste seus serviços, tanto no âmbito residencial do empregador (a) como em empresa de propriedade deste (a), descaracterizada está a relação de trabalho doméstico, ou de acordo com as circunstâncias, caracterizada estará a existência de dois vínculos distintos de emprego.
 Diarista
Os juízes e tribunais brasileiros – embora apresentem entendimentos variados sobre a possibilidade de reconhecimento do vínculo da diarista que trabalha alguns dias por semana têm se inclinado no sentido de não admitir o vínculo empregatício. Sob tal perspectiva, é exemplificada a recente decisão do Tribunal Superior do Trabalho (TST) publicada no Diário de Justiça, em 2 de abril de 2004, cuja ementa reproduzimos:
Recurso de Revista 776.500/2001
DIARISTA QUE PRESTA SERVIÇOS EM RESIDÊNCIA APENAS EM TRÊS DIAS DA SEMANA – INEXISTÊNCIA DE VÍNCULO EMPREGATÍCIO. O reconhecimento do vínculo empregatício do doméstico está condicionado à continuidade na prestação dos serviços, não se prestando ao reconhecimento do liame a realização de trabalho durante alguns dias da semana (em caso três), considerando-se que, para o doméstico com vínculo de emprego permanente, a sua jornada de trabalho, geral e normalmente, é executada de segunda-feira a sábado, ou seja, seis dias na semana, até porque foi assegurado ao doméstico o descanso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos (CF, art. 7°, parágrafo único). No caso, é incontroverso que a Reclamante somente trabalhava três vezes por semana para a Reclamada, não havendo como reconhecer-lhe o vínculo empregatício com a ora Recorrida, pois, nessa hipótese, estamos diante de serviço prestado na modalidade de empregado diarista. O caráter de eventualidade do qual se reveste o trabalho do diarista decorre da inexistência de garantia de continuidade da relação. O diarista presta serviço e recebe no mesmo dia a remuneração do seu labor, geralmente superior àquilo que faria jus se laborasse continuadamente para o mesmo empregador, pois nele restam englobados e pagos diretamente ao trabalhador os encargos sociais que seriam recolhidos a terceiros. Se não quiser mais prestar serviços para este ou aquele tomador dos seus serviços não precisará avisá-lo com antecedência ou submeter-se a nenhuma formalidade, já que é de sua conveniência, pela flexibilidade de que goza, não manter um vínculo estável e permanente com um único empregador, pois tem variadas fontes de renda, provenientes dos vários postos de serviços que mantém. Recurso de Revista conhecido e desprovido. Vistos, relatados e discutidos estes autos de Recurso de Revista n° TST-RR-776.500/2001.7.
Informações importantes para o Empregado (a) e Empregador (a)
O (a) empregado (a) doméstico (a) poderá ser contratado (a) em caráter experimental, de modo a que suas aptidões possam ser melhor avaliadas.
O contrato de experiência deverá ser anotado na CTPS do (a) empregado (a) e recomenda-se que seja firmado por escrito entre empregado (a) e empregador (a), podendo ser prorrogado uma única vez, desde que a soma desses períodos não exceda 90 (noventa) dias.
Alimentação
Deve ser fornecida em quantidade e qualidade compatíveis com a necessidade nutricional e a atividade desenvolvida. “Alimentação - ..., sendo vedado qualquer desconto do empregador por fornecimento dessa parcela que não possui caráter salarial (art. 2°-A da Lei n° 5. 859, de 11 de dezembro de 1972, inserida pela Lei n° 11.324, de 19 de julho de 2006).
Habitação
Deve ter capacidade dimensionada de acordo com o número de moradores e possuir:
° Ventilação e iluminação suficientes;
° Rede de energia elétrica devidamente protegida;
° Pisos, paredes e cobertura adequados;
° Instalações sanitárias abastecidas por rede e servidas por sistema de esgotos;
° Portas e janelas capazes de proporcionar vedação suficiente.
A moradia somente poderá ser descontada quando sua localização for diversa da residência em que ocorrer a prestação do serviço e desde que houver acordo expresso entre as partes.
Trabalho em Altura
A limpeza da face externa de janelas e fachadas de edifícios pode expor o (a) trabalhador (a) doméstico (a) ao risco de queda de altura. A tarefa somente deve ser executada de forma totalmente segura.
Levantamento e transporte de cargas
O (a) empregador (a) não deve exigir do trabalhador (a) doméstico o levantamento ou transporte manual de carga, cujo peso seja capaz de comprometersua saúde ou sua segurança.
Riscos Ambientais
As atividades domésticas expõem os (as) trabalhadores (as) a diversos agentes físicos, químicos e biológicos que podem prejudicar a sua saúde. Dentre os principais agentes, destacam-se os microrganismos presentes nas instalações sanitárias e no lixo, produtos de limpeza, umidade e calor.
O (a) empregador (a) é responsável pela adoção de medidas de proteção, como a redução do tempo de exposição, e deve disponibilizar equipamentos (calçados e luvas impermeáveis) para reduzir o contato do (a) trabalhador (a) com os agentes ambientais.
Nas atividades de higienização, o (a) empregador (a) deve cuidar para que o (a) trabalhador (a) utilize apenas produtos químicos destinados ao uso doméstico. É importante ler e cumprir as recomendações contidas nos rótulos.
Riscos de Acidentes
Os (as) trabalhadores (as) domésticos (as) também estão sujeitos a diversos tipos de acidentes, como: queimaduras, quedas, cortes e choques elétricos. Para a redução dos riscos, o (a) empregador (a) deve adotar uma série de medidas de proteção, tais como:
° exigir ritmo de trabalho compatível com a natureza da atividade e a capacidade do (a) trabalhador (a);
° fornece material de trabalho adequado à tarefa a ser executada e em boas condições de uso;
° orientar permanentemente o (a) empregado (a) sobre a tarefa e seus riscos;
° manter instalações elétricas e de gás em boas condições de uso;
° proibir trabalho em altura com risco de queda.
Acompanhamento Médico
É aconselhável que o (a) empregado (a) doméstico (a), assim como os demais trabalhadores (as), seja submetido a acompanhamento médico periódico, com o objetivo de prevenção e diagnóstico precoce de danos à saúde relacionados ao trabalho.
TRABALHO EM DOMICÍLIO
CONCEITO, VANTAGENS E DESVANTAGENS, OBRIGAÇÕES E DIREITOS DO EMPREGADO, EXEMPLOS E TELETRABALHO.
CONCEITO
No trabalho a domicílio subordinado, o objeto da prestação do serviço é a energia que o trabalhador coloca à disposição do credor do trabalho, como elemento inserido na organização empresarial, sob o comando de empregador, o qual assume os riscos do processo produtivo.
Já no trabalho de forma autônoma, o objeto da prestação de serviços é o resultado que o trabalhador irá fornecer com os meios que considerar oportunos, com uma organização própria e assumindo os riscos do empreendimento econômico.
“Não se distingue entre o trabalho realizado no estabelecimento do empregador e o exercido no domicílio do empregado, desde que esteja caracterizada a relação de emprego”, conforme preconiza o Artigo 6° da CLT, estendendo a esfera normativa do direito do trabalho ao empregado em domicílio, desde que ele preste serviços de natureza não eventual a empregador mediante salário e subordinação jurídica.
O pressuposto da pessoalidade não é aferido com muito rigor nessa relação jurídica, considerando-se que o empregado trabalha no seu próprio domicílio, aonde o auxílio dos familiares vem sendo permitido, sem descaracterizar a relação empregatícia.
A subordinação jurídica do trabalhador a domicílio não é substancialmente diversa da subordinação do empregado que exerce suas atividades no interior da empresa. Em ambas as situações, a subordinação tem como substrato a livre manifestação volitiva das partes, isto é, tem base contratual, sendo, portanto, compatível com os princípios da igualdade e da liberdade.
VANTAGENS DO TRABALHO A DOMICÍLIO
Algumas vantagens são oferecidas por essa modalidade de trabalho, tais como, horários flexíveis e maior disponibilidade de tempo, uma vez que o trabalhador não perderá tempo nas idas e vindas no trajeto residência-trabalho e vice-versa.
Podemos destacar 6 (cinco) pontos principais: Flexibilidade, comodidade, qualidade de vida, economia e conforto.
Flexibilidade
A flexibilidade de horários é um ponto chave no Home Office (escritório em casa), afinal é possível organizar seu tempo e realizar suas tarefas no momento em que se sente mais concentrado. Além disso, é comum que aconteçam imprevistos e atrasos, seja na fila do banco ou no supermercado, nesses casos, basta estender seu horário até mais tarde. Existem ainda aquelas pessoas que são mais produtivas durante a madrugada e, nesse caso, nada melhor que o Home Office.
 Comodidade
Trabalhar em casa também tem a vantagem de ser muito mais cômodo, afinal não é preciso se deslocar até a empresa, utilizar transportes públicos ou gastar horas e mais horas em um engarrafamento. Todo esse tempo que seria inútil pode ser um fator determinante para melhorar a produtividade do funcionário.
 Qualidade de Vida
Com todo o tempo economizado no deslocamento e no horário de almoço, o funcionário pode aproveitar para melhorar a própria qualidade de vida, que é um fator essencial para ter uma boa produtividade. Praticar esportes, passear, passar mais tempo com a família, participar da vida de seus filhos, estudar outros idiomas, tudo isso pode ser conciliado de uma melhor forma trabalhando em casa.
 Economia
Seja para o empregador, seja para o empregado, a economia é um fator importante nesta modalidade de trabalho. Diversos gastos podem ser drasticamente reduzidos, sendo eles: manutenção do ponto comercial, alimentação em restaurantes, transporte, etc.
 Conforto
Além de tudo, você terá ainda todo o conforto que você sempre quis em seu escritório. Pode organizar o ambiente da forma que imaginar e propiciar assim muito conforto, que pode ser transformado em motivação para fazer os trabalhos da melhor maneira possível.
DESVANTAGENS DO TRABALHO A DOMICILIO PARA EMPRESA
Apesar das vantagens existentes nesse tipo de prestação de serviço, deve-se destacar que o distanciamento físico existente entre empresa e empregado pode apresentar um forte obstáculo nas relações de desenvolvimento profissional do trabalhador e, por consequência, na aferição de qualidade do serviço prestado, uma vez que a empresa não tem como assegurar a existência de uma fiscalização eficaz na execução do trabalho e seus resultados.
Dependendo do serviço, tornar-se-ia apenas um mero resultado, sem dimensionar em que condições o serviço foi realizado e se as ferramentas empregadas para a execução do mesmo atendem ás exigências legais de segurança e qualidade.
Assim, o ganho que se aufere em termos de diminuição de custos pode representar, a médio ou longo prazo, problemas de comunicação dentro da empresa, enfraquecimento das relações interpessoais, perda da identidade da visão e da cultura organizacional, dentre outros fatores.
No que se refere à fiscalização, a relação de trabalho pode se tornar alvo fácil de fraudes nas contratações e de barreiras a ações fiscalizatórias parte do próprio Ministério do Trabalho e Emprego e dos sindicatos.
VANTAGENS E DESVANTAGENS PARA O TRABALHADOR
A principal vantagem em favor do trabalhador é a flexibilidade de horário capaz de facilitar-lhe a condição das atividades profissionais com os encargos familiares. Em consequência, poderá ser um meio propício à melhora da qualidade de vida do trabalhador, desde que ele consiga distinguir entre tempo de trabalho e tempo livre.
Outra vantagem consiste na possibilidade de se estender a um contingente humano que enfrenta dificuldade de obter emprego formal, como é o caso das donas de casa, trabalhadores, com idade avançada ou com deficiência física e presidiários. Também pode atuar como um meio capaz de contribuir para diminuir a desigualdade de oportunidades, permitindo conciliar os interesses da empresa com os dos empregados.
Por outro lado, esse tipo de trabalho pode acarretar tanto para a empresa quanto para o empregado o enfraquecimento das relações interpessoais, da troca de experiências e ideias, fazendo com que haja um possível retrocesso em termos de desenvolvimento de talentos e exposição de promissores projetos que poderiam refletir em crescimento econômico para a empresa, e, profissional para o trabalhador.
Outra eventual desvantagem desse tipo de trabalho é a dificuldade de estabelecer um quadro de carreira que englobeos que trabalham em seus domicílios e a consequente promoção.
Outros elementos negativos podem ser trazidos para esta relação de emprego, por exemplo, menor nível de proteção social, de tutela sindical e administrativa, além de conflitos familiares na hipótese de o trabalhador não conseguir separar os períodos de descanso e de trabalho.
ALTERAÇÃO CONTRATUAL
A remoção do empregado do interior da empresa para a execução do trabalho no seu domicilio ou em um “tele centro” é possível mediante acordo entre as partes e desde que não acarrete prejuízo para o trabalhador, nos termos do artigo 468 da CLT.
DIREITOS ASSEGURADOS AO EMPREGADO
Não há legislação especial para o trabalhador a domicílio, para o qual deverão ser aplicadas as normas trabalhistas gerais da CLT, no seu artigo 6°, adaptando as peculiares circunstâncias em que se desenvolve o trabalho, entre as quais a possibilidade de administrar o tempo de modo mais benéfico para o trabalhador.
Em geral, esse trabalhador não está sujeito a controle de jornada e é livre para escolher o horário e por quanto tempo deseja trabalhar, daí a dificuldade de se comprovar a prática de horas extras. Se o empregador exigir-lhe número mínimo de produção diária ou, por outros meios, conseguir controlar sua jornada, fazendo horas extras ou noturnas, receberá por elas.
 Jornada de Trabalho
O trabalhado executado no domicílio do empregado ou ainda aquele desempenhado à distância não poderá sofrer discriminação. Com o advento da Lei n° 12.551/2011, que inclui o parágrafo único ao artigo 6° da CLT, o empregador poderá efetuar o controle de jornada do empregado que trabalha em domicílio através de meios telemáticos e informatizados de comando, controle e supervisão, sendo que tais procedimentos se equiparam, para fins de subordinação jurídica, aos meios pessoais e direitos de comando, controle e supervisão do trabalho alheio.
A jurisprudência e doutrina tem se manifestado no sentido de efetuar o controle de jornada do empregado que trabalha em domicílio. Para tanto, uma das saídas seria a utilização da papeleta externa e, se por conta da marcação da jornada ensejasse o pagamento de horas extras, seriam remuneradas.
Acerca das horas extras, a 6ª Turma do Tribunal Superior do Trabalho (TST), já decidiu pelo pagamento destas para um trabalhador que exercia suas funções em domicilio:
- “Por meio da prova produzida nos autos, principalmente a prova oral, o autor fazia jus ás horas extras pleiteadas”, afirmou o ministro relator Aluysio Corrêa da Veiga no processo.
Porém, a regra do não pagamento das horas extras previa no artigo 62, inciso I, da CLT poderá ser aplicada ao caso concreto, na hipótese de não haver a mínima possibilidade de marcação de jornada.
Remuneração
O trabalho em domicilio é remunerado por tarefa, ou por peça, ou por produção; devendo ser garantido ao empregado o piso salarial da categoria, ou na falta desta, estipulado em convenção coletiva de trabalho, o piso estadual ou salário mínimo nacional.
Descanso semanal remunerado
De acordo com a Lei n° 605/1949, em seu artigo 7°, letra “d”, ficamos cientes de que a remuneração do repouso semanal corresponderá para o empregado em domicílio, o equivalente ao quociente da divisão por 06 (seis) da importância total da sua produção na semana.
 Férias
Também tem direito a 30 dias de férias remuneradas com acréscimo de 1/3 constitucional, o empregado em domicílio, após o vencimento do período aquisitivo. Tudo isto na forma do artigo 130 da CLT, c/c artigo 7°, inciso XVII, da Constituição Federal de 1988. Se no momento da concessão das férias o período utilizado como base remuneratória não tiver sido uniforme, deve ser procedida a média aritmética para o respectivo cálculo.
 Décimo Terceiro Salário
Os trabalhadores em domicílio têm direito ao 13° salário, sendo 1/12 avos por mês trabalhado ou fração igual ou superior a 15 dias de trabalho no mês de competência (Decreto n° 57.155/65). Da mesma forma, se a remuneração no ano correspondente foi variável, deve ser feita a média aritmética simples do período anual, para o pagamento da primeira e segunda parcela.
 FGTS
Durante o contrato de trabalho domiciliar, deve ser feito o recolhimento dos depósitos mensais de FGTS, no montante de 8% através da GFIP, na conta vinculada do empregado.
Além disso, se houver rescisão de contrato de trabalho através de dispensa sem justa causa, deve a empresa depositar a multa fundiária de 40%, acrescida de 10% a título de contribuição social, totalizando 50%.
 Aviso Prévio
Em ocorrendo demissão do empregado que labora em sua residência, também estará garantido o pagamento do aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de trinta dias, nos termos da C.F./88, artigo 7°, inciso XXI.
EXEMPLOS DE EMPREGADOS EM DOMICÍLIO
As costureiras que recebem o material em casa para realização das costuras, artesãos que confeccionam peças para posterior venda na empresa, trabalho artesanal, normalmente recebem por peça produzida.
TELETRABALHO
O teletrabalho é definido como: uma modalidade de trabalho a distância, típica dos tempos modernos, em que o avanço da tecnologia permite o labor preponderantemente fora do estabelecimento do empregador. Conquanto tenha mantido o contato com este último “por meio de recursos eletrônicos e de informática, principalmente o computador e a internet”.
Trata-se, assim, de trabalho realizado fora do estabelecimento do empregador com a utilização dos meios de comunicação mais modernos, colocados à disposição do processo laborativo em razão do avanço da tecnologia da informação.
Assim, incidindo sobre ele as mesmas normas e exigências legais pertinentes ao labor em domicílio (Arts. 2º, 3º e 6º da CLT), o teletrabalho deste, porém, se diferencia especialmente em razão da ênfase conferida à utilização de recursos eletrônicos, de informática e de comunicação, que, evidentemente, o particularizariam.
Nesse sentido destacamos a lição de BARROS (2010, p. 327/328), que diz:
“O teletrabalho distingue-se do trabalho a domicílio tradicional não só por implicar, em geral, a realização de tarefas mais complexas do que as manuais, mas também porque abrange setores diversos como: tratamento, transmissão e acumulação de informação; atividade de investigação; secretariado, consultoria, assistência técnica e auditoria; gestão de recursos, vendas e operações mercantis em geral; desenho, jornalismo, digitação, redação, edição, contabilidade, tradução, além da utilização de novas tecnologias, como informática e telecomunicações afetas ao setor terciário”.
CONCLUSÃO.
Pretendemos com esta pesquisa compreende as condições eminentes a dinâmica ao território do trabalho doméstico e domicílio. Podemos afirmar que as mudanças de trabalho significativamente tiveram uma, ênfase positiva e negativa entre estas áreas, buscamos esclarece os seus direitos, deveres e obrigações ao máximo.
Para entra em ênfase a vida de um doméstico estamos focados nas expressões de seus direitos, deveres e obrigações das formulações que têm conteúdo e significados e que são singularizados em lugares, como parte de um todo representada pelas formas de controle de capital sobre o trabalho das mulheres realizadas no campo domicílio e doméstico. Estes lugares onde a reprodução da vida ocorre, embora agora metamorfoseado em locais de reprodução e produção, onde os trabalhos se fundem em um sozinho, e o trabalho assalariado surge como uma extensão das atividades domésticas. Em outras palavras, podemos desenvolver teoricamente a especificidade da fusão da vida dentro e fora do trabalho no mesmo tempo. Para isso, vamos considerar de forma articulada, a dimensão de classe, a dimensão de gênero e a formas de expressão do domínio e controle territorial do capital sobre o trabalho.

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