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Moléstias contagiosas hepatite A, B, C, D e E, Sifilis, tricomoniase, vaginose, cancro mole e herpes

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Hepatite
É uma doença causada por virus (tipo A, B, C, D, E e G). O virus da hepatite G foi descrito recentemente mas as evidências sugerem que ele não é patogenico e não é responsável pelos casos de hepatite não-A-B.
Hepatite A: é transmitido através da via fecal-oral, seja pela ingestão de alimentos ou água contaminada com o virus. É altamente prevalente em áreas densamente povoadas, com sanitarimos precário.
A infecção pela hepatite A um espectro de doenças clinicas, desde a infecção assintomatica até a hepatite fulminante. a infecção assintomática ou anictérica é comum em crianças. As manifestações sintomáticas ictéricas aparecem após 2 á 7 semanas, posterior ao periodo de incubação (varia de 15 a 45 dias, média de 30 dias). Os sintomas da doença são representados pela ictericia, colúria e sintomas prodômicos, tipicamente começa com sintomas não-especificos, como febre baixa, mal-estar, cefaleia, anorexia, astenia, fadiga intensa, artralgia, naúseas, vômitos, desconforto abdominal na região do hipocôndrio direito, aversão a alguns alimentos e á fumaça de cigarro.
O diagnostico é clinico, dosagem das aminotranferases, protombina e bilirrubina total e frações através do teste de ELISA. Não existe tratamento especifico para a forma aguda o tratamento é realizado com sintomáticos com dieta e repouso relativo e medicamentos sintomaticos. As medidas preventivas incluem: educação da população quanto as boas práticas de higiene, com ênfase na lavagem das mãos, após o uso do banheiro, quando da preparação de alimentos e antes de se alimentar; Disposição sanitária de fezes; medidas de saneamento básico, com água tratada e esgoto ; orientação das creches, escolas e instituições fechadas para a adoção de medidas preventivas.
Hepatite B: Doença viral que causa forma assintomática ou sintomática (até formas fulminantes), da familia HepaDNA. O virus VHB infecta o homem, que é seu reservatório natural. Essa doença é considerada de alta prevalência e facilmente transmitido pela via sexual, por transfussões de sangue, procedimentos médicos e odontológicos e hemodialises sem as adequadas normas de biossegurança, pela transmissão vertical, por contatos intimos domiciliares, acidentes perfurocortantes, compartilhamento de seringas e de material para a realização de tatuagens e piercings. O periodo de transmissibilidade ocorre de 2 a 3 semanas antes dos primeiros sintomas, mantendo-se durante a evolução clinica da doença. O portador crônico pode transmitir por varios anos.
O diagnóstico é realizado por exames sorológicos, tais exames são tão importantes para obtenção do diagnóstico da doença como também para seguimento. A prevençâo se dá através da vacinação contra o VHB que é a maneira mais eficaz, incluem o não compartilhamento ou reutilizaçâo de seringas e agulhas; triagem obrigatória dos doadores de sangue; medidas adequadas de biossegurança nos estabelicimentos de saúde. Os portadores e doentes devem ser orientados a evitar a disseminação do virus adotando medida simples, tais como usar preservativos nas relações sexuais, não doar sangue. O tratamento é realizado com terapias antivirais e drogas imunomodiladoras.
Hepatite C: Doença viral com infecções assintómaticas ou sintomáticas (até formas fulminantes rara), RNA da familia Flaviviridae. Apresenta periodo de incubação do virus de 1 a 13 meses. Sua transmissão ocorre preferencialmente por via hematogênica, sexual e vertical. As hepatites sintomáticas são caracterizado pelos mesmos sintomas constitucionais. O melhor exame para determinar a presença do virus é a sorologia do RNA-HCV (ELISA). Para confirmação do diagnóstico deve ser realizado o PCR, que é uma determinação qualitativa do virus, que determina a carga viral, sendo considerado também exame de grande importancia para acompanhamento da doença. O tratamento de ser realizado com intérferon e drogas antivirais como a Riviridina.
Hepatite D: Também conhecida como Delta (HVD), um virus RNA, único representante da familia Deltaviridae. É um virus defectivo (incompleto), que não consegue, por si só, reproduzir seu próprio antigeno de surpeficie, o qual seria indispensavel para exercer ação patogênica e se replicar nas células hepáticas, assim necessita da presença do virus da hepatite B.
Sua forma clinica é grave representada por lesão hepática com rápida evolução para cirrose ou hepatite fulminante. O diagnóstico é realizado com o exame de imunofluorescência (ELISA) ou imunoperoxidase. A profilaxia é realizada com a vacinação da hepatite B, uma vez que para o desenvolvimento da hepatite D é necessário que já exista infecção crônica da hepatite B. O tratamento é realizado com interferon e terapias antivirais.
Hepatite E: Doença viral, cujo agente etiológico é um virus RNA da familia Caliciviridae. É considerada zoonose, por ser encontrado em porcos, galinhas e ratos. É doença de transmissão fecal-oral, devido a ingestão de alimentos contaminados e falta de hábitos higiênicos, com aumento de incidência durante os periodos de chuva fortes e alagamentos. Seu periodo de incubação vai de 15 a 60 dias. Apresenta-se de forma assintomática ou com sintomas semelhantes a hepatite A, sendo a icterica observada na maioria dos pacientes. Quando a doença se torna crônica, não necessita de tratamento. Evolui com resolução espontânea de 2 a 6 semanas. O diagnóstico é confirmado pela presença do HVE nas fezes e PCR. A profilaxia é o tratamento adequado de água e esgoto, não ingestão de alimentos crus. A imunoglobina deve ser indicada para gestantes e para pessoas que estiverem viajando para áreas edemicas. Não existe tratamento medicamentoso, pode se usar sintomáticos como medicação antiemética, a dieta é liberada.
Sífilis adquirida e congênita
Doença infectocontagiosa sistêmica (acomete todo o organismo) de evolução crônica (lenta) tem periodos que se manisfesta agudamente e periodos de latências. Sua transmissão ocorre na relação sexual, transfusão de sangue contaminado, e transfusão transplacentária (apartir do mês de gestação).
A sífilis pode ser classificada em recente, tardia e congênita. É dita recente quando te, evolução inferior a 1 ano, tardia quando a evolução é superior a 1 ano e dita congênita quando adquirida durante a gestação. A sífilis recente ainda pode ser classificada como primaria e secundária. A primaria também é conhecida como cancro duro, sua lesão aparece após 1 semana a 3meses, caracterizada com com presença de úlcera única, endurecida, com fundo limpo e não acompanhada de dor. A secundária é caracterizada pelo aparecimento de lesões semelhantes a roséolas, que são lesões planas avermelhadas acometem o tronco e lesões erosivas que acometem a cavidade oral, genital, região palmar e plantar. A sífilis tardia pode ser subdividida em latente e terciária.
A latente ocorre após o periodo subsequente ao da sífilis secundária até o início da sífilis tereciária. Não apresenta sintomalogia. Seu diagnóstico é obtido por sorologia. A terciária é representada por manifestações tardias. A doença pode atingir outros órgãos, como o coração e o SNC. É durante esse periodo que ocorre a goma sifilítica.
A doença é infectante durante o periodo de sífilis recente pelo contato e durante o período de sífilis latente é infectante através dos fluidos corporais. Tem como complicações: o aborto espontâneo, natimorto, parto prematuro, baixo peso, endometrite pós-parto, infecções peri e neonatal, sífilis congênita, neurossífilis e sífilis cardiovascular. É uma doença de fácil diagnóstico e de tratamento acessível. O diagnóstico é realizado através de técnicas sorologicas. O VCRL é um teste de pouca especificidade. Já o FTA-abs é altamente sensível, sendo utilizado como teste confirmatório. 
O tratamento se feito adequadamente pode haver cura. Sempre deve ser orientado abstinência sexual até que se confirme a cura da doença. O VRDL deve ser repetido 6 meses, 1 e 2 anos, após o tratamento. A prevenção ocorre com a devida proteção da genitália.
Candidíase
A candidíase, principalmente vaginal, é uma das causasmais frequentes de infecção genital. É uma infecção causada por fungo, da espécie cândida, encontrado na flora vaginal. Porém pode se tornar patogênico quando ocorre alteração do ambiente vaginal e pode causar doença na vulva e na vagina, não sendo exclusivamente uma doença de tranmissão sexual. Normalmente ocorre quando a cepa, que é encontrada naturalmente na flora vaginal, se prolifera de forma abrupta.
O quadro clínica da candidíase vulvovaginal é caracterizada por prurido vulvar intenso (coceira vaginal), ardor, corrimento branco, dispareunia, disúria, edema e hiperemia vulvaginal. No homem há hiperemia da glande e prepúcio e eventualmente um leve edema e presença de pequenas lesões puntiformes, avermelhadas e pruriginosas. Seu quadro clínico pode ser assintomático mais normalmente são sintomático. Estudos revelam que todas as mulheres terão pelo menos um episódio da infecção durante sua vida.
A candidíase vulvovaginal e a oral são as duas formas de infecção fúngicas oportunistas mais comum. Os fatores de riscos para a ocorrência dessa patologia são aquelas consequentes ao hipoestrogenismo ou consequentes a baixa imunidade e algumas delas são: gravidez, uso de contraceptivos orais de altas doses, terapia de reposição hormonal, diabetes mellitus descompensada, uso de antibióticos, higience intima inadequada, uso de roupoas intimas justas/ ou de material sintético, aumento de umidade local, período pré-menstrual, ducha vaginal, desodorantes intimos, uso de antidepressivos, situações que alterem a PH vaginal, como praia e piscina, pessoas obessas, entre outros. 
Seu diagnóstico é clínico, através do exame especular, porém também pode ser utilizada a cultura de secreção vaginal para os casos recorrentes. O tratamento é medicamentoso com utilização de antifúngicos na formade comprimido ou creme vaginal, mas é muito importante salientar que as peças íntimas devem ser lavadas com sabão neutro, não se deve usar sabonete com fragrância na região afetada, de preferência sabonete de glicerina, e deve-se dar preferência ao uso de peças íntimas de algodão. A prevenção é realizada através de uma boa higienizção do local, evitar a utilização de duchas vaginais, tratar as patologias predisponentes e usar preservativos sempre.
Tricomoníase
O Trichomonas Vaginalis ( protozoário flagelado). É uma doença sexualmente transmissivel não viral mais comum do mundo, a transmissão é feita também por uso de roupas íntimas e toalhas contaminadas. Apresenta uma ampla variedade de manifestações clínicas, desde quadro assitomático até severa vaginite. O quadro clínico é caracterizado por corrimento abundante, amarelo ou amarelo esverdeado, com presença de bolhas e mal cheiro; prurido e/ou irritação vulvar; edema e eritema vulvar acompanhado de erosão e pontos hemorrágicos. Os sintomas se intesificam no período menstrual.
Apresentam complicações como a doença inflamatória pélvica, e infertilidade, secundária a obstrução tubárea, epididimite e prostatite. A prevenção da doença se dá pelo uso de preservativos e não compartilhamento de roupas íntimas e toalhas. Tratamento é por cremes vaginais e medicamento por via oral.
Vaginose por Gardenella Vaginales
É uma infecção que ocorre devido a proliferação da Garnella Vaginales em detrimento a uma desamornia entre as outra bactérias existentes na flora vaginal. Essa infecção é polimicrobiana e tem estreito relacionamento com a diminuição dos lactobacilos. É caracterizado por corrimento vultuoso, de coloração branco-acinzentada, homogêneo, com odor característico e presença de bolhas. O cheiro piora após o coito e durantre o período menstrual. Durante o tratamento deve ser realizado com antibiótico, que pode ser administrado na forma de comprimido ou creme vaginal.
Cranco mole
É uma doença causada pela bactéria Haemophilus ducreyi. Apresentam período de incubação variando de 2 a 5 dias. É afecção transmitida através da relação sexual seja: vaginal, anal ou oral. É comum aparecer nos homens , sendo mínima a incidência nas mulheres. O cancro mole é uma doença altamente contagiosa, autoinoculável, ou seja, a secreção das feridas podem atingir a parte da pele ainda sadia e desencadear outras lesões.
Sua lesão acomete estruturas mais profundas. Os sintomas ocorrem no local de inoculação; Primeiro, aparecem uma ou mais ulcerações dolorosas, avermelhadas, com base mole e com fundo purulento, de forma irregular. As úlceras são normolmente múltiplas e em espelho, são capazes de provocar dano tecidual importante. Pode ser observado também uma adenopatia satélite, conhecida como bulbão. O diagnóstico é realizado através da raspagem da lesão e utilização da técnica de PCR.
O tratamento é realizado com antibióticos específicos e anti-inflamatórios não hormonais para alivio das dores. A prevenção é realizada através de camisinha, higienização genital antes e após o relacionamento sexual.
Herpes simples
O herpes simples é uma doença viral cujos os agentes etiológicos são o DNA- vírus HSV-1 e 2, que acomete apenas os seres humanos e não apresenta variação sazonal. É considerada a IST ulcerativa mais frequente. Apresenta período de incubação variável de 2 a 7 dias. 
A primeira imfecção normalmente apresenta quadro clínico mais rico e duradouro, diferente da infecção recorrente. A primoinfecção é caracterizada pelo surgimento de lesões ulcerosas bilaterais e múltiplas acompanhada de dor com intensidade de moderada a intensa. Após a primeira infecção, o vírus fica latente. A infecção é considerada recorrente, quando o índividuo apresenta 6 ou mais episódios da doença no período de 1 ano.
As lesões recorrentes da herpes simples são altamente contagiosas para os pacientes e para os familiares, profissionais da saúde, mesmo após alguns dias de regressão das lesões. Infecção de repetição causada por um grupo de vírus que determinam lesões genitais vesiculares agrupadas que se localizam normalmente na região peniana, vulvar e colo uterino. Em 4 a 5 dias, sofrem erosão, formando lesões ulcerosas, essas úlceras são rasas, de fundo limpo, com limites irregulares e bastante dolorosas. Após algumas semanas ocorre cicatrização espontânea do tecido afetado.
Os sintomas são mais intensos e com características recorrentes entre as mulheres. É transmitido pelo contato sexual e pelo não contato sexual é muito rara. É considerado uma doença recorrente e incurável, ocorrendo as recidivas com a diminuição da resistência, queda da imunidade, fato que explica o fato dos portadores de HIV serem considerado como fatores de risco para o desenvolvimento da afecção. Ainda não existe tratamento eficaz quanto a cura. O tratamento se faz necessário como forma de amenizar os sintomas e diminuir as crises. Não há comprovação de que a camisinha diminua a transmissibilidade da doença. A higienização genital antes e após o relacionamento sexual é totalmente recomendável.

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