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TEXTO 1 - O Direito na historia O DIREITO CANONICO E A FORMAÇÃO DO DIREITO OCIDENTAL MODERNO - Ele revoluciona a vida jurídica - Reorganizou a vida jurídica europeia – Na esfera cultural : foram os canonistas que formularam critérios de racionalização e formalização do direito ANTES DA REFORMA GREGORIANA... - Igreja com autoridade mais moral do que jurídica - Sacramental e espiritual – centro organizativo precário – jurisdição religiosa não se destaca dos sacramentos , liturgia e teologia . - Igrejas dispersas e fragmentadas , ligação tênue só pelas regras de disciplina - lei – vagas e abstratas , como regra comum Objetivo de estabelecer e consolidar o cristianismo na Europa Modelo Carolíngio de Dominação – Autoridade mais moral e tradicional do que jurídica ; Igreja subordinada ao império Igreja mais pluralista ( aberta ) e sujeita ao poder político secular REFORMA GREGORIANA - Transformação radical - Gregório propõe “libertar” toda igreja do poder político secular - Tornam-se exemplares do que virá a ser Estado : dominação burocrática , racional, legal e formal DICTATUS PAPAE Se tratava de uma série de princípios visando a liberdade e independência da Igreja , entre eles: - A igreja foi fundada exclusivamente pelo Senhor = Tira do imperador o papel de representante de Deus e passa para a Igreja - Só o papa pode ser chamado de universal de direito = único porta voz da palavra divina na terra , aí a Igreja fica maior que o imperador . Logo : - O papa pode depor imperadores - Nenhum de seus julgamentos podem ser revistos – mas ele pode rever o de todos - Só ele pode legislar - Só ele pode depor e instalar Bispo = luta contra a simonia ( venda de cargos ) e contra o nicolaismo ( clérigos que se casavam com não clérigos , porta para drenar os bens da Igreja) ------ Guerra das investiduras , logo: FIM DO MODELO CAROLINGIO DE SUBORDINAÇÃO DA IGREJA -A guerra acabou com a Concordata de Woms e c a Concordata de Bec -Compromisso e equilíbrio entre o temporal e o espiritual; uma jurisdição político-secular e outra religiosa Esse processo foi considerado : A 1ª REVOLUÇÃO DO MUNDO OCIDENTAL Foi rápida , total , universalizante e socioeconômico Desdobramentos : Começa a nascer o estado moderno : - uma burocracia , um poder de criar legislação, uma ambição de controle central , Estabelecimento da lei positiva sobre o costume. A FORMAÇÃO DO CORPUS IURIS CANONICI - Criação e ampliação de novos cânones que deviam se encaixar nas tradições da Igreja - Só o papa realizava a interpretação autêntica - DECRETO DE GRACIANO – obra fundamental do direito canônico *coletânea de 3800 textos *Emprego da hermenêutica * Distinções relativas ao direito canônico ( tempo, sentido , lugar , matéria) O SENTIDO E A IMPORTÂNCIA DA BUROCRACIA NASCENTE - A partir do dictatus papae os canonistas estavam construindo uma verdadeira constituição para a Igreja , distinguiam poderes, competências , autocracias locais e corporativas - O processo desencadeado foi de centralização - Mas não poderia ser feito como num regime absolutista, visto que não tinha condições matérias , e nem outros poderes paralelos aceitaria esta solução monárquica absoluta nestes primeiros séculos de centralização eclesiástico-monárquica - A disputa de poder entra papa e imperador conduziu a limitação do objeto de poder - Não poderia haver uma autoridade eclesiástica absoluta livre acima da Lei. AS REGRAS DE COMPETÊNCIA E JURISDIÇÃO - O processo canônico legou-nos algumas características : * é um processo conduzido por profissionais de direito * estabeleceu um sistema que permitia a uniformização , a concentração e a centralização do poder * Adquiriu uma perspectiva investigativa ( inquisitoria ) maior do que acusatória * Impôs a escrita sobre a oralidade - Distinção de foro * foro interno: ( foro da consciência ) relativo a pecados e a consciência do fiel *foro externo: ( foro do juiz ) relativo a violação de matéria jurídico legal - Separação de jurisdições * em razão das pessoas – privilegium fori ( clérigos ) * em razão da matéria – causas que envolvessem sacramento ; matrimonio (família), testamento ( sucessões ) , juramento ( contrato ) > Corpo jurídico legal – Burocracia > Jurisdição religiosa – autoridade papa FORMALIZAÇÃO E RACIONALIZAÇÃO DO PROCESSO - Havia uma classe de funcionários e profissionais em direito , disseminavam uma prática racional e formal de resolução de conflito - O processo canônico introduziu o escrito ( agr imprescindível ) , c funcionários de apoio (redatores oficiais , notários , meirinhos ) - As fases processuais foram organizadas : Libelo – o queixoso apresenta o seu libelo ao oficial, que convoca o réu Exceções – matéria de defesa ; essas seriam : DILATÓRIAS (impedem o andamento do processo – foro improprio )ou PEREMPTÓRIAS (atingem o próprio direito; alegação de prescrição Contestação – passada essa fase o réu apresenta uma contestação Apresentação e colheita de provas - Surge a figura do advogado ; jurisperito ; nem cumplice , nem sócio – faz parte do sistema DAS PROVAS - Acabaram as provas irracionais , que tinham caráter mágico e não investigativo - Ordálios ( afogamento , resistência , automaldição ) - Abandono progressivo da invocação de Deus como explicação total – autonomia da razão humana - Principio da aceitabilidade das provas : probabilidade , materialidade e relevância Descartadas : supérfluas , obscuras , impertinentes , excessivamente gerais , inacreditáveis - Classificação das provas : Notorium facti ( flagrante), Notorium Iuris ( já foi julgado ) Probatio Plena ( duplo testemunho), Probatio Semi Plena ( testemunho simples ; prova semi plena ) Racionalizacão e formalização acompanhadas do esvaziamento da oralidade ( imposição da escrita) e da imediaticidade ( tempo do processo ). O PROCESSO INQUISITORIAL - O inquérito como modelo judicial e jurídico - Tem um dupla origem : religiosa e administrativa ( Estatal ) - Torna-se uma técnica de poder e administração ( dooms day book ) - Surgimento de um novo personagem : O estado - investigador e acusador - Não era necessário dano , apenas infração - Origem religiosa : inquisitio generalis e specialis - Tribunal da inquisição – tribunal especial – ligados ao papa , escapando da jurisdição do bispo (local) CONTRIBUIÇÃO CANONISTICA PARA TEORIA DA PESSOA JURIDICA - Em roma não haviam pessoa jurídica com individuo; mas universidades , associações etc - Idade média – regras de representação e responsabilidade se confundem com regras de vassalagem - A igreja foi considera uma universalidade distinta que não representava a todos , conflitos entre seculares e clérigos que trouxeram : Problemas de representação (representante pode decidir sem consultar o representado ? ) Problemas de responsabilidade (tutelados podem cometer crimes sem serem responsabilizados ?) Problemas de autonomia ---------------------- A partir disso formaram-se alguns princípios: Autonomia: corporação é pessoa jurídica Responsabilidade: o praticado pela maioria dos membros era imputado a todos na sociedade Solidariedade: o que pertence a sociedade , pertence a seus membros . TEXTO 2 JOSE MURILO A ELITE POLITICA IMPERIAL ELITES POLITICAS E A CONSTRUÇAO DO ESTADO PORTUGUES - Elites : Muito mais do quem governa - O problema das elites vinculado a dinâmica social - Investigar o problemas das elites tentando descobrir a natureza do próprio governo e o sentido de sua ação A ELITE NO AMBITO DA SOCIOLOGIA CLASSICA Gaetano Mosca, diz sobre as elites : Domina na medida em quem controla uma força social ( direitos , terras, etc ) que seja predominante Vilfredo Paeto , diz sobre as elites : dependente da distribuição dos resíduos e de sua geral incapacidade de manipular ao mesmo tempo a força e a persuasão( Elites dominam pela força e persuasão ) - Persiste o problema da relação entre elites e mudanças sociais - Influencia e importância do estado fundamental na formação e manutenção da própria classe politica - Estudos indicam uma causa recíproca entre a constituição das elites e a formação do estado moderno ( aum. Burocracia , a partir da maior ação dos cânones) PILARES DO ESTADO MODERNO EUROPEU – que desembocará no absolutismo M. Webber – orgem legal , jurisdição compulsória sobre um território , monopólio do uso legitimo da força são característica essenciais do estado moderno I. Wallerstein – burocratização, monopólio da força , criação de legitimidade e a homogeinização da pop. De súditos - No inicio do crescimento do estado e da burocracia as classes sociais era todas coparticipes As classes querem fazer do estado e da burocracia seus instrumentos AS ELITES POLITICAS EUROPEIAS SE FORMARAM DE UM LONGO PROC. DE TENSAO POLAR - De um lado a expansão do poder dos funcionários , de outro a pressão de grupos sociais dominantes por representação politica - Quanto maior a força e capacidade de organização das classes ( elites ? ) , tanto mais predomina o parlamento e o governo parlamentar representativo Onde essa força e poder era menores : prevaleceu o poder da burocracia central e mais peso do absolutismo ( exemplo : Portugal . A aristocracia português não tinha força suficiente para colocar leis para limitar o Estado e nem para seus interesses. O estado arrastou as classes ) Onde se teve a predominância da burocracia, suas camadas mais altas tendiam a se confundir com a elite política Nos casos de predomínio dos parlamentos e dos partidos, a elite politica retiraria seu poder de outra fonte , que não o Estado (?) Esse processo tem relação direta com o desenvolvimento da economia capitalista e da sociedade burguesa Quanto mais profunda foi a revolução burguesa, tanto menor o peso do estado na regulação da vida social ; da burocracia Mais representativa a elite política autônoma do estado (?) (Burocracia estatal vs Classes sociais) INGLATERRA (?) Uma aristocracia capitalista e uma burguesia ativa economicamente, propr. Rurais , financistas e industriais - Com a progressiva queda na renda da terra , mts aristocratas cap. Passaram a investir em outros setores : - Investindo na indústria , nas finanças e na transf. Capitalista do campo - Mopolio do parlamento e cargos ministeriais - Defesa dos interesses agrários e industriais EUA Sem aristocracia , elite politica composta de industrias . comerciantes e profissionais liberais ( advogados) – produção das revoluções burguesas , exemplo : Guerra de secessão ( col. Sul – plantation vs col. Do norte ) PRUSSIA O estado como motor do desenvolvimento capitalista e da unidade nacional( centralização ) O estado – papel mais forte da burocracia na elite burocrática capacitada e treinada Burocracia civil e militar , aliada a uma nobreza modernizadora ( Luta contra uma nobreza atrasada – abolição da servidão , introdução dos princípios de mercado na aquis. Da terra – elem . fundamentais para o desenvolvimento do capitalismo : merc. De mao de obra, merc. De terras , merc de capitais ) PORTUGAL – o predomínio da burocracia foi ainda mais acentudado em países de revolução burguesa abortada Centralização do poder monárquico e formação do estado moderno Enfraquecimento da nobreza rural , acentuou-se com o despovoamento do campo Restou aos nobres empobrecidos o serviço ao rei ou a empresa colonial Elite dependente do Estado ( serviço publico ) e parasitária – dividindo espaço com a nobreza de toga ( responsáveis pela centralização do estado Portugal no aspecto jurídico ) Nobreza de toga : Treinada em direito pela universidade de coimbra 1446 – Ordenações Afonsinas Tradição romanista vinda da Bolonha 1 º código positivo legal na europa Tratava – se de um direito positivo cuja fonte era a vontade do príncipe INGLATERRA E EUA – revolução burguesa e papel do Estado menos relevantes ; mais relevante os mecanismos de representação parlamentar Paises de revolução burguesa tardia – PRUSSIA – misto de elites burocráticas e de elites representativas Paises de revolução burguesa abortada – predomínio na elite do elemento burocrático O PROBLEMA DA HOMOGEINIDADE DAS ELITES Quanto mais homogênea , mais estável o processo de formação do estado INGLATERRA A homogeinidade da elite inglesa era de natureza social , reforçada pelo sistema educacional , pelas relações familiares , pelos círculos de amizade , pelo estilo de vida EUA A americana era muito mais representativa do país com um todo , porem mais heterogênea e mais vulnerável aos conflitos sociais ( Mais heterogênea sem sistema unificados , sem aristocracia . exemplo da vulnerabilidade : guerra de secessão ) PRUSSIA E PORTUGAL Homogeinidade de caráter ideológico ( menos social de fato ) FORMAÇÃO DE ESTADOS ORIENTADOS DE SITUAÇÕES COLONIAIS A formação do estado em ex-colonias revestiu-se de complicações adicionais. Em primeiro lugar , um processo , que na Europa levou séculos para evoluir , nelas condenou-se em prazos muito mais curtos . Arranjos políticos estabelecidos por países que conrolavam os mercados de produtos de exportação Heterogeneidade ideológica – instabilidade tardia Elite jurídica x exercito PORTUGAL Treinamento e discilplina de Coimbra Produzindo na colônia , uma elite feita a sua imagem e semelhança Formação jurídica Magistratura Funcionalismo e exercito TEXTO 3 A ELITE POLITICA IMPERIAL - Elemento de unificação da elite politica imperial : Ensino superior - A elite era uma ilha de letrados em um mar de analfabetos - Ensino superior se concentrava na formação jurídica e fornecia em consequência um núcleo homogêneo de conhecimentos e habilidades Maior parte da elite formada na unviersidade de Coimbra : Lisboa , coimbra, Lisboa , coimbra Influencia francesa e italiana ( direito romano dos bolonheses ) ( Influencia romanista- vontade do príncipe como principal fonte do direito ) - 1537 – 2séculos de controle jesuítico da universidade de Coimbra Demonstração de ensino defensivo em relação a religião : latim e grego no lugar da língua pátria , teologia sobre a filosofia , aristotelismo e escolaticismo sobre o cartesianismo. ( Atraso para a universidade , isso num contexto do inicio do antropocentrismo – centro da europa ) 1759 – Jesuítas foram expulsos de Portugal e colônias 1772 – Pombal promoveu uma vasta reforma na educação em geral , e na Universidade em particular Enfase nas ciências naturais e exatas( fis., quim., astronomia e matemática ) - ILUMINISMO PORTUGÊS Tentativa de fortalecimento do Estado e do poder monárquico Esse Iluminismo era : essencialmente reformismo e pedagogismo . Seu espirito não era revolucionário , nem anti histórico , nem irreligioso como o francês ; mas essencialmente progressista , reformista , nacionalista e humanista. Politicamente conservador : cientista e juristas – funcionários públicos 1777 – Com a morte de D. josé I , professores acusados e perseguidos , processados e expulsos pelo Santo oficio ( reação a obra na educação de Pombal ) A VIRADEIRA Teve como consequência o abandono da ênfase nas ciências naturais e exatas e a volta da hegemonia do Direito . Ao lado de coimbra , outras duas instituições foram importantes para a formação da elite : Real Academia de Marinha e Colegio dos nobres . GOVERNO PORTUGÛES Sem universidades na colônias – para a centralização do poder Contraste da Espanha – universidades nas colônias espanholas (23) Razão para essa diferença : concepção federativa dos habsburgos x Concepção centralista dos Bourbons Portugal e Espanha têm a mesma matriz: UNIVERSIDADE DE MATRIZ IBÉRICA Comprometimento com o fortalecimento do poder real e do estado Defesa da fé católica Ênfase no direito ou na teologiaMODELO ESPANHOL Permitiu a formação de universidades em todas as subdivisões adm. Do Imperio Colonial Menor peso para o direito e maior ênfase na teologia Menor contato dos estudantes com a metrópole e com outras subdivisões administrativas ( existiam rivalidades entre elas , fragmentadas , logo menos controladas ) Elite menos homogênea do que a produzida por Coimbra Mias difusas do ensino superior A IMPORTANCIA DA POLITICA DE CONCENTRAÇÃO 2 Momentos - Chegada das cortes – o quadro da educação superior na colônia começou a mudar- construção de uma infraestrutura mínima; processo de construção do Estado ; Academia Real Militar , Real Academia das guardas marinhas , escola de medicina e Belas Artes. - Mas as escolas dedicadas a formação da elite política após a Independencia: Fac. De Direito ( 1828 ) , farmácia ( 1839 ) , escola de minas ( 1876 ) escola politécnica ( 1874) Reprodução do modelo Português – homogeneização e centralização da formação das elites – nenhuma faculdade nas províncias Escolas militares – centro de oposição intelectual e politica aos moldes do regime imperial Sua educação era técnica e positivista em oposição a formação jurídica e eclética da elite civil Formação técnica e profissional – engenh. Construt. – no melhor espirito e tradição Paulatina ELITISMO NO BRASIL – ELITE CIVIL – MARCA DISTINTIVA 1920 – 76% da pop. Analfabeta Censo de 1872 - 12.000 alunos matriculados no ensino médio , em um universo de 8.500.000 pessoas livres Apenas 8000 alunos no ensino superior ESTRITA SUPERVISAO E CONTROLE DO GOVERNO sobre as instituições de ensino superior Diretores e professores era nomeados pelo ministro do Império Programas e manuais tinham que ser aprovados pelo parlamento NA DIREÇÃO DO PAÍS : 61% bacharéis , 28% padres , 8% militares Padres , médicos e maçons – representantes do radicalismo politico e das ideias francesas TRADIÇÃO DA ELITE BRASILEIRA O compromisso e adaptação foram a característica básica da elite política e intelectual refletindo a situação do país em que um governo constitucional e uma constituição liberal tinha que coexistir e sobreviver com oligarquias rurais e com o trabalho escravo. 1870 Em processo de mudança p/ ao fim nada mudar. TEXTO 4 - ILUMINISMO E JUSNATURALISMO NO IDEARIO DOS JURISTAS Contextualização : Período de ambiguidade entre o velho e o novo , modernizador e conservador ; Período pós colonial ; Uma leitura não-reducionista do Brasil; Momento de decisões PÓS COLONIALISMO – A PERSISTENTE ARTICULAÇÃO DO NOVO COM O ANTIGO - Constitucionalismo , ilustração e direito natural - Estabelecimento de formas institucionais : separação de poderes, centralização e monopólio das fontes do direito , codificação do direito - Jusnaturalismo – conjunto de disposições principio-logicas, ordenadas , sistematizadas, racionais e abrangentes de toda matéria jurídica - Um sistema integrado e hierarquizado , completo e carente de princípios universais - A lei é comando : deve estar acima dos costumes e pode revoga-los OS PRIMEIROS ANOS DE VIDA INDEPENDENTE - Um ordenamento nacional que convive com normas portuguesas - Um ordenamento liberal que convive com instituições pré-liberais - Um ordenamento legislado que convive com costumes - Não pode ser constitucional pois tem que conviver com elementos ainda da ordem tradicional e privilégios QUADRO : REORGANIZAR O ESTADO Instrumento : Direito Público – reforma do sistema judiciário De órgãos que expressavam a pluralidade das fontes do direito , a um sistema único , centralizado , diretamente vinculado a uma soberania nacional não tradicional e voluntarista = representativa REFORMA DOS TRIBUNAIS - Criado o STJ - Continuísmo e conservação - Constitucionalismo que não foi nem revolucionário nem popular - Necessidade de administrar a vida do poder como prioridade Direito como instrumento de transformação ou reflexo da ordem existente ? Ferramenta do governo ou da liberdade do individuo ? IDEAL CONSTITUCIONALISTA PRÓPRIO DO SÉC XIX - Regime de direitos individuais fundamentais - Governo monárquico - Parlamento dividido em assembleia geral representativa ( voto censitário e indireto ) e senado vitalício - Liberdade de expressão, comércio e profissões - Existe liberdade de expressão , comércio e profissões Porém , Um sistema que não é liberal , nem democrático Um constitucionalismo liberal e conservador , articulado no interior da tensão entre soberania e constituição Ambiguidade: FAZER UM DIREITO NACIONAL – Tomar escolhas sobre qual modelo seguir - Momento de abertura , definição – Caráter ideológico político geral no novo sistema - ( Alternativas ) : Democráatico , liberal , conservador , aristocrático , oligárquico - Direito publico como instrumento de reforma do estado – Instrumento do governo - Características básicas: Regime de direitos individuais fundamentais Um governo manárquico hereditário , não parlamentar ( soberania do poder moderador) Parlamento divido em uma assembleia geral representativa e senado vitalício ( membros escolhidos pelo Imperador , órgão que compunha o executivo ) Liberdade de propriedade , de comércio , de expressão , de profissão , mas ao mesmo tempo havia escravidão ↘ Mas o sistema não é liberal , muito menos democrático Um constitucionalismo liberal/ conservador articulado no interior da tensão entre soberania e constituição. Eua – construíram um novo estado , poder equilibrado pela federação , pela ‘’ constelação de soberania ( 3 poderes ) . A soberania norte americana era corpatilhada entre judiciário , legislativo e executivo Const. Francês – Transferiu o poder do monarca e da aristocracia para o povo soberano ; Institucionalizando a soberania popular , concentrando os poderes na assembleia constituinte ( diferente do Brasil ) O CAMINHO BRASILEIRO – AMBIGUO EM TODOS OS SENTIDOS A ‘’ terceira via ‘’ entre absolutismo e os excessos da revolução ( liberalismo ) - Próximo do modelo americano e na prática tendo influencia francesa O CAMINHO BRAS.: JUSNATURALISMO E ILUSTRAÇÃO - De filiação Jeffersoniana e Lockiana > fundar a liberdade e extrair dela a legitimidade da autoridade - De filiação Hobbesiana > fundar a autoridade e a ordem dela , derivar , se possível a liberdade ( percepção com a efetividade do Estado ) Qual a matriz brasileira ??? Hobbesiana ! – Privilégio da ordem , não da liberdade QUAL ESTADO ? Estado de reforma pombalina ? Não , pois não se têm por objetivo a manutenção da monarquia Estado novo ? Não , reformado Estado prussiano ? Não , pois havia escravidão A modernização ocorreu pelo alto ; centralização forte ; iniciativa do desenvolvimento DIREITO PUBLICO Conceitualmente divido em constitucional e publico administrativo 2 versoes de jusnaturalismo : - Racional , laica , ilustrada - Teísta , religiosa JOSE DA SILVA LISBOA Monarquista, católico ( defesa intransigente da religião de Estado ) e liberal Defendia o constitucionalismo sem defender as liberdades em geral Ideal da reforma pombalina : lenta , gradual , pelo alto Ideal de uma constituição capaz de produzir um estado forte ( que estivesse apto a reformar a sociedade Defensor do fortalecimento do poder do rei e opositor ferrenho a revolução francesa Percepção da soberania – ela como origem de todo mal Constitucionalismo que nada tem de liberal ou democrático TOMAS ANTONIO GONZAGA Defensor de um direito da ordem Vontade do legislador ( Deus ) e seus ministros na terra ( rei ) Não era um direito natural laico , racionalista , mas voluntarista ; apresentado com uma coleção de leis dadas por Deus Um direitonatural da ordem , não da liberdade – os modernos defensores do dir. natural , eram no fundo , defensores do antigo regime. Aceitou-se entre nós a força do direito constitucional , do direito natural , positivação dos códigos e o liberalismo - O que não significou democracia , nem liberalismo , nem soberania popular representativa - No Brasil , jusnaturalismo e ilustração modernizada significaram funções políticas como tutela sobre a nação DIREITO PÚBLICO E LIBERALISMO – Reforma das câmaras 1ª legislatura – urgência da reforma da justiça e da adm. - Extinção do desembargo do paço , da mesa de consciência e ordens , e da casa de suplicação - Criação do STJ e dos cursos de direito - Criação dos juizados da paz REFORMAS DAS CÂMARAS MUNICIPAIS Reformas acompanhavam o sentido constitucional da separação de poderes Mesmo num contexto de um Estado Imperial, o ‘’ sistema eleitoral ‘’ para as câmaras continuava o mesmo Tentativa de adequar as câmaras ao novo regime centralizador – separar das câmaras as funções administrativas e judiciais - Direito tem que ser territorial Art. 24 – define as câmaras como corporações meramente administrativas O poder de fazer leis fica limitado a assembleia geral do império e ao poder moderador Funções das câmaras : cuidar dos bens públicos e deliberar sobre assuntos de interesse local
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