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* LESÃO DO LIGAMENTO CRUZADO ANTERIOR (LCA) * Mecanismos de lesão O pé fica preso ao solo e rodamos em cima do eixo do joelho para o lado externo Desaceleração súbita geralmente seguida de estalido e hemartrose presente dentro de poucas horas. Força em valgo com rotação externa. Hiperextensão (“ chute no ar” ). * História clínica A hemartrose aguda no joelho indica em 80% dos casos lesão do LCA. A dor pode ser intensa e duradoura, mínima passageira ou estar entre os dois extremos. Sendo descrita como dor localizada profundamente na articulação, podendo estar sem localização específica, frequentemente é localizada na parte anterior ou lateralmente. Sendo a pontada intensa. A dor pode se tornar leve e constante ou desaparecer completamente * História clínica 85% dos pacientes relatam um estalido no momento da lesão, o derrame articular pode ocorrer com rapidez posteriormente à lesão, a maioria dos pacientes apresenta dor ao realizar movimentos e dificuldade na deambulação, em um estágio mais tardio pode ocorrer falseios seguidos de dor e edema, que podem se tornar repetitivos. * História clínica 30% dos casos – paciente sem dor. 15% dos pacientes continuam jogando no momento do trauma. Avaliar lesões meniscais associadas (em 20 a 40 % dos casos). Na maioria das vezes o paciente nos procura somente na fase crônica, devido dor causada por problemas degenerativos. * História clínica Inspeção - exame físico deve evidenciar a presença de edemas, HIPOTROFIA do quadríceps, cicatrizes de traumas ou cirurgias anteriores e ainda alterações na marcha e limitação de movimento, característica típica nas lesões do joelho. * Exame físico Palpação – Procura de pontos dolorosos na eminências ósseas. Avaliação do ADM- Podemos encontrar limitação da mobilidade articular, principalmente devido à dor e ao espasmo muscular, debilidade muscular, rigidez, contratura e bloqueio articular. * Exame físico Análise cinesiológica da marcha. * FLAMBAGEM – marcha em varização do joelho que caracteriza um afrouxamento periférico lateral. * TESTES ESPECIAIS * Lachman Avalia a translação anteroposterior da tíbia sobre o fêmur. É importante o relaxamento da musculatura, principalmente da pata de ganso, para obter maior sensibilidade no teste. SENSIBILIDADE de 100% SEMPRE comparativo; * Lachman O paciente é colocado em decúbito dorsal na mesa de exames com o examinador posicionado ao lado do paciente. Para examinar o joelho direito, o examinador com sua mão esquerda fixa o fêmur segurando este, acima do polo superior da patela e mantém o joelho com 20º flexão. Sua mão direita é colocada sobre a tíbia proximal, de forma que os dedos sejam apoiados na face posterior e o polegar sobre a interlinha articular ântero-medial. * Lachman Lachman NEGATIVO - indica lesão do L.C.A. Lachman POSITIVO – “end point” “DURO” Lachman NEGATIVO – “end point” “MOLE” * Gaveta anterior Avalia a instabilidade rotatória ântero-medial do joelho. As estruturas frequentemente lesadas, quando este teste é considerado positivo são respectivamente: o ligamento cruzado anterior, ligamento capsular medial, ligamento oblíquo posterior e ligamento colateral medial. Nas lesões agudas do joelho pode ser difícil a realização deste teste, devido ao espasmo muscular, hemartrose e lesões meniscais associadas. * Gaveta anterior Paciente em decúbito dorsal na mesa de exames, com o quadril fletido em 45º e o joelho do mesmo membro a 90º; o pé é firmemente apoiado sobre a mesa de exames em rotação externa de 30º. O examinador senta-se sobre o dorso do antepé do paciente para estabilizá-lo firmemente ao leito. Com suas duas mãos, o examinador envolve a região metafisária da tíbia. Os indicadores palpam os músculos isquiotibiais sentindo seu relaxamento após solicitar ao paciente que o faça. Os polegares são colocados paralelos à inserção do tendão patelar. O examinador exerce uma força no sentido de provocar movimento de translação de posterior para anterior da tíbia sobre o fêmur. * Gaveta anterior Este teste é considerado positivo quando ocorre uma translação (subluxação) anterior do côndilo tibial medial maior que 5mm quando comparada ao joelho contralateral presumivelmente normal. * Gaveta anterior Realizamos o teste com a tíbia em 3 posições: Rot. Neutra da tíbia Rot. Interna da tíbia Rot. Externa da tíbia * Gaveta anterior A gaveta anterior em rotação interna da tíbia é realizada da mesma forma anteriormente descrita, modificando apenas a posição da perna que está em 30º de rotação interna e as estruturas lesadas, avaliando indiretamente as estruturas posterolaterais (ligamento capsular lateral, ligamento colateral lateral e tendão do poplíteo), complementando o exame. Segundo Hughston27, neste teste as estruturas do canto póstero-lateral encontram-se sobre tensão, auxiliando na estabilização do joelho. A positividade do teste seria a translação anterior do côndilo tibial lateral. * Gaveta anterior A gaveta anterior em rotação neutra também descrita por Slocum e col, é testada com a perna em rotação neutra, seguindo-se a sequência anteriormente descrita e sua positividade significa uma instabilidade anterior simples. * Radiografia simples NORMAL EM 98% dos casos * CT, USG, ARTROGRAFIA Inconclusivos * IRM – “Golden Standard” * Classificação das lesões Lesão parcial Lesão total ou completa * IMPORTANTE ! Classificação dos pacientes quanto a dependência do L.C.A. - L.C.A. dependentes - L.C.A. independentes * Importância do Tratamento A importância no tratamento da lesões do LCA, não é apenas recuperar a estabilidade do joelho, mais também, evitar a degeneração articular, cujo estágio final é a osteoartrose. * TRATAMENTO Fatores a serem levados em conta antes do tratamento: - Tempo de evolução; Se já existe lesões degenerativas; Possíveis lesões associadas; Idade do paciente; Sexo; Atleta ou não; Cirurgias prévias; Dependência do LCA. * Tto. inicial para as lesões agudas Método PRICE para controle da dor e redução da inflamação. P ( Protection) R ( Rest) I (Ice) C ( Compression) E (Elevation) * Tto. inicial para as lesões agudas Descarga inicial; Ganho de ADM completo e imediato; Quando paciente sem dor e ADM completo, iniciamos fortalecimento muscular dos isquiotibiais e quadríceps, dando mais ênfase aos isquiotibiais. * Tto. conservador Destinado aos paciente LCA independentes e outros raros casos, dependendo da idade do paciente, sexo, nível esportivo, profissão. * Tto. conservador Paciente deve ser submetido a fortalecimento muscular da coxa, com ênfase nos isquiotibiais. Os pacientes devem estar dispostos a modificarem suas atividades, praticando apenas as que não causem stress no LCA, como por exemplo NATAÇÃO, CICLISMO e CORRIDA. PROIBIDO toda atividade que requer saltos, corrida com mudança de direção, torções e giros. * Essas medidas não garantem ao paciente um joelho estável, e nem mesmo evita a progressão da degeneração articular. * A escolha do tipo do enxerto é baseada em dados biomecânicos. A força de tensão: - LCA normal – 2.200N Semitendíneo – 2.216N Grácil – 838N T. patelar – 2.900N Reconstrução intra-articular considerações * T. patelar é 30% mais rígido que o LCA normal. Os tendões STG, são semelhantes ao LCA normal. Cicatriz cirúrgica quando realizada com STG é mais estética. Reconstrução intra-articular considerações * Durante as primeiras 06 a 08 semanas após a implantação do enxerto (tanto autógenos quanto autólogos), ocorre uma rápida e profunda degradação vascular do enxerto alterando as propriedades biomecânicas, como força tênsil e outras propriedades, podendo ocasionar a FALHA cirúrgica. Reconstrução intra-articular considerações * Ocorre uma revascularizaçãodo enxerto e substituição deste por um maior número de células e fibras colágenas. Motivo que nos motiva a usar “braces” de proteção por esse período. Reconstrução intra-articular considerações * Após 1 ano de PO, com uso de enxerto de TP, a força de tensão é apenas 50% de um LCA normal, e continua aumentar até atingir o máximo de 2 anos. Revascularização total ocorre com 12 meses quando usamos auto enxerto e 18 meses quando usamos alo enxerto. Reconstrução intra-articular considerações * Reconstrução intra-articular considerações Quando usamos o enxerto quádruplo do STG, não mexemos no mecanismo extensor, e com isso a reabilitação é menos dolorosa, porém a incorporação do enxerto ao osso é mais demorada. * Reconstrução intra-articular considerações Quando usamos o enxerto do TP, mexemos no mecanismo extensor, e com isso a cirurgia torna-se mais dolorosa, porém a incorporação do enxerto ao osso é mais rápida, favorecendo uma fisioterapia mais agressiva. Porém, há RISCOS de fratura da patela e ruptura do t. patelar. * COMPLICAÇÕES 2 a 6% de falha; Fratura da patela. Ruptura pós op. do TP. TVP; Limitação da extensão – se exceder 10 graus, leva a claudicação permanente. Pode ser causada por espasmo dos isquiotibiais, cicatriz capsular e síndrome do Ciclope (nódulo cicatricial na base tibial do enxerto). * COMPLICAÇÕES Limitação da flexão por aderência da patela, aderência no fundo de saco medial e lateral, fibrose do Vasto intermédio e retração do reto femoral. Erro técnico de feitura dos túneis. Patela baixa; Dor patelofemoral ( caso não seja iniciado mobilização da AFP imediatamente) Fraqueza muscular do quadríceps ( evitada com orientações pré-operatório); * AO PROFESSOR DA ACADEMIA : CRITÉRIOS: PROIBIDO : corrida , steep, cadeira extensora de joelho. ORIENTO : bicicleta, leg press, agachamento, mesa flexora de joelho, panturrilha, e exercícios de tronco e membro superior realizados deitado ou sentado nos primeiros 3 meses de atividade.; OBS . : os exercícios para quadríceps são realizados sem carga e com elevadas repetições no primeiro mês. Elevamos a carga de maneira lenta e gradativa após o término do primeiro mês de treinamento. Os exercícios para a musculatura flexora do joelho ( hamstrings ) e panturrilha são executados em cadeia cinética aberta e seguindo o mesmo critério de carga.
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