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Que tipo de colonização foi praticada no brasil

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QUE TIPO DE COLONIZAÇÃO FOI PRATICADA NO BRASIL
Que tipo de colonização foi praticada no brasil? cite 2 características
R. Existem dois tipos de colonização: de exploração e de povoamento. No Brasil, por exemplo, a de exploração foi a que predominou, pois os portugueses vieram para o nosso país, a partir de 1500, para retirar recursos naturais e minerais (pau-brasil, ouro, diamantes) ou para produzir açúcar, levando o lucro para Portugal. Os portugueses não estavam interessados em desenvolver o Brasil. Este mesmo tipo de colonização ocorreu nos países da América que foram colonizados pela Espanha.
O que foi o escambo?
R. A palavra escambo significa a troca de mercadorias por trabalho. Ela é muito utilizada no contexto da exploração do pau-brasil (início do século XVI). Os portugueses davam bugigangas (apitos, espelhos, chocalhos) para os indígenas e, em troca de trabalho, os nativos deveriam cortar as árvores de pau-brasil e carregar os troncos até as caravelas portuguesas. 
Atualmente, como a economia baseada em moedas, o escambo é pouco utilizado. Sobrevive ainda apenas em regiões pouco desenvolvidas do mundo.
De acordo com historiadores e arqueólogos, a prática de escambo surgiu na Pré-História, durante o período Neolítico (a cerca de 10 mil anos). Foi o surgimento da agricultura e da criação de gado, que favoreceu a troca de trabalho por produtos neste período.
Como negro e indio foram tratados?
R. Foram tratados como escravos,submetidos a tortura, negros eram traficados e explorados para o comercio.
O que foi o pacto colonial?
R. O Pacto Colonial pode ser definido como um conjunto de regras, leis e normas que as metrópoles impunham às suas colônias durante o período colonial. Estas leis tinham como objetivo principal fazer com que as colônias só comprassem e vendessem produtos de sua metrópole. Através deste exclusivismo econômico, as metrópoles européias garantiam seus lucros no comércio bilateral, pois compravam matérias-primas baratas e vendiam produtos manufaturados a preços elevados.
O Pacto Colonial foi muito comum entre os séculos XVI e XVIII. As metrópoles proibiam totalmente o comércio de suas colônias com outros países ou criavam impostos tão altos que inviabilizava o comércio fora do pacto. Outro método, que inclusive foi utilizado na relação entre Portugal e Brasil, foi a proibição de estabelecimento de manufaturas em solo brasileiro. Desta forma, o Brasil ficou durante grande parte da fase colonial totalmente dependente dos manufaturados portugueses. O Pacto Colonial só foi quebrado em 1808, com a vinda da família real portuguesa ao Brasil. Nesta ocasião, D. João VI promoveu a abertura dos portos às nações amigas (Reino Unido).
O que foi o sistema de capitanias hereditarias?
R. As Capitanias hereditárias foi um sistema de administração territorial criado pelo rei de Portugal, D. João III, em 1534. Este sistema consistia em dividir o território brasileiro em grandes faixas e entregar a administração para particulares (principalmente nobres com relações com a Coroa Portuguesa). Este sistema foi criado pelo rei de Portugal com o objetivo de colonizar o Brasil, evitando assim invasões estrangeiras. Ganharam o nome de Capitanias Hereditárias, pois eram transmitidas de pai para filho (de forma hereditária).
Estas pessoas que recebiam a concessão de uma capitania eram conhecidas como donatários. Tinham como missão colonizar, proteger e administrar o território. Por outro lado, tinham o direito de explorar os recursos naturais (madeira, animais, minérios). O sistema não funcionou muito bem. Apenas as capitanias de São Vicente e Pernambuco deram certo. Podemos citar como motivos do fracasso: a grande extensão territorial para administrar (e suas obrigações), falta de recursos econômicos e os constantes ataques indígenas.
O sistema de Capitanias Hereditárias vigorou até o ano de 1759, quando foi extinto pelo Marquês de Pombal.
Quais capitanias deram certo?
R. As unicas capitanias que deram certo foram: a de Pernambuco e a de São vicente, isso porque elas tiveram grandes resultados na plantação da cana-de-açúcar graças ao clima da região e ao solo massapé( solo propicio para a plantação de cana).
Por que a lei de terras de 1850 prejudicou pobres, imigrantes e ex-escravos?
R. A Lei de Terras retardou a formação de uma classe de pequenos e médios proprietários no Brasil.
A questão agrária no Brasil, tão atual e discutida por diversos setores de nossa sociedade, remonta um longo processo histórico que assinala o problema da concentração de terras em nosso país. Durante o Segundo Reinado, destacamos um dos mais importantes marcos desse processo no momento em que o poder imperial estabelece a Lei de Terras de 1850. Sendo um fruto de seu tempo, essa lei assinalou o predomínio dos grandes proprietários de terra no cenário político do século XIX.
 A proposta, que já assegurava boa parte dos interesses dos grandes proprietários, foi aprovada e enviada para o Senado. No ano de 1848, os senadores decidiram estabelecer algumas alterações que retiravam a cobrança do imposto e substituía as penas de desapropriação – mediante situação irregular – pelo pagamento de multas. Após a aprovação dessas correções, o Senado aprovou definitivamente a lei no ano de 1850. 
Por meio desta, a terra se transformava em uma mercadoria de alto custo, acessível a uma pequena parte da população brasileira. Com isso, pessoas com condição financeira inferior – como ex-escravos, imigrantes e trabalhadores livres – tinham grandes dificuldades em obter um lote de terras. Paralelamente, apesar de regulamentar a propriedade agrária, a lei de terras não foi cumprida em boa parte das propriedades, legitimando o desmando e a ampliação de terras dos grandes proprietários. 
Apesar de ter sido criada em um momento completamente distinto das nossas instituições políticas e condições sócio-econômicas, a Lei de Terras de 1850 legalizou o penoso processo de concentração de terras que marcou a história brasileira. Ainda hoje, alguns movimentos populares tentam superar esse arcaico traço de nossa história ao defender uma reforma agrária capaz de facilitar o acesso às terras para aquelas famílias camponesas que almejam uma condição de vida mais digna.
Como podemos definir êxodo rural?
R. Saída do homem do campo, rumo ás cidades cuja causas são variáveis.
No campo, quais fatores repulsivos incentivam o êxodo rural?
-Mecanismo do campo ( ordenhas elétricas, colhedeira, semeadoras, sistema de imigração, pecuária, intensiva, etc...)
-Os fatores citados acima causam desemprego.
-Falência de pequenos produtores.
-Busca de melhores condições de vida e de estudos para os filhos.
-Problemas climáticos (secas, geradas etc...)
-Violência rural (grilagem de terras)
-Em conjuntos, os fatores citados são os principais fatores que levam os famílias ou parte delas a abandonarem o campo.
Na cidades, quais fatores atraem os migrantes rurais ?
R. -Oportunidade de emprego e escolaridade.
-Crença, em uma melhora no padrão de vida.
-Busca de assistência em saúde.
-Expectativa de lazer.
-Reencontra com parentes etc...
Em linhas gerais, qual o panorama encontrado pela migrante que praticou êxodo rural nas cidades ?
R. -Analfabetismo funcional.
-Preconceito.
-Falta de vagas nas escolas e hospitais.
-Encarecimento do custa de vida.
-Favelamento.
-Risco de marginalidade (drogas, roubo, etc...)
Quais as consequência do êxodo rural?
R. Muitos destes trabalhadores rurais que se tornam “urbanos” ficam desemprego, sem teto, retornam o campo na M.S.T.
O que é grilagem de terras?
R. É a ocupação irregular de terras, a partir de fraude e falsificação de títulos de propriedade. O termo tem origem no antigo artifício de se colocar documentos novos em uma caixa com grilos, fazendo com que os papéis ficassem amarelados (em função dos dejetos dos insetos) e roídos, conferindo-lhes, assim, aspecto mais antigo, semelhante a um documento original. A grilagem é um dos mais poderosos instrumentos de domínio e concentração fundiáriano meio rural brasileiro.
Cite 3 graves problemas agrários atuais ?
R. A sociedade brasileira padece ainda de um grave problema agrário. Problema agrário para a sociedade, não para o capital. As empresas capitalistas , transnacionais, estão ganhando muito dinheiro com a agricultura brasileira, com as exportações e com as agroindústrias que compraram. Mas o povo brasileiro está sendo prejudicado por esse modelo.
Então o nosso problema agrário, agora tem um duplo sentido. De um lado o modelo econômico de organização da produção agrícola, que precisa mudar, e de outro lado a concentração da propriedade da terra, que gera uma sociedade cada vez mais desigual, impedindo que os pobres do campo saiam da pobreza. Essa é a essência do problema agrário brasileiro.
O Brasil é a sociedade do planeta, mais desigual. Aonde existe mais diferenças entre ricos e pobres. Maior concentração de riqueza e de renda. E uma das causas é a concentração do patrimônio, da terra, no meio rural, e dos imóveis na cidade.
Como se encontram os problemáticas das terras indígenas atuais?
R. Quando se fala em problemática atual das comunidades indígenas, não se pode dizer que nasceram na atualidade, mas sim que são resquícios de problemas que nasceram ainda na colonização, nos primeiros séculos do “descobrimento” do Brasil.
Os principais problemas que as comunidades indígenas enfrentam hoje são a consequência daqueles que surgiram há anos. Nos dias atuais há problemas como a miséria, o alcoolismo, o suicídio, a violência interpessoal, que afetam consideravelmente essa população.
Além do processo de colonização, conforme Eliane Potiguara, houve no Brasil o processo de Neocolonização, que foi o período em que o interior do Brasil passou a ser ocupado, acabando de inúmeras formas com as comunidades indígenas, período este que foi até em meados do século XX. Assim, houve intromissão de inúmeros segmentos, como as madeireiras, os garimpeiros, latifundiários, mineradoras, hidrelétricas, rodovias, entre outros. De acordo com a autora, esta intromissão “causou nas últimas décadas o desmatamento, o assoreamento de rios, a poluição ambiental e a diminuição da diversidade local, trazendo as enfermidades, a fome e o empobrecimento compulsório da população indígena.”

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